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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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Anos<br />

O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

Quadro 12. I<strong>da</strong>s a espectáculos ao vivo, segundo i<strong>da</strong>de (%) – 1999.<br />

Concertos de música<br />

popular/contemporânea<br />

Teatro<br />

166<br />

Dança Concertos de música<br />

clássica/erudita<br />

15-24 anos 35,6% 34,0% 31,5% 30,7%<br />

25-34 anos 23,5% 24,0% 18,6% 21,0%<br />

35-54 anos 28,8% 29,0% 32,1% 31,3%<br />

55 e mais anos 12,1% 15,7% 17,8% 17,0%<br />

Neves (2001) – Folha OBS nº3.<br />

Na presente pesquisa, parte-se <strong>da</strong> hipótese de que, na <strong>adultez</strong>, o lazer é valorizado<br />

como recompensa pela capaci<strong>da</strong>de de manter (com relativa satisfação) a estabili<strong>da</strong>de no<br />

trabalho e na família. O lazer não se traduz nas representações de boémia, aventura ou<br />

risco 67 normalmente associa<strong>da</strong>s ao lazer dos mais jovens (Freire et al., 2000; Miran<strong>da</strong>,<br />

2003).<br />

O tempo livre (ou o “estar sem fazer na<strong>da</strong>”) resultante de situações de trabalho<br />

intermitente ou temporário 68 não apraz aos adultos (jovens adultos, adultos jovens e<br />

adultos de meia-i<strong>da</strong>de). Perante situações de instabili<strong>da</strong>de, o lazer será apenas o escape<br />

a dificul<strong>da</strong>des que se esperam provisórias. Para os adultos a liber<strong>da</strong>de e o usufruto de<br />

tempos de lazer implica estabili<strong>da</strong>de profissional e independência financeira. Certas<br />

activi<strong>da</strong>des implicam mesmo o consumo de bens e serviços de elevados custos. Como<br />

refere Freire et al., (2000) a fruição do «tempo do “prazer” tem de ser fortemente<br />

alicerça<strong>da</strong> no desempenho de uma vi<strong>da</strong> profissional relativamente intensa» (p.275).<br />

67 Não que os adultos não apreciem praticar, por exemplo, activi<strong>da</strong>des desportivas ditas radicais. O que<br />

está aqui em causa é a representação generaliza<strong>da</strong> do lazer e não o tipo de práticas.<br />

68 Que na perspectiva de Pais (1992) não desagra<strong>da</strong> a certos jovens.

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