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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

anos); o “adulto maturo” (dos 55 aos 64 anos) e termina com a entra<strong>da</strong> na fase do “idoso<br />

jovem” aos 65 anos.<br />

Apresenta<strong>da</strong>s estas subfases aos inquiridos, verifica-se que aqueles que têm hoje<br />

entre 35 e 44 anos consideraram-se, predominantemente, na categoria do “adulto jovem”.<br />

Reconhece-se assim o indivíduo que, na <strong>adultez</strong>, se identifica com atitudes juvenis no<br />

que diz respeito aos modos de vestir, às práticas de lazer e consumo, à linguagem, à<br />

valorização <strong>da</strong> imagem e do corpo e a um novo entendimento do trabalho e <strong>da</strong> família.<br />

Ao contrário do que é defendido em termos teóricos e literários, a maioria dos<br />

indivíduos identifica a vi<strong>da</strong> adulta com palavras e sentimentos positivos como “amor”,<br />

“felici<strong>da</strong>de”, “esperança” e “alegria”.<br />

Os desafios que se colocam à <strong>adultez</strong>: reflexões finais<br />

Actualmente o adulto confronta-se com diversos paradoxos, particularmente o adulto<br />

híbrido que vive entre o desejo de estar a cargo de instituições tutelares e a vontade de se<br />

lançar na vi<strong>da</strong> segundo as suas próprias decisões. O adulto move-se entre as premissas de<br />

dois diferentes paradigmas – o <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de e o <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> –, entre a<br />

representação do adulto padrão e a do adulto inacabado (entre a vontade de mu<strong>da</strong>r e o<br />

desejo de estabili<strong>da</strong>de).<br />

Ca<strong>da</strong> vez mais, as decisões do adulto dependem <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de deste auscultar-se a si<br />

próprio e ao meio social que o envolve, <strong>da</strong> sua capaci<strong>da</strong>de de gerir dificul<strong>da</strong>des e<br />

potenciar oportuni<strong>da</strong>des. Para que tal aconteça torna-se indispensável accionar cinco<br />

acções específicas: (1) promover o uso <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de do adulto para ser reflexivo e<br />

autónomo; (2) desenvolver um sistema de emprego que valorize as reais capaci<strong>da</strong>des dos<br />

indivíduos e combata a precarie<strong>da</strong>de; (3) criar acções de apoio que ajudem o adulto a<br />

organizar e estruturar paradoxos individuais e sociais; (4) repensar o modo como as<br />

instituições socializam para a <strong>adultez</strong> e (5) ultrapassar as contingências que não<br />

permitem avançar com a despecialização <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des enquanto medi<strong>da</strong> de combate à<br />

marginalização e precarie<strong>da</strong>de social.<br />

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