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Síntese Histórica sobre a actividade da Fábrica de Cortiça Robinson ...

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Espaço <strong>Robinson</strong>____________________________________________________________<br />

Nota <strong>Histórica</strong><br />

No séc. XVIII, a igreja é alvo <strong>de</strong> nova intervenção <strong>de</strong> fundo <strong>da</strong> qual resta o portal e o corpo <strong>da</strong><br />

nave. Estas obras <strong>de</strong>vem ter eliminado gran<strong>de</strong> parte dos belos frescos <strong>da</strong>s capelas. Subsistem<br />

apenas resquícios difíceis <strong>de</strong> restaurar. Introduzem-se nesta altura os mármores do altar-mor,<br />

oriundos <strong>de</strong> Vila Viçosa e a azulejaria.<br />

A Or<strong>de</strong>m foi extinta em 1835.<br />

No período <strong>de</strong> 1835 – 2001, o corpo original do Convento, foi alvo <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptações sucessivas e<br />

acréscimos especialmente vocaciona<strong>da</strong>s para a <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> industrial <strong>de</strong> transformação <strong>da</strong> cortiça.<br />

II.2 - Função Origem: O edifício fronteiro principal foi originalmente o corpo do Convento <strong>de</strong><br />

São Francisco. Este <strong>de</strong>veria ser o único edifício existente em 1835, <strong>da</strong>ta em que se supõe ter sido<br />

“ocupado” pela família inglesa Reynolds para aí instalar um pequeno fabrico <strong>de</strong> cortiça. O<br />

Convento já estava extinto a essa <strong>da</strong>ta. Em 1840, a família Reynolds transfere a <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> corticeira<br />

para outra família inglesa, os <strong>Robinson</strong>, cujo patriarca terá rumado a Portalegre por essa altura.<br />

II.3 - Função Actual: Des<strong>de</strong> 1835 que o antigo edifício do Convento foi utilizado,<br />

exclusivamente, como instalação corticeira. Após 1840 e até aos nossos dias as alterações<br />

estruturais são múltiplas. Diversos novos edifícios foram implantados no período entre 1840 e<br />

1910 no espaço que se supõe ter sido o logradouro original do extinto convento.<br />

Entre 1860 e 1930, a família <strong>Robinson</strong> adquire sucessivas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s nas imediações do bloco<br />

fronteiro. Nestes terrenos, continuarão a ser implantados diferentes tipos <strong>de</strong> blocos fabris, <strong>de</strong><br />

arquitectura diversa. O perímetro fabril só cessará o seu crescimento após os anos 60 do séc. XX.<br />

Através do espólio fotográfico também é possível perceber algumas edificações <strong>de</strong> carácter<br />

temporário, geralmente feitos em ma<strong>de</strong>ira e que periodicamente foram <strong>de</strong>smantela<strong>da</strong>s (telheiros,<br />

estaleiros, etc.).<br />

A fábrica <strong>de</strong> cortiça <strong>Robinson</strong> mantém-se em <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> ininterrupta, nas mesmas instalações até<br />

aos nossos dias.<br />

II.4 - Enquadramento: A <strong>Fábrica</strong> <strong>Robinson</strong> situa-se na zona alta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Portalegre, em<br />

plena zona histórica, junto à Praça <strong>da</strong> República.<br />

II.5 - Descrição Geral e Pormenores Importantes:<br />

Edifício Fronteiro: Na sua versão original trata-se <strong>de</strong> um edifício <strong>de</strong> dois pisos, com um gran<strong>de</strong><br />

portão principal e duas fia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> janelas em guilhotina, com alisares em arco.<br />

Quando por volta <strong>de</strong> 1835, os Reynolds se instalam para <strong>de</strong>senvolver a <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> corticeira, a<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> franciscanos encontra-se extinta e o edifício há muito <strong>de</strong>votado ao abandono.<br />

Por mais <strong>de</strong> 100 anos a facha<strong>da</strong> permanecerá com as suas marcas conventuais bem evi<strong>de</strong>ntes.<br />

Nesta área fronteira, os <strong>Robinson</strong> limitam-se a acrescentar em comprimento o edifício, fazendo um<br />

novo bloco on<strong>de</strong> se localizará o primeiro escritório <strong>da</strong> fábrica. A traça <strong>de</strong>ste bloco permanecerá até<br />

aos nossos dias com o perfil original.<br />

A maior intervenção é realiza<strong>da</strong> nos anos 50, já com a nova estrutura societária composta 100%<br />

por capitais portugueses, com o crescimento <strong>de</strong> um piso e o completo <strong>de</strong>sfigurar <strong>da</strong>s janelas<br />

originais. As novas janelas <strong>de</strong> ferro alinha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma rectangular por frisos conferem à facha<strong>da</strong> a<br />

forma <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> uma estrutura fabril.<br />

No interior produzem-se também profun<strong>da</strong>s alterações sem que contudo se consiga apagar em<br />

<strong>de</strong>finitivo as origens conventuais. Persistem pequenos recantos, abóba<strong>da</strong>s, corredores, esca<strong>da</strong>s<br />

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