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Centro de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa<br />
“Ide… anunciai a Boa-Nova.” (Mateus 28,19)
Prefácio<br />
Após mais de 15 anos de utilização da Coleção Sementes – manual de catequese elaborado na<br />
Diocese de Ponta Grossa (PR) – utilizada por catequistas de muitas regiões do Brasil, é para mim<br />
motivo de alegria e grande esperança apresentar a nova coleção, totalmente reformulada no espírito<br />
do Documento de Aparecida e do processo de Iniciação à Vida Cristã.<br />
Compreendemos hoje melhor que a catequese não é uma transmissão de conteúdos de doutrina<br />
(“instrução”), nem apenas preparação para receber este ou aquele sacramento (“etapa de formatura”),<br />
mas é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário de vida, que leva<br />
alguém ao encontro de comunhão e intimidade com Jesus Cristo e a aderir à proposta do Reino,<br />
que é vivida na Igreja.<br />
Duas consequências brotam dessa visão: o catequista precisa ser alguém orante, que experimenta e<br />
vive o seu encontro pessoal com o Senhor, e assim é capaz de introduzir os catequizandos no Mistério<br />
(mistagogia); esse processo de discipulado se realiza na comunidade eclesial, e toda a comunidade paroquial<br />
é catequizadora, com a participação da família e do sacerdote. A dinâmica toda da Catequese vai<br />
inserir o catequizando na vida da comunidade...<br />
Daí uma grande novidade da nova coleção: a inserção de celebrações litúrgico-catequéticas ou ritos<br />
de Iniciação, que vão assinalando as várias etapas e introduzindo o catequizando no Mistério do Ressuscitado,<br />
levando-o a assimilar a linguagem dos símbolos, gestos, à vida de oração e contemplação, bem<br />
como a participar de maneira ativa e frutuosa na Liturgia e na transformação da sociedade.<br />
O primeiro volume começa com uma preciosa apresentação, que expõe de maneira clara a mística<br />
da Iniciação à Vida Cristã, sempre iluminada pela atitude de Jesus com os discípulos de Emaús. Respeita<br />
a psicologia das idades e os diversos momentos do ano litúrgico. Será muito útil para a preparação dos<br />
catequistas, no início das atividades.<br />
Parabenizando a Equipe de Animação Bíblico-Catequética da diocese e a <strong>Editora</strong> <strong>Ave</strong>-<strong>Maria</strong> por<br />
colocar à disposição dos catequistas e das comunidades do Brasil este precioso instrumento, invoco sobre<br />
todos as bênçãos de Deus uno e trino.<br />
Na Festa de <strong>Maria</strong>, Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese.<br />
Ponta Grossa, 15 de setembro de 2011.<br />
Dom Sergio Arthur Braschi
Apresentação<br />
Esta edição reformulada do Manual de iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua<br />
Comunidade faz parte da Coleção Sementes e é expressão do amadurecimento da edição publicada em<br />
1995 na Diocese de Ponta Grossa (PR).<br />
Reformulada com a colaboração de catequistas, religiosos, pedagogos, psicólogos e sacerdotes, esta<br />
edição alinha o processo catequético com as orientações do Documento de Aparecida, do Diretório<br />
Nacional de Catequese, do Estudo 97 sobre iniciação à vida cristã e das diretrizes gerais da Ação Evangelizadora<br />
da Igreja (2011-2015). Deseja oferecer à Igreja um instrumento vivo e dinâmico de transmissão<br />
da fé, para auxiliar o “processo de iniciação à vida cristã”, que conduz a pessoa para um mergulho no<br />
Mistério de Cristo, formando nela um coração de discípulo missionário.<br />
É preciso tratar com zelo uma importante parcela do povo de Deus confiada à Igreja composta de<br />
crianças e adolescentes. Para eles, a catequese de iniciação à vida cristã é fundamental para o crescimento<br />
na fé, porque proporciona um encontro pessoal com Cristo pela escuta da Palavra, da Celebração dos<br />
mistérios da fé e da vida comunitária.<br />
O método de “iniciação” requer cuidado no planejamento para o êxito da ação catequética no<br />
âmbito paroquial. Necessita também de catequistas mistagogos, isto é, que tenham segurança para<br />
conduzir ao Mistério pela vivência da fé, da espiritualidade e do testemunho de vida de comunhão<br />
na comunidade. Por sua vez, a comunidade também é chamada a realizar essa tarefa, que é “do<br />
conjunto da Igreja”.<br />
A formação e a criatividade de nossos catequistas são sempre uma qualidade a ser valorizada e estimulada.<br />
Embora o trabalho dedicado de muitos catequistas seja objeto de nosso respeito e admiração,<br />
a iniciação de nossas crianças e adolescentes tem sido fragmentada e, às vezes, insuficiente diante dos<br />
desafios e das urgências desta “mudança de época”.<br />
Esta edição reformulada do manual da Coleção Sementes proporciona a diminuição da distância<br />
entre a catequese e a liturgia, que são duas faces do mesmo Mistério, em vista da adesão a Jesus e do<br />
discipulado.<br />
A catequese de iniciação à vida cristã favorece a integração entre Anúncio, Celebração e Vivência<br />
Comunitária. Sendo um método mais participativo, fomenta a conexão entre catequista, catequizandos,<br />
família e comunidade.<br />
A Coleção Sementes contém cinco volumes para realizar um processo global de catequese,<br />
instruindo com os quatro pilares da doutrina (crer, celebrar, viver e rezar), favorecem a experiência<br />
das primeiras e fundamentais noções da fé. Os três primeiros volumes preparam para a intimidade<br />
com Cristo, a inserção e a pertença à Sua comunidade, que se expressará por meio da participação<br />
eucarística. Os outros dois volumes confirmam a opção e a adesão a Jesus e à Sua comunidade,<br />
consolidando no catequizando um coração de discípulo missionário para atuar, na força do Espírito<br />
Santo, como “sal da terra e luz no mundo”. (Mateus 5,13-14)<br />
Este manual inicia-se com uma carta de acolhida aos pais e catequizandos, um texto de<br />
capacitação inicial para os catequistas, uma celebração de unção e de envio do catequista e um
encontro de acolhida dos catequizandos. Em seguida, sugere um encontro de reflexão sobre a<br />
Campanha da Fraternidade.<br />
Neste volume, a 1a unidade traz cinco temas que possibilitam a reflexão do catequizando sobre si<br />
mesmo, sobre a própria história e sobre sua relação com a obra da criação, encerrando com a “Celebração<br />
litúrgica do Querigma”. A 2a unidade, com cinco temas, favorece a experiência da abertura para<br />
as relações com os outros, valorizando o dom da amizade e do perdão; conclui-se com a “Celebração<br />
litúrgica da entrega do Pai-Nosso”. Também com cinco temas, a 3a unidade aponta para a relação que<br />
somos chamados a ter com Deus, a qual se consolida em Jesus Cristo, ao apresentar a novidade do projeto<br />
do Reino. Conduz para a experiência de oração, tendo como base o Pai-Nosso. Na 4a unidade, há<br />
sete temas que convidam para relações fraternas na comunidade de fé, que é assistida pela Virgem <strong>Maria</strong>.<br />
Nessa unidade, acontece a “Celebração litúrgica da Redição do Pai-Nosso”.<br />
Cada encontro apresenta orientações e formação para o catequista e é organizado segundo os quatro<br />
passos da metodologia do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado: Acolhida, Fundamentação<br />
bíblica, Espiritualização e Atividades de fixação para integrar a família e fomentar o compromisso<br />
cristão.<br />
Este manual apresenta um processo pedagógico dinâmico, cristocêntrico, litúrgico-comunitário,<br />
orante e bíblico, que integra a família, o catequista, o catequizando e a comunidade, ajudando o catequizando<br />
a desenvolver o costume de ouvir a Palavra de Deus dentro e fora da família.<br />
“Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os tudo o que vos ordenei” (Mateus 28,19-20). Desejosos<br />
de que esse mandato de Jesus à Igreja aconteça de modo sempre renovado e caracterizado pela alegria,<br />
pedimos os auxílios da Mãe da Divina Graça.<br />
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa, PR
Carta de acolhida aos pais<br />
e catequizandos<br />
Queridos pais e catequizandos,<br />
A Igreja recebe seu filho com carinho e se alegra em poder compartilhar com vocês deste momento<br />
de especial responsabilidade para uma família cristã, que é o processo de iniciar ou conduzir uma pessoa<br />
para a inserção na “vida” da comunidade cristã.<br />
Contando com a participação e o compromisso da família, a Igreja deseja auxiliar nessa tarefa,<br />
dando continuidade na missão de iniciação cristã, que significa conduzir para o encontro com o Ressuscitado,<br />
formando no cristão um coração de discípulo missionário.<br />
Toda pessoa carrega no coração o “desejo de ser feliz”. O processo de iniciação é a resposta para esse<br />
desejo e também a missão da Igreja de conduzir o homem para a “alegria do encontro vivo com Cristo”,<br />
inserindo no lugar onde Ele escolheu permanecer vivo: a comunidade cristã.<br />
A catequese inicia no ventre materno, que acolheu, com a experiência de amor, com sentimentos de<br />
afeto e gratidão, o dom da vida em seus primeiros momentos e se estende pela convivência familiar, que<br />
deve ser naturalmente compreendida como um núcleo de relações de amor que formam valores.<br />
É no ambiente de um lar com pais cristãos, permeado de gestos e valores do Evangelho, que são<br />
realizados nos filhos os primeiros e fundamentais traços que imprimirão neles uma fisionomia cristã. A<br />
Igreja, por sua vez, aprofundará e dará continuidade a essa tarefa que se inicia na família: “Os pais são<br />
os catequistas insubstituíveis dos seus filhos”.<br />
“Nos primeiros anos de vida da criança, lançam-se a base e o fundamento do seu futuro. Por isso<br />
mesmo, devem os pais compreender a importância de sua missão a esse respeito. Em virtude do batismo<br />
e do matrimônio, são eles os primeiros catequistas de seus filhos: de fato educar é continuar<br />
o ato de geração. Nessa idade, Deus passa de modo particular ‘mediante a intervenção da família’.<br />
As crianças têm necessidade de aprender e de ver os pais que se amam, que respeitam a Deus, que<br />
sabem apresentar o ‘conteúdo cristão’ no testemunho e na esperança ‘de uma vida de todos os dias<br />
vivida segundo o evangelho’. O testemunho é fundamental. A Palavra de Deus é eficaz em si mesma,<br />
mas adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa que anuncia. Isso vale de modo<br />
particular para as crianças que ainda não têm condições de distinguir entre a verdade anunciada e a<br />
vida daquele que a anuncia. Para a criança, não há distinção entre a mãe e o pai que rezam e a oração:<br />
mais ainda, a oração tem especial valor porque é reza da mãe e do pai.”<br />
(João Paulo II – discurso em Porto Alegre, RS, 1980)<br />
“Escutai: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho,<br />
e vieram as aves e a comeram.<br />
Outra parte caiu no solo pedregoso e, não havendo terra bastante, nasceu logo, porque não havia terra<br />
profunda, mas, ao surgir do sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou.<br />
Outra parte caiu entre os espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto.<br />
Outras caíram em terra boa e produziram fruto, crescendo e se desenvolvendo, e uma produziu trinta,<br />
outra sessenta e outra cem por cento.”<br />
(Marcos 4,3-8)<br />
11
Essa exposição pretende estimular a família, os sacerdotes, catequistas, catequizandos e toda a comunidade<br />
a tomar consciência da necessidade de olhar sempre para o campo semeado, e a fazê-lo a<br />
partir de uma perspectiva de fé e de misericórdia. (Diretório Geral para Catequese no 14)<br />
Catequizando, a parábola “Saiu o semeador a semear” (Marcos 4,3) é fonte inspiradora para a<br />
evangelização. A semente é a Palavra de Deus, que será lançada no seu coração em cada encontro de<br />
catequese. O semeador é Jesus Cristo. Ele anunciou o Evangelho na Palestina há 2 mil anos e enviou os<br />
seus discípulos a semeá-lo pelo mundo, e assim fazem hoje os catequistas e a “ação do conjunto da Igreja<br />
em suas pastorais e movimentos”. (Diretório Geral para Catequese no 15)<br />
Jesus Cristo hoje, presente na Igreja por meio do Espírito, continua a semear amplamente a<br />
Palavra do Pai no campo do mundo. Ele deseja lançar “sementes de vida” em seu coração por meio<br />
do seu catequista.<br />
Lemos na parábola que a qualidade do terreno é sempre muito variada. A semente do Evangelho<br />
cai “à beira do caminho” (Marcos 4,4), quando não é realmente escutada; cai “em solo pedregoso”<br />
(Marcos 4,5), sem que possa penetrar profundamente na terra; cai “entre os espinhos” (Marcos 4,7) e<br />
é imediatamente sufocada no coração daqueles que se fazem distraídos porque têm outras preocupações.<br />
Mas a parábola conta que há sementes que caem “em terra boa” (Marcos 4,8), isto é, no coração<br />
aberto e disposto à relação pessoal com Deus, que deseja ser solidário com o próximo, e a semente<br />
produz frutos abundantes!<br />
Com qual dessas situações você deseja que seu coração se assemelhe neste ano catequético?<br />
Caríssimos pais e catequizandos, meditando sobre isso, iniciemos com coragem, dinamismo e decisão<br />
a participação nesse processo.<br />
Seja bem-vindo, catequizando! Junto com seus pais e nossa comunidade, faremos um bonito caminho<br />
de “iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade”!<br />
12<br />
“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o<br />
melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.”<br />
(Documento de Aparecida n o 29)<br />
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa (PR)
Capacitação inicial para os catequistas<br />
Querido(a) catequista: “Semeai, o resto fará o Senhor!”<br />
Retomando essas palavras, que o saudoso Papa “Beato João Paulo II” dirigiu aos catequistas em<br />
determinada ocasião, deixemo-nos animar por esse apelo tão significativo que projeta sobre a ação de<br />
catequizar a ação do próprio Deus, o qual generosamente nos inspira a espalhar a semente da Palavra<br />
capaz de fazer, misteriosamente, a vida germinar.<br />
A capacitação que segue deve ser organizada pela Coordenação Paroquial de Catequese destinada<br />
ao grupo de catequistas e contém:<br />
1. Definição de catequese<br />
2. Conteúdo específico de cada tempo<br />
3. Metodologia e pedagogia do manual<br />
4. Desenvolvimento psicológico da criança entre 8 e 9 anos<br />
5. Os quatro pilares para edificação da fé<br />
6. Celebrações litúrgicas com ritos de iniciação cristã<br />
1. Definição de catequese<br />
A catequese é uma ação da Igreja, e também um ressoar da experiência de intimidade com o Senhor<br />
que precisa estar impressa na vida daqueles que se sentem chamados a cumprir a tarefa da transmissão<br />
da fé que Jesus nos deu quando disse: “Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os a observar tudo que<br />
vos ordenei” (Mateus 28,19).<br />
“A catequese é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário e não apenas<br />
uma instrução” (Catequese Renovada 282).<br />
“A catequese compreende um ensino da doutrina cristã, de maneira orgânica (viva) e sistemática<br />
(processo), com o fim de iniciar na plenitude da vida cristã” (Catechesi Tradendae 18, Catequese hoje).<br />
“Ela é em primeiro lugar, uma ação eclesial, pela qual a Igreja transmite a fé que ela mesma vive.<br />
O catequista é um porta-voz da Comunidade e não de uma doutrina pessoal” (Catequese Renovada 45).<br />
Para que fazer catequese?<br />
“A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. A recepção do sacramento<br />
é consequência de uma adesão à proposta do Reino, vivida na Igreja” (Diretório Nacional de Catequese<br />
50). O serviço da catequese tem como finalidade “fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato,<br />
mas em comunhão e intimidade com Jesus Cristo”. Fazer catequese é um ato de amor, “é o conjunto<br />
dos esforços realizados na Igreja para fazer discípulos” (CT1). O serviço da catequese não é uma simples<br />
instrução a respeito de textos, normas ou regras, afinal a Palavra que transmitimos é Pessoa, é a “Palavra<br />
de Deus” que se fez carne (João 1,14) e, portanto, trata-se de ensinar, com aquilo que está impresso em<br />
nossa vida, um jeito de se relacionar com o Senhor.<br />
13
14<br />
Partilhando com o grupo:<br />
• Retomando as afirmações contidas no texto acima, busque palavras que ajudem a aprofundar<br />
o sentido do que é catequese e a relação com o “ser catequista”.<br />
• O que vocês podem comentar sobre as expressões do texto: “conjunto de esforços”, “para fazer<br />
discípulos”, “processo dinâmico”, “intimidade com Jesus”, “ensino de modo orgânico e<br />
sistemático”, “transmitir a fé que a Igreja vive sendo porta-voz da Comunidade”, “a Palavra<br />
que transmitimos é Pessoa”, “ensinar, com aquilo que está impresso em nossa vida, um jeito<br />
de se relacionar com o Senhor”.<br />
• O que há em comum com o jeito de fazer catequese que a Igreja apresenta e o modo de fazer<br />
catequese em sua Comunidade?<br />
• No que você acha que sua Comunidade precisa crescer em relação à catequese?<br />
• Depois das reflexões feitas, em sua opinião, quais as atitudes que compõem o perfil do catequista<br />
hoje?<br />
Por que utilizar um manual para fazer catequese?<br />
Fazer catequese com um manual é realizar “um itinerário educativo que vai além da simples transmissão<br />
de conteúdos doutrinais desenvolvidos nos encontros catequéticos. Os manuais oferecem um processo participativo<br />
que dá acesso às Sagradas Escrituras, à liturgia, à doutrina da Igreja, à inserção na vida da comunidade<br />
eclesial e às experiências de intimidade com Deus” (Diretório Nacional de Catequese 152).<br />
O manual apresenta um conjunto de passos e operações necessárias para instruir alguém em determinada<br />
etapa do processo. Ele tem como pano de fundo um caminho, porém, ele sozinho não é todo o caminho catequético;<br />
catequese é muito mais do que apenas aquele momento isolado do encontro. Os momentos de catequese<br />
acontecem também na família, na vida em comunidade, nas celebrações e em tantas outras atividades.<br />
O manual é um “ajudante”. A efi cácia do processo é facilitada por um bom manual, mas também<br />
exige preparo, formação, criatividade e planejamento do catequista, participação da Comunidade, da<br />
família e do sacerdote.<br />
Dinamizando o tema<br />
Formar grupos de até 10 pessoas e entregar 1 kit em embalagem de plástico contendo:<br />
• 3 canudinhos<br />
• 1 folha colorida<br />
• 5 palitos de sorvete<br />
• 1 bexiga<br />
• 1 pedaço de barbante<br />
• 1 pedaço de papel cartão<br />
• 1 pedaço de fita crepe colada no próprio plástico<br />
• 1 guardanapo<br />
Em seguida, pedir a cada grupo que, utilizando o material do kit, monte em equipe “algo que seja útil para<br />
percorrer um caminho”. Depois alguns grupos podem apresentar o que montaram explicando o signifi cado.<br />
Conclusão: perceber que a utilidade do manual é como a de um kit, no qual as coisas não estão<br />
prontas ou acabadas, mas nele se encontram recursos para que, mediante planejamento, participação<br />
e criatividade seja possível expressar o que se deseja.
2. Conteúdo específico de cada tempo<br />
Conhecendo o itinerário que o processo da Coleção Sementes desenvolve no catequizando nos<br />
cinco tempos:<br />
1 o Tempo<br />
Conhecer-se e<br />
Relacionar-se<br />
2 o Tempo<br />
Ele nos chama a<br />
viver este Projeto<br />
em Comunidade<br />
3 o Tempo<br />
Vivendo a Lei<br />
do Amor em<br />
Comunidade<br />
4 o Tempo<br />
O agir do discípulo:<br />
vida de oração e<br />
cultivo de fé<br />
5 o Tempo<br />
Serviço<br />
aos irmãos<br />
1 o Tempo<br />
Eu comigo mesmo<br />
e com o mundo<br />
Eu e o outro<br />
Eu e Deus<br />
2 o Tempo<br />
Jesus anuncia:<br />
O Reino e as<br />
Bem-<strong>Ave</strong>nturanças<br />
3 o Tempo<br />
Crer no Deus<br />
Uno e Trino em<br />
Comunidade<br />
4 o Tempo<br />
Faço opções, posso<br />
servir a comunidade<br />
DiSCiPULADO<br />
5 o Tempo<br />
A força do Espírito<br />
na história e na igreja<br />
é força para a missão<br />
1 o Tempo<br />
Relações fraternas<br />
vividas em<br />
Comunidade<br />
2 o Tempo<br />
<strong>Maria</strong> do Sim<br />
Jesus, a nova<br />
Aliança<br />
3 o Tempo<br />
Experimentar os gestos<br />
salvíficos de Jesus em<br />
Comunidade<br />
4 o Tempo<br />
Firmar as<br />
convicções de fé<br />
na comunidade<br />
5 o Tempo<br />
Assumir a vocação e<br />
missão para servir a comunidade<br />
e a Sociedade<br />
2 o Tempo<br />
Deus se revela:<br />
Palavra/Criação<br />
2 o Tempo<br />
Faz Aliança<br />
Dá a Lei do Amor<br />
Fala pelos profetas<br />
4 o Tempo<br />
Eu, adolescente:<br />
razão e<br />
liberdade<br />
4 o Tempo<br />
Dialogar em família<br />
Respeitar as<br />
diferenças<br />
DiSCÍPULO<br />
MiSSiONÁRiO<br />
Olhando o organograma, podemos compreender o ponto de partida e de chegada que cada um dos<br />
manuais desenvolve, e ter uma visão de conjunto do itinerário desenvolvido ao longo de cada tempo.<br />
As áreas do 1o Tempo representam o manual Sementes de Vida. Ao longo do ano cada encontro<br />
realiza um processo, por meio de um conteúdo, que conduz a uma experiência com o Deus, que chama<br />
para relações fraternas na comunidade.<br />
As áreas do 2o Tempo representam o percurso realizado com o manual Sementes de Esperança, o<br />
qual lançará as bases da Revelação do Deus da Aliança, que em Jesus nos chama para a experiência de<br />
Salvação na Comunidade.<br />
15
As áreas do 3o Tempo ajudam a compreender que o manual Sementes de Comunhão, sintetizando<br />
os mandamentos e o símbolo da fé (credo), consolida a inserção na comunidade pela participação no<br />
mistério sacramental da presença eucarística do Ressuscitado.<br />
Fica claro que ao longo dos três anos acontece um processo de inserção na Comunidade e a expressão<br />
dessa pertença comunitária é a vida eucarística.<br />
Depois podemos ver nas áreas do 4o e do 5o Tempo as etapas desenvolvidas pelo manual Sementes<br />
de Participação. Já inserido na experiência da comunidade, o catequizando retomará o conhecimento e a<br />
compreensão de si nessa fase de pré-adolescência e adolescência, seguindo no processo de maturidade da fé.<br />
Firmando suas convicções na comunidade, poderá aprofundar suas opções para o serviço de discipulado e,<br />
experimentando a atuação e a força do Espírito, poderá tornar-se também missionário.<br />
Esta é a visão de conjunto da catequese de iniciação que a Coleção Sementes realiza por meio da<br />
metodologia aplicada nos cinco tempos. Deseja inserir a pessoa no mistério do encontro com o Ressuscitado<br />
presente na Comunidade em vista de formar no catequizando um coração de discípulo missionário<br />
da Igreja para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.<br />
16<br />
Refletindo com o grupo<br />
• Esta visão de conjunto que a Coleção Sementes apresenta contribui de que forma para<br />
realização do serviço catequético?<br />
Depois da partilha em grupo, os catequistas se reúnem conforme os tempos nos quais ministrarão<br />
catequese e leem o que segue.<br />
3. Metodologia e pedagogia do manual<br />
Este manual foi preparado com carinho para você, que acredita no serviço catequético e faz do<br />
encontro de catequese uma ocasião festiva de convivência, de partilha e de encontro vivo com o Senhor,<br />
tornando a “catequese um caminho que, pelo Encontro com Jesus, forma discípulos”.<br />
No início de cada encontro você encontrará os objetivos a serem alcançados, o material de apoio a ser<br />
utilizado para dinamizar o encontro e um texto de formação e preparação, que servirá para seu aprofundamento<br />
pessoal e sua preparação espiritual sobre o tema a ser desenvolvido em cada encontro.<br />
Você perceberá que cada um dos encontros possui quatro passos: Acolhimento (VER), Fundamentação<br />
(ILUMINAR), Espiritualização (CELEBRAR) e Atividades de fixação (AGIR CRISTÃO). Se olharmos para a<br />
pedagogia que Jesus utilizou no episódio de Emaús (Lucas 24) identificamos que os quatro passos realizados nos<br />
encontros são inspirados nesse processo, que servirá para levar os catequizandos à experiência de um encontro vivo<br />
e transformador. O catequizando precisa perceber na atividade do catequista os mesmos gestos de Jesus.<br />
O Senhor encontrou os discípulos no caminho e se pôs a caminhar com eles, perguntando dos fatos<br />
da vida (é a ACOLhIDA-VER), em seguida iluminou os anseios e a vida deles a partir da Palavra (é a<br />
FUNDAMENTAÇÃO-ILUMINAR). Isto despertou nos discípulos o desejo de permanecerem juntos,<br />
a ação de graças (é a ESPIRITUALIZAÇÃO-CELEBRAR). A experiência foi tão marcante e significativa,<br />
que reorientou e enviou os discípulos para a missão (é a ATIVIDADE, o AGIR CRISTÃO).<br />
Nossos encontros conservam a mesma pedagogia de Jesus. É importante compreender e desenvolver<br />
bem o passo a passo que propomos. Além disso, remetemos o catequizando para uma reflexão e vivência<br />
de fé com a família e também para uma prática de discipulado que pedirá um compromisso concreto<br />
no intervalo da semana.
No desenvolvimento do encontro aparecem traços da espiritualidade e metodologia da “Leitura<br />
Orante da Palavra”, que o catequista poderá utilizar para introduzir progressivamente o catequizando<br />
num mergulho mais profundo no Mistério, através das questões:<br />
• O que Deus falou para mim neste texto? (após a fundamentação)<br />
• O que sinto vontade de dizer a Deus? (após a espiritualização)<br />
• Transformando a oração em compromisso de ação cristã (na atividade e compromisso do “agir cristão”)<br />
Como desenvolver a metodologia dos quatro passos em um encontro?<br />
1o passo – Acolhimento: esse passo tem por finalidade fazer presente os fatos da vida dos catequizandos<br />
para compreender a realidade deles (“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles perguntando:<br />
sobre o que conversais pelo caminho?”, Lucas 24,15-17). Aplicando os métodos sugeridos e as<br />
técnicas de entrosamento, pode durar em torno de 10 a 15 minutos.<br />
2o passo – Fundamentação: depois de perceber a realidade através do acolhimento, o catequista<br />
iluminará os fatos da vida com a Palavra de Deus ( “explicava-lhes a Escritura”, Lucas 24, 27). Ela reconduz<br />
nossa história para Deus e para o serviço. Esse passo precisa ser participativo e de construção do<br />
conhecimento, e leva por volta de 20 minutos para ser desenvolvido.<br />
3o passo – Espiritualização: a experiência fará brotar neles o reconhecimento da bondade de Deus,<br />
conduzindo-os para espiritualização. Será o momento de experimentar a relação comunitário-pessoal<br />
com o Deus da Vida (“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes”, Lucas 24, 30). As técnicas<br />
para esse momento sugerem um período de 15 minutos.<br />
4o passo – Atividades de fixação: para concluir o ciclo desse processo, é preciso que a experiência<br />
de fé seja assimilada por eles em vista de lançá-los na integração com a família e no compromisso de<br />
atividades transformadoras (“levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém”, Lucas 24, 33). Esse<br />
momento pode acontecer num período de 15 minutos.<br />
O intuito do processo é levar os catequizandos para a experiência de Encontro vivo com Jesus. O<br />
catequista perceberá no desenvolvimento do tema o modo de realizar cada passo, gerando uma relação<br />
viva entre eles, sem tornar cansativo ou vazio cada momento do processo e ainda sem trabalhar mecanicamente<br />
em função do relógio.<br />
Refletindo com o grupo<br />
• Você já havia percebido a relação existente entre a pedagogia que Jesus utilizou com os discípulos<br />
de Emaús e a metodologia que desenvolvemos em cada Encontro?<br />
• Na sua opinião, é importante desenvolver no encontro catequético os quatro passos da<br />
metodologia que o manual apresenta? Por quê?<br />
4. Desenvolvimento psicológico da criança entre 8 e 9 anos<br />
Para lançar as sementes do ensino da fé neste tempo é preciso considerar “o terreno” que as acolherá.<br />
Este subsídio desenvolve o aprendizado considerando o desenvolvimento psicológico da criança<br />
entre 8 e 9 anos e seu modo de aprender.<br />
Esses catequizandos têm por referência a convivência com pai e mãe, contudo, já demonstram uma tendência<br />
em descobrirem-se e abrirem-se para novas relações. A criança gosta e já é capaz de pensar. Quando lhes são<br />
oferecidos meios para estimular seu raciocínio, surgem oportunidades para desenvolver seu potencial.<br />
17
Nessa fase do desenvolvimento da criança acontece a estruturação do caráter: a índole, a firmeza de<br />
vontade, da individualidade ou do seu jeito de ser. Os alicerces do caráter são assentados nos primeiros<br />
sete anos de vida. Essa é também a fase da descoberta de suas habilidades pessoais e relacionais. A criança<br />
deseja fazer parte do grupo, anseia “tornar-se grande, cooperando na realização de coisas em conjunto”;<br />
chamamos isso de “fase da indústria”.<br />
Para estimular as crianças desse Tempo é importante:<br />
• Iniciar o encontro com um diálogo, percebendo a realidade deles e o que já sabem sobre o assunto<br />
relacionado àquele tema, estimulando o pensar (momento do Acolhimento – Ver).<br />
• Aproveitar o “erro” da criança para estimular o raciocínio, a construção de pensamentos e a<br />
participação no grupo (momento da Fundamentação – Iluminar).<br />
• Compreender que elas aprendem o conteúdo quando são utilizados recursos como: gestos, símbolos,<br />
gravuras e recortes – dinamismo (momento da Espiritualização – Celebrar).<br />
• Incentivar a criatividade, estimular suas construções (momento das Atividades de Fixação – Agir).<br />
• Reforçar a cooperação, fazendo trabalhos em duplas, trios ou grupos maiores.<br />
Compreendendo o processo realizado por essas crianças com atividades que necessitam de tempo e<br />
paciência, identificamos o perfil do catequista deste Tempo.<br />
18<br />
Refletindo com o grupo<br />
• Com referência ao desenvolvimento psicológico da criança a partir de 8 anos, comente<br />
com o grupo o que mais lhe chamou atenção.<br />
• Conhecendo os estímulos desta fase da criança, você se identifica com o perfil de catequista<br />
para este Tempo?<br />
5. Os quatro pilares para edificação da fé<br />
É importante que o catequista saiba que o conjunto dos temas deste manual procura apresentar<br />
progressivamente conteúdos que fazem parte dos quatro pilares que a Igreja nos apresenta para edificar<br />
a fé. Por meio desses quatro pilares ou grandes temas, desenvolvemos com a metodologia do manual<br />
uma catequese bíblica, litúrgica, celebrativa, vivencial e orante, ajudando a pessoa a sistematizar ou<br />
compreen der a fé revelada na Escritura.<br />
Os quatro pilares são:<br />
1o Crer (temas sobre a Revelação – no organograma com o coração)<br />
2o Celebrar (temas sobre Liturgia e Sacramento – no organograma com a estrela)<br />
3o Viver (temas sobre mandamentos para o agir – no organograma com a seta)<br />
4o Rezar (temas sobre Oração – no organograma com a cruz)<br />
CRER<br />
REVELAÇÃO<br />
CELEBRAR<br />
LiTURGiA E<br />
SACRAMENTO<br />
ViVER<br />
MANDAMENTOS<br />
BEM-<br />
AVENTURANÇAS<br />
AGiR CRiSTÃO<br />
REZAR<br />
ORAÇÃO<br />
CELEBRAÇÕES<br />
LiTÚRGiCO-<br />
CATEQUÉTiCAS<br />
6. Celebrações litúrgicas com ritos de iniciação cristã<br />
Uma novidade nesta edição reformulada do manual são as celebrações litúrgico-catequéticas ou<br />
ritos de iniciação (no organograma com o sol). Elas contêm elementos inspirados no processo da “Ini-
ciação à vida cristã”, aproximando a catequese da celebração litúrgica, afinal, aquilo que é ensino da<br />
catequese torna-se “vida celebrada” na liturgia.<br />
Elas ajudam a iniciar progressivamente nas celebrações litúrgicas e a descobrir a linguagem dos ritos,<br />
dos símbolos, dos gestos e das posturas, dando acesso à vida de oração e contemplação. Também permitem<br />
acompanhar o Ano litúrgico para vivência eclesial e uma participação mais ativa, plena e frutuosa na<br />
liturgia. Integram o catequizando, a família e a comunidade, proporcionando que todos compreendam a<br />
vitalidade e a força que esses mistérios possuem de atualizar no tempo a presença viva de Deus.<br />
As celebrações litúrgico-catequéticas são excelentes oportunidades para compreensão do processo<br />
feito pois, além de colaborarem na inserção do catequizando na vida da comunidade, permitem salientar<br />
seu papel catequizador. O catequista pode avaliar, pela convivência entre os catequizandos, se as atitudes<br />
deles estão sendo permeadas pelos valores do Evangelho. Tudo isso substitui as insuficientes “provas”,<br />
porque a catequese não é um curso sobre fé e religião, mas deseja imprimir na vida as atitudes cristãs,<br />
para que a pessoa saiba proceder tendo o Evangelho como critério de ação.<br />
Partilhando com o grupo:<br />
• O que você compreendeu sobre a importância das celebrações dos ritos de iniciação?<br />
• Em grupos de duas pessoas, verifique abaixo o conjunto de temas que será trabalhado neste<br />
Tempo e identifique, conforme os símbolos, para qual dos quatro pilares cada um deles<br />
pertence. Verifique os momentos onde estão as celebrações de ritos de iniciação.<br />
Capacitação<br />
inicial para os<br />
catequistas<br />
Eu e minha<br />
identidade<br />
cristã<br />
Vivendo a amizade,<br />
encontramos<br />
o amigo Jesus!<br />
Jesus nos<br />
apresenta Deus<br />
como nosso Pai<br />
A igreja-<br />
Corpo<br />
de Cristo<br />
Celebração de<br />
unção e envio<br />
do catequista<br />
Sou batizado,<br />
tenho uma<br />
missão<br />
Amizade...<br />
Riqueza que<br />
se partilha<br />
Pai Nosso: nossos<br />
3 compromissos<br />
com o Pai<br />
Conhecendo a<br />
identidade e a<br />
missão da igreja<br />
Encontro de<br />
acolhida dos<br />
catequizandos<br />
O cristão tem uma<br />
relação especial<br />
com a obra da Criação<br />
Minha igreja<br />
tem uma<br />
Mãe - <strong>Maria</strong><br />
O perdão<br />
consolida<br />
a amizade<br />
Pai Nosso: nossos<br />
4 compromissos<br />
com os irmãos<br />
Encontro sobre<br />
a Campanha<br />
da Fraternidade<br />
<strong>Maria</strong> de<br />
tantos<br />
nomes<br />
Celebração<br />
Litúrgica<br />
do Querigma<br />
Celebração litúrgica<br />
de apresentação<br />
dos catequizandos<br />
Celebração Litúrgica<br />
da entrega do<br />
Pai-Nosso<br />
igreja - Jesus<br />
vivendo no<br />
meio de nós<br />
Esperando o<br />
nascimento<br />
de Jesus<br />
Quem sou eu? Deus<br />
me conhecer e me<br />
chama pelo nome<br />
Conhecer-se<br />
e dar-se a<br />
conhecer<br />
Deus me<br />
fala-posso<br />
ouvir<br />
Celebração Litúrgica<br />
da Redição<br />
do Pai Nosso<br />
Celebração<br />
de Natal<br />
Quem sou eu?<br />
Sou pessoa,<br />
vivo em família<br />
Ter um amigo<br />
é encontrar<br />
um tesouro<br />
Deus me<br />
fala-posso<br />
responder<br />
Sou igreja,<br />
vivo em<br />
Comunidade<br />
Anexo<br />
litúrgicocatequético<br />
Objetivo do conjunto dos encontros do 1o Tempo: percorrer pedagógica e mistagogicamente<br />
(com espírito orante e segurança) um caminho que favoreça “abertura nas relações”, proporcionando<br />
um encontro pessoal através da relação com Deus Pai em Jesus. Destacar que a inserção na experiência<br />
do Mistério da vida cristã na comunidade amadurece essas relações.<br />
Essa experiência deve ser adquirida com alegria e entusiasmo. O verdadeiro cristão só existe quando<br />
a pessoa for equilibrada e harmônica. Para isso é importante conhecer no que cremos, celebrar com a<br />
19
comunidade aquilo que cremos, viver de acordo com a fé e manter a esperança da fé pela oração. Medite<br />
sobre isso!<br />
Os catequizandos devem ser incentivados na troca de experiências, na convivência com simplicidade<br />
e naturalidade.<br />
A eficácia do trabalho fundamenta-se na experiência de fé, no testemunho e participação comunitária<br />
do catequista, na busca permanente de formação e na criatividade para preparar e desenvolver os<br />
encontros, virtudes próprias de quem ama.<br />
Para concluir a formação, vamos meditar no que segue:<br />
Grupo 1: não se faz catequese com a soma dos conteúdos dos encontros ou através de “provas”. O<br />
fundamental é acompanhar o catequizando ao longo do caminho e perceber no processo o conjunto de<br />
ações cristãs que estão sendo gravadas no coração e nos gestos do catequizando.<br />
Grupo 2: a catequese não se resume somente ao momento do encontro com o catequista, ou ao<br />
manual, outras atividades catequéticas são necessárias para que aconteça o Encontro pessoal com Jesus:<br />
a vida da comunidade deve ser catequizadora, a ação dos pais cristãos deve catequizar, o testemunho<br />
pessoal do catequista deve ser coerente, enfim, a catequese não vai bem quando o “conjunto da vida e<br />
do testemunho cristão da Comunidade dos batizados vai mal”.<br />
Todos: catequese é um processo dinâmico, não se resume a fórmulas mágicas, ela depende também<br />
de um catequista orante, mistagogo, que experimenta e vive o encontro pessoal com o Senhor, capaz<br />
de conduzir com segurança os catequizandos para o mistério de Cristo presente na Comunidade. Que<br />
tenhamos um coração dócil e disposto para um aprendizado constante, e o Espírito do Senhor nos conduzirá,<br />
Amém!<br />
20<br />
Desejamos a todos um ano catequético repleto da luz e da sabedoria de Deus.<br />
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa – PR
Celebração de unção e envio do catequista<br />
Sugerimos que essa celebração seja realizada preferencialmente<br />
em um horário de missa com a comunidade,<br />
pais e catequizandos. Poderá ser adaptada se não for<br />
possível contar com a presença de um sacerdote.<br />
Material de apoio:<br />
• cópia desta celebração para dirigente, sacerdote<br />
e catequistas<br />
• velas para todos os catequistas<br />
• círio pascal aceso<br />
• Bíblia (cada catequista deve levar a sua)<br />
• óleo (para o padre abençoar e ungir os catequistas)<br />
(Combinar os cantos antecipadamente com a equipe<br />
da celebração litúrgica.)<br />
Após o Oremos, depois da Comunhão<br />
O sacerdote, diácono, ministro, comentarista<br />
ou coordenador(a) de catequese convida os catequistas<br />
para que se dirijam o mais próximo possível<br />
da mesa da Palavra (Ambão).<br />
(Enquanto eles se emcaminham ao local, o dirigente<br />
explica à comunidade:)<br />
Dirigente:<br />
– Queridos irmãos e irmãs, alegremo-nos,<br />
pois hoje é um dia especial para nossa comunidade.<br />
Neste momento os catequistas receberão da<br />
Igreja e de nossa comunidade a oração de envio<br />
para que cumpram com a graça de Deus a sua<br />
missão de introduzir nossos catequizandos no conhecimento<br />
da fé, favorecendo o encontro vivo<br />
com Cristo.<br />
(O catequista, com a sua Bíblia aberta, se aproxima.)<br />
Sacerdote ou diácono (impondo a mão sobre<br />
os catequistas, reza):<br />
– Pai de bondade, abençoai nossos catequistas,<br />
a fim de que, movidos pelo Vosso Espírito Santo,<br />
cumpram fielmente a sua missão de anunciar a Tua<br />
Palavra. Que eles possam introduzir nossos catequizandos,<br />
adolescentes e adultos, no conhecimento e<br />
no encontro vivo com o Vosso Filho para melhor<br />
participarem dos Mistérios da Fé. Concedei também<br />
que nossa comunidade seja uma “comunidade<br />
catequizadora”, na qual as pessoas possam encontrar,<br />
pelo nosso testemunho, a presença de Jesus<br />
Cristo, que dá sentido para a vida. Isso Vos pedimos<br />
em nome do Vosso Filho, na unidade do Espírito<br />
Santo. Amém.<br />
Dirigente:<br />
– Cantemos todos juntos:<br />
“Vem, vem, vem, vem Espírito Santo de Amor,<br />
vem a nós, traz a Igreja um novo vigor”. (2 vezes)<br />
Dirigente:<br />
– Agora os catequistas voltados para a Palavra de<br />
Deus no Ambão, segurando sua Bíblia, colocam uma<br />
das mãos sobre ela e rezam.<br />
Catequistas:<br />
– Senhor, com o batismo nos tornastes<br />
mensageiros de Vossa Palavra. Nós, catequistas,<br />
acolhemos com gratidão e alegria o convite que<br />
nos fizestes para colaborarmos no crescimento<br />
do Corpo de Cristo. Dai-nos a Vossa graça para<br />
educarmos na fé e animarmos nossa comunidade.<br />
Que o Teu Espírito seja nossa força para<br />
que, como profetas, anunciemos Tua presença<br />
pela Palavra.<br />
“Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar!” (2 vezes)<br />
(O Círio deve estar aceso e ao redor deve haver<br />
uma vela para cada catequista.)<br />
Dirigente:<br />
– Agora os catequistas se dirigem para perto do Círio<br />
Pascal e estendem a mão em direção a ele, rezando.<br />
21
Catequistas:<br />
– Cristo Ressuscitado, dai-nos a luz do Teu<br />
Espírito e imprime em nós os Teus pensamentos,<br />
a Tua maneira de ver a história, de compreender e<br />
julgar a vida, de amar sem medida, de agir como<br />
servos sempre em favor da vida. Ajuda-nos a promover<br />
os pequenos e fracos, a anunciar a esperança,<br />
para que, unidos na comunidade, possamos realizar<br />
o projeto da fraternidade, da justiça e da paz onde<br />
vivemos, levando Tua Palavra como luz para o mundo.<br />
Amém.<br />
(Os catequistas pegam suas velas segurando<br />
também a Bíblia.)<br />
Dirigente:<br />
– Agora o sacerdote acende uma vela no Círio<br />
e transmite desta luz para a vela da coordenadora,<br />
que a comunicará para os catequistas. Enquanto<br />
isso, acompanhemos esse gesto cantando.<br />
Canto:<br />
“Dentro de mim existe uma luz, que me leva<br />
por onde deverei andar...”<br />
22<br />
Dirigente:<br />
– Neste momento o sacerdote, junto com a<br />
comunidade, estende as mãos sobre os catequistas<br />
para proferir a Oração da unção e envio para o serviço<br />
de educar na fé e de promover o encontro dos<br />
catequizandos com Cristo Ressuscitado.<br />
(Os catequistas, com as mãos livres, se ajoelham.)<br />
Sacerdote e comunidade:<br />
– Pai de bondade, que ungistes Vosso Filho<br />
com o Espírito Santo, nós Vos pedimos que, volvendo<br />
Vosso olhar em favor dos nossos catequistas, derrame<br />
sobre eles Vossa unção para que eles anunciem<br />
com vigor, coragem e entusiasmo Vossa Palavra que<br />
é Vida, fazendo-nos vitoriosos em todo combate.<br />
(Enquanto isso, unge as mãos dos catequistas e o<br />
povo canta.)<br />
Canto:<br />
“Envia teu Espírito Senhor / A nós descei divina<br />
luz”. (ou outro canto oportuno)<br />
(Bênção para toda a comunidade e canto fi nal.)<br />
Ei, catequista! ... Não se<br />
esqueça de começar a preparar<br />
junto com o padre, os<br />
pais e catequizandos a<br />
próxima celebração!
Encontro de acolhida<br />
dos catequizandos<br />
Objetivos:<br />
• Acolher os catequizandos para criar um ambiente<br />
familiar.<br />
• Ajudá-los a compreender os valores que aprenderão<br />
nos encontros da catequese.<br />
Material de apoio:<br />
• Bíblia<br />
• flores<br />
• vela<br />
• 1 balão colorido para cada catequizando<br />
(verde, amarelo, azul, branco e vermelho)<br />
• 1 cartão verde com a palavra ESPERANÇA<br />
• 1 cartão amarelo com a palavra ALEGRIA<br />
• 1 cartão azul com a palavra AMIZADE<br />
• 1 cartão branco com a palavra PAZ<br />
Dinâmica de acolhida<br />
1 a parte – desenhando a família<br />
• 1 cartão vermelho com a palavra<br />
AMOR<br />
• folha A4 (para cada catequizando)<br />
• giz de cera para uso comum<br />
Preparação do ambiente:<br />
• Preparar a sala, deixando-a com um ambiente alegre e festivo, destacando a Bíblia com a vela<br />
e as flores.<br />
início do encontro:<br />
• Receber os catequizandos com alegria e um abraço carinhoso de acolhida, desejando-lhes<br />
boas-vindas.<br />
Objetivo: “quebrar o gelo” para criar um ambiente familiar.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Pedir para que todos se sentem em círculo.<br />
2. Dizer o nome e em seguida explicar a todos para que façam (inclusive o catequista) um<br />
desenho de si próprios com sua família.<br />
3. Distribuir as folhas A4 para cada catequizando e deixar no centro a caixa de giz de cera<br />
para uso comum.<br />
4. Após terminar a atividade, cada um, começando pelo catequista, mostra ao grupo o desenho<br />
que fez apresentando a si e sua família.<br />
2 a parte – descobrindo os valores da catequese<br />
Objetivo: ajudá-los a compreender o que é um encontro de catequese e os valores que aprenderão.<br />
23
24<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Continuar em círculo.<br />
2. Distribuir 1 balão para cada catequizando, com as cores sugeridas no material de apoio,<br />
e colocar no centro do círculo os cartões, voltados para baixo, já confeccionados com as<br />
palavras: ALEGRIA, AMOR, PAZ, AMIZADE e ESPERANÇA.<br />
3. Dizer a todos: “nestes encontros de catequese vamos experimentar a presença viva de Jesus,<br />
vamos conhecer seus ensinamentos e aprender a colocar em prática na nossa vida o que Ele<br />
nos pedir. Vamos procurar fazer dos nossos encontros momentos cheios de ... (o catequista<br />
pede que alguém desvire o cartão amarelo e que todos leiam a palavra que apareceu – ALEGRIA).<br />
4. Pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão amarelo encham, amarrem e<br />
segurem seu balão.<br />
5. Prosseguir com a seguinte fala: “além da alegria, em nossos encontros vamos ouvir falar<br />
que Jesus nos ensinou a ter muito... (o catequista pede que alguém desvire o cartão vermelho<br />
e que todos leiam a palavra que apareceu – AMOR).<br />
6. Pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão vermelho encham, amarrem<br />
e segurem seu balão.<br />
7. O catequista deve continuar motivando o encontro e pedindo que alguém vá desvirando<br />
os cartões, sempre associando a palavra que aparecer com aquilo que experimentarão em<br />
cada encontro.<br />
8. Ao desvirarem o cartão branco com a palavra PAZ, pedir para que os catequizandos que<br />
estiverem com o balão branco encham, amarrem e segurem seu balão. Desvirando o AZUL<br />
com a palavra AMIZADE, pedir para que os catequizandos que estiverem com o balão azul<br />
encham, amarrem e segurem seu balão; desvirando o VERDE com a palavra ESPERANÇA,<br />
pedir para que os catequizandos encham, amarrem e segurem seu balão verde.<br />
9. Terminada a dinâmica, pedir que todos joguem os balões para o alto como sinal de que<br />
desejamos espalhar estes sentimentos.<br />
10. Para encerrar o momento, pedir que cada um segure um balão e diga: “para que possamos<br />
ser contagiados por estes sentimentos vamos estourar nossos balões”.<br />
Compromisso para o catequizando realizar com sua família<br />
O catequista explica que cada catequizando deve trazer para o encontro seguinte<br />
uma caixinha pequena vazia (creme dental, sabonete ou chá) encapada com<br />
papel de presente.<br />
Dentro dela os pais devem colocar uma mensagem dirigida a seu filho e a todos os catequizandos de<br />
sua turma e uma lembrança (à sua escolha), que deve servir para todo o grupo de catequizandos.<br />
Oração final:<br />
(Orientar os catequizandos para que peguem as cinco palavras dos cartões que<br />
foram utilizadas na dinâmica e se dirijam até a mesa na qual está a Bíblia.<br />
Explicar que irá dizer a frase de início da oração e em seguida todos deverão completar a oração,<br />
lendo as palavras do cartão e colocando-as sobre a Bíblia.)<br />
Catequista:<br />
– Jesus, nestes encontros de catequese, ajuda-nos a viver a/o...<br />
(Os catequizandos leem cada uma das palavras escritas nos cartões e os colocam sobre a Bíblia.)
Envio:<br />
Encerrar o encontro com um abraço em cada catequizando, convidando-os a voltar com alegria<br />
para a próxima catequese.<br />
Lembrá-los de trazerem a atividade proposta e que vão realizar em casa com os pais.<br />
LEMBRETE<br />
Catequista, não se esqueça de se reunir com os outros catequistas do 1 o Tempo para preparar a<br />
Celebração de Acolhida dos Catequizandos. Por meio de um bilhete, um telefonema<br />
ou pessoalmente, avise os pais a respeito da data e horário da celebração e verifique<br />
as informações da celebração para poder orientar os catequizandos.<br />
25
Encontro sobre a Campanha<br />
da Fraternidade<br />
Acolhimento – ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
26<br />
Objetivos:<br />
• Descobrir o tema e o lema da Campanha da<br />
Fraternidade do ano corrente, refl etir sobre a<br />
questão e defi nir ações concretas.<br />
• Mobilizar-se para uma vida mais cristã e fraterna.<br />
• Concluir que fraternidade é algo que se constrói<br />
no dia a dia.<br />
Material de apoio:<br />
• Bíblia<br />
• 1 mala ou caixa (para abrigar material sobre<br />
a Campanha da Fraternidade)<br />
• cópia da oração da Campanha da Fraternidade<br />
(para cada catequizando)<br />
• CD com o hino e o cartaz da campanha<br />
do ano corrente<br />
• 1 rádio<br />
• gravuras e revistas (sobre o tema, para recorte)<br />
• livros (para pesquisa)<br />
• tesoura<br />
• papel bobina ou cartolina<br />
• cola<br />
(Há um subsídio fornecido pela CNBB chamado<br />
Encontro Catequético com Crianças e<br />
Adolescentes, que possui várias dinâmicas para<br />
refl exão sobre o tema. Pode ser previamente adquirido<br />
em livrarias católicas.)<br />
Preparação do encontro:<br />
• Colocar dentro de uma mala ou caixa grande materiais referentes ao tema da Campanha<br />
(livros, gravuras, recortes, símbolos e o cartaz da Campanha do ano corrente).<br />
• Decorar a sala do encontro com símbolos que remetam ao tema da campanha.<br />
Dinâmica: descobrindo a família dos meus amigos<br />
Objetivo: interação dos catequizandos entre si e com as famílias para gerar um<br />
ambiente mais comunitário na catequese.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Motivar, com carinho, os catequizandos a partilhar o compromisso da<br />
acolhida da catequese anterior que realizaram com a família.<br />
2. Orientar cada catequizando, um de cada vez, a pegar a caixinha que encapou<br />
com papel de presente e ler a mensagem que foi escrita pelos seus<br />
pais a todos.<br />
3. Depois de ler a mensagem para o grupo, devem também mostrar a lembrança<br />
que seus pais enviaram.
4. Após a partilha de todos, motivar os catequizandos a trocar as mensagens<br />
entre si e cada deve anotar um recadinho de agradecimento atrás da mensagem<br />
que os pais escreveram.<br />
5. Cada catequizando pega novamente a mensagem que seu pai escreveu,<br />
coloca na caixinha e levará aos pais para que leiam o agradecimento que<br />
seus amigos escreveram.<br />
Fundamentação – iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Desde 1962, a Igreja convida as comunidades do Brasil a refletir, no decorrer<br />
da Quaresma, sobre alguma questão social, ambiental, religiosa ou econômica,<br />
propondo a elas um gesto concreto de testemunho da fraternidade cristã, de conversão<br />
e de mudança de vida.<br />
A Campanha da Fraternidade provoca nas comunidades cristãs um sentimento profundo de solidariedade,<br />
considerando que existem muitas necessidades com as quais podemos ser mais fraternos.<br />
Desde então, em cada ano que chega é proposto um tempo de reflexão que se fundamenta num apelo<br />
profundo de conversão na vida de cada cristão e de gestos concretos em relação a uma temática proposta.<br />
Estamos vivendo com a Igreja o tempo da Quaresma. O espírito quaresmal acentua a necessidade<br />
de fraternidade, estimula um compromisso com um novo tipo de evangelização e nos faz olhar com<br />
carinho para as necessidades apresentadas.<br />
Cada cristão é chamado a refletir sobre as ações concretas que podem ser realizadas em favor do próximo<br />
e em relação às temáticas apresentadas na Campanha da Fraternidade. Para isso, faz-se necessária uma<br />
conversão do coração, acrescida de um esforço, a fim de beneficiar a própria vida, a do outro ou a realidade.<br />
O amor cristão não é puramente sentimento interior; é, sim, um comportamento expresso por atitudes concretas,<br />
dentro e fora da comunidade, de hospitalidade, solidariedade, respeito, testemunho (Mateus 25,37-40).<br />
Quando o cristão vive os ensinamentos de Jesus e os leva a sério, ele se transforma e se compromete<br />
com a comunidade e a sociedade. Sabe colocar generosamente em comum os dons que tem e aquilo que<br />
lhe pertence. Consequentemente, acontece a justiça, a verdadeira fraternidade, e aparecem ações que<br />
amenizam a pobreza e a miséria e, sobretudo, promovem a dignidade do ser humano, porque um cristão<br />
supre a necessidade do outro, partilhando livre e cons cien temente o que possui.<br />
Dinâmica: cenário da Campanha da Fraternidade<br />
Objetivo: descobrir o tema, o lema e a reflexão proposta pela Campanha<br />
do ano.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Aos poucos, retirar da mala o material que irá compor um cenário sobre<br />
a campanha daquele ano e conversar com eles para descobrirem<br />
juntos o tema, o lema e a reflexão proposta.<br />
2. Depois de compor o cenário e refletir, ouvir e cantar, juntos, o hino da<br />
campanha do ano em curso.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
27
Espiritualização – celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
28<br />
(Convidar os catequizandos para se aproximarem do cenário que já foi composto.<br />
Rezar a oração da Campanha da Fraternidade, que deve ser distribuída a cada um pelo catequista,<br />
motivando o grupo para que se una à Igreja do Brasil em gestos concretos que manifestem a fraternidade.<br />
Este momento será concluído com um dos cantos da Campanha da Fraternidade,<br />
que poderá ser escolhido a critério do catequista.)<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
1. O catequista divide a turma em três grupos.<br />
2. Cada grupo ficará responsável por uma das atividades abaixo:<br />
a) fazer uma manchete para o jornal relacionada com o tema da Campanha.<br />
b) recortar imagens que ilustrem o tema da Campanha;<br />
c) elaborar uma pequena matéria ou reportagem com as atitudes concretas que podem ser desenvolvidas<br />
em relação ao tema da campanha.<br />
3. Após o término da atividade nos grupos, e com o auxílio do catequista, todos organizarão a<br />
montagem do jornal no papel de bobina ou na cartolina.<br />
Atenção: o catequista poderá dar continuidade às reflexões sobre a Campanha da Fraternidade<br />
em outros encontros, utilizando outros materiais ou o subsídio da CNBB que foi indicado no<br />
material de apoio.<br />
Vivendo a fé em família –<br />
transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
Rezar com sua família a oração da Campanha da Fraternidade e comentar com eles o<br />
que a Campanha pede para estarmos atentos, relembrando a experiência vivida na montagem<br />
do jornal.<br />
Procurar colocar em prática as atitudes concretas sugeridas no jornal confeccionado no encontro.
Celebração Litúrgica de apresentação dos catequizandos<br />
Aos pais, sacerdotes e catequistas<br />
Na realização do processo de iniciação à vida<br />
cristã, a Igreja propõe dentro do Ano Litúrgico um<br />
momento para o início do processo e um momento<br />
para a recepção sacramental. Lembrando que a<br />
finalidade deste processo é uma vida de intimidade<br />
com Cristo e a inserção na Sua Comunidade que<br />
se expressa na vida sacramental, seguem algumas<br />
pistas e sugestões pastorais para a celebração litúrgica<br />
de apresentação dos catequizandos, inspirada<br />
nos elementos do processo catecumenal da iniciação<br />
à vida cristã.<br />
A celebração que se segue é uma maneira de<br />
inspirar nossa catequese nos ritos que fazem parte<br />
do processo da iniciação à vida cristã. Lembrando<br />
que iniciação vem da palavra latina in-ire, que indica<br />
a maneira, o modo, a forma ou o jeito pelo<br />
qual conduzimos uma pessoa que deseja fazer a experiência<br />
de um encontro vivo com Cristo.<br />
Iniciação não é tanto o que se diz, ou ensina.<br />
Antes, é o modo como se diz a fé, a qual deve estar<br />
impressa no coração e nos gestos de quem conduz<br />
aquele que deseja crescer no mistério de Cristo.<br />
“A Iniciação Cristã é um desafio que devemos<br />
encarar com decisão, coragem e criatividade, visto<br />
que em muitas partes a Iniciação Cristã tem sido pobre<br />
e fragmentada. Ou educamos na fé, colocando<br />
as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e<br />
convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos<br />
nossa missão de Evangelizar” (Doc. Ap. 287).<br />
Esta celebração deseja contribuir na compreensão<br />
da comunidade, dos pais e dos catequizandos a<br />
respeito do papel de cada um nessa tarefa – junto<br />
com a Igreja – em educar mediante o testemunho<br />
do primeiro anúncio que desperta a fé (querigma).<br />
A comunidade que já recebeu esse anúncio agora o<br />
transmite pelos seus gestos. Iniciação não se limita<br />
a um período de preparação imediata para a recepção<br />
deste ou daquele sacramento. Claro que uma<br />
boa catequese conduz a isso, mas não como ponto<br />
de chegada, e sim como força para desenvolver um<br />
caminho no discipulado.<br />
Tudo isso deve ser realizado visando a uma<br />
melhor compreensão do processo que a catequese<br />
deseja realizar por meio de um caminho que conduza<br />
ao discipulado.<br />
Sendo assim, o que se segue pode ser reelaborado<br />
ou simplificado ou, ainda, feito de modo<br />
espontâneo, desde que aquilo que for feito contribua<br />
para o encantamento com a fé dos envolvidos.<br />
Rito de apresentação dos catequizandos<br />
O objetivo desta celebração é auxiliar a comunidade,<br />
os pais e os catequizandos a perceber<br />
o caminho de fé que a catequese propõe. Os catequizandos<br />
devem perceber que estão iniciando<br />
um processo por meio do qual serão auxiliados<br />
a despertar progressivamente para o significado<br />
da fé, que vão amadurecer passo a passo; uma fé<br />
trinitária, a qual possibilitará um encontro vivo<br />
com a pessoa de Jesus. Essa experiência é uma tarefa<br />
de conjunto da Igreja comunicada pelos pais,<br />
fiéis e catequistas, e necessita ser vivida em uma<br />
comunidade.<br />
O rito de apresentação dos catequizandos é<br />
uma acolhida feita pela comunidade para celebrar<br />
o momento no qual os catequizandos darão os primeiros<br />
passos no despertar para a vivência da fé<br />
em comunidade, aprendendo os primeiros gestos<br />
de conversão. Pressupõem-se o começo da vivência<br />
da fé e também o desenvolvimento do sentido de<br />
pertencer e agir como membro da Igreja.<br />
Preparando a celebração<br />
1. Combinar com o pároco a data, horário<br />
e desenvolvimento da celebração na qual<br />
acontecerá o “Rito de Apresentação dos<br />
Catequizandos”. Recomenda-se que esse<br />
rito seja realizado em um dos horários normais<br />
de missa da comunidade.<br />
2. Comunicar com antecedência aos pais e catequizandos<br />
a data e horário da celebração,<br />
preparando-os sobre seus detalhes,<br />
29
30<br />
orientando-os quanto às ações realizadas<br />
durante o rito. Os catequizandos<br />
devem ser informados de que no dia<br />
dessa celebração devem chegar com antecedência<br />
e permanecer em fila na porta<br />
da Igreja.<br />
3. O catequista confecciona um símbolo<br />
que entregará para cada catequizando<br />
apresentado, como sinal do caminho que<br />
irão trilhar (sugerimos uma pequena sandália<br />
em E.V.A).<br />
4. Prever que o Círio Pascal esteja aceso no<br />
presbitério.<br />
5. O catequista deverá reservar o lugar para<br />
os catequizandos na Igreja. Os pais podem<br />
ficar normalmente na assembleia.<br />
6. O grupo de catequistas reúne os catequizandos<br />
que participarão do rito, se possível<br />
na porta da Igreja ou no início do<br />
átrio, a fim de que ali esperem ser chamados<br />
pelo sacerdote para a apresentação.<br />
iniciando a celebração<br />
A missa inicia com o canto e a procissão de<br />
entrada normalmente.<br />
Ao chegar ao presbitério, o sacerdote faz o sinal<br />
da cruz, acolhe e esclarece a comunidade:<br />
– Caríssimos irmãos, neste dia, nossa comunidade<br />
se alegra porque acolherá os catequizandos<br />
do 1o tempo, os quais iniciarão sua caminhada na<br />
educação da fé cristã, em vista de uma pertença<br />
mais efetiva à comunidade. Essa responsabilidade<br />
de educar na fé começa desde o ventre materno,<br />
prolonga-se em casa com os gestos de fé dos pais,<br />
que “são os catequistas insubstituíveis dos seus<br />
filhos”, prosseguindo também com o auxílio da<br />
comunidade que deve ser catequizadora. Nossos<br />
catequistas são enviados em nome da Igreja e de<br />
nossa comunidade para acompanhar esses catequizandos<br />
no processo do despertar da fé. Acolhamos<br />
os pais, catequizandos e catequistas com<br />
uma salva de palmas.<br />
(O sacerdote saúda espontaneamente os catequizandos,<br />
que permanecem ainda na porta de entrada, e com<br />
afabilidade dirige-lhes a palavra para exprimir a<br />
alegria e o contentamento da Igreja pelo caminho<br />
espiritual que a partir de hoje iniciarão<br />
dando agora um passo importante.)<br />
Sacerdote aos catequizandos:<br />
– Caríssimos catequizandos, com alegria a<br />
Igreja os toma pela mão para que vocês percorram<br />
um caminho de despertar para o aprendizado<br />
da fé por meio do encontro vivo com Jesus.<br />
Vocês estão dispostos a percorrer esse caminho<br />
com a ajuda dos seus pais, da comunidade e dos<br />
catequistas?<br />
Catequizandos (Combinar antes para que possam<br />
responder algo como o exemplo e, se houver condições<br />
pastorais, o sacerdote poderá perguntar o nome<br />
de cada um dos catequizandos.):<br />
– Sim, estamos dispostos.<br />
Primeira adesão<br />
Sacerdote:<br />
– Catequista, leve até os catequizandos o<br />
Círio Pascal, que simboliza a Luz do Céu,<br />
pois é a luz do Ressuscitado que acompanhará<br />
e iluminará o caminho deles.<br />
(O catequista, ao pegar o Círio Pascal, se<br />
dirige até a porta onde estão os catequizandos.<br />
Chegando lá, posiciona-se à frente deles<br />
e os convida a entrar, trazendo-os até o<br />
presbitério. Enquanto isso, pode-se cantar:<br />
“Deixa a luz do céu entrar” ou outro canto<br />
conveniente.)<br />
Sacerdote:<br />
– Estendamos num instante de silêncio nossa<br />
mão, deixando a luz de Deus iluminar nossa vida.<br />
(O padre pode adaptar esta oração para melhor<br />
compreensão das crianças.)<br />
Caríssimos catequizandos, Deus comunica a<br />
sua luz a todos os homens que vêm a este mundo, e<br />
a partir das coisas criadas manifesta-lhe as suas perfeições<br />
invisíveis, para que o ser humano saiba dar<br />
graças ao seu Criador. Vós seguistes a luz de Deus e,<br />
por isso, agora, abre-se diante de vós o caminho do<br />
evangelho. Vocês caminharão para conhecer o Deus
vivo que fala verdadeiramente aos homens, e esse é<br />
o ponto de partida de tudo o mais. Guiados pela luz<br />
de Cristo, começarão a descobrir a Sua sabedoria.<br />
Apoiando cada vez mais sua vida em Jesus, vocês<br />
acabarão por acreditar Nele de todo o coração. Aqui<br />
vocês vão percorrer o caminho da fé, e Cristo vos<br />
conduzirá, na caridade, à posse da vida eterna.<br />
Compromisso para pais e comunidade<br />
Em seguida, dirigindo-se aos pais e a todos os<br />
fiéis, o sacerdote interroga-os com estas palavras<br />
ou outras semelhantes:<br />
Sacerdote:<br />
– Caríssimos pais, irmãos e irmãs da comunidade,<br />
estão dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo<br />
e a segui-lo?<br />
Todos:<br />
– Sim, estamos dispostos. (As respostas podem ser<br />
projetadas ou contidas numa folha com esta celebração.)<br />
Ato penitencial<br />
Depois, o sacerdote, dirigindo-se aos pais,<br />
convida-os a vir ao presbitério para ficarem ao<br />
lado dos filhos, motivando toda a comunidade<br />
a que olhe para o Círio Pascal e examine como<br />
tem sido seu caminho de fé, pedindo a luz de<br />
Deus pelas vezes que andamos nas trevas. (Instante<br />
de silêncio.)<br />
Em seguida os pais recebem dos catequistas<br />
uma sandália que simbolizará o caminho que seus<br />
filhos percorrerão. O sacerdote motiva os pais a<br />
entregá-la a seus filhos, dizendo:<br />
– Meu filho(a), caminhe na luz de Deus!<br />
Enquanto isso, todos cantam o canto penitencial.<br />
Hino de Louvor<br />
Para concluir o rito e continuar a celebração<br />
da missa, o sacerdote pede aos pais que entreguem<br />
seus filhos aos catequistas, pois eles, em nome da<br />
Igreja e da comunidade, os auxiliarão a conduzi-los<br />
nesse caminho de fé.<br />
Enquanto a comunidade canta o hino de<br />
Louvor, os catequistas conduzem os catequizandos<br />
aos bancos reservados e os pais retornam aos seus<br />
lugares.<br />
O sacerdote prossegue a missa normalmente.<br />
31
1 a Unidade<br />
Eu e minha<br />
história
1 o Encontro<br />
Quem sou eu?<br />
Deus me conhece e me<br />
chama pelo nome
36<br />
Objetivos:<br />
• Reconhecer-se como pessoa querida, amada, conhecida por Deus e pelos outros.<br />
• Valorizar o próprio nome e o dos outros.<br />
• Identificar-se pelos nomes.<br />
• Respeitar o nome de Deus.<br />
Material de apoio:<br />
• Bíblia<br />
• frase para o mural: “Bem-vindos”<br />
• cartões em formato de mão com uma mensagem bíblica diferente para cada catequizando<br />
• fita adesiva para colar os cartões-crachás,<br />
• 1 grande coração em cartolina escrito no centro Deus<br />
• uma grande mão recortada pelo catequista, que simbolizará a mão de Deus<br />
• tinta guache<br />
• papel toalha para limpar as mãos<br />
Formando e preparando o catequista para o encontro<br />
Toda a história da Escritura é uma história de conhecimento recíproco, ou seja: Deus se faz conhecer<br />
por aquilo que é e o homem se deixa conhecer por Deus. Quando na Bíblia se usa a palavra<br />
“conhecer”, não se entende isso em sentido de ter informações sobre uma pessoa, mas ter uma relação.<br />
Afinal, conhecemos realmente uma pessoa quando vivemos junto com ela. Pois bem, Deus e o<br />
homem empreenderam uma longa caminhada de séculos e séculos para construir juntos essa relação<br />
de conhecimento recíproco. O homem livremente se abre a Deus e Deus se abre ao homem, o que<br />
permite à humanidade ter uma imagem correta sobre Deus, abandonando as imagens erradas (é isso<br />
que significa a palavra “idolatria”). A meta de toda a nossa Escritura é bem sintetizada nas palavras de<br />
Jesus, quando diz: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas conhecem a mim, assim<br />
como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10,14-15).<br />
Para que haja uma história é necessária uma relação de amizade; quando alguém quer ser nosso<br />
amigo, a sua primeira preocupação é saber o nosso nome. Alguém nos chama pelo nome apenas<br />
quando não somos só uma entre tantas pessoas; somos alguém diferente, importante. Pois bem, na<br />
Escritura notamos que Deus chama sempre pelo nome toda pessoa com a qual deseja ter uma relação<br />
especial, um compromisso único. Eis alguns casos:<br />
• o caso de Abraão em ocasião do sacrifício de Isaac: “Deus pôs à prova Abraão e lhe disse:<br />
Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!” (Gênesis 22,1);<br />
• o caso de Samuel: “o Senhor chamou o menino: Samuel, Samuel! Este respondeu: Eis-me<br />
aqui!” (1Samuel 3,4);
• Deus se dirige ao profeta Isaías com estas palavras: “Eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te<br />
chama pelo teu nome” (Isaías 45,3);<br />
• nos Evangelhos a figura de Madalena nos dá o sentido da importância do nome, pois ela reconhece<br />
o Senhor ressuscitado quando ouve pronunciar o próprio nome: ”Disse-lhe Jesus: ‘<strong>Maria</strong>!’ Ela,<br />
aproximando-se, exclamou em hebraico: ’Rabbuni!’, que quer dizer: ’Mestre!’” (João 20,16).<br />
Ter um nome é ter uma identidade perante Deus. É conhecer e deixar-se conhecer por aquilo<br />
que somos: Deus não quer apenas saber o nosso nome, mas quer conhecer o nosso nome! Na oração<br />
que Jesus dirigiu ao Pai disse: “Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também<br />
estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fi z conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a<br />
fi m de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles” (João 17,25-26).<br />
Viver com Jesus nos dá uma identidade nova, faz de nós pessoas diferentes, como disse certa vez<br />
Isaías: “Te darei um nome novo, que a boca do Senhor designará“ (Isaías 62,2). É por isso que Jesus um<br />
dia mudou o nome de Simão para “Pedro”, porque ele havia adquirido uma personalidade nova, uma<br />
relação mais profunda com Jesus, resistente como uma pedra: Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz,<br />
Simão, fi lho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas o meu Pai que está<br />
no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edifi carei a minha Igreja“ (Mateus16,18).<br />
Depois do estudo do texto, procure rezar, meditar e vivenciar a Palavra preparando-se<br />
para o Encontro.<br />
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
(Preparar a sala do encontro usando sua criatividade e fi xar a frase no mural: “Bem–vindos”.)<br />
Dinâmica: conhecendo meu amigo<br />
Objetivo: ajudá-los no entrosamento, conhecendo melhor o nome dos amigos e<br />
um pouco de sua história.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Receber com alegria os catequizandos e entregar-lhes os cartões em formato<br />
de mão contendo a mensagem bíblica diferente para cada um pedindo<br />
que tenham uma caneta em mãos.<br />
2. Motivar os catequizandos para que formem duplas, fi cando um de frente<br />
para o outro segurando o cartão que receberam.<br />
3. Cada catequizando deve escrever o nome de seu amigo no cartão que<br />
esteja segurando.<br />
4. Em seguida, deve repetir o nome do amigo, lendo para ele a mensagem<br />
do cartão e colocando-o no peito do amigo, como crachá.<br />
5. Motivar as duplas para conversarem sobre o que gostam de fazer e por<br />
que vieram à catequese.<br />
37
O catequista conclui, dizendo: vamos criar cada vez mais um espírito de “família”, acolhendo-nos<br />
fraternalmente. Deus criou as pessoas para serem amigas. Ele é nosso amigo e nos ama assim como somos.<br />
Vamos olhar bem os nossos amigos e perceber que somos diferentes porque cada um de nós é único (alguns<br />
segundos de silêncio). Mesmo sendo diferentes, estamos aqui para crescer como pessoas, sendo amigas<br />
umas das outras, por isso nos acolhamos, cantando:<br />
Canto: “Tomado pela mão”<br />
(repetir o refrão 2 vezes)<br />
Tomado pela mão com Jesus eu vou, sigo como ovelha que encontrou o Pastor<br />
Tomando pela mão com Jesus eu vou, aonde ele for.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Buscaremos sempre na Palavra de Deus a luz que iluminará nossos encontros. Vamos<br />
recebê-la cantando:<br />
(Enquanto cantam, o catequista coloca a Bíblia num lugar de destaque.)<br />
Canto: “Pela Palavra de Deus” (Frei Luiz Turra, Paulinas COMEP, ou outro canto que favoreça a<br />
reflexão do tema)<br />
Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar,<br />
ela é luz e verdade, precisamos acreditar.<br />
Quando Deus Pai anunciou, por intermédio do anjo Gabriel, o nascimento do seu Filho entre os<br />
homens, deu-lhe um nome: Jesus, nome pelo qual o chamamos até os dias de hoje (Lucas 2,1ss).<br />
Na convivência entre pessoas, é importante que elas se chamem pelo nome, com respeito e carinho;<br />
pois o nome traz consigo sua história, suas virtudes e o jeito de ser de cada pessoa.<br />
Na Bíblia, encontramos uma citação na qual o próprio Deus diz que nos conhece pelo nome.<br />
“... nada temas, pois eu te chamo pelo nome. És meu, és precioso a meus olhos. Eu te aprecio e te<br />
amo” (Isaías 43,1).<br />
As pessoas que acreditam em Deus não precisam ter medo. Ele nos dá a segurança de que somos<br />
Dele e por isso nos diz: “És meu, és precioso a meus olhos”.<br />
Jesus pronunciará nosso nome com amor. Ele se apresenta como o Bom Pastor que nos conhece e acolhe.<br />
“Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim” (João 10,14).<br />
“Eu, o Senhor, chamei-te realmente, e te segurei pela mão” (Isaías 42,6).<br />
Neste texto, quando a Bíblia nos fala, “Eu, o Senhor”, ela nos apresenta Deus Pai como Criador,<br />
que nos conhece e chama pelo nome. Ele nos ama, por isso nos protege, nos acompanha, conhece toda<br />
a nossa vida e “nos segura pela mão”.<br />
“...Teu nome está gravado na palma da minha mão” (Isaías 49,16).<br />
O catequista pergunta aos catequizandos:<br />
– Por que as pessoas escrevem alguma coisa na palma da mão? (Deixar que falem.)<br />
Depois da partilha diz:<br />
38
– Somente quando desejamos não esquecer aquilo que é muito importante escrevemos na palma<br />
das mãos. Se Deus escolheu escrever nossos nomes na palma de sua mão, então somos importantes,<br />
amados por Deus, e Ele não quer esquecer-se de nós.<br />
Dinâmica: na mão de Deus<br />
Objetivo: compreender que todos nós temos nosso nome e nossa vida gravada<br />
nas mãos de Deus.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Colocar no centro a grande mão e convidar os catequizandos a escreverem<br />
seus nomes nela, simbolizando que todos nós temos nosso nome e<br />
nossa vida gravada nas mãos de Deus.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
(Apresentar um cartaz representando um coração com a palavra “Deus” no centro.)<br />
Deus nos conhece e nos chama pelo nome. Ele nos ama com amor eterno, sabe de<br />
nossas vidas, está sempre conosco, nos traz no seu coração bondoso de Pai.<br />
Devemos gostar do nosso nome e agradecer diariamente ao Senhor, como vamos fazer agora.<br />
Dinâmica: Deus me ama<br />
Objetivo: perceber que estamos no coração de Deus.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Pegar o cartaz em forma de coração e colocá-lo no centro, próximo da<br />
grande mão, convidando os catequizandos a molharem suas mãos em<br />
tinta guache e carimbá-las no cartaz, dizendo: “Obrigado, Senhor, porque<br />
me chamo…” (dizer o nome completo).<br />
O amor de Deus por nós é tão grande que em seu coração cabemos todos. Ele nos ama e nos traz<br />
no seu coração. Por isso, como seus filhos queridos, agradeçamos o nome que temos.<br />
Oração: vamos agora rezar, façamos juntos o sinal da cruz e reflitamos:<br />
Fazendo o sinal da cruz: Em nome do Pai (mão no centro da testa, que pode indicar o Pai que<br />
pensou em criar o mundo),<br />
Do Filho (mão no centro do peito perto do coração, lembrando que Jesus é o centro de nossa vida<br />
e nos amou dando sua vida por nós),<br />
E do Espírito Santo (mão que vai do ombro esquerdo para o direito indicando que o Espírito Santo<br />
nos envolve e abraça).<br />
invocando a proteção do Anjo da Guarda:<br />
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador.<br />
Se a ti me confiou a piedade divina,<br />
Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
39
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
40<br />
O grupo pode ler junto este propósito e depois realizar individualmente a atividade:<br />
1. Neste ano, participarei da catequese junto com este grupo tão querido que hoje conheci.<br />
Cada um de nós se esforçará para criar um espírito de família. Juntos vamos<br />
conhecer e amar a Deus Pai, deixando nosso coração aberto para que Deus possa nos amar.<br />
2. Com muito carinho e capricho, desenhe em seu manual o cartaz do “Coração de Deus” e copie<br />
o nome de cada um de seus amigos.<br />
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
1. Peça que seus pais ou responsáveis leiam para você o texto que está em Isaías<br />
43,1. Depois pergunte como eles já sentiram essa experiência de Deus que<br />
cuida, protege e ama por meio de um fato concreto da vida.<br />
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana<br />
1. Para ter sempre presente “Deus na vida”, durante a semana procure rezar ao ir à<br />
escola ou ao voltar dela a oração invocando o nome de Jesus com ternura e respeito.<br />
“Jesus meu bom amiguinho, me leve sempre para o bom caminho.”<br />
2. Quem você poderá ensinar a rezar esta oração nesta semana? Faça isso!<br />
Material para o próximo encontro: além do seu material de catequese, levar giz de cera.
2 o Encontro<br />
Quem sou eu?<br />
“Sou pessoa,<br />
vivo em família”
42<br />
Objetivos:<br />
• Reconhecer a família como um presente de Deus para nós.<br />
• Perceber como é minha família, o papel e a missão de cada um.<br />
Material de apoio:<br />
• Bíblia<br />
• ¼ folha de papel A4 branca (para cada catequizando)<br />
• giz de cera<br />
• fita adesiva<br />
• uma imagem ou gravura da Sagrada Família<br />
• um cartaz grande de uma casa (conforme modelo abaixo, para fi xar no mural)<br />
Formando e preparando o catequista para o encontro<br />
Quando olhamos no mais profundo de nós mesmos, encontramos uma incrível vontade de sermos<br />
amados e de poder dar amor a alguém. É esta a raiz mais profunda do homem; ninguém é feliz se não se<br />
sente amado ou sabendo que ninguém deseja o seu amor. O amor está na essência de cada um de nós, é<br />
isso que nos faz diferentes de todos os seres viventes. Apenas o homem sabe e pode aprender a amar. Um<br />
outro ser, um animal, por exemplo, apenas pode se “apegar” a alguém do qual recebeu algum benefício.<br />
O homem, ao contrário, é capaz de construir o amor, que não é apenas um sentimento passageiro, mas<br />
sim uma relação estável, fi rme, segura, uma relação que é capaz de superar até as desavenças, as contra-
iedades e o mal recebido. Jesus nos mostrou como isso é possível; toda vez que aprendemos a perdoar<br />
nós também fazemos o mesmo. O amor, embora já esteja presente no homem, deve ser descoberto,<br />
alimentado, construído na liberdade para tornar-se consciente. Ninguém nasce amando. Mesmo que a<br />
sua vida seja alimentada pelo amor recebido desde o seio da própria mãe, aprendemos a amar!<br />
Mas como aprendemos o que é o amor? Onde aprendemos como se ama? Como podemos desenvolver<br />
aquilo que nos fará felizes ao longo da nossa vida?<br />
O amor não se improvisa, se constrói. O sentimentalismo é apenas um impulso afetivo, mas não<br />
é amor. Então, o que é o amor?<br />
Nunca alguém poderá nos dar uma defi nição de amor, porque todos nós somos diferentes e cada<br />
um expressa essa belíssima qualidade de modo diferente; o amor não é algo teórico. Por outro lado,<br />
podemos perfeitamente aprender “como” se ama e saber perfeitamente como reconhecer o amor,<br />
mesmo em circunstâncias difíceis. Pois bem, a família é a preferencial escola do amor; não é a única,<br />
mas a preferencial, aquela que Deus escolheu para o seu próprio Filho. Jesus não podia deixar de nascer<br />
numa família, porque é na família que cresce o amor e se descobre a sua grandeza. Embora Filho<br />
de Deus, embora Amor feito homem, Jesus “aprendeu” a arte de amar com <strong>Maria</strong> e José, aprendeu<br />
“como” se ama através do amor dos dois, assim como nos sugere o Evangelista Lucas: “Jesus crescia em<br />
sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2,52) e também o autor da carta aos<br />
hebreus (hebreus 5,8). Deus nos deu a família para aprender como se ama e como Ele ama, porque<br />
Deus é comunhão de amor trinitário.<br />
A história, porém nos mostra como foi difícil para o homem descobrir a beleza do amor na família<br />
“nuclear” (que signifi ca: formada de um núcleo de pai, mãe, fi lhos) que é a forma mais madura<br />
e correspondente ao projeto de Deus. Assim, podemos dizer que a família entendida deste modo não<br />
é apenas a união de duas pessoas quaisquer, mas de duas pessoas unidas conforme a ideia que Deus,<br />
fonte de amor, tem como lugar onde se aprende o Seu Amor.<br />
A melhor escola de amor a encontramos na Família de Nazaré: José e <strong>Maria</strong> têm tudo para afastar-se<br />
um do outro; têm todas as motivações para desacreditar; mas escolhem acreditar um no outro<br />
e, os dois juntos, acreditar em Deus e no Seu desejo. É a família que sabe olhar para Deus e encontra,<br />
neste olhar, a própria unidade. Não faltam as incompreensões: “Filho, por que fi zeste assim conosco?<br />
Teu pai e eu, afl itos, estávamos à Tua procura”... Eles não compreenderam as palavras que Jesus lhes<br />
dissera” (Lucas 2, 48.50). As incompreensões servem sempre como uma escada para subir até o ponto<br />
mais alto do amor.<br />
Depois do estudo do texto, procure rezar, meditar e vivenciar a Palavra preparando-se<br />
para o Encontro.<br />
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
É agradável e realmente muito bom en contrá-los novamente. Estamos unidos para<br />
refl etir sobre as coisas lindas do amor de Deus e construir a grande família dos fi lhos<br />
de Deus. Vendo-os tão dispostos, fi co feliz e os convido para que, de mãos dadas em<br />
ciranda, possamos cantar.<br />
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Dinâmica: minha família, nossa família<br />
Objetivo: perceber como cada catequizando enxerga sua família e levá-lo a<br />
refletir que a família de todos nós forma a família de Deus.<br />
Desenvolvimento: (orientado pelo catequista)<br />
1. Colocar, no mural, um grande cartaz de uma casa, onde serão colocados,<br />
posteriormente, os desenhos que os catequizandos fizerem de sua família,<br />
simbolizando os tijolos da parede.<br />
2. Distribuir ¼ folha A4 e o giz de cera para cada catequizando.<br />
3. Orientá-los para que façam uma moldura em torno da folha e desenhem<br />
a sua família.<br />
4. Pedir para que cada um apresente o desenho que representa sua família.<br />
5. Após a apresentação, cada um coloca o desenho que fez de sua família<br />
como se fossem os tijolos da parede do desenho da casa fixada no mural,<br />
formando a família de Deus.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Deus Pai nos criou para relacionarmo-nos com outras pessoas, que convivem conosco<br />
dia riamente, que nos ajudam e nos orientam, partilham conosco os bons e os maus momentos,<br />
passando a fazer parte de nossa família.<br />
A família é a primeira comunidade na qual ingressamos desde o momento em que nascemos. Independentemente<br />
das características próprias das pessoas que a compõem, precisamos amar, respeitar<br />
e honrar nossa família, pois ela é o lugar de acolhida, encontro, participação, doação, amor e perdão.<br />
A família de Jesus nos dá um lindo exemplo.<br />
(O catequista coloca no mural o cartaz da Sagrada Família ou uma imagem na mesa.)<br />
Pedir aos catequizandos que digam juntos:<br />
– Jesus, <strong>Maria</strong> e José, a minha família, vossa é.<br />
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Canto:<br />
Amigo, que bom! Que bom que você veio!<br />
Amigo, ô, ô, que bom que você veio, ô, ô!<br />
Foi Jesus quem o chamou, ô, ô!<br />
e você aceitou.<br />
Amigo, que bom! Que bom que você veio! (bis)<br />
Vamos ler a palavra e refletir:<br />
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lucas 2,41).<br />
Olhando para a família de Jesus, podemos aprender que eles eram unidos e sabiam viver e celebrar<br />
juntos os momentos festivos. Na vida de família é muito importante que os pais e responsáveis participem<br />
das celebrações e atividades da Igreja, assim como <strong>Maria</strong> e José fizeram quando levaram Jesus ao templo.
Vamos refletir juntos e depois partilhar:<br />
– Quais as atividades que vocês realizam juntos em família?<br />
“... <strong>Maria</strong> e José voltaram da festa e o Menino Jesus ficou sem que seus pais percebessem. Pensando<br />
que ele estivesse com seus companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia e o buscaram<br />
entre os parentes e conhecidos, mas não o encontraram e voltaram a Jerusalém a procura Dele”<br />
(Lucas 2,43-45).<br />
Deus Pai havia confiado Jesus a <strong>Maria</strong> e José. Jesus sabia disso e valorizava isso; e Ele tinha uma<br />
grande missão. Nessa ocasião, não ter voltado com seus pais não significa que Jesus tivesse sido desobediente.<br />
Ao ficar em Jerusalém, Ele estava fazendo a vontade de Deus, o seu Pai.<br />
– Alguma vez vocês já se envolveram tanto com algo que naquele momento era importante e se<br />
esqueceram de comunicar antes os seus pais, deixando-os preocupados?<br />
Também podemos perceber que na família de Jesus há um grande amor e preocupação de uns para<br />
com os outros.<br />
“Quando <strong>Maria</strong> e José encontraram Jesus novamente, sua mãe lhe disse: Meu filho, que nos fizeste?<br />
Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição” (Lucas 2,48).<br />
Como Jesus era um grande presente de Deus Pai confiado a <strong>Maria</strong> e José, eles cuidavam dele com<br />
muito zelo e preocupação; e até sentiram medo e angústia quando sentiram a sua ausência.<br />
– O que você acha que seus pais sentem quando vocês estão ausentes? Por quê?<br />
Quando saíram do templo, Jesus ficou lá com os doutores, e seus pais nem perceberam. Andaram<br />
muito: <strong>Maria</strong> pensava que Ele estava com José, e José achava que o menino estava com <strong>Maria</strong>. Quando<br />
notaram sua falta, ficaram preocupados e foram à sua procura. Nossos pais também se preocupam<br />
conosco, fazem tudo para sermos felizes e para nos encaminhar bem na vida. (Exemplo: preocupação<br />
quando ficamos doentes, quando viajamos, preocupação com a nossa vida estudantil, procurando nos<br />
ensinar a amar a Deus e a respeitá-Lo etc.)<br />
Quando encontraram Jesus, <strong>Maria</strong> disse:<br />
– Meu filho! Por que você fez isso conosco?<br />
“Jesus voltou para casa e ali viveu com humildade e obediência a seus pais” (Lucas 2,51).<br />
Jesus ajudava nas tarefas que podia e sabia executar: buscar água para a mãe, pegar os materiais<br />
para José, estudar as Escrituras. Gostava de estar junto dos amigos. Enfim, vivia o verdadeiro espírito de<br />
família com José e <strong>Maria</strong>.<br />
Jesus fez questão de ter uma família. Nasceu e viveu entre os homens. Sua família sempre o ajudou,<br />
respeitou, acolheu, incentivou e educou.<br />
Em nosso convívio humano e familiar, existem pessoas que nos são tão queridas que fazem por<br />
nós tudo o que José e <strong>Maria</strong> faziam por Jesus. Quem são essas pessoas? Vamos identificá-las e escrever<br />
o nome delas.<br />
Nem sempre nossa família é constituída como a família de Nazaré, com o pai, a mãe, mas todos<br />
temos pessoas que nos amam e nos acolhem: avós, professores, catequistas, parentes, amigos, pessoas que<br />
nos criam e nos educam. Essas pessoas são as que constituem também nossa família.<br />
Independentemente das pessoas que constituem nossa família, todos precisamos aceitar nossa história<br />
e nossa família. Respeitá-la, honrá-la, pois a família é o lugar de acolhida, encontro, amizade, ajuda,<br />
participação, amor e doação.<br />
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Marque um X naquilo que você aprende com sua família:<br />
Na família, aprendemos a<br />
( X ) conviver e respeitar pais e irmãos;<br />
( X ) assumir as dificuldades com tranquilidade;<br />
( ) não atender aos pedidos dos nossos pais;<br />
( X ) construir novos conhecimentos;<br />
( X ) dividir trabalhos e responsabilidades;<br />
( ) não respeitar as pessoas da nossa família;<br />
( X ) perdoar e cultivar amigos;<br />
( X ) conhecer e amar nosso Deus.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
É na família e em família que aprendemos a amar nosso Deus.<br />
Peçamos com muita fé a Deus Pai que abençoe nossa família e que nos faça estimados<br />
e obedientes como Jesus. Rezemos juntos:<br />
(O catequista convida os catequizandos a estenderem a mão direita em direção ao cartaz<br />
da casa com o desenho das famílias e rezar.)<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINhA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
Oração:<br />
– Jesus, meu bom amigo, tu, que tiveste uma família exemplar, atende, Senhor, o meu pedido.<br />
Todos:<br />
– Abençoa e protege as famílias do mundo inteiro, cuida de meus pais, protege sempre meus irmãos<br />
e a mim também. Ajuda-me a ser um filho educado, amável e obediente. Amém.<br />
Oração pela família: (Pe. Zezinho, SCJ)<br />
Sol nascente, sol poente<br />
1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente.<br />
Que nenhuma família termine por falta de amor.<br />
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente.<br />
E que nada no mundo separe um casal sonhador.<br />
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte.<br />
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.<br />
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte.<br />
Que eles vivam do ontem no hoje em função de um depois.
Que a família comece e termine sabendo aonde vai.<br />
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.<br />
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.<br />
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.<br />
Abençoa, Senhor, as famílias. Amém!<br />
Abençoa, Senhor, a minha também!<br />
2. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida.<br />
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.<br />
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida.<br />
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.<br />
Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos.<br />
Que o ciúme não mate a certeza de amor entre os dois.<br />
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho…<br />
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
1. Localize no quadro abaixo:<br />
a) três palavras que identifiquem o bom filho (obedecer – respeitar – amar);<br />
b) os nomes dos pais de Jesus (<strong>Maria</strong> – José);<br />
c) duas tarefas importantes para seus pais ou responsáveis (catequizar – educar).<br />
A A M O V M A R I A L M L J D<br />
C A D B E M L R U Z I V A E E<br />
J O S E Z B X W Y K V L M B D<br />
E F I D Q T A M A R M O P Q U<br />
S I M E U M I P E H T P O U C<br />
P N K C A T E Q U I Z A R R A<br />
S O I E O E Q A I U T P E O R<br />
Q W Y R E S P E I T A R G H E<br />
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
Em nossa família existe amor, respeito, perdão, trabalho, momentos de oração etc.<br />
1. Convide seus pais para ler em família o texto de Lucas 2,41-52.<br />
2. Depois de lerem o texto, ensine-os a rezar a oração que você aprendeu no encontro da catequese:<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINhA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
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3. Agora, com a ajuda dos pais e de seus irmãos, descubra em que sua família se parece com a Sagrada<br />
Família: Jesus, <strong>Maria</strong> e José.<br />
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana<br />
Num momento em que sua família estiver reunida, assuma o compromisso de<br />
ler esta oração para eles a cada dia desta semana:<br />
Senhor, ensina-nos a viver bem em família.<br />
Que os pais do mundo inteiro sejam como José;<br />
as mães, como <strong>Maria</strong>;<br />
e os filhos cresçam queridos e obedientes como Jesus.<br />
Fica conosco, Senhor,<br />
para que juntos possamos formar a grande família<br />
dos filhos de Deus neste mundo. Amém.<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINhA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
Material para o próximo encontro: trazer escrito para o próximo encontro os nomes dos avós<br />
paternos e dos avós maternos.