Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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4.3.5. A adultez e a sexualidade O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Atendendo aos resultados apurados em relação à sexualidade, 62,2% dos inquiridos consideram que para se “ser adulto” é importante ou muito importante “ter uma vida sexual activa”, 21,5% consideram mais ou menos importante e 16,3% nada ou pouco importante (vide figura 70). Ter vida sexual activa 16,3% 21,5% 62,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nada ou pouco importante Mais ou menos importante importante ou muito importante Figura 70. A importância de “ter uma vida sexual activa” para se “ser adulto” Também são elevadas as percentagens referentes à prática da actividade sexual – 55,9% dos adultos referem que, em média e por semana, têm três ou mais vezes relações sexuais, 34,2% uma a duas vezes e apenas 9,9% da amostra referem não ter relações sexuais 154 (vide figura 71). Nº de vezes que tem relações sexuais por semana 9,9% 34,2% 55,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nenhuma 1 ou 2 vezes 3 ou mais vezes Figura 71. Distribuição dos inquiridos segundo o número de vezes por semana que tem relações sexuais 154 De referir que houve 27,6% de não-respostas a esta pergunta. Na maioria, os inquiridos que não responderam referiram que o assunto era demasiado privado (a percentagem das não-respostas às restantes perguntas do questionário ronda os 1,5%). 265
O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Entre os indivíduos que dão mais importância à sexualidade, 61% referem ter três ou mais relações sexuais por semana (vide figura 72). Existe uma associação significativa entre o grau de importância atribuído à sexualidade na concepção da adultez e a frequência com que se diz ter relações sexuais (χ 2 = 50,327, p-value=0,000). Nada ou pouco importante - ter vida sexual activa” para se “ser adulto” Mais ou menos importante - ter vida sexual activa” para se “ser adulto” importante ou muito importante - ter vida sexual activa” para se “ser adulto” 21,7% 30,1% 48,2% 12,9% 41,8% 45,3% 6,3% 32,7% 61,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Nenhuma 1 ou 2 vezes 3 ou mais vezes Figura 72 Distribuição dos inquiridos segundo o número de vezes por semana que tem relações sexuais/ importância de “ter vida sexual activa” para “ser adulto” Há ainda uma associação significativa entre a importância dada a “ter uma vida sexual activa” para se “ser adulto” e o sexo (χ 2 = 35,403, p-value=0,000) e a actividade profissional (χ 2 = 34,625, p-value=0,001). Quem dá mais importância à “vida sexual activa” pertence predominantemente ao sexo masculino, exerce actividades pouco qualificadas ou é pequeno empresário. Não existe associação significativa entre esta valorização e os recursos escolares, a situação conjugal, idade ou o local de residência 155 . Já a frequência com que, por semana, os inquiridos têm relações sexuais está dependente de um maior número de variáveis. A variável que mais afecta a actividade sexual é a situação conjugal. A inexistência de vida sexual acontece em maior percentagem entre divorciados, separados ou solteiros. Viver em conjugalidade implica, assim, uma sexualidade activa e, não sendo condição obrigatória para esta prática, fomenta-a. Apenas 2,3% dos adultos que vivem em união de facto e 3,8% dos que estão 155 Habilitação escolar (χ 2 = 8,302, p-value=0,081); situação conjugal (χ 2 = 11,362, p-value=0,078); idade (χ 2 = 8,085, p-value=0,088); território (χ 2 = 0,226, p-value=0,893). 266
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