17.04.2013 Views

o discurso político-satírico em “dom quixote” de cervantes - Fafibe

o discurso político-satírico em “dom quixote” de cervantes - Fafibe

o discurso político-satírico em “dom quixote” de cervantes - Fafibe

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

inúmeros meios para alienação do povo, principalmente através do Estado. O povo<br />

seria a representação do interesse geral, mas, na verda<strong>de</strong>, é a expressão das<br />

vonta<strong>de</strong>s e interesses das classes dominantes da socieda<strong>de</strong> são o que prevalec<strong>em</strong>.<br />

Outro ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ologia seria apresentar a socieda<strong>de</strong> civil como um indivíduo<br />

coletivo, pois através disso ocultaria a realida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> que é comprimida<br />

pela luta <strong>de</strong> classes. “As classes sociais não coisas n<strong>em</strong> i<strong>de</strong>ias, mas são relações<br />

sociais <strong>de</strong>terminadas pelo modo como os homens, na produção <strong>de</strong> suas condições<br />

materiais <strong>de</strong> existência, se divid<strong>em</strong> no trabalho” (CHAUI, 2002, p.52)<br />

A professora Marilena Chauí (2002, p. 43) traz a seguinte <strong>de</strong>finição: I<strong>de</strong>ologia<br />

é um conjunto lógico, sist<strong>em</strong>ático e coerente <strong>de</strong> representações (i<strong>de</strong>ias e valores) e<br />

<strong>de</strong> normas ou regras (<strong>de</strong> conduta) que indicam e prescrev<strong>em</strong> aos m<strong>em</strong>bros da<br />

socieda<strong>de</strong>, o que e como <strong>de</strong>v<strong>em</strong> sentir, o que e como <strong>de</strong>v<strong>em</strong> fazer algo.<br />

Concluímos, então que a i<strong>de</strong>ologia é apresentada com as seguintes<br />

características: Constitui <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> representações e normas que suger<strong>em</strong><br />

uma <strong>de</strong>terminada forma <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> agir dos indivíduos; tendo como função<br />

garantir <strong>de</strong>terminada relação entre os homens e entre suas condições <strong>de</strong> existência,<br />

adaptando cada um às tarefas pré-fixadas pela socieda<strong>de</strong>.<br />

No campo da linguag<strong>em</strong> Fiorin (2005, p.6) mostra a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer<br />

uma ampla reflexão sobre a linguag<strong>em</strong>, “que leve <strong>em</strong> conta o fato <strong>de</strong> que ela é uma<br />

instituição social, o veículo das i<strong>de</strong>ologias, o instrumento <strong>de</strong> mediação entre os<br />

homens e a natureza, os homens e os outros homens.”<br />

Para isso o autor cita a posição <strong>de</strong> Marx e Engels que afirmavam que a<br />

linguag<strong>em</strong> e o pensamento não constitu<strong>em</strong> domínio autônomo, portanto, são<br />

expressões da vida real, consi<strong>de</strong>rando a linguag<strong>em</strong> como um fenômeno<br />

extr<strong>em</strong>amente complexo ao mesmo t<strong>em</strong>po individual e social, físico, fisiológico e<br />

psíquico, assim a linguag<strong>em</strong> é ao mesmo t<strong>em</strong>po autônoma e <strong>de</strong>terminada<br />

socialmente, sendo necessário distinguir dimensões e níveis autônomos e<br />

<strong>de</strong>terminados.<br />

Na teoria literária, D’Onofrio, trata <strong>discurso</strong> literário como sendo além da<br />

forma <strong>de</strong> estudo do sujeito <strong>de</strong>ntro do <strong>discurso</strong> do texto literário, uma forma <strong>de</strong><br />

analisar “as figuras <strong>de</strong> estilo, os <strong>de</strong>svios que a linguag<strong>em</strong> poética opera <strong>em</strong> relação<br />

à linguag<strong>em</strong> comum, ao nível lexical, sintático e s<strong>em</strong>ântico” (2004, p.32)<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!