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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

trinta anos, comparando as gerações extremas (a geração 1952-61 e a geração 1972-81),<br />

existe um decréscimo na percentagem de trajectórias em que a entra<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> adulta se<br />

dá segundo esta sequência – menos 26,4% se considerarmos o percurso vivido até aos 25<br />

anos e menos 15,5% no percurso vivido até aos 30 anos.<br />

Aqueles que ain<strong>da</strong> não experimentaram, até aos 30 anos, duas <strong>da</strong>s dimensões<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s são predominantemente jovens adultos <strong>da</strong> geração de 1972-81, do sexo<br />

masculino que, na sua maioria, apenas iniciaram a vi<strong>da</strong> activa.<br />

Para um número significativo de indivíduos, as i<strong>da</strong>des de entra<strong>da</strong> nas dimensões do<br />

eixo público e privado acontecem de modo diversificado e conforme vinte e quatro tipos<br />

de sequências possíveis. Este facto permite concluir que, para além dos modelos mais<br />

representativos, ao nível <strong>da</strong>s práticas e dos percursos biográficos, existe uma<br />

multiplici<strong>da</strong>de de possibili<strong>da</strong>des de entra<strong>da</strong> na <strong>adultez</strong>.<br />

Conclui-se ain<strong>da</strong> que o modelo de i<strong>da</strong>des de entra<strong>da</strong> sincrónicas é uma construção<br />

meramente teórica pois só raramente o primeiro emprego, a primeira conjugali<strong>da</strong>de e a<br />

constituição de agregado familiar próprio acontecem no mesmo ano.<br />

Outro resultado a evidenciar é o peso <strong>da</strong> condição social sobre as práticas e, neste<br />

caso, sobre os modos de entra<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> activa, na conjugali<strong>da</strong>de e na aquisição de<br />

residência própria. É possível identificar: (a) situações de reprodução <strong>da</strong> condição social<br />

<strong>da</strong> família de origem – a manutenção dos baixos recursos socioeconómicos entre os<br />

adultos <strong>da</strong> geração 1952-61 que entraram na <strong>adultez</strong> através do modelo tradicional e<br />

manutenção <strong>da</strong> condição média/média alta entre os jovens adultos <strong>da</strong> geração 1972-81<br />

que iniciaram apenas a vi<strong>da</strong> activa 122 ; (b) situações de mobili<strong>da</strong>de social ascendente –<br />

entre os adultos <strong>da</strong> geração 1962-71, cujos percursos remetem para o modelo <strong>da</strong><br />

diversi<strong>da</strong>de e cuja condição socioeconómica de origem era baixa e passa para média/alta.<br />

122 Estes últimos, que em 2006 tinham entre 25 e 34 anos, em relação à família de origem, registam, no<br />

entanto, situações de mobili<strong>da</strong>de profissional descendente. Isto é, têm empregos menos estáveis e menos<br />

qualificados ou qualificantes (assunto desenvolvido no ponto 4.2.2. deste capítulo).<br />

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