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Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão

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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />

As t<strong>em</strong>peraturas registadas durante a floração influenciam directamente a<br />

vitalidade e a longevidade do saco <strong>em</strong>brionário, que condicionam as hipóteses de<br />

vingamento. Desde que estas não ultrapass<strong>em</strong> os 17ºC, cada grau a mais irá diminuir a<br />

vida útil do saco <strong>em</strong>brionário <strong>em</strong> um dia enquanto as t<strong>em</strong>peraturas abaixo do ponto de<br />

congelação irão também danificá-lo. Os estragos poderão permanecer disfarçados e<br />

causar<strong>em</strong> parcial ou totalmente a esterilidade da flor aumentando a taxa de queda de<br />

flores.<br />

As geadas primaveris ameaçam principalmente as flores mais desenvolvidas e<br />

que floresc<strong>em</strong> antecipadamente. Se as primeiras for<strong>em</strong> danificadas as próximas, as<br />

flores secundárias, apresentam uma maior probabilidade de desenvolver<strong>em</strong> um fruto<br />

podendo, <strong>em</strong> alguns casos, originar uma maior percentag<strong>em</strong> de vingamento.<br />

As flores fertilizadas por auto-polinização são mais susceptíveis às vagas de frio<br />

devido à menor produção de tubos polínicos que penetram no ovário e menor produção<br />

de substâncias de crescimento que funcionam como contrapeso à queda das flores.<br />

T<strong>em</strong> sido observado que o progresso da lenhificação do caroço se encontra<br />

associado à redução da importância da queda dos frutos causada pelas condições<br />

ambientais fundamentalmente a t<strong>em</strong>peratura.<br />

6.2 – Sist<strong>em</strong>a de incompatibilidade gametofítica (GSI) - Esterilidade do pólen<br />

A esterilidade pode ser induzida por factores climáticos mas as causas mais relevantes<br />

são as genéticas (gamética, citológica e homogenética) que influenciam<br />

substancialmente a receptividade estigmática dos grãos de pólen e o posterior<br />

crescimento do tubo polínico. O sist<strong>em</strong>a de incompatibilidade gametofítica (GSI),<br />

também denominado por sist<strong>em</strong>a de auto-incompatibilidade, é um mecanismo presente<br />

<strong>em</strong> plantas com flores hermafroditas que impede a auto-fecundação, permitindo um<br />

aumento da variabilidade genética ao promover o cruzamento entre variedades<br />

diferentes, contribuindo assim para a evolução da espécie estando presente <strong>em</strong><br />

praticamente todas as fruteiras. Este mecanismo é determinado pelo genótipo haplóide<br />

de cada grão de pólen e pelo genótipo diplóide dos tecidos do pistilo, ocorrendo<br />

incompatibilidade quando os alelos S são comuns entre o pólen e o pistilo. Esta<br />

incompatibilidade traduz-se na inibição do crescimento do tubo polínico, ao nível do<br />

estilete, do grão de pólen que possui o alelo comum ao pistilo. Pode ainda ser feita a<br />

distinção entre incompatibilidade total, quando todos os grãos de pólen contêm alelos<br />

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