Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão
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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />
pistilo começa a sintetizar S-RNases, de modo que, quando a flor abre, as S-RNases estão já<br />
presentes no lúmen do pistilo. Um grão de pólen que poise no estigma começa a germinar para<br />
o interior do pistilo e as S-RNases entram para dentro do tubo polínico, independent<strong>em</strong>ente do<br />
seu haplótipo. No tubo polínico, as S-RNases que apresentam um haplótipo diferente do<br />
haplótipo do grão de pólen são “marcadas” pelas SLF/SFB, ligando uma pequena proteína<br />
chamada ubiquitina, para posteriormente ser<strong>em</strong> degradadas pelos proteossomas, enquanto as S-<br />
RNases que apresentam um haplótipo idêntico ao do pólen são protegidas da degradação,<br />
possivelmente também pela proteína SLF/SFB. Como consequência, as S-RNases que não<br />
foram degradadas, vão actuar como citotoxinas degradando por sua vez o RNA do pólen<br />
necessário para a tradução proteica, levando a uma incapacidade de produzir novas proteínas,<br />
interrompendo <strong>em</strong> último caso o crescimento do tubo polínico. Apesar deste modelo ser aquele<br />
que actualmente melhor explica o funcionamento e actuação da S-RNase, alguns dados<br />
permanec<strong>em</strong> inconsistentes com este modelo, estando ainda por identificar alguns dos<br />
intervenientes neste processo.<br />
Devido à possibilidade de existência de incompatibilidades entre variedade é<br />
importante efectuar um correcto dimensionamento do pomar de forma a não existir uma<br />
polinização deficiente entre as variedades. Deverão ser seleccionadas cultivares<br />
compatíveis na proximidade umas das outras b<strong>em</strong> como apresentar<strong>em</strong> um período de<br />
floração coincidente.<br />
6.3 – A importância das s<strong>em</strong>entes<br />
As s<strong>em</strong>entes, especialmente o seu endosperma, são locais de síntese, onde<br />
substâncias de crescimento são produzidas. Inicialmente, à medida que o endosperma se<br />
vai formando, o fruto começa a crescer intensamente sob o efeito das auxinas.<br />
Consequent<strong>em</strong>ente, o <strong>em</strong>brião consome o endosperma, coincidindo com um atraso no<br />
crescimento do fruto associado à queda de frutos. Após, o <strong>em</strong>brião ter completado o seu<br />
crescimento, inicia-se a formação do endosperma secundário que continua a produzir<br />
auxinas inibindo a abcisão.<br />
As auxinas absorv<strong>em</strong> não só substâncias orgânicas mas influenciam também a<br />
distribuição de citoquininas para os frutos, que são consumidores activos de<br />
metabólitos. Os jovens órgãos compet<strong>em</strong> sucessivamente com os órgãos adultos das<br />
árvores, sendo essa relação drasticamente alterada com a eliminação das s<strong>em</strong>entes.<br />
Em frutos com uma única s<strong>em</strong>ente – como é o caso dos frutos de caroço<br />
(prunóideas) – o conteúdo da s<strong>em</strong>ente não deixa alternativa senão sim ou não à<br />
fecundação. A queda dos frutos está dependente do desenvolvimento do <strong>em</strong>brião do<br />
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