Manual de boas práticas - pessego(276 KB) (PDF) - formei

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Figura 2: Conicidade nos ramos laterais do eixo Fonte: Vidaud (1990) 6 D I S Q U A L - M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - P Ê S S E G O na base e os mais delgados na extremidade (Figura 2). Esta regra fundamental é válida para todas as formas de condução. As estruturas vigorosas situadas no cimo da árvore devem ser suprimidas e as bifurcações aí localizadas devem ser evitadas. A rectificação dos excessos de vigor no cimo das pernadas só é possível com podas no Verão. O pessegueiro é uma espécie com crescimento muito acelerado cujo tronco envelhece mais rapidamente que a raiz. É uma planta muito exigente em luz. Produz nos ramos do ano e, por isso, é preciso preservá-los para garantir a regularidade e qualidade da produção. Necessita de uma renovação sucessiva de eixos a partir da base. A condução deverá pois garantir a iluminação da maior superfície foliar e a maior reserva de gomos dormentes, que garantam a renovação da planta e dos ramos de frutificação, de modo a regularizar e melhorar a qualidade da produção. Monda de Frutos O desbaste de frutos é uma operação determinante na rentabilização do pomar. Reequilibra o potencial da árvore, permite obter uma repartição regular dos frutos ao longo dos ramos e a produção de pêssegos com calibre e qualidade gustativa satisfatória. A monda manual deve suprimir os frutos duplos e deformados, os situados à sombra (interior da árvore) e os pior alimentados (localizados em ramos muito frágeis e na base dos ramos mistos). Esta operação deve realizar-se o mais cedo possível, programada de acordo com a data de maturação dos cultivares - no estado
D I S Q U A L - M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - P Ê S S E G O fenológico F2 a G para as temporãs, 15 a 25 dias depois para as variedades de estação, e 20 a 40 dias depois para as variedades serôdias, não ultrapassando a fase de endurecimento do caroço. Manutenção do Solo É feita sem qualquer mobilização, recorrendo ao uso de herbicidas nas linhas e ao corte de infestantes na entrelinha. Rega A rega é fundamental para a obtenção de pêssegos com a qualidade e calibre requeridos pelo mercado. O período de maior sensibilidade à falta de água é entre o endurecimento do caroço e finais de Julho, quando o crescimento dos frutos é simultâneo com o crescimento dos ramos do ano que asseguram a produção do ano seguinte: uma falta de água neste período reflecte-se no calibre dos frutos e no desenvolvimento dos ramos mistos afectando a produção do ano seguinte. Após este período, o crescimento dos ramos mistos é menor e a planta tolera mais facilmente restrições na alimentação hídrica. O sistema de rega gota-a-gota é o mais adequado a esta cultura: permite economizar água, energia, mão-de-obra e, permite melhores condições sanitárias das plantas em alguns casos com redução do número de tratamentos. Na instalação do sistema tem de haver uma boa adequação entre as características do solo, o número, débito e posicionamento dos gotejadores relativamente às árvores, e a qualidade da água e meios de filtração. O sistema exige uma atitude atenta e vigilante do fruticultor, controlando o funcionamento dos gotejadores e a regularidade do seu débito, caso contrário, só tomará consciência do mau funcionamento do sistema quando constata os efeitos nefastos no comportamento dos pessegueiros. Fertilização Previamente à instalação dos pomares, deve proceder-se à distribuição adequada dos correctivos orgânicos e minerais, particularmente dos nutrientes com pouca mobilidade como o fósforo. A análise de terras determina as correcções de fertilidade do solo necessárias, de acordo com as recomendações do laboratório. 7
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