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Sociologia da adultez livro.pdf - Memoriamedia

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O QUE É “SER ADULTO”? – PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS<br />

No ponto 1.1. do capítulo 1, a partir <strong>da</strong> perspectiva sociológica desenvolvi<strong>da</strong> por<br />

Mannheim (1986) 2 , destaca-se o modo como a questão <strong>da</strong>s gerações, de uma<br />

perspectiva macro e historicista <strong>da</strong> evolução e do destino humano, passa a ser abor<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

como uma <strong>da</strong>s principais formas de compreender o processo de mu<strong>da</strong>nça social. O<br />

estudo <strong>da</strong>s gerações diversifica-se pelos campos <strong>da</strong> Etnografia, <strong>da</strong> Demografia, <strong>da</strong><br />

Psicologia e <strong>da</strong> <strong>Sociologia</strong> e, a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> metade do século XX, valoriza-se o<br />

estudo social <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> (primeiro <strong>da</strong> juventude, depois <strong>da</strong> infância e <strong>da</strong> velhice<br />

e só recentemente <strong>da</strong> <strong>adultez</strong>).<br />

O que distingue e o que aproxima os conceitos de geração, i<strong>da</strong>de e período de vi<strong>da</strong> é<br />

desenvolvido no ponto 1.2. do capítulo 1. Destaca-se o contributo de Attias-Donfut<br />

(1988) para as formulações apresenta<strong>da</strong>s e evidencia-se o facto destes elementos se<br />

influenciarem entre si e estarem sob a influência de factores como o género e a classe<br />

social.<br />

No ponto 1.3. do capítulo 1 enuncia-se a definição de ciclo de vi<strong>da</strong>. A partir <strong>da</strong><br />

perspectiva demográfica e dos contributos de Roussel e Girard (1982) são enuncia<strong>da</strong>s as<br />

mu<strong>da</strong>nças que permitem entender o ciclo de vi<strong>da</strong> como um processo complexo e não<br />

linear, nomea<strong>da</strong>mente o aumento <strong>da</strong> esperança de vi<strong>da</strong>, o envelhecimento demográfico e<br />

a redução do número de filhos nas socie<strong>da</strong>des ocidentais (ponto 1.3.1.). Em particular, o<br />

aumento <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong>de de se chegar a uma i<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> permite imaginar o<br />

desenvolvimento de um ciclo de vi<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> vez mais longo e diversificado, inclusive na<br />

<strong>adultez</strong>.<br />

É também o crescente interesse científico sobre o ciclo completo <strong>da</strong> existência<br />

humana que lança a Psicologia como ciência precursora no estudo <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Neste sentido, as questões <strong>da</strong> Psicologia do Adulto são abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s enquanto<br />

contextualização teórica e introdução ao estudo social <strong>da</strong> <strong>adultez</strong>. Em retrospectiva, são<br />

apresenta<strong>da</strong>s as perspectivas psicométrica, piagetiana, neo-piagetiana, os estádios de<br />

Erikson, as teorias <strong>da</strong> life-span de Baltes e dos percursos de vi<strong>da</strong> de Levinson (ponto<br />

1.3.2. do capítulo 1).<br />

2 Obra original alemã de 1929, Ideologie und Utopie, Bona.<br />

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