O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

DOC. N°28
1782. MAIO.29
Ajuste de obras no Santuário
A D.V., Livro de Notas de Lamego, N° 135/16, fis. 96-98v.
ALVES, Alexandre, in Artistas e Artifices na diocese de Lamego e Viseu, Revista «BEIRA
ALTA»,' vol. XXX, 1971, pp. 413-414.
«Escriptura de Fiança que dá Manoel Faustino Loureiro Mestre Pedreiro aos Mordomos da
confraria de Nossa Senhora dos Remédios.
Saybam quantos este publico instromento de escriptura de fíansa virem que no anno do nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e oitenta e dois aos vinte e nove dias do mes de
Mayo do ditto anno nesta cidade de Lamego dentro do Passo Episcopal delia onde sendo presentes
o Reverendíssimo José Bernardo Pereyra Telles Mayordomo da confraria de Nossa Senhorados
Remédios e o Reverendo beneficiado José Leytão de Carvalho secretário da ditta Irmandade e mais
Mordomos abayxo ao deante asignados Fidalgos Dignidades Nobres e officiaes de huma banda e
de outra Manoel Faustino Loureyro Mestre Pedreyro morador em Cazal de Naboa subúrbio desta
mesma cidade e Mestre das obras da ditta confraria de Nossa Senhora dos Remédios erecta ao pe
do ditto lugar do Cazal de Naboa e uns e outros pessoas bem conhecidas e reconhecidas de num
tabelian e das testemunhas ao deante nomeadas e asignadas que outrosim reconheço de que dou fe -
se e logo pello ditto Mestre Pedreyro Manoel Faustino de Loureyro digo Faustino Loureyro foi
ditto perante nos que por se ter acrescentado a obra do terreyro e capella do Desterro a que se
obrigara por huma escriptura feyta nas nottas do tabelião da Villa Nova de Souto de El Rey em
vinte e nove de Agosto de mil e sette centos e oitenta como o acrescento da escada que vay para o
pateo da capela da Senhora dos Remédios se achava percizado de fazer nova obngasão asim pelo
que respeyta ao novo acrescento como ainda para reforsar aquella primeyra que se fizera da ditta
obra e cappela do Presépio e por isso se obrigava pela presente escriptura a completou e de todo
conclui a ditta obra toda declarada na sobredita escriptura e na conformidade que ella a expressa e
os apontamentos a que a mesma escriptura se refere e de todas as mais expressons e clarezas e
obrigasoens que na ditta escriptura se mostrão e debayxo da mesma quanttia e ajuste que com os
supra dittos fizera e na mesma escriptura se mostra contractado, de sorte que ainda sendo
necessário tudo revalida e ratifica nesta como se na mesma a tornasse a expressar e declarar cada
coiza persiso assim em particular como em geral e outro sim também novamente se obriga a fazer e
concluir o sobredito acrescento das referidas escadas comforme os apontamentos seguintes ficou o
Mestre Loureyro com a obrigação contratada neste último ajuste de acrescento a sua obra de fazer
a escada do Pátio em que se acha a Fonte the bayxo a seu Pátio pondo-lhe as mesmas piramidas e
mais as piramidas nos patios como a que vem de sima e igualmente os mesmos birlos, pilastras e
corrimão e pondo-lhe hum arco de cantaria encostado a alvenaria o que não se vê na de sima mas
nesta se lhe ajuntou fora os degraus últimos, ou digo primeyros ao subir mais largos do que os da
escada velha = Fará o encanamento da agoa da fonte do ditto patio da escada de alcatruzes de
barro ate a descida do ditto Patio, mas dali athé sahir dos últimos degraus seram os canos de pedra
com broca larga e emmendados huns nos outros bem cheijos de batume e bem enterrados e ao pe
deste cano se meteram alcatruzes de barro para a saida da agoa que reprentar se é que prezestir:
Fará nos lados os dous nicho como mostra o risco tendo o fundo de doze palmos com sua abobeda
por cima para expulsar a agoa com seu arco e huma piramida no meyo deste e no meyo que fecha o
ditto arco sua mucheta para fora o ornatto que vay ladeando o Pátio sempre chegara ao cunhal do
Pátio da capella mas de fronte dos dittos nichos formará hum dos castellos do ornatto do ditto patio
e dahi athé o ditto cunal já lembrado fará o mesmo risco de meya lua como as mais que vá terminar
com outro castello que levará antes de chegar ao tal cunhal porque este deve ficar servindo de
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