Síntese Histórica sobre a actividade da Fábrica de Cortiça Robinson ...

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Espaço Robinson____________________________________________________________ Nota Histórica sinuosas e estreitas, cortes de telhado, pequenas janelas interiores que fixam em definitivo a memória em tempos em que a actividade não era industrial. Neste edifício encontram-se múltiplos equipamentos de origem que deverão permanecer na instalação, como peças de arqueologia - industrial, após a desactivação prevista da unidade fabril. Entre o equipamento e espólio mais relevante que consta deste edifício: 4 - 1 Caldeira de Vapor Babcock & Wilcox 1905 - 1 Caldeira de Vapor Babcock & Wilcox 1924 - 1 Caldeira de Vapor Babcock & Wilcox 1934 - 1 Tanque de Cozimento de Cortiça - Conjuntos de Trituração - Bomba de Êmbolos Verticais (finais séc. XIX) - Linha de 12 Autoclaves para fabrico de Aglomerado Negro - Conjunto de Campânulas de Rega de Blocos - Linha de Serras Circulares para 1º Corte - Serra de Corte de Quentes - Conjunto de Lixadora e Serras de Dimensionamento - Espólio múltiplo da corporação de Bombeiros Privativos - Conjunto museológico provisório contendo parte do espólio da Fábrica Robinson. Acervo documental e fotográfico. Chaminés: Estas constituem um dos elementos mais emblemáticos da centenária fábrica Robinson. Uma primeira chaminé, para escape de gases de uma caldeira de aquecimento de água deverá ter surgido junto ao primeiro edifício de anexos. Esta chaminé observa-se em diversas fotografias e deverá estar associada à presença inicial dos Reynolds. Desta estrutura existe apenas um vestígio da base devendo ter sido destruída antes de 1900. Antes de 1900 surge uma das mais duradouras versões: a denominada Chaminé da Bola a qual foi construída junto ao corpo principal do edifício fronteiro fazendo o escape de gases do novo equipamento de vapor trazido de Inglaterra por George Robinson. Com o inicio da fabricação do aglomerado negro, nos anos 30, a instalação de vapor cresce, contemplando 3 geradores de vapor Babcock & Wilcox. Surge a segunda chaminé com uma altura de 50 m. A Chaminé da Bola, sofre por esta época um primeiro acrescento em altura. Nesta data são afixadas nas duas chaminés os caracteres R-O-B-I-N-S-O-N na vertical. Nos anos 60, a chaminé da bola (também chamada a Pequena), sofre um último acrescento atingindo os mesmos 50 m da segunda chaminé. São estas as duas versões de chaminés que podemos observar nos nossos dias em perfeito estado funcional. Armazéns e Quadra: - Conjunto de edifícios de origem, que serviam de anexos à estrutura principal do convento. O primeiro edifício de anexos tem uma cave, subdividida em 4 espaços distintos. Em dois destes espaços encontra-se um conjunto de arcadas sumptuosas suportadas por altas colunas de pedra granítica, com tectos em abóbada. Os Robinson passaram a utilizar esta cave como Quadra para as múltiplas parelhas de muares que asseguravam o transporte de cortiça para a fábrica.
Espaço Robinson____________________________________________________________ Nota Histórica Nos finais dos anos 50, este espaço fica definitivamente convertido em armazém de materiais. Os actualmente denominados Armazéns tiveram, ao longo dos tempos, diversas utilizações funcionais, designadamente oficinas de rolhas, tipografia e na fase terminal oficina de pintura de aglomerado negro para revestimentos externos. Oficina da Prancha: - Construção isolada, fronteira ao Edifício das rolhas. Esta oficina sofreu diversas alterações arquitectónicas. Actualmente, serve de Armazém de Regranulado. Armazém da Prancha: Bloco contíguo à Oficina da Prancha. No r/c deste edifício procedia-se ao armazenamento de prancha de cortiça após cozimento. Nos altos do mesmo, estiveram instaladas brocas para fabrico de rolhas. Contém apenas pontuais registos da sua traça original. No seu interior encontra-se um interessante conjunto de colunas em ferro que sustentam vigamentos de suporte a pequenas abóbadas. Edifício das Rolhas: Conjunto de 2 Edifícios dos finais do séc. XIX, mandados construir por George W. Robinson, filho do fundador, composto por 3 pisos. Possui um conjunto magnifico de janelas de madeira (com vidros de origem) em torno de todo o edifício o que confere ao interior uma luminosidade excepcional ao longo de todo o período diurno. No piso térreo, onde originalmente se localizava a zona de rabaneação e brocagem de rolhas, o edifício desenvolve-se num conjunto harmonioso de colunas e arcos. No piso intermédio e de maior pé direito, procedia-se à escolha das rolhas. No último piso, procedia-se à secagem natural das rolhas. As divisórias entre os pisos 1 e 2 são de madeira de origem, sustentados em três fiadas de vigas verticais de ferro. Os pisos são amplos espaços abertos apenas entrecortados pelos vigamentos. A movimentação das rolhas entre pisos fazia-se por queda, em campânulas e canais de madeira. Num pequeno anexo a este edifício encontra-se, em localização de origem, um Gerador Eléctrico (ainda em funcionamento) que deverá permanecer no espaço a preservar. Oficinas Anexas / Edifícios das Rolhas: lateralmente ao Edifício das Rolhas foram construídas duas pequenas oficinas de preparação de cortiça. Nos finais dos anos 40 estas oficinas foram definitivamente convertidas à sua actividade actual: Manutenção fabril. 5 Portalegre, Janeiro de 2003 Manuela Mendes
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