Download em PDF - Le Livros
Download em PDF - Le Livros
Download em PDF - Le Livros
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
seu sentido até que a moça perguntou:<br />
- Como é o seu nome?<br />
McAllister disse-lhe.<br />
A moça hesitou e depois falou:<br />
- Senhor McAllister, meu pai deseja saber de que ano o senhor é!<br />
O senhor grisalho aproximou-se.<br />
- Sinto muito, mas não há t<strong>em</strong>po para explicar. Aconteceu o que nós, os Fabrican-<br />
tes de Armas, t<strong>em</strong><strong>em</strong>os há muitas gerações: que mais uma vez alguém viria,<br />
cobiçando um poder ilimitado e que, para alcançá-lo, teria necessariamente que nos<br />
destruir primeiro. A sua presença aqui é a manifestação da força energética que ela<br />
desencadeou contra nós - algo tão novo que nós n<strong>em</strong> suspeitávamos que estivesse<br />
sendo usado. Mas não tenho t<strong>em</strong>po a perder. Consiga todas as informações<br />
possíveis, Lystra, e previna-o do perigo pessoal que corre.<br />
O hom<strong>em</strong> se retirou e a porta fechou-se atrás dele silenciosamente.<br />
McAllister perguntou:<br />
- Que quis ele dizer com - perigo pessoal?<br />
- É difícil explicar - começou ela constrangida. - Antes de mais nada chegue até a<br />
janela e eu vou tentar esclarecer tudo. Imagino que tudo isto deve ser muito confuso<br />
para o senhor.<br />
McAllister respirou fundo.<br />
- Agora estamos fazendo algum progresso.<br />
Não estava mais alarmado. O hom<strong>em</strong> grisalho parecia saber do que estava<br />
falando. Isso significava que não devia haver probl<strong>em</strong>as para a sua volta. Quanto ao<br />
perigo para a liga dos Fabricantes de Armas, isso era probl<strong>em</strong>a deles e não seu.<br />
Andou <strong>em</strong> direção à moça. Para seu espanto ela recuou como se a estivesse<br />
ameaçando. Quando ele a encarou, ela respondeu com um sorriso triste; finalmente<br />
disse:<br />
- Não pense que estou sendo tola; não fique ofendido... mas pelo amor que t<strong>em</strong> à<br />
sua vida não toque <strong>em</strong> nenhum corpo humano.<br />
McAllister sentiu um calafrio. Depois, repentinamente, sentiu uma onda de<br />
impaciência invadi-lo, diante do medo estampado na face da jov<strong>em</strong>.<br />
- Olhe - disse - quero esclarecer este negócio. Pod<strong>em</strong>os conversar aqui, s<strong>em</strong><br />
perigo, contanto que eu não a toque ou chegue perto de você. Está certo ?<br />
Ela fez que sim com a cabeça.<br />
- O chão, as paredes, cada peça do mobiliário, a loja toda é feita de material não<br />
condutor.<br />
McAllister tinha a sensação de estar se equilibrando numa corda <strong>em</strong> cima de um<br />
abismo s<strong>em</strong> fim.<br />
- Vamos começar pelo começo - disse. - Como foi que seu pai e você souberam<br />
que eu não era... - fez uma pausa antes de terminar a estranha frase - deste<br />
t<strong>em</strong>po ?<br />
- Meu pai o fotografou - disse a jov<strong>em</strong>. - Fotografou o conteúdo dos seus bolsos.<br />
Foi aí que descobriu o que estava errado. Veja, as energias sensitivas se tornam<br />
condutoras das energias com as quais o senhor está carregado. Era isto que estava<br />
errado. Foi por isso que os automáticos não o focalizaram, e...<br />
- Energia... carregado? - perguntou McAllister. A moça olhou espantada.<br />
- Não está compreendendo? - perguntou ofegante. - O senhor atravessou um pe-<br />
ríodo de sete mil anos no t<strong>em</strong>po. E de todas as energias do mundo, o t<strong>em</strong>po é a<br />
mais potente. Se der um passo fora desta loja, o senhor fará explodir a Cidade<br />
Imperial e mais de uma centena de quilômetros de terras <strong>em</strong> volta. O senhor - sua