Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão
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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />
activação dos órgãos de síntese da hormona próximos das flores e dos ramos mas<br />
também ao nível das raízes.<br />
Os tratamentos à base de ácido giberélico <strong>em</strong> cerejeiras aceleram a degeneração<br />
do saco <strong>em</strong>brionário enquanto a aplicação de inibidores da síntese de giberelinas actua<br />
no sentido inverso. Exist<strong>em</strong> experiências que comprovam que <strong>em</strong> cerejeiras tratadas<br />
com GA3 à floração, a percentag<strong>em</strong> de inflorescências com óvulos não viáveis<br />
ultrapassam os 50% nos primeiros 3 dias após a ântese enquanto nas flores das árvores<br />
test<strong>em</strong>unha não passava dos 30% nos primeiros 6 dias após a ântese.<br />
As aplicações de benziladenina e do ácido 2,4-diclorfenoxiacético também<br />
reduz<strong>em</strong> a longevidade dos óvulos mas os seus efeitos não são tão fortes como no caso<br />
das giberelinas.<br />
Assim sendo, devido à relação entre as t<strong>em</strong>peraturas elevadas e o aumento<br />
progressivo de giberelinas endógenas, com o consequente aumento da degeneração dos<br />
sacos <strong>em</strong>brionários, a inibição do seu nível nas flores através da manutenção destas a<br />
situações de baixas t<strong>em</strong>peraturas por intermédio de ensombramento induzido ou através<br />
da aplicação de inibidores da síntese de giberelinas poder<strong>em</strong>os melhorar os vingamentos<br />
das cerejeiras <strong>em</strong> anos de Primaveras quentes.<br />
A presença de auxinas nas s<strong>em</strong>entes durante o seu desenvolvimento inicial<br />
favorece a prevenção da abcisão dos frutos recém-vingados. A extinção das s<strong>em</strong>entes é<br />
promotora da queda dos frutos podendo esta ser inibida com a inclusão de auxinas<br />
sintéticas como o ácido naftalenoacético (ANA) existindo assim uma relação com a<br />
persistência das s<strong>em</strong>entes e a sua acção devido à presença de substâncias reguladoras do<br />
desenvolvimento por elas sintetizadas.<br />
O ácido abcísico (ABA) é um regulador do desenvolvimento implicado na<br />
abcisão sendo a sua presença geral nos frutos com ou s<strong>em</strong> s<strong>em</strong>entes. A sua acção<br />
interage com os promotores (auxinas, giberelinas e citoquininas) para que o equilíbrio<br />
entre estes grupos de reguladores de crescimento que irá determinar o vingamento e o<br />
desenvolvimento do fruto ou a sua abcisão.<br />
O papel das auxinas como substâncias fundamentais na abcisão t<strong>em</strong> o seu<br />
reflexo na queda fisiológica dos frutos. Esta inicia-se 10 dias depois do máximo pico na<br />
concentração de auxinas e alcança o seu máximo 15 a 20 dias depois, quando a sua<br />
concentração é mais baixa. A evolução do conteúdo <strong>em</strong> ABA atinge o seu máximo, 5 a<br />
7 dias após a ântese e outro aos 30 a 35 dias. Estes aumentos associados à drástica<br />
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