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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

1976). O adulto promove tanto a sua própria autonomia como a autonomia do outro e<br />

demonstra por este um maior respeito e aceitação <strong>da</strong> sua individuali<strong>da</strong>de.<br />

Por último, o indivíduo alcança o estádio <strong>da</strong> integração, o estádio mais elevado do<br />

desenvolvimento do Eu. Dá-se a resolução parcial ou total dos conflitos internos e<br />

equilibra-se a importância <strong>da</strong><strong>da</strong> ao desenvolvimento pessoal e a importância <strong>da</strong><br />

participação na vi<strong>da</strong> social. A consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de manifesta-se através quer<br />

duma maior capaci<strong>da</strong>de de integração social quer do aumento de autonomia. Loevinger<br />

(1997) ressalta, no entanto, que escassas são as pessoas que atingem este nível de<br />

desenvolvimento.<br />

As teorias life-span e dos percursos de vi<strong>da</strong><br />

Numa linha de investigação que continua a defender o desenvolvimento humano ao<br />

longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> encontram-se as perspectivas teóricas <strong>da</strong> life-span (Baltes) e dos<br />

percursos de vi<strong>da</strong> (Levinson). Estas teorias, cujo enfoque é igualmente o ciclo completo<br />

<strong>da</strong> existência, demarcam-se <strong>da</strong> visão de desenvolvimento postula<strong>da</strong> por Erikson,<br />

Vaillant e Loevinger na medi<strong>da</strong> em que refutam a ideia de um desenvolvimento humano<br />

feito através <strong>da</strong> progressão numa escala de estádios hierárquicos que conduzam a uma<br />

integri<strong>da</strong>de ou maturi<strong>da</strong>de ascendentes.<br />

As teorias <strong>da</strong> life-span e dos percursos de vi<strong>da</strong> consideram o desenvolvimento<br />

segundo um contínuo marcado por ganhos e per<strong>da</strong>s. Postulam a existência de múltiplas<br />

trajectórias pessoais. De acordo com a teoria de Baltes et al (1998), ca<strong>da</strong> indivíduo tem<br />

o seu próprio modelo e processo de desenvolvimento devido às chama<strong>da</strong>s nonnormative<br />

influences – as experiências como, por exemplo, a morte de um ente querido, o divórcio,<br />

o desemprego, a doença ou o êxito profissional, entre outros eventos que vão<br />

caracterizar o percurso de vi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> indivíduo. De acordo com Levinson (Levinson<br />

et al., 1978; Levinson, 1990), os diversos contactos com a socie<strong>da</strong>de vão constituir a<br />

matéria que compõe a vi<strong>da</strong> e são eles que, em confluência com a personali<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong><br />

um, vão estruturar os percursos individuais.<br />

Estas teorias destacam a importância que a mu<strong>da</strong>nça social tem no desenvolvimento<br />

<strong>da</strong>s trajectórias individuais. Vão, por isso, debruçar-se sobre o estudo <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des<br />

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