Vingamento em Cerejeiras 2011 - Cerfundão
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- Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, Lda.<br />
dormência prolongada, os gomos florais, estão normalmente subdesenvolvidos<br />
estruturalmente, estando os pistilos <strong>em</strong> muitos casos ananicados, os primórdios florais<br />
abortam e os gomos florais cai<strong>em</strong> <strong>em</strong> diferentes estados do seu desenvolvimento.<br />
Assim sendo, as t<strong>em</strong>peraturas elevadas reduz<strong>em</strong> drasticamente a capacidade de<br />
recepção do estigma e aumentam a degeneração dos óvulos sendo favoráveis para a taxa<br />
de crescimento do tubo polínico significando uma adaptação da parte masculina para<br />
uma curta receptividade f<strong>em</strong>inina. Por outro lado, as baixas t<strong>em</strong>peraturas poderão actuar<br />
contra os grãos de pólen reduzindo a sua germinação e taxa de crescimento limitando o<br />
sucesso da fecundação. Neste caso, o pistilo parece compensar o efeito do pólen<br />
aumentando a receptividade estigmática e atrasando a degeneração do estilete e do<br />
óvulo. Estas evidências d<strong>em</strong>onstram que a fecundação, tanto no lado masculino como<br />
no f<strong>em</strong>inino, poderá ser assegurada num intervalo alargado de t<strong>em</strong>peraturas. A<br />
interacção entre o pólen e o estigma é a primeira etapa na interacção entre o pólen e o<br />
pistilo durante o processo de reprodução.<br />
A queda pr<strong>em</strong>atura de frutos é causada, <strong>em</strong> regra, por um conjunto complexo de<br />
factores incluindo a elevada probabilidade de condições climáticas adversas. Os<br />
acontecimentos meteorológicos antes, durante e após o aparecimento das flores, a<br />
floração e o vingamento e a queda dos frutos são altamente decisivos. Em climas<br />
t<strong>em</strong>perados, as geadas tardias que ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> Abril e Maio provocam estragos<br />
consideráveis nos gomos florais, nas flores e nos jovens primórdios dos frutos<br />
principalmente através da destruição de tecidos condutores importantes que originam a<br />
queda de frutos antes e depois do seu vingamento (Figura 7).<br />
Figura 7 – Frutos de cerejeira recém vingados danificados pelas geadas.<br />
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