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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Atendendo a que o casamento é a instituição que enquadra a maioria das relações
conjugais da amostra (vide figura 14) esta representação parece desajustar-se da
realidade. Comparando, porém, as representações com os percursos biográficos, conclui-
se que esta desvalorização relativamente generalizada da importância da conjugalidade
corresponde às práticas da geração mais nova, os que têm entre 25 e 34 anos e adiam a
idade de entrada nesta dimensão.
Considerando os valores acumulados e as gerações mais afastadas, verifica-se que a
percentagem dos indivíduos que viveram a primeira relação conjugal até aos 25 anos
diminuiu cerca de 33%. Enquanto que a maioria dos adultos da geração de 1952-61
(77,3%) iniciou a sua primeira relação conjugal até essa idade (em média aos 20,5 anos
para o sexo feminino e em média aos 21,5 anos para o sexo masculino), parte dos que
pertencem à geração de 1962-71 e à geração de 1972-81 adiaram a entrada na
conjugalidade para o percurso vivido entre os 25 e os 30 anos (na geração 1972-81, em
média, aos 27 anos para o sexo feminino e aos 28 anos para o sexo masculino) (vide
figuras 57 e 58).
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
32,7%
23,9%
15,7%
77,3%
61,5%
44,6%
Figura 57. Primeira relação conjugal por gerações e etapas da vida (% acumulada)
252
91,7%
83,4%
70,1%
até aos 20 anos até 25 anos até 30 anos até 35 anos
94,7%
90,1%
Geração 1972-81
Geração 1962-71
Geração 1952-61