O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

n'um parque uma rua que tinha de servir de passeio em occasião de musica, era dever nosso darlhe
mais desenvolvimento e tornal-a o mais commoda possível. É assim que se pratica em trabalhos
d'esta especialidade. Esta rua ficou, pois, mais dispendiosa, é certo, mas ficou boa.
Logo acima ha um pequeno largo, que pode servir para se collocar um coreto de musica, no sitio
onde convergem quatro pequenas ruas. Este pequeno largo, segundo a opinião do Snr. Aurélio, esta
bem e confirma a planta. O largo porém foi feito sobre rocha, que se tornou necessário romper a
foga, e todavia no orçamento do Snr. Aurélio não esta descripta verba alguma para este trabalho.
Sahindo do mesmo largo encontra-se uma rua que, descendo da rua principal, segue em curva ao
nivel do primeiro patamar do escadorio, onde está a Fonte Milagrosa. A curva junto ao escadorio,
disse o Snr. Aurélio que não estava conforme a planta e que no seu entender devia alargar mais
0,70 m para fora. Respondemos que a curva não ficaria melhor por isso, mas se a Exma. Meza
entendesse o contrario, nós faríamos a rectificação. A Exma. Meza dicidiu-se pela opinião do Snr.
Aurélio; e assim ficou resolvido o primeiro reparo que tínhamos a fazer.
O Segundo reparo que se resolveu foi o prolongamento de uma pequena rua que da rotunda
avenida sobe para a estrada municipal. O resto até á primeira curva da mesma estrada e terceiro
patamar foi julgado conforme.
Subindo da primeira curva da estrada para a seguinte, notou o Snr. Aurélio que uma das ruas
estava mais curta do que a representada na planta e portanto que se havia de fazer o respectivo
desconto da diferença. Tratou-se de fazer a medição averiguando-se então que a rua em vez de
mais curta estava mais comprida, mas o Snr. Aurélio que em tudo quer a achar pretexto para nos
depreciar o trabalho acrescentou logo: que se a rua assim estava melhor e mais bem lançada foi
porque assim nos fez conta para evitarmos movimentos de terra!
Chegados ao quarto patamar, um dos senhores Mezarios mostrou-nos a falta de um aqueduto junto
do mesmo patamar para conduzir as águas que alli se juntavam da estrada municipal.
Effectivamente foi por esquecimento, que deixou de se fazer esta obra e portanto ficou resolvido
fazermos o terceiro reparo.
O quarto reparo consistia na rectificação da directriz da rua que liga com o patamar, na qual nos
fdoi notada uma diferença de 0,60m, o que, entretanto, não era defeito, anuimos a fazer esta
rectificação apesar da directriz não ficar melhor com ela.
Subindo pelo parque até ao patamar onde está a Capella da Senhora de Lourdes, encontramos o
Snr. Aurélio e o seu ajudante a medir uma pequena extensão, onde, segundo se disse então, era
preciso fazer uma valleta. Foi pois resolvido este quinto reparo, que reputamos tão mesquinho e
insignificante que nem mesmo merece as honras de uma discussão.
Junto á Capella da Senhora de Lourdes, um dos Exmos. Mezarios pede para que alli se faça um
rebaixo, assim como na rua que d'ahi segue em curva até ao patamar dos Gigantes. Esta obra é um
pouco dispendiosa por haver um grande desaterro n'um terreno mais do que compacto. A obra foi
feita como marcava a planta, a qual teria de ser alterada, dando-se á rua maior desenvolvimento.
Entretanto, attendendo ao empenho que este digno Mezario mostrou, não nos esquivamos a fazer a
obra, como era seu desejo, e assim foi resolvido o sexto reparo.
D'esta rua segue uma outra que liga com a estrada municipal. O Snr. Aurélio observa que
chegando-a mais um pouco, ficaria mais bonita. A nós affigura-se-nos que ficará mais feia, e que
da parte do Snr. Aurélio ha apenas um capricho que nos faz mudar uma valleta; entretanto,
resolveu-se fazer este sétimo reparo.
Perto do patamar dos Gigantes quiz o Snr. Aurélio mostrar que a plantação do parque no lado
esquerdo do escadorio, estava na sua maioria morta e apontou-nos uns arbustos envolvidos em
hervas seccas para corroborar a sua asserção, um pouco filha da sua ignorância no assumpto. Com
effeito, lá estavam os arbustos que elle apontava, mas como estes eram mais resistentes que a
herva, resistiram á sede e mostravam até um certo vigor. A parte herbácea desses arbustos é que
tinha seccado por causa das rigorosas geadas do inverno e a falta de água no verão, o que fez dizer
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