Guia de Campo – DIA B - EDP

ANFÍBIOS
Os anfíbios (rãs, sapos, salamandras,
tritões...) são vertebrados que se
caracterizam por terem a pele nua,
húmida e sem escamas. São vulgarmente
conhecidos por animais de “sangue frio”,
ou seja, são animais que não controlam
a temperatura corporal e utilizam fontes
externas de energia, como os “banhos ‑de‑
‑sol” para manter essa temperatura
(ectotérmicos).
A característica mais marcante
comparativamente com outros
vertebrados é que durante o seu ciclo
de vida sofrem transformações no corpo,
isto é, metamorfoses: por exemplo,
na fase larvar a respiração é feita através
de brânquias (como nos peixes), depois
sofrem uma transformação e, na fase
adulta, a respiração é feita por pulmões
(como nos mamíferos). Em geral
os anfíbios alimentam ‑se de insectos,
aranhas e moluscos.
Em Portugal, os anfíbios podem ser
observados em diferentes tipos de
habitats, entre eles, áreas agrícolas,
zonas montanhosas, dunas costeiras,
montados e bosques. Na época
de reprodução, os anfíbios adultos
encontram ‑se em meios aquáticos
ou na sua proximidade.
A alteração e destruição de habitats,
a poluição de cursos de água,
a introdução de espécies exóticas,
ou a perseguição e morte deliberadas,
encontram ‑se entre as principais
ameaças às populações de espécies
de anfíbios.
Em Portugal existem 17 espécies
diferentes de anfíbios: 6 urodelos
(anfíbios dotados de cauda, como
as salamandras e os tritões) e 11 anuros
(anfíbios que não possuem cauda
e possuem estrutura de esqueleto
adaptada para locomoção aos saltos,
como os sapos e as rãs). Algumas destas
espécies de anfíbios são endémicas
da Península Ibérica como é o caso
da salamandra ‑lusitânica, tritão ‑de‑
‑ventre ‑laranja, sapo ‑parteiro ‑ibérico,
rã ‑de ‑focinho ‑pontiagudo e rã ‑ibérica.