O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

tente escriptura do terreno como era do conhecimento da Mesa tendo-se entregue a quantia de
200$000 reis ao vendedor e passando letras no valor de 300$000 a praso de 12 meses que tinham
sido firmadas por elle e pelo Exm° thesoureiro. Que o mesário Exm° Miguel Cabral tinha posto à
sua disposição a quantia de 100$000 para este contracto sem recebimento de juros o que era muito
para louvar e agradecer. A mesa reconhecida votou um voto de louvor a tão fidalgo e espontâneo
adiantamente, bem como o zelo e actividade com que o secretário tinha tratado de tão importante
assumpto. O thesoureiro ponderou a necessidade de realisar um empréstimo que permittisse
efectuar algumas obras cuja urgência se tomava inadiável como a utimação da torre, proceder ao
desaterro no local da feira, vedar o parque pelo lado do caminho velho de Penude, continuar o
parque nos terrenos novamente adqueridos, dotar as torres com carrilhão e algumas outras, que
deixavam de enumerar por serem de todos sabidas. Lembrava que este empréstimo se poderia
realisar por meio de obrigações a que fosse destinado o feno de 6% e pagáveis no praso de 15
annos. Parecia-lhe que por esta forma talvez fosse possivel realisar o empréstimo sendo que o
governo o autorizasse. Depois de várias considerações sobre este assumpto que foi julgado viável
resolver-se submettel-o á deliberação dos Exmos definidores para no caso de merecer a sua approvação
ser posto em prática. Ficou deliberado que o empréstimo fosse no valor de 10.000$00 reis
em obrigações de 10$000 cada uma continuando todos os annos para juro e amortisações a quantia
de 1:000$000 reis a que a real Irmandade poderia fazer face em vista da media dos seus
rendimentos nos últimos annos e os encargos terem diminuído com o pagamento da já extinta
dívida á Santa Casa da Misericórdia de Lamego, e poderem ainda tomarem-se menores desde que
se saldasse o resto em dívida das torres o que equivalia a diminuir os encargos actuães no valor de
1:190$000 reis verba superior à de futuro votada para pagamento do empréstimo.
E não, digo, foi aceite o contrato de transação relativa à questão d'aguas do quartel tendo sido
redusida a escritura pública nas notas do notário d'esta cidade o Exm° Snr. Dr. António Pinto
Ayres de Lemos que não levará emolumentos alguns pelo seu trabalho sendo por isso proposto e
votado, digo, approvado num voto de agradecimento a S. Excia..
E não havendo mais assumpto o Exm° Juiz encerrou a sessão de que se lavrou esta acta que depois
de lida foi assignada por todos".
D. Deão; Manuel da Silva Quintella; Manoel Maria Cardozo;
Joaquim José da Costa Júnior; Miguel Cabral; Padre Manuel Marques Pereira
DOC. N° 94
1902 . Novembro . 2
Arrematação pública da segunda torre
"Livro de Sessões... 1897" fls.41-41v. (tp)
«Sessão de 2 de Novembro de 1902.
Presidência o Exm° Secretário, servindo se Juiz Pe. Manuel Marques Pereira. Presentes os
Mesários Luis Pereira Gomes, Manuel de Carvalho Lagarto, Manuel Maria Cardoso, Quintino
Cardoso, Joaquim José da Costa Júnior Comigo secretário interino. Aprovada a acta da sessão
anterior.
O Exm° Secretário, servindo de Juíz disse que o fim da reunião era dar cumprimento à deliberação
tomada na sessão anterior relativamente à arrematação das obras necessária à conclusão da 2 a torre
do Real Santuário, melhoramento de necessidade urgentíssima e reclamado para garantir de
conservação da porção de torre já construída e que as intempéries atmosphericas estavam conti-
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