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Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão

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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />

apresentam uma resposta à t<strong>em</strong>peratura praticamente linear independent<strong>em</strong>ente do<br />

efeito no estigma. No caso concreto das cerejeiras exist<strong>em</strong> evidências de que os grãos<br />

de pólen aderentes consegu<strong>em</strong> germinar e penetrar nos tecidos de transmissão com<br />

t<strong>em</strong>peraturas próximas dos 10ºC, e que com t<strong>em</strong>peraturas próximas dos 20ºC a<br />

germinação era alcançada por 90% enquanto com valores de 30ºC apenas 27%<br />

conseguiam germinar e 22% conseguia penetrar. As t<strong>em</strong>peraturas elevadas induz<strong>em</strong> um<br />

aumento da adesão dos grãos de pólen e um crescimento rápido do tubo polínico no<br />

estilete mas reduz<strong>em</strong> a germinação, a sua penetração e o crescimento inicial do tubo<br />

polínico na transição entre o estigma e o estilete.<br />

Relativamente à receptividade estigmática, a capacidade de o estigma suportar a<br />

germinação do pólen e o consequente crescimento inicial do tubo polínico, a relação<br />

com a t<strong>em</strong>peratura não é tão linear apesar de o seu papel continuar a ser fundamental.<br />

No estigma, três processos diferentes ocorr<strong>em</strong> antes do crescimento do tubo<br />

polínico no estilete: a adesão do grão de pólen, a sua germinação e a penetração do tubo<br />

polínico no tecido de transmissão. Em cerejeiras estes processos estão negativamente<br />

relacionados com o aumento da t<strong>em</strong>peratura. O efeito da t<strong>em</strong>peratura é mais elevado na<br />

capacidade das flores de suportar<strong>em</strong> a germinação dos grãos de pólen e na sua<br />

penetração nos tecidos de transmissão do que na sua adesão ao estigma. Assim, com<br />

t<strong>em</strong>peraturas próximas dos 10ºC, a germinação do pólen e o crescimento inicial do tubo<br />

polínico poderá durar até 9 dias depois da ântese, enquanto a 20ºC e a 30ºC a sua<br />

capacidade perde-se <strong>em</strong> 5 e 2 a 3 dias depois da ântese, respectivamente. A germinação<br />

dos grãos de pólen perde-se ao fim de 8 dias com t<strong>em</strong>peraturas de 10ºC, ao fim de 4<br />

dias com valores de 20ºC e <strong>em</strong> 2 dias com t<strong>em</strong>peraturas médias de 30ºC. Não se<br />

registam diferenças significativas entre a germinação e a penetração evidenciando que a<br />

germinação dos grãos de pólen é o processo chave do des<strong>em</strong>penho do pólen no estigma<br />

e a etapa mais vulnerável às elevadas t<strong>em</strong>peraturas.<br />

Assim sendo, verifica-se que estes processos são extr<strong>em</strong>amente sensíveis a<br />

pequenas variações das t<strong>em</strong>peraturas contribuindo para explicar recordes de redução dos<br />

vingamentos sob condições de Primaveras quentes. O estigma perde a capacidade de<br />

suporte, inicialmente, para a penetração do pólen, posteriormente, para a germinação e<br />

finalmente para a sua adesão. O efeito da t<strong>em</strong>peratura é mais pronunciado na<br />

germinação do pólen e na sua penetração do que na sua adesão. As t<strong>em</strong>peraturas<br />

elevadas reduz<strong>em</strong> a capacidade de germinação dos grãos de pólen logo após o primeiro<br />

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