Guia de Campo – DIA B - EDP

RÉPTEIS
Os répteis são vertebrados que não
geram internamente a temperatura
corporal necessária para funcionarem e,
por isso, utilizam fontes externas de
energia, como o “banho‑de‑sol”, para
manter a temperatura (animais
ectotérmicos).
A sua pele é seca e coberta por escamas,
escudos ou placas duras e quase não
possuem glândulas superficiais, o que
lhes permite viver em ambientes secos.
Estes animais não sofrem metamorfoses
ao longo do seu desenvolvimento, mas
alguns fazem mudas de pele periódicas.
Os répteis alimentam ‑se de insectos,
moluscos, larvas de anfíbios, crustáceos
e até mesmo de pequenos peixes.
Preferem áreas secas e expostas ao sol,
onde podem alcançar uma temperatura
corporal apropriada para se manterem
activos. Assim, a maioria dos répteis de
Portugal ocorre em bosques abertos,
zonas de matos, áreas agrícolas
e sistemas dunares ou areais costeiros.
Alguns dos principais factores que
ameaçam as populações de répteis
são a alteração ou destruição dos
habitats, os incêndios, os repovoamentos
florestais e a destruição de bosques
ribeirinhos, urbanizações e infra‑
‑estruturas turísticas indiscriminadas,
a introdução de espécies exóticas e os
atropelamentos nas estradas.
Em Portugal existem 30 espécies
diferentes de répteis terrestres
distribuídos por oito grupos, dos quais
três se encontram representados neste
guia por serem os mais comuns
e de mais fácil observação:
os lacertídeos, representados
pelos lagartos e lagartixas; os geconídeos
representados pela osga; e os colubrídeos
representados pela cobra ‑de ‑água.
Oito das espécies de répteis que ocorrem
em Portugal, são endémicas da Península
Ibérica.