17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4. Diante da inequívoca conclusão da perícia oficial, r<strong>es</strong>taria averiguar se o inter<strong>es</strong>sado era segurado do RGPS no<br />

momento em que ficou incapacitado. Sobre <strong>es</strong>se r<strong>es</strong>peito, o perito do juízo, ao ser qu<strong>es</strong>tionado, não pôde precisar a data<br />

de início da(s) doença(s) ou, ainda, do <strong>es</strong>tado de inaptidão laborativa, consoante se infere das r<strong>es</strong>postas aos qu<strong>es</strong>itos 01-c<br />

e 05 do Juízo e 08 do INSS. N<strong>es</strong>sa hipót<strong>es</strong>e, a jurisprudência pá<strong>tr</strong>ia autoriza a fixação do início da incapacidade na data de<br />

realização do exame pericial (Precedente: PEDILEF 05047074620104058400, Juiz <strong>Federal</strong> Paulo Ricardo Arena Filho, DOU<br />

11/05/2012). Logo, embora o INSS alegue, genericamente, que há “indícios” de que o segurado somente tenha retornado<br />

ao regime de previdência quando já portador de doença incapacitante, não há regis<strong>tr</strong>o de prova d<strong>es</strong>ta alegação, já que os<br />

documentos médicos mais antigos colacionados aos autos são datados de 2008, sendo certo que o autor voltou a verter<br />

con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> em 09/2007. D<strong>es</strong>ta feita, não há elementos de prova suficient<strong>es</strong> a sustentar a alegação de preexistência da<br />

incapacidade laborativa.<br />

5. Por todo o exposto, r<strong>es</strong>tando comprovadas a qualidade de segurado do RGPS e a situação de incapacidade laborativa de<br />

natureza total e definitiva, r<strong>es</strong>ta concluir que o autor/recorrido faz jus ao benefício de aposentadoria por invalidez, com DIB<br />

na data de realização da perícia médica (24.11.2010), nos termos fixados na sentença de origem.<br />

6. Recurso conhecido e improvido. Sentença integralmente mantida.<br />

7. Sem custas (art. 4º, I, da Lei n.º 9.289/96). Condenação do recorrente vencido ao pagamento de honorários<br />

advocatícios, arbi<strong>tr</strong>ados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 55, caput, da Lei n.º<br />

9.099/95.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />

dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por maioria, CONHECER DO RECURSO e, no<br />

mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

9 - 0008305-79.2008.4.02.5050/01 (2008.50.50.008305-3/01) HILDA MARIA ACOSTA (ADVOGADO: ROSEMARY<br />

MACHADO DE PAULA, THALITA CHAGAS CORREA, GUSTAVO FERREIRA DE PAULA.) x INSTITUTO NACIONAL DO<br />

SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Isabela Boechat B. B. de Oliveira.).<br />

RECURSO N. 0008305-79.2008.4.02.5050/01<br />

RECORRENTE: HILDA MARIA ACOSTA<br />

RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL DR. BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

RECURSO INOMINADO – PREVIDENCIÁRIO – AUXÍLIO-DOENÇA – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – AUSÊNCIA<br />

DE CONSTATAÇÃO DE INCAPACIDADE PELA PERÍCIA JUDICIAL – LAUDOS PARTICULARES INSUFICIENTES PARA<br />

ATESTAR A INCAPACIDADE – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA<br />

1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte autora, ora recorrente, em face da sentença de fl. 106/108 que<br />

julgou improcedente o pedido autoral de r<strong>es</strong>tabelecimento de benefício auxílio-doença e de sua posterior conversão em<br />

aposentadoria por invalidez. Em suas razõ<strong>es</strong> de recurso (fls. 110/120), a recorrente alega, em sínt<strong>es</strong>e, que se encon<strong>tr</strong>a<br />

totalmente incapacitada para o <strong>tr</strong>abalho em decorrência do tumor cerebral do qual é portadora. Assim, postula pelo<br />

conhecimento e provimento do recurso para que sejam deferidos os benefícios pleiteados, com o pagamento das parcelas<br />

re<strong>tr</strong>oativas. Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> à fl. 123/126.<br />

2. A sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos (art. 46, Lei n.º9.099/95).<br />

3. Inicialmente, cabe d<strong>es</strong>tacar que o auxílio-doença, como se ex<strong>tr</strong>ai do artigo 59, caput, da Lei 8.213/91, será devido ao<br />

segurado que, tendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou<br />

para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. De seu turno, a aposentadoria por invalidez, por<br />

força do disposto no artigo 42, do m<strong>es</strong>mo diploma legal, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será<br />

devida ao segurado que, <strong>es</strong>tando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação<br />

para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer n<strong>es</strong>ta condição.<br />

4. A autora, ora recorrente, atualmente com 47 anos de idade (fl. 11), chefe de departamento p<strong>es</strong>soal, alega ser portadora<br />

de tumor cerebral / cisto, o qual lhe ocasionaria fort<strong>es</strong> dor<strong>es</strong> na cabeça, tontura, d<strong>es</strong>maios e perda de memória,<br />

incapacitando-a totalmente para o exercício de qualquer labor. Visando aferir o <strong>es</strong>tado de (in)capacidade, foram realizadas<br />

duas perícias médicas, com neurologistas distintos, sendo que ambos at<strong>es</strong>taram a capacidade da parte recorrente.<br />

5. O laudo pericial de fls. 51/54 confirma a existência do cisto ven<strong>tr</strong>icular, diagnosticando, também, epilepsia. Contudo, o

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!