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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

formação ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> mas não há uma prática efectiva <strong>da</strong> mesma. A separação entre<br />

o domínio do trabalho e <strong>da</strong> educação é notório, vincula-se a aprendizagem aos<br />

adolescentes e aos jovens e espera-se que estes terminem os estudos e comecem a<br />

trabalhar para se tornarem adultos.<br />

Na <strong>adultez</strong>, o lazer é valorizado como recompensa pela capaci<strong>da</strong>de de manter a<br />

estabili<strong>da</strong>de, principalmente no trabalho. Para os adultos, o usufruto de tempos de lazer<br />

implica estabili<strong>da</strong>de profissional e independência financeira. Conclui-se que a “ética do<br />

lazer” é valoriza<strong>da</strong> em diversas i<strong>da</strong>des, mas tem significados diferentes conforme a fase<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> a que se pertença. Para os adultos, mais que a representação de boémia ou<br />

aventura, o lazer aproxima-se <strong>da</strong> ideia de evasão, investimento e recompensa.<br />

De referir que as três gerações estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s adquiriram hábitos e comportamentos<br />

juvenis plausíveis de persistirem na vi<strong>da</strong> adulta. Em relação às activi<strong>da</strong>des sociais e de<br />

lazer, os adultos de hoje mantêm práticas que iniciaram na sua juventude, ou seja,<br />

referenciam-se no seu próprio percurso e não apenas nos jovens e adolescentes seus<br />

contemporâneos.<br />

Os percursos biográficos<br />

Analisando a ordem pela qual se verificam as primeiras experiências conclui-se que,<br />

até aos 25 e 30 anos, existem três modelos dominantes de entra<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> activa, na<br />

conjugali<strong>da</strong>de e na aquisição de residência própria: o modelo tradicional, o modelo<br />

alternativo e o modelo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de.<br />

A ordem mais frequente pela qual acontecem estes eventos passa por entrar primeiro<br />

na vi<strong>da</strong> activa e mais tarde, passado cerca de cinco anos, viver a primeira conjugali<strong>da</strong>de,<br />

ao mesmo tempo que se constitui agregado familiar próprio (modelo tradicional). Esta<br />

prática está, contudo, vincula<strong>da</strong> à geração de 1952-61. Nos últimos trinta anos, existe um<br />

decréscimo de 26,4% nas trajectórias em que esta sequência fica completa até aos 25<br />

anos e de 14,5% até à i<strong>da</strong>de dos 30 anos.<br />

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