boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
(REO 200851020009029, D<strong>es</strong>embargador <strong>Federal</strong> ABEL GOMES, TRF2 - PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R<br />
- Data::03/02/2011 - Página::11/12.)<br />
PROCESSUAL CIVIL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - EXCESSO DE EXECUÇÃO - JUROS DE MORA NO PERCENTUAL<br />
DE 1% (UM POR CENTO) AO MÊS - AÇÃO DE CONHECIMENTO AJUIZADA APÓS A VIGÊNCIA DO ART. 1º-F DA LEI<br />
9.494/97 - JUROS DE MORA DE 1% (UM POR CENTO) AO MÊS - VÍNCULO DO EMBARGADO AO REGIME DA<br />
PREVIDÊNCIA SOCIAL - NATUREZA ALIMENTAR - POSSIBILIDADE - MP 2.180-35/2001 - ART. 1º - F DA LEI Nº<br />
9.494/97 - INAPLICABILIDADE - NORMA EM COMENTO REFERE-SE A VERBAS REMUNERATÓRIAS DEVIDAS A<br />
SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS - PRECEDENTES. 1. No que diz r<strong>es</strong>peito aos juros de mora, perfilha-se o<br />
entendimento de que em se <strong>tr</strong>atando de débitos relativos a benefícios previdenciários, dado o caráter alimentar da dívida,<br />
são incident<strong>es</strong> juros moratórios no percentual de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação válida (Súmula 204 do STJ),<br />
não se aplicando, no caso, o art. 1º-F, da Lei 9.494/97, tendo em vista que não se <strong>tr</strong>ata de pagamento de verbas<br />
remuneratórias devidas a servidor<strong>es</strong> e empregados públicos, hipót<strong>es</strong>e <strong>es</strong>ta não verificada na <strong>es</strong>pécie, porquanto o autor,<br />
ora apelado, é vinculado ao regime geral da previdência social, não sendo atingido pela norma em comento. Assim, não se<br />
pode <strong>es</strong>tender o julgado pelo Supremo Tribunal <strong>Federal</strong> (RE 453740/RJ) a pr<strong>es</strong>ente demanda, pois naquele julgado foi<br />
reconhecida à constitucionalidade da referida norma, aplicável, como já dito, unicamente, a servidor<strong>es</strong> e empregados<br />
públicos.1º-F9.4942. "Deve se operar de forma r<strong>es</strong><strong>tr</strong>itiva o comando legal do art. 1º.- F da Lei 9.494/97, com redação dada<br />
pela MP 2.180-35-01, pois a sua dicção é clara ao direcionar-se ao pagamento das verbas remuneratórias devidas a<br />
servidor<strong>es</strong> e empregados públicos." (TRF 5ª Região, AC427685/PE, Segunda Turma, Rel. D<strong>es</strong>. <strong>Federal</strong> MANOEL<br />
ERHARDT, Julg. 23/10/2007, decisão unânime, DJ. 19/11/2007, pág. 366/361). Votaram com o Relator os<br />
D<strong>es</strong>embargador<strong>es</strong> Federais LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA e JOANA CAROLINA LINS PEREIRA<br />
(CONVOCADO).1º.-9.4943. Apelação improvida. (430157 RN 2007.84.00.004956-3, Relator: D<strong>es</strong>embargador <strong>Federal</strong><br />
Francisco Cavalcanti, Data de Julgamento: 31/01/2008, TRF5 - Primeira Turma, Data de Publicação: Fonte: Diário da<br />
<strong>Justiça</strong> - Data: 29/08/2008 - Página: 690 - Nº: 167 - Ano: 2008)<br />
V. Omissão não reconhecida. Embargos de declaração rejeitados. Acórdão mantido.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />
Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, REJEITAR OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na forma da ementa<br />
constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
BRUNO DUTRA<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
45 - 0002850-65.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.002850-4/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) IZABEL CRISTINA CARERI<br />
MULLER (DEF.PUB: LIDIANE DA PENHA SEGAL.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR:<br />
TELMA SUELI FEITOSA DE FREITAS.).<br />
RECURSO N. 0002850-65.2010.4.02.5050/01<br />
RECORRENTE: IZABEL CRISTINA CARERI MULLER<br />
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />
RELATOR: JUIZ FEDERAL DR. BRUNO DUTRA<br />
V O T O<br />
Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte autora, ora recorrente, em face da sentença de fl. 56/57 que julgou<br />
improcedente o pedido de condenação do INSS a pagar proventos de auxílio-doença no período de 02/04/2010 a<br />
23/06/2010 e extinguiu o proc<strong>es</strong>so, sem r<strong>es</strong>olução de mérito, em relação ao período posterior a 24/06/2010 por ausência de<br />
inter<strong>es</strong>se de agir (recebimento adminis<strong>tr</strong>ativo do benefício).<br />
Em suas razõ<strong>es</strong> de recurso (fls. 60/65), sustenta a recorrente que se encon<strong>tr</strong>ava incapacitada também no período de<br />
02/04/2010 a 23/06/2010, pelo que requer a reforma da sentença.<br />
Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls. 77/80.<br />
É o relatório. Passo a proferir o voto.<br />
A con<strong>tr</strong>ovérsia dos autos cinge-se aos valor<strong>es</strong> supostamente devidos a título de auxílio-doença no período de 02/04/2010 a<br />
23/06/2010, já que a recorrente recebe auxílio-doença adminis<strong>tr</strong>ativamente d<strong>es</strong>de 24/06/2010 até os dias atuais.<br />
O perito judicial (fls. 40/41) diagnosticou síndrome do túnel do carpo bilateral, que incapacita a recorrente, total e<br />
temporariamente, para o exercício de suas funçõ<strong>es</strong> habituais ante as limitaçõ<strong>es</strong> em suas mãos. O perito afirmou que, ao<br />
menos d<strong>es</strong>de agosto de 2010, a periciada possuía a referida incapacidade.