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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

Para ambos os sexos trabalhar não significa apenas ter uma profissão ou desenvolver<br />

uma activi<strong>da</strong>de em determinado sector. O trabalho é a principal norma de integração dos<br />

indivíduos na socie<strong>da</strong>de, atribui significado e inscreve os adultos num meio físico e<br />

social que permite a construção de uma estratégia identitária assente em atitudes, práticas<br />

e papéis a desempenhar. (Demazière & Dubar, 1996; Courtois & Rougerie, 1997; Pires<br />

& Borges, 1998; Miran<strong>da</strong>, 2003 ; Vala et al., 2003).<br />

O modo de ser, fazer, pensar e viver em socie<strong>da</strong>de subordina-se fortemente à<br />

identi<strong>da</strong>de profissional. A imagem de si, tal como a <strong>adultez</strong>, é condiciona<strong>da</strong> pela situação<br />

dos indivíduos face ao mercado de trabalho. Numa perspectiva holística, o adulto faz<br />

parte do todo social quando está integrado profissionalmente, caso tal não aconteça<br />

sujeita-se a ser socialmente excluído (Brillon & Renaut, 1986; Levy-Leboyer, 1986;<br />

Nimal et al., 2000).<br />

A activi<strong>da</strong>de profissional dá sentido a várias dimensões <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e mesmo os<br />

compromissos conjugais e familiares estão subordinados a um sentimento subjectivo de<br />

segurança no trabalho (Nimal et al., 2000). Neste sentido, os indivíduos que tenham<br />

apenas iniciado a vi<strong>da</strong> activa, como os que estão vinculados ao modelo alternativo de<br />

entra<strong>da</strong> na <strong>adultez</strong>, são considerados adultos.<br />

4.2.1.A <strong>adultez</strong> e a instrumentalização do trabalho<br />

Na <strong>adultez</strong> é muito importante que a sucessão de estatutos provisórios advindos <strong>da</strong><br />

precarie<strong>da</strong>de dos contratos de trabalho seja ultrapassa<strong>da</strong> e converta-se numa posição<br />

profissional estável.<br />

Os resultados revelam que, para se “ser adulto”, os indivíduos consideram que é<br />

importante ou muito importante ter estabili<strong>da</strong>de profissional, “mesmo que não se faça o<br />

que se quer” (63,5%); ou, então, em qualquer circunstância, é muito importante ter a<br />

oportuni<strong>da</strong>de de “ganhar um salário, seja ele qual for” (71%). Em contraparti<strong>da</strong>, a<br />

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