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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

Aqueles que ain<strong>da</strong> não experimentaram até aos 30 anos uma ou duas <strong>da</strong>s dimensões<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s são indivíduos <strong>da</strong> geração 1972-1981 (em particular do sexo masculino) e que,<br />

na sua maioria, apenas iniciaram a vi<strong>da</strong> activa (modelo alternativo).<br />

Para uma percentagem significativa de adultos, as i<strong>da</strong>des de entra<strong>da</strong> nas dimensões<br />

do eixo público e privado acontecem de modo diversificado e conforme vinte e quatro<br />

tipos de sequências possíveis (modelo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de). Este facto permite concluir que,<br />

para além dos modelos mais representativos, existe ao nível <strong>da</strong>s práticas e dos percursos<br />

biográficos, uma multiplici<strong>da</strong>de de formas de entrar na <strong>adultez</strong>.<br />

Em relação ao número de experiências vivi<strong>da</strong>s ao nível do eixo público e privado <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> adulta (experiências que duraram, pelo menos, um ano) conclui-se que, mesmo não<br />

existindo um percurso único e linear, existe um percurso mais representativo: a maioria<br />

experiencia duas a três activi<strong>da</strong>des profissionais, reside em três locais de residência<br />

diferentes e vive uma relação conjugal.<br />

Em relação à conjugali<strong>da</strong>de, para além <strong>da</strong>s trajectórias serem predominantemente<br />

simples, o adulto liberta-se, aos poucos, <strong>da</strong> ideia de ter um único ciclo de vi<strong>da</strong> familiar.<br />

Os resultados obtidos permitem concluir que é na geração intermédia de 1962-1971 que<br />

se registam, para além de reduzi<strong>da</strong>s, as percentagens mais significativas do fim <strong>da</strong><br />

primeira relação e início de uma nova relação.<br />

A escolha <strong>da</strong> união de facto como opção para cerca de 40% dos indivíduos que<br />

viveram uma segun<strong>da</strong> experiência conjugal até aos 35 anos constitui um indicador <strong>da</strong><br />

proliferação de formas de estruturação familiar assentes em pressupostos <strong>da</strong><br />

moderni<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong>. A escolha <strong>da</strong> união de facto integra-se num cenário de mu<strong>da</strong>nças<br />

nos modelos conjugais e, neste caso, é factor de recomposição familiar.<br />

Em relação ao número de experiências profissionais, a partir dos anos 80 encoraja-se<br />

o aumento <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de profissional, principalmente como forma de manter a<br />

produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas. Nos últimos trinta anos, a mobili<strong>da</strong>de profissional<br />

aumentou particularmente entre os estratos socioeconómicos baixo e médio. Entre estes,<br />

os indivíduos <strong>da</strong> geração 1952-61 experimentaram, em média, duas activi<strong>da</strong>des<br />

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