caracterização floral de acessos de umbu-cajazeira da embrapa ...
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CARACTERIZAÇÃO FLORAL DE ACESSOS DE UMBU-CAJAZEIRA<br />
DA EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPICAL 1<br />
Elaine Silva <strong>da</strong> Cruz 2 ; Rogério Ritzinger 3 ; Walter dos Santos Soares Filho 4<br />
Resumo - A <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> (Spondias sp.) pertence à família Anacardiaceae.<br />
Ocorre principalmente no Nor<strong>de</strong>ste brasileiro, sendo típica do semiárido. Embora a<br />
maior importância econômica <strong>de</strong>sta espécie esteja vincula<strong>da</strong> à produção <strong>de</strong> frutos,<br />
estudos sobre o florescimento são importantes para a seleção <strong>de</strong> genótipos mais<br />
produtivos. Assim, o trabalho objetivou avaliar a floração, percentual <strong>de</strong> vingamento<br />
e período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> frutos <strong>de</strong> diversos <strong>acessos</strong> <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong>s<br />
presentes no Banco Ativo <strong>de</strong> Germoplasma <strong>de</strong> Fruteiras Tropicais <strong>da</strong> Embrapa<br />
Mandioca e Fruticultura Tropical. O trabalho foi composto <strong>de</strong> três etapas: registro do<br />
número <strong>de</strong> panículas florais, i<strong>de</strong>ntificação e quantificação <strong>de</strong> flores hermafroditas e<br />
masculinas presentes na panícula e registro do percentual <strong>de</strong> vingamento e período<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos frutos. Os <strong>acessos</strong> Primavera I, Primavera II e Santa<br />
Bárbara apresentaram maior precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantas em termos <strong>de</strong> início do<br />
florescimento após o plantio no campo, indicando a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar a<br />
produção <strong>de</strong> frutos mais cedo também. Pingo <strong>de</strong> Mel foi o acesso que manifestou<br />
maior potencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutos por panícula, i<strong>de</strong>ntificando-se na estrutura<br />
<strong>floral</strong> <strong>de</strong>sse genótipo um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> flores hermafroditas. Quando analisados<br />
a formação e <strong>de</strong>senvolvimento dos frutos, o acesso Santa Bárbara apresentou-se<br />
como o menos produtivo <strong>de</strong>ntre os indivíduos avaliados, pois, além <strong>de</strong> gerar poucos<br />
frutos, a taxa <strong>de</strong> abortamento <strong>de</strong>stes foi eleva<strong>da</strong>.<br />
Palavras-chave: Spondias sp., Anacardiaceae, florescimento, semiárido.<br />
Introdução<br />
A <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> (Spondias sp.) é uma planta arbórea, pertencente à família<br />
Anacardiaceae, que ocorre principalmente no Nor<strong>de</strong>ste do Brasil. Frutífera tropical<br />
típica <strong>da</strong> região semiári<strong>da</strong>, também é encontra<strong>da</strong> em outros ecossistemas, como o<br />
<strong>da</strong> Mata Atlântica. É tolerante à seca, atingindo <strong>de</strong> seis a oito metros <strong>de</strong> altura e um<br />
diâmetro <strong>de</strong> copa que po<strong>de</strong> chegar aos 20 m, sendo o formato <strong>da</strong> planta muito<br />
parecido com o do <strong>umbu</strong>zeiro (S. tuberosa Arru<strong>da</strong> Câmara), embora com proporções<br />
visivelmente superiores.<br />
Apesar <strong>de</strong> ocorrer comumente em áreas semiári<strong>da</strong>s, a <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong><br />
também é encontra<strong>da</strong> em regiões litorâneas, que são mais úmi<strong>da</strong>s, provavelmente<br />
em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> movimentos antrópicos, conforme se verifica pela localização <strong>da</strong>s<br />
plantas, que, em regra, se encontram próximas a residências, indicando estreita<br />
<strong>de</strong>pendência <strong>da</strong> presença humana no que concerne à sua propagação e dispersão<br />
(Soares Filho & Ritzinger, 2006).<br />
Na Bahia, ocorre nas regiões fisiográficas <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong> Diamantina, Litoral<br />
Norte, Nor<strong>de</strong>ste, Paraguaçú e Recôncavo. Sua floração concentra-se <strong>de</strong> novembro<br />
a <strong>de</strong>zembro e a frutificação <strong>de</strong> março a maio, geralmente com três picos <strong>de</strong> colheita.<br />
1<br />
Ações relaciona<strong>da</strong>s ao projeto <strong>de</strong> pesquisa Avaliação <strong>de</strong> fruteiras a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s ao Semi-árido em<br />
sistema agroflorestal, financiado pela Fapesb<br />
2<br />
Estu<strong>da</strong>nte <strong>de</strong> Graduação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Recôncavo <strong>da</strong> Bahia - UFRB, Bolsista IC<br />
Fapesb; E-mail: nanescruz@yahoo.com.br<br />
3<br />
Pesquisador <strong>da</strong> Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical; E-mail: rogerio@cnpmf.<strong>embrapa</strong>.br<br />
4<br />
Pesquisador <strong>da</strong> Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical; E-mail: wsoares@cnpmf.<strong>embrapa</strong>.br
A inflorescência é uma panícula terminal on<strong>de</strong> se encontram, ao mesmo<br />
tempo, flores masculinas (estamina<strong>da</strong>s) e hermafroditas (perfeitas), sendo a <strong>umbu</strong><strong>cajazeira</strong><br />
uma planta andromonóica. Nas hermafroditas, o estigma fica normalmente<br />
acima <strong>de</strong> todos os estames, o que dificulta a autofecun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> mesma flor e<br />
po<strong>de</strong> constituir mecanismo evolutivo <strong>de</strong> favorecimento à polinização cruza<strong>da</strong>. (Nadia<br />
et al., 2007).<br />
A <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> é explora<strong>da</strong> economicamente com base em seus frutos,<br />
normalmente consumidos in natura e, em menor escala, sob a forma <strong>de</strong> polpas,<br />
sucos, doces, licores e sorvetes (Soares Filho & Ritzinger, 2006).<br />
Embora a maior importância econômica <strong>de</strong>sta espécie esteja vincula<strong>da</strong> aos<br />
frutos, os estudos do florescimento são importantes para a seleção <strong>de</strong> genótipos<br />
mais produtivos, tendo em vista que Spondias sp. é explora<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma extrativista<br />
em inúmeros locais <strong>de</strong> ocorrência natural, além do fato <strong>de</strong> ser uma fruteira<br />
emergente, indicando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos agronômicos básicos.<br />
Objetivou-se nesse trabalho avaliar a floração, percentual <strong>de</strong> vingamento e<br />
período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> frutos <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong>s presentes no Banco Ativo<br />
<strong>de</strong> Germoplasma <strong>de</strong> Fruteiras Tropicais <strong>da</strong> Embrapa Mandioca e Fruticultura<br />
Tropical, visando gerar <strong>da</strong>dos e informações a fim <strong>de</strong> possibilitar a melhor<br />
<strong>caracterização</strong> dos <strong>acessos</strong> com base em <strong>de</strong>scritores morfológicos.<br />
Metodologia<br />
No Banco Ativo <strong>de</strong> Germoplasma (BAG) <strong>de</strong> Umbu-<strong>cajazeira</strong> <strong>da</strong> Embrapa<br />
Mandioca e Fruticultura Tropical foram realiza<strong>da</strong>s caracterizações florais<br />
compreen<strong>de</strong>ndo: (1) número <strong>de</strong> panículas florais presentes em 14 <strong>acessos</strong>, (2)<br />
i<strong>de</strong>ntificação e quantificação <strong>de</strong> flores hermafroditas e masculinas em oito <strong>acessos</strong> e<br />
(3) observação do período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do fruto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o vingamento ao<br />
amadurecimento em três <strong>acessos</strong>. Todos os <strong>acessos</strong> encontram-se enxertados em<br />
<strong>umbu</strong>zeiro, plantados no espaçamento <strong>de</strong> 5 m x 2 m.<br />
Em março <strong>de</strong> 2009 foi avalia<strong>da</strong> a abundância <strong>de</strong> florescimento dos <strong>acessos</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong>, contabilizando o número <strong>de</strong> panículas florais presentes em ca<strong>da</strong><br />
um. Anteriormente, em novembro <strong>de</strong> 2008, foram seleciona<strong>da</strong>s aleatoriamente 10<br />
panículas novas, com mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s flores abertas, em plantas <strong>de</strong> oito <strong>acessos</strong><br />
diferentes, sendo i<strong>de</strong>ntificado e quantificado o número e posição <strong>da</strong>s flores<br />
hermafroditas e masculinas, com o auxílio <strong>de</strong> uma lente <strong>de</strong> aumento.<br />
Por fim, houve o acompanhamento do <strong>de</strong>senvolvimento dos frutos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
vingamento até o amadurecimento. Para isso, três <strong>acessos</strong> <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> foram<br />
selecionados, sendo, aleatoriamente, marca<strong>da</strong>s com fitas, numera<strong>da</strong>s 20 panículas<br />
por acesso, que foram observa<strong>da</strong>s no período <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> abril a 01 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009.<br />
O número <strong>de</strong> frutos nas panículas foi contabilizado e registrado a ca<strong>da</strong> quinze dias,<br />
permitindo avaliar o número <strong>de</strong> frutos abortados.<br />
Resultados e Discussão<br />
Os <strong>acessos</strong> <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> apresentaram diferenças significativas na<br />
precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> florescimento, avalia<strong>da</strong> pelo número <strong>de</strong> panículas emiti<strong>da</strong>s por<br />
planta, no número <strong>de</strong> flores por panícula e na distribuição dos dois tipos <strong>de</strong> flores<br />
(hermafroditas e masculinas) em ca<strong>da</strong> panícula. Além disso, houve diferenças no<br />
número <strong>de</strong> frutos vingados entre <strong>acessos</strong>.<br />
Na Tabela 1 po<strong>de</strong>-se verificar que os <strong>acessos</strong> Primavera I, Primavera II,<br />
Santa Bárbara e Pomar, <strong>de</strong>stacaram-se pelo maior número médio <strong>de</strong> panículas<br />
florais emiti<strong>da</strong>s em março <strong>de</strong> 2009. Este fato po<strong>de</strong> estar relacionado à precoci<strong>da</strong><strong>de</strong>
no florescimento, consi<strong>de</strong>rando que foram observados <strong>acessos</strong> com a mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
com diferentes taxas <strong>de</strong> florescimento. Esta precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong><br />
quando se faz uma comparação, por exemplo, entre os <strong>acessos</strong> Santa Bárbara e<br />
Pingo <strong>de</strong> Mel, os quais possuem a mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong> e a mesma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas.<br />
No entanto, enquanto a primeira apresentou uma média <strong>de</strong> 42 panículas por planta,<br />
a segun<strong>da</strong> emitiu somente 10.<br />
Tabela 1. Valores médios do número <strong>de</strong> panículas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos <strong>acessos</strong>, e os<br />
respectivos número <strong>de</strong> plantas e i<strong>da</strong><strong>de</strong> avalia<strong>da</strong>s em março <strong>de</strong> 2009.<br />
Acessos<br />
Número <strong>de</strong><br />
I<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Número Médio<br />
Plantas<br />
(meses)<br />
<strong>de</strong> Panículas<br />
Suprema 4 27 0<br />
Ouro 7 55 0<br />
Princesa 7 55 16<br />
Esperança 4 27 0<br />
Pomar 7 55 20<br />
Aurora 4 27 0<br />
Primavera 1 5 55 50<br />
Primavera 2 8 55 170<br />
Pingo <strong>de</strong> Mel 7 40 10<br />
Santa Bárbara 7 40 42<br />
Favo <strong>de</strong> Mel 6 40 8<br />
Preciosa 7 40 1<br />
Umbuguela 3 20 0<br />
Cajaguela 7 20 0<br />
A <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> apresenta dois tipos <strong>de</strong> flores, hermafroditas e masculinas<br />
em um mesmo indivíduo e na mesma panícula, caracterizando seu sistema sexual<br />
como do tipo andromonóico. Verificou-se que houve diferenças <strong>de</strong> valores entre os<br />
<strong>acessos</strong>, o que era previsto, confirmando que há variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre eles.<br />
Foi possível perceber uma ligeira predominância <strong>de</strong> flores masculinas na<br />
maioria dos <strong>acessos</strong> analisados, sendo exceção Pingo <strong>de</strong> Mel e Santa Bárbara, que<br />
apresentaram maior número <strong>de</strong> flores hermafroditas (Tabela 2). O acesso Pingo <strong>de</strong><br />
Mel apresentou o maior número <strong>de</strong> flores hermafroditas, enquanto o acesso<br />
Primavera I o menor valor. Sabe-se que as flores hermafroditas são as responsáveis<br />
pela formação dos frutos. Sendo assim, o primeiro acesso tem o potencial <strong>de</strong> gerar<br />
maior número <strong>de</strong> frutos por panícula, enquanto o Primavera I possui menor<br />
potencial, embora tenha relevante precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> florescimento em relação ao<br />
Pingo <strong>de</strong> Mel.
Tabela 2: Valores médios e percentuais do número <strong>de</strong> flores hermafroditas e<br />
masculinas entre os <strong>acessos</strong> <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> avaliados em abril <strong>de</strong> 2009.<br />
Acesso Total Flores (%) Flores<br />
(%)<br />
Hermafroditas*<br />
Masculinas*<br />
PrimaveraI 272,1 134,7 c 49,5 137,4 b 50,5<br />
PrimaveraII 329,1 146,1 c 44,4 183,0 b 55,6<br />
Princesa 366,6 181,1 c 49,4 185,5 b 50,6<br />
Favo <strong>de</strong> Mel 380,6 188,5 c 49,5 192,1 b 50,5<br />
Ouro 440,4 219,1 c 49,7 221,3 b 50,3<br />
Pomar 546,1 263,8 c 48,3 282,3 a 51,7<br />
Santa Bárbara 586,6 299,8 b 51,1 286,8 a 48,9<br />
Pingo <strong>de</strong> Mel 721,4 432,7 a 60,0 288,7 a 40,0<br />
Média 233,2 222,1<br />
CV (%) 47,97 47,38<br />
*Média <strong>de</strong> valores obtidos em 10 panículas.<br />
No que se refere ao vingamento e <strong>de</strong>senvolvimento do fruto, houve diferenças<br />
entre <strong>acessos</strong> (Figura 1 e Tabela 3). O acesso Santa Bárbara apresentou um total<br />
<strong>de</strong> 36 frutos formados, com a maior percentagem <strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> frutos, em torno <strong>de</strong><br />
86%, enquanto os <strong>acessos</strong> Princesa e Primavera I, gerando 50 e 57 frutos,<br />
respectivamente, comparativamente tiveram menores percentagens <strong>de</strong> per<strong>da</strong>,<br />
respectivamente 80% e 79%, embora estes valores sejam relativamente altos<br />
quando se avalia a produção <strong>de</strong> uma planta. O período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
frutos nos três <strong>acessos</strong> avaliados se esten<strong>de</strong>u por 120 dias.<br />
Número <strong>de</strong> frutos<br />
3<br />
2,5<br />
2<br />
1,5<br />
1<br />
0,5<br />
0<br />
Princesa<br />
Primavera I<br />
Santa Bárbara<br />
abr/09 mai/09 jun/09 jul/09<br />
Figura 1. Número médio <strong>de</strong> frutos em <strong>de</strong>senvolvimento em 20 panículas dos<br />
<strong>acessos</strong> Princesa, Primavera I e Santa Bárbara <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong><br />
(Spondias sp.), no período <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> abril a 01 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009. Cruz<br />
<strong>da</strong>s Almas - BA.
Tabela 3. Número total <strong>de</strong> frutos formados e abortados <strong>de</strong> 20 panículas em três<br />
<strong>acessos</strong> <strong>de</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong>.<br />
Acesso Frutos formados Frutos perdidos Per<strong>da</strong>s (%)<br />
Princesa 50 40 80<br />
Primavera I 57 45 79<br />
Santa Bárbara 36 31 86<br />
Conclusões<br />
A variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> características existentes permite a seleção <strong>de</strong> genótipos<br />
promissores com maior potencial <strong>de</strong> aproveitamento agronômico.<br />
Os <strong>acessos</strong> Primavera I, Primavera II e Santa Bárbara apresentaram maior<br />
precoci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantas em termos <strong>de</strong> início do florescimento após o plantio no<br />
campo, indicando a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar a produção <strong>de</strong> frutos mais precocemente<br />
também.<br />
Pingo <strong>de</strong> Mel foi o acesso com maior potencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutos por<br />
panícula.<br />
Quando analisados a formação e <strong>de</strong>senvolvimento dos frutos, o acesso Santa<br />
Bárbara foi o menos produtivo <strong>de</strong>ntre os avaliados, pois, além <strong>de</strong> gerar poucos<br />
frutos, manifestou eleva<strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> abortamento <strong>de</strong>stes.<br />
Agra<strong>de</strong>cimentos<br />
À Fapesb, pela bolsa <strong>de</strong> Iniciação Científica, à Embrapa Mandioca e<br />
Fruticultura Tropical, pela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estágio e a todos os colegas que<br />
contribuíram para a execução <strong>de</strong>ste trabalho.<br />
Referências<br />
SOARES FILHO, W. dos S.; RITZINGER, R. Pré-melhoramento genético <strong>de</strong> fruteiras<br />
nativas: caso <strong>da</strong> <strong>umbu</strong>-<strong>cajazeira</strong> na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. In:<br />
LOPES, M. A.; FÁVERO, A. P.; FERREIRA, M. A. J. <strong>da</strong>; FALEIRO, F. G. (Org.).<br />
Curso internacional <strong>de</strong> pré-melhoramento <strong>de</strong> plantas. Brasília, DF: Embrapa<br />
Recursos Genéticos e Biotecnologia, p. 126-128, 2006.<br />
NADIA, T. <strong>de</strong> L.; MACHADO, I.C.; LOPES, V.A. Polinização <strong>de</strong> Spondias tuberosa<br />
Arru<strong>da</strong> (Anacardiaceae) e análise <strong>da</strong> partilha <strong>de</strong> polinizadores com Ziziphus joazeiro<br />
Mart. (Rhamnaceae), espécies frutíferas e endêmicas <strong>da</strong> caatinga. Revista<br />
Brasileira <strong>de</strong> Botânica, v. 30, n. 1, p. 89-100, 2007.