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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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Conclusão<br />

O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

Um dos objectivos centrais <strong>da</strong> presente pesquisa foi apreender as formas sociais de<br />

representar e viver a <strong>adultez</strong>. Considerando as hipóteses enumera<strong>da</strong>s no início deste<br />

trabalho é possível concluir que não existe nem a representação de um “adulto-modelo”<br />

que referencia todos os indivíduos, nem um modo único de “ser adulto”. Existem<br />

diversas representações e diferentes práticas que são influencia<strong>da</strong>s por condicionantes<br />

culturais e socioeconómicas.<br />

Em relação à forma como se vive e pensa a <strong>adultez</strong>, não há um modelo único mas<br />

sim um modelo predominante que coexiste com um modelo tradicional e outro<br />

alternativo. O que é preponderante, o que surge como característica do “adulto médio”, é<br />

a própria heterogenei<strong>da</strong>de: sobre o que se pensa que é importante para se “ser adulto”,<br />

predomina a representação do “adulto híbrido”; em relação ao modo como se entra na<br />

<strong>adultez</strong>, prevalece o “modelo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de”.<br />

Conclui-se que há representações que coincidem com determina<strong>da</strong>s práticas e outras<br />

que nem sempre se repercutem em práticas efectivas. Na definição do estatuto de adulto,<br />

as práticas e representações coincidem quando a desvalorização <strong>da</strong> importância <strong>da</strong><br />

conjugali<strong>da</strong>de e a desvalorização <strong>da</strong> parentali<strong>da</strong>de correspondem às práticas <strong>da</strong> geração<br />

mais nova (1972-81), aqueles que têm entre 25 e 34 anos e adiam a i<strong>da</strong>de de entra<strong>da</strong><br />

nestas dimensões. Coincidem quando na concepção <strong>da</strong> <strong>adultez</strong> os indivíduos não só<br />

valorizam o trabalho como, logo que terminam os estudos, querem arranjar um trabalho<br />

estável e adquirir independência financeira. Coincidem ain<strong>da</strong> quando os adultos não só<br />

valorizam as activi<strong>da</strong>des de lazer como também as praticam frequentemente.<br />

A não coincidência entre as práticas e as representações registam-se quando a<br />

maioria dos inquiridos considera importante “continuar a estu<strong>da</strong>r” para se “ser adulto”,<br />

mas 61% não frequentam, por ano, qualquer curso de formação. Verifica-se quando a<br />

maioria dos inquiridos considera importante a activi<strong>da</strong>de desportiva para se “ser adulto”,<br />

mas uma percentagem significativa assume que nunca pratica desporto (44,2%).<br />

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