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Relatório sobre condições de trabalho. - SINPOL/RN

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No referido estudo Coleta e Coleta<br />

(2008) utilizam <strong>trabalho</strong>s (STOTLAND, 1991;<br />

PATTERSON, 1992 e outros) que tratam dos<br />

estressores significantes ou não no <strong>trabalho</strong><br />

da polícia (STOTLAND, 1991)<br />

Em seus achados i<strong>de</strong>ntifica que alguns<br />

policiais experimentam violência como parte<br />

do <strong>trabalho</strong> e a consi<strong>de</strong>ram como fator<br />

estressante. No entanto, verifica que a mesma<br />

situação po<strong>de</strong> ser vista <strong>de</strong> outra maneira, ou<br />

seja, o policial po<strong>de</strong> não consi<strong>de</strong>rar a violência<br />

como fator estressante, mas sim o fato <strong>de</strong> ter<br />

que respon<strong>de</strong>r pelas suas ações.<br />

Enquanto isto, no estudo <strong>de</strong> Patterson<br />

(1992), a polícia classificou os aspectos <strong>de</strong><br />

perigo do <strong>trabalho</strong> como terceiro ou quarto<br />

fator mais estressante. Esse estudo sugeriu<br />

que aspectos organizacionais, financeiros e<br />

preocupações <strong>sobre</strong> falhas no equipamento<br />

eram, em geral, fontes mais importantes <strong>de</strong><br />

estresse do que o perigo ou a violência<br />

ocupacional.<br />

Estes resultados, que apontam para<br />

uma ambivalência na literatura <strong>sobre</strong> se a<br />

violência é um estressor significante ou não<br />

no <strong>trabalho</strong> da polícia, ao mesmo tempo<br />

revelam que, aspectos das organizações e<br />

suas falhas, são perturbações que afetam o<br />

estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes trabalhadores.<br />

Em um outro estudo <strong>de</strong>senvolvido por<br />

Minayo et alli. (2007), encontra-se um amplo<br />

panorama <strong>sobre</strong> as <strong>condições</strong> <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>, <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> policiais civis<br />

e militares atuantes na capital do Estado do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, no qual constam os seguintes<br />

resultados <strong>sobre</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> - (a)<br />

excesso <strong>de</strong> peso e obesida<strong>de</strong> bastante acima<br />

dos níveis <strong>de</strong>sejados e dos parâmetros da<br />

população brasileira; (b) Além das<br />

enfermida<strong>de</strong>s gerais nas quais os policiais se<br />

igualam em termos do perfil epi<strong>de</strong>miológico<br />

brasileiro, quase todas os agravos e distúrbios<br />

que ocorrem tanto com os civis como com os<br />

<strong>SINPOL</strong><br />

militares (os militares em piores <strong>condições</strong>)<br />

relacionam saú<strong>de</strong> física e mental, sofrimento<br />

psíquico e estresse. (c) Necessida<strong>de</strong> urgente<br />

<strong>de</strong> se instituírem formas eficazes e bem<br />

elaboradas <strong>de</strong> apoio psicológico.<br />

Estas questões relacionadas com os<br />

fatores psicológicos e físicos que afetam os<br />

policiais chamam atenção para a importância<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma política voltada<br />

para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

seguimento <strong>de</strong> trabalhadores.<br />

ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL DO <strong>RN</strong><br />

Na perspectiva da valorização e<br />

qualificação do servidor Policial Civil, um<br />

aperfeiçoamento na capacitação constitui-se<br />

uma necessida<strong>de</strong> que passa pela mudança<br />

radical do mo<strong>de</strong>lo proposto pela Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Polícia Civil (ACADEPOL).<br />

É fato que o Policial Civil sai da<br />

Aca<strong>de</strong>mia totalmente <strong>de</strong>spreparado; é<br />

“posto nas ruas” sem qualquer segurança<br />

emocional e instrutiva, pondo em risco a sua<br />

segurança e a da socieda<strong>de</strong>.<br />

É indispensável recriar a Aca<strong>de</strong>mia, a<br />

partir <strong>de</strong> métodos mo<strong>de</strong>rnos e <strong>de</strong> fato<br />

profissionalizantes, como já ocorre em vários<br />

Estados. O atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aca<strong>de</strong>mia no <strong>RN</strong>,<br />

não prepara o profissional <strong>de</strong> forma que<br />

utilize os conteúdos e <strong>de</strong>senvolva<br />

competência e habilida<strong>de</strong>s práticas para<br />

atuar no seu cotidiano <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>.<br />

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