Tecnologia de Produção do Umbuzeiro - Editora UFLA

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17 Diante de exemplos, como o da uva no Vale do São Francisco, não será surpresa se o umbuzeiro vier a se adaptar a ambientes diferentes àqueles do seu centro de origem e passar a produzir satisfatoriamente. 3. DISPONIBILIDADE DE RECURSOS GENÉTICOS Tendo no sertão nordestino seu centro de origem, vários autores demonstraram naquela região a existência de uma alta variabilidade genética dentro da espécie Spondias tuberosa. Eles encontraram plantas com grandes diferenças nos frutos quanto ao tamanho, forma, coloração, sabor e pilosidade. A ausência ou presença de pêlos nos folíolos, na inflorescência, no pedicelo floral, nas sépalas e no epicarpo determina, conforme Pires (1990), a existência de duas variedades dentro da espécie Spondias tuberosa. Um estudo pomológico de plantas de umbu na região do Cariri paraibano levou Barbosa et al. (1989) a classificarem as plantas selecionadas, atendendo às características altura, diâmetro da copa e perímetro do tronco, correlacionando-as com a produção de frutos. Nesse relato, os autores citam Umbu Taperoá, Umbu Barra de Santa Rosa, Umbu
Teixeira e Umbu Laranja, deixando a entender que existem cultivares comercialmente promissoras. Ao caracterizar os frutos do umbuzeiro, Silva et al. (1987) constataram variação fenotípica para os caracteres estudados, sugerindo existência de alta variabilidade genética dentro da espécie. Em trabalho similar, Lima et al. (1996) relataram variações fenotípicas superiores a 20% para quase todos os caracteres: peso do fruto, da polpa, da casca, da semente e relação SST/acidez, entre plantas da espécie Spondias tuberosa do sertão alagoano. A significativa variabilidade encontrada entre as plantas estudadas sugere um ótimo potencial para selecionar umbuzeiros superiores, com vistas à sua multiplicação e futuro uso em pomares racionais de umbuzeiro. Na tabela 1, verifica-se uma pequena amostra dessa variabilidade, em que umbus coletados de diferentes localidades foram analisados quanto às características de comprimento, largura, matéria fresca da casca, da polpa e da semente. Lima et al. (1996) reportaram que o comprimento e a largura dos frutos apresentaram valores médios de 30,78 mm e 27,73 mm, respectivamente. A maioria das plantas apresentou medidas para o comprimento dos frutos maiores que a largura, inferindo-se que os frutos 18
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