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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

hipótese que também a <strong>adultez</strong> se divide em várias i<strong>da</strong>des 17 : (a) inicia-se com a<br />

categoria de “jovem adulto” – entre os 25 e os 34 anos – prolonga-se (b) pelo “adulto<br />

jovem” – dos 35 aos 44 anos; (c) pelo “adulto de meia-i<strong>da</strong>de” – dos 45 aos 54 anos e (d)<br />

pelo o “adulto maturo” – dos 55 aos 64 anos, termina com a entra<strong>da</strong> na fase do “idoso<br />

jovem” aos 65 anos.<br />

Concluindo, o aumento <strong>da</strong> duração de vi<strong>da</strong> veio multiplicar os diferentes momentos<br />

<strong>da</strong> existência humana e, com o desenvolvimento económico e social, novas etapas de<br />

vi<strong>da</strong> vão sendo institucionaliza<strong>da</strong>s e ganham direitos específicos (Girard, 1983). O<br />

prolongamento <strong>da</strong> duração <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> modificou a dinâmica e a significação social e<br />

individual <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des. As hipóteses de chegar a uma i<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> não cessam de<br />

aumentar. Mesmo existindo desigual<strong>da</strong>des ao nível do sexo e <strong>da</strong> condição social (as<br />

mulheres vivem mais tempo que os homens e a duração de vi<strong>da</strong> cresce dos operários<br />

para os quadros), o aumento <strong>da</strong> esperança de vi<strong>da</strong> democratiza-se e é o horizonte<br />

temporal de ca<strong>da</strong> um que se transforma (Véron, 2006).<br />

1.3.1.2. A baixa <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de<br />

O controlo e o adiamento <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de (ter menos filhos e tê-los mais tarde)<br />

perspectivam um novo entendimento sobre as i<strong>da</strong>des e o ciclo de vi<strong>da</strong>. Mais uma vez a<br />

priori<strong>da</strong>de recai sobre as decisões individuais, particularmente a mulher apropria-se do<br />

“seu tempo de vi<strong>da</strong>” e ganha autonomia para organizar os seus percursos. O calendário<br />

dos nascimentos passa a ser uma escolha <strong>da</strong> mulher ou do casal e os objectivos ou<br />

investimentos a realizar na esfera escolar e profissional são ponderados nos planos de<br />

procriação. O “momento de ter filhos” e a “quanti<strong>da</strong>de de filhos a ter” deixam de estar<br />

sob a prescrição social de etapas rígi<strong>da</strong>s, mu<strong>da</strong> também a “i<strong>da</strong>de ideal” para se ser mãe<br />

ou pai (Singly, 2001; Almei<strong>da</strong> et al., 2002; Bozon, 2002a; Torres, 2004b).<br />

17 O adulto constrói-se nestas subfases, não se dilui nelas.<br />

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