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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

profissionais e os <strong>da</strong>s gerações de 1962-71 e 1972-81 experimentaram,<br />

predominantemente, três ou mais activi<strong>da</strong>des profissionais. O aumento de mobili<strong>da</strong>de<br />

profissional não correspondeu, no entanto, a alterações significativas nas remunerações,<br />

nas funções desempenha<strong>da</strong>s e no estatuto socioprofissional dos inquiridos.<br />

Entre as gerações intermédia e avança<strong>da</strong> (de 1952-61 e de 1962-71) que possuem um<br />

estatuto socioeconómico mais elevado e maiores recursos escolares, económicos e<br />

sociais, a progressão na carreira é uma reali<strong>da</strong>de. Essa progressão verifica-se, porém, no<br />

âmbito de uma única experiência profissional, facto que reforça a dissociação entre<br />

progressão profissional e mobili<strong>da</strong>de profissional.<br />

Entre os que têm mais recursos, a precarie<strong>da</strong>de e respectiva mobili<strong>da</strong>de profissional<br />

começa, contudo, a afectar os indivíduos <strong>da</strong> geração mais nova (que vêem os seus títulos<br />

escolares desvalorizados).<br />

Outras representações sobre a <strong>adultez</strong><br />

Atendendo aos resultados obtidos é possível concluir que os indivíduos remetem a<br />

aquisição do estatuto de adulto para uma característica específica <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de:<br />

95,4% consideram que para se “ser adulto” é importante ou muito importante “ser<br />

responsável” e 74,6% identificam a maioria dos adultos que conhecem com a palavra<br />

“responsabili<strong>da</strong>de”.<br />

A vinculação <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de à <strong>adultez</strong> é, no entanto, complexa. Devido à<br />

subjectivi<strong>da</strong>de do conceito sugere-se o desenvolvimento de um estudo mais profundo<br />

sobre este assunto, uma pesquisa que cruze a perspectiva sociológica com a perspectiva<br />

psicológica e que analise ain<strong>da</strong> as questões <strong>da</strong> autonomia e <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de.<br />

A divisão <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> adulta em subfases consubstancia a tese <strong>da</strong> desconstrução <strong>da</strong><br />

imagem única e hegemónica <strong>da</strong> <strong>adultez</strong>. Avançou-se com a hipótese de que esta fase de<br />

vi<strong>da</strong> se inicia com a categoria de “jovem adulto” (entre os 25 e os 34 anos); prolonga-se<br />

pelo “adulto jovem” (dos 35 aos 44 anos); pelo “adulto de meia-i<strong>da</strong>de” (dos 45 aos 54<br />

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