Síntese Histórica sobre a actividade da Fábrica de Cortiça Robinson ...
Síntese Histórica sobre a actividade da Fábrica de Cortiça Robinson ...
Síntese Histórica sobre a actividade da Fábrica de Cortiça Robinson ...
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Espaço <strong>Robinson</strong>____________________________________________________________<br />
Nota <strong>Histórica</strong><br />
Seguem-se anos difíceis para a fábrica <strong>de</strong> Portalegre. A perturbação trazi<strong>da</strong> à Europa pelos ventos<br />
<strong>da</strong> 2ª Guerra Mundial e a postura pseudo-neutral do Governo <strong>de</strong> Salazar terão tido o seu<br />
contributo no agudizar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
A fábrica chegará a estar encerra<strong>da</strong> por um período <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3 anos. Em 1942, os her<strong>de</strong>iros <strong>da</strong><br />
casa <strong>Robinson</strong> vêem-se na contingência <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sfazer <strong>da</strong> centenária fábrica.<br />
Um grupo português passa a coman<strong>da</strong>r os <strong>de</strong>stinos <strong>da</strong> fábrica. Respeitosamente, conservará a<br />
<strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> origem.<br />
Num período <strong>de</strong> 10 anos, a centenária fábrica recupera a vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva e comercial. No início<br />
dos anos 40, inicia-se na produção dos aglomerados puros expandidos, vulgo aglomerado negro.<br />
As preocupações <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> passam a ser uma regra básica para o <strong>de</strong>senvolvimento produtivo.<br />
Os anos 60 correspon<strong>de</strong>m a um novo período áureo para a <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> fábrica <strong>Robinson</strong> o qual<br />
se prolongará pela déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70.<br />
A revolução <strong>de</strong> Abril, corporiza<strong>da</strong> pelas profun<strong>da</strong>s mutações sociais vivi<strong>da</strong>s no Alentejo, <strong>de</strong>ixa<br />
marcas na <strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> velha corticeira.<br />
Os sinais <strong>de</strong> envelhecimento tornam-se ca<strong>da</strong> vez mais evi<strong>de</strong>ntes: nas Máquinas, nos Edifícios e na<br />
vonta<strong>de</strong> dos Homens.<br />
A déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 clama por mu<strong>da</strong>nças estruturais que acabam por não acontecer com a<br />
profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />
Os anos 90 diagnosticam com objectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> a situação: apesar <strong>da</strong> <strong>de</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> óbvia, subsiste um<br />
espaço comercial no universo dos produtos corticeiros que viabiliza o prosseguimento <strong>da</strong><br />
<strong>activi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> corticeira <strong>da</strong> <strong>Fábrica</strong> <strong>Robinson</strong> numa nova uni<strong>da</strong><strong>de</strong> a implantar na zona industrial <strong>de</strong><br />
Portalegre.<br />
Para trás ficam mais <strong>de</strong> 160 anos <strong>da</strong> história corticeira que interessa estu<strong>da</strong>r e preservar do ponto<br />
<strong>de</strong> vista social e arqueológico-industrial. No emblemático Espaço <strong>Robinson</strong>, do Largo do Jardim<br />
Operário, po<strong>de</strong>rá então nascer um espaço multidisciplinar, direccionado para a pesquisa histórica e<br />
cientifica, a cultura e o lazer.<br />
Designação: <strong>Fábrica</strong> <strong>Robinson</strong><br />
Local / En<strong>de</strong>reço: Largo do Jardim Operário, nº 5, 7300 Portalegre<br />
Freguesia: Sé<br />
Concelho e Distrito : Portalegre - Portugal<br />
Registo do imóvel Conservatória: Art 2682, <strong>da</strong> Freguesia <strong>da</strong> Sé, Concelho <strong>de</strong> Portalegre<br />
II.1.- Origem do Edifício – Construção religiosa: Convento <strong>de</strong> São Francisco (1272 –<br />
1835)<br />
O Convento <strong>de</strong> São Francisco é o único edifício que resta <strong>da</strong> época em que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Portalegre<br />
recebeu foral. O que remanesce do Convento original será provavelmente o conjunto monástico<br />
mais antigo existente na capital do Alto Alentejo. Trata-se <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> D. Sancho II que pretendia<br />
dotar a nova urbe com uma instituição religiosa. Da construção primitiva, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1275 ain<strong>da</strong><br />
são visíveis duas capelas laterais góticas. O Altar-Mor (barroco) é o resultado <strong>de</strong> intervenção<br />
posterior. Em 1571, a igreja foi alvo <strong>de</strong> novas obras, cujo efeito é hoje difícil <strong>de</strong> reconhecer. No seu<br />
interior permanece bem preservado o túmulo <strong>de</strong> Gaspar Fragoso.<br />
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II – Edificios Históricos <strong>da</strong> <strong>Fábrica</strong> <strong>Robinson</strong> <strong>de</strong> <strong>Cortiça</strong> - I<strong>de</strong>ntificação e<br />
Caracterização