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CAPÍTULO VIGÉSIMO OITAVO<br />

Era o dia 26 de nov<strong>em</strong>bro. Véspera do dia escolhido pelos Fabricantes de Armas<br />

para advertir a Imperatriz de que ela havia perdido a guerra. Mas Innelda não tivera<br />

qualquer pr<strong>em</strong>onição. Preparava-se para ir ao terreno de pesquisas... talvez para agir<br />

no sentido que lhe fora sugerido pelo Capitão Clark. Apesar disso, hesitava <strong>em</strong> tomar<br />

aquela decisão. Não por medo, mas simplesmente porque suas responsabilidades lhe<br />

exigiam não se lançar estupidamente <strong>em</strong> aventuras insensatas.<br />

Saiu rapidamente do autoplano. À sua frente, elevava-se uma cortina de neblina<br />

agitada por r<strong>em</strong>oinhos preguiçosos: o nevoeiro artificial que, há vários meses, isolava<br />

o bairro da curiosidade dos basbaques. Ela andou lentamente para a tela impalpável,<br />

atenta à paisag<strong>em</strong>. Clark foi ao seu encontro e cumprimentou-a.<br />

- Quando o edifício deve aparecer?<br />

- Daqui a sete minutos, Majestade.<br />

- Está tudo pronto?<br />

Fora decidido que sete grupos de cientistas penetrass<strong>em</strong> no imóvel e Clark havia<br />

pessoalmente verificado a forma pela qual fora equipado cada grupo. Innelda sorriu:<br />

- O senhor é um hom<strong>em</strong> precioso, capitão.<br />

Clark não respondeu. O cumprimento deixou-o insensível. Aquela moça, que era<br />

quase literalmente a dona do universo, acharia mesmo que alguns elogios e um<br />

salário comprariam a fidelidade incondicional das pessoas inteligentes? Nenhum<br />

r<strong>em</strong>orso antecipado o estorvava. Aliás, o que ele estava projetando não prejudicaria<br />

Innelda. Era regra <strong>em</strong> Isher fazer o que fosse necessário. E, para Clark, não se<br />

tratava de recuar. O mecanismo que montara já estava <strong>em</strong> funcionamento.<br />

A Imperatriz examinou atentamente os arredores. À sua direita, havia a escavação<br />

que determinava o local do edifício. À sua esquerda, a Casa de Armas de Greenway,<br />

no meio de seu cinturão de verdura. Era a primeira loja que ela via apagada. O<br />

espetáculo reconfortou-a. A loja parecia estranhamente abandonada, à sombra das<br />

árvores. Cerrou os punhos. "Se todas as Casas de Armas do sist<strong>em</strong>a solar foss<strong>em</strong><br />

subitamente eliminadas, poderíamos fazer o que quiséss<strong>em</strong>os com esses inúmeros<br />

parques. E no espaço de uma geração, os Fabricantes de Armas seriam esquecidos.<br />

Seu reinado não passaria de uma fábula para contar às crianças. "<br />

- Por todos os deuses do espaço - disse, alto, com um fervor apaixonado - é isso o<br />

que vai acontecer!<br />

O ar subitamente fr<strong>em</strong>iu e, no lugar onde só havia uma profunda cavidade, surgiu<br />

de repente um edifício<br />

- No minuto exato - murmurou Clark com satisfação.<br />

Innelda estr<strong>em</strong>eceu. Ela já vira o fenômeno no telestate mas, na realidade, não<br />

era a mesma coisa. Para começar, a dimensão do edifício era verdadeiramente<br />

imponente: quatrocentos metros de altura e outro tanto de largura. Era uma imensa<br />

massa de plástico e aço. Era indispensável que fosse vasto: as diversas células de<br />

energia estavam rodeadas de imensas câmaras de vácuo. Era precisa quase uma<br />

hora para visitar todos os níveis.

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