boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
deferida à fl. 96, suspendo a exigibilidade de tais verbas sucumbenciais, nos termos do art. 12 da Lei n.º 1.060/50.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />
Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e, no mérito, NEGAR-LHE<br />
PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
BRUNO DUTRA<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
15 - 0000691-49.2010.4.02.5051/01 (2010.50.51.000691-8/01) MANOEL JONAS CARDOSO (ADVOGADO: Lauriane Real<br />
Cereza, Valber Cruz Cereza.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: ANDRÉ DIAS<br />
IRIGON.).<br />
RECURSO DE SENTENÇA Nº 0000691-49.2010.4.02.5051/01<br />
RECORRENTE: MANOEL JOANAS CARDOSO<br />
RECORRIDO(A): INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />
RELATOR: JUIZ FEDERAL AMÉRICO BEDÊ FREIRE JÚNIOR<br />
E M E N T A<br />
PREVIDENCIÁRIO – AUXÍLIO-DOENÇA – AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORAL – LAUDO MÉDICO PERICIAL –<br />
PREVALÊNCIA SOBRE LAUDO PARTICULAR – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.<br />
1. Trata-se de recurso inominado, interposto pela parte autora, em face da sentença de fls. 55/56, que julgou improcedente<br />
o seu pedido de r<strong>es</strong>tabelecimento do beneficio de auxílio-doença. Alega o recorrente, MANOEL JONAS CARDOSO (59<br />
anos de idade), em suas razõ<strong>es</strong> recursais, que é portador de <strong>es</strong>pondilodiscoar<strong>tr</strong>ose lombar, encon<strong>tr</strong>ando-se incapaz para o<br />
exercício de atividade laboral. Assim, requer a reforma da sentença. O INSS apr<strong>es</strong>entou con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong>, pugnando pela<br />
manutenção da sentença.<br />
2. O auxílio-doença, conforme o artigo 59 da Lei 8.213/91, será devido ao segurado que, tendo cumprido, quando for o<br />
caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15<br />
(quinze) dias consecutivos.<br />
3. A parte autora requereu o benefício de auxílio-doença em 07/07/2009. O INSS indeferiu o pedido, sob o argumento de<br />
que não foi constatada a incapacidade do autor para o seu <strong>tr</strong>abalho ou para sua atividade habitual (fl. 18).<br />
4. Ao se analisar o conjunto probatório pr<strong>es</strong>ente nos autos, verifica-se, mediante perícia médica judicial (fls. 34/39), que,<br />
ap<strong>es</strong>ar de ter sido constatado que o autor é portador de <strong>es</strong>pondilodiscoar<strong>tr</strong>ose lombar, no momento da perícia, o perito<br />
afirmou que a doença não induzia incapacidade para o <strong>tr</strong>abalho, de modo que o at<strong>es</strong>tou que autor encon<strong>tr</strong>ava-se apto para<br />
o exercício de sua atividade habitual (lavrador).<br />
5. Vale r<strong>es</strong>saltar que os laudos particular<strong>es</strong> apr<strong>es</strong>entados não são aptos a afastar a conclusão pericial. Isto porque o único<br />
laudo médico juntado aos autos (fl. 21 – o doc de f. 22 é cópia do de fl. 21), ap<strong>es</strong>ar de indicar a existência de incapacidade,<br />
foi lavrado em 16/10/2008, data muito anterior ao requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo e ao período em que o autor já <strong>es</strong>teve em<br />
gozo de auxílio-doença (12/03/2009 a 03/06/2009). Além disso, a tomografia computadorizada de fl. 19, por si só, não é<br />
suficiente para o deferimento do benefício, r<strong>es</strong>saltando que não se pode confundir os conceitos de doença e de<br />
incapacidade. Por fim, há que se r<strong>es</strong>saltar o teor do Enunciado 08 da Turma Recursal do Espírito Santo: “O laudo médico<br />
particular é prova unilateral, enquanto o laudo médico pericial produzido pelo juízo é, em princípio, imparcial. O laudo<br />
pericial, sendo conclusivo a r<strong>es</strong>peito da plena capacidade laborativa, há de prevalecer sobre o particular”.<br />
6. Assim, não havendo incapacidade que impeça o exercício da atividade laborativa da parte autora, não merecem guarida<br />
os argumentos expostos no pedido recursal.<br />
7. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />
8. Condenação do recorrente vencido ao pagamento de custas proc<strong>es</strong>suais e de honorários advocatícios, cujo valor,<br />
considerada a complexidade da causa, arbi<strong>tr</strong>o em R$ 100,00 (cem reais). Contudo, ante a assistência judiciária gratuita<br />
deferida à fl. 32, suspendo a exigibilidade de tais verbas sucumbenciais, nos termos do art. 12 da Lei n.º 1.060/50.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />
Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e, no mérito, NEGAR-LHE