Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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29 28 27 26 25 24 23 22 21 20 20,6 O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS 21,7 253 27,4 28,1 geração 1952-61 geração 1972-81 feminino masculino Figura 58. Idade (em média) da primeira relação conjugal por sexo e gerações 1952-61 e 72-81 Comparando os percursos vividos pelas gerações mais distantes até aos 25 anos e entre os 25 e os 30 anos verifica-se que, para além de em todos os grupos geracionais predominar a opção do casamento, entre os mais novos 151 diminui a percentagem dos que optaram pelo mesmo para formalizar a sua primeira experiência de conjugalidade. Por exemplo, até aos 25 anos, passou-se de 87,9% (geração de 1952-61) para 60,3% (geração de 1972-81), aumentando os valores das uniões de facto de 12,1% para 39,7% (vide figura 59). Estes resultados apontam para a crescente dissociação entre adultez, conjugalidade e casamento. 151 Inquiridos que já viveram em conjugalidade.
O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Geração 72-81 1ª relação conjugal até aos 25 anos Geração 62-71 Geração 52-61 Geração 72-81 1ª relação conjugal entre 25 e 30 anos Geração 62-71 Geração 52-61 254 39,7% 60,3% 24,3% 75,7% 12,1% 87,9% 30,9% 69,1% 24,7% 75,3% 11,8% 88,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% União de facto Casamento Figura 59. Tipologia da 1ª. conjugalidade até aos 25 anos e entre os 25 e os 30 anos por gerações Conclui-se que existe associação estatisticamente significativa entre a tipologia da primeira relação de conjugal e a geração a que se pertence (χ 2 = 63,308, p-value=0,000 até aos 25 anos e χ 2 = 37,025, p-value=0,000 entre os 25 e os 30 anos). O aumento da percentagem de situações de união de facto revela o desenvolvimento de novas condutas pré-nupciais (que Roussel [1992] denomina de coabitação juvenil) e de novas tendências no campo das relações conjugais e amorosas. Este dado não deve ser interpretado como mera contestação ao casamento ou a afirmação de um projecto auto- reflexivo (Ferreira & Aboim, 2002). O prolongamento do tempo de experimentação e reflexão sobre a relação conjugal pode advir da vontade de ter sucesso no casamento, do desejo de ensaiar e testar devidamente a relação antes do envolvimento num compromisso oficializado. A escolha da união de facto pode resultar, ainda, da vontade de alcançar estabilidade profissional e económica antes de se optar pelo casamento. Existe ainda uma associação significava entre o tipo de conjugalidade da primeira relação conjugal e a escolaridade (χ 2 = 11,987, p-value=0,002 até aos 25 anos e χ 2 = 6,513, p- value=0,039 entre os 25 e 30 anos) e a situação profissional (χ 2 = 9,265, p-value=0,01 até aos 25 anos e χ 2 = 7,562, p-value=0,023 entre os 25e 30 anos). Em relação ao total da subamostra, aqueles que
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