Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão
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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />
presentes no pistilo; e s<strong>em</strong>i-incompatibilidade, quando uma parte dos grãos de pólen<br />
contêm um alelo diferente dos que exist<strong>em</strong> no pistilo. Quando todos os grãos de pólen<br />
têm o seu alelo diferente dos que exist<strong>em</strong> no pistilo, não existe incompatibilidade<br />
gametofítica (Figura 8).<br />
No Quadro 1 (<strong>em</strong> Anexo) são apresentados alguns grupos de incompatibilidade<br />
de variedades de cerejeira enquanto na Figura 8 são ilustradas simulações dos<br />
fenómenos de compatibilidade e incompatibilidade entre grãos de pólen e o estigma e a<br />
base do estilete.<br />
Figura 8 – Esqu<strong>em</strong>atização da compatibilidade e incompatibilidade de variedades de<br />
cerejeira (Andersen et al.. 2001).<br />
O sist<strong>em</strong>a de auto incompatibilidade é determinado pelo locus S, que é um locus<br />
multialélico contendo alguns genes, entre os quais um gene com múltiplos alelos que codifica<br />
uma ribonuclease específica S (S-RNase) que apenas é sintetizada nos pistilos das flores antes<br />
da sua abertura (ântese) e controla a especificidade do próprio pistilo. Uma vez que o gene da S-<br />
RNase controla apenas a parte do pistilo, t<strong>em</strong> sido sugerido que a parte do pólen é regulada por<br />
um outro gene que se pensa estar geneticamente relacionado ao gene da S-RNase. Este gene S<br />
específico do pólen foi identificado <strong>em</strong> algumas espécies, nomeadamente <strong>em</strong> alperce, amêndoa<br />
e cerejeira. Como esperado, o gene que governa a componente de especificidade do pólen é<br />
expresso especificamente no pólen sendo altamente polimórfico.<br />
O modelo actualmente aceite para explicar a especificidade de rejeição do pólen pela S-<br />
RNase, é o modelo da activação/inibição. Este modelo sugere que poucos dias antes da ântese, o<br />
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