17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

egulamentadas na forma prevista no § 3º do art. 62 da Constituição <strong>Federal</strong>. Daí que as relaçõ<strong>es</strong> constituídas durante a<br />

vigência da inquinada MP deveriam permanecer por ela regidas, consoante prevê o § 11º do m<strong>es</strong>mo dispositivo. Isso não<br />

impede, evidentemente, que os jurisdicionados que considerem a Medida Provisória inconstitucional recorram ao Poder<br />

Judiciário para furtar-se aos seus efeitos.<br />

Não deve prevalecer a regra de cálculo <strong>es</strong>tabelecida na MP n.º 242/2005, porquanto referida norma foi editada para<br />

disciplinar matéria (alteração de critério de cálculo de fixação de benefício previdenciário) que não assumia contornos de<br />

relevância e urgência típicos d<strong>es</strong>sa <strong>es</strong>pécie normativa, conforme apregoa o art. 62 da Constituição <strong>Federal</strong>. Logo,<br />

configurado vício formal de inconstitucionalidade e caracterizado o grave prejuízo advindo aos segurados que tiveram<br />

benefícios concedidos no breve lapso de vigência d<strong>es</strong>sa norma, impõe-se reconhecer, incidentalmente, a<br />

inconstitucionalidade da medida provisória e, por conseqüência, afastar sua aplicação ao caso concreto levado à<br />

apreciação d<strong>es</strong>te juízo.<br />

N<strong>es</strong>se sentido, há precedent<strong>es</strong> da Turma Nacional de Uniformização, senão vejamos:<br />

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. REVISÃO DA RMI. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 242/05. REVOGAÇÃO.<br />

INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A MP 242/05, a<strong>tr</strong>avés da inclusão do §10 no artigo 29 da Lei nº 8.213, determinava que a<br />

renda mensal do auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, calculada de acordo com o inciso III do m<strong>es</strong>mo artigo, não<br />

poderia exceder a remuneração do <strong>tr</strong>abalhador, considerada em seu valor mensal, ou seu último salário de con<strong>tr</strong>ibuição, no<br />

caso de remuneração variável, violando, d<strong>es</strong>ta forma, diversos preceitos constitucionais, <strong>es</strong>pecialmente o §11 do artigo 201<br />

da Carta Magna 2. É devida a revisão do benefício de auxílio-doença titulado pelo requerido, pela sistemática anterior à<br />

Medida Provisória nº 242/2005, tendo em vista a inconstitucionalidade da medida. 3. Pedido de Uniformização não provido.<br />

(PEDIDO 200670590023231, JUÍZA FEDERAL JOANA CAROLINA LINS PEREIRA, DOU 27/04/2012.)<br />

EMENTA PREVIDENCIÁRIO – AUXÍLIO-DOENÇA – MP 242/05 – REJEIÇÃO PELO SENADO FEDERAL NACIONAL -<br />

NÃO APROVAÇÃO DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 403/2005 – IRRELEVÂNCIA - LIMINARES DO STF NAS<br />

ADIs 3.467, 3.473, 3.505 – PERDA DA EFICÁCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA 242/05 NO PERÍODO POR<br />

INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL E FORMAL – MEMORANDO-CIRCULAR CONJUNTO Nº 13 PFEINSS/DIRBEN -<br />

VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA – RECÁLCULO DA RMI DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS NO PERÍODO DE<br />

28/03/2005 a 20/07/2005 - INCIDENTE CONHECIDO E NÃO PROVIDO Os benefícios concedidos no período de<br />

28/03/2005 a 20/07/2005 devem ser calculados nos termos da Lei 8.213/91 em sua redação anterior a Medida Provisória<br />

242/2005.<br />

(PEDIDO 200770660005230, JUIZ FEDERAL VLADIMIR SANTOS VITOVSKY, DOU 04/05/2012.)<br />

Afastada a regra de cálculo <strong>es</strong>tabelecida na MP, r<strong>es</strong>ta concluir pela aplicabilidade do critério fixado no art. 29, II, da Lei n.º<br />

8.213/91 e, consequentemente, pela imperiosidade da revisão do benefício concedido à parte, com o pagamento das<br />

parcelas vencidas não atingidas pela pr<strong>es</strong>crição.<br />

Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

Sem custas (art. 4º, I, da Lei n.º 9.289/96). Condenação do recorrente vencido ao pagamento de honorários advocatícios,<br />

arbi<strong>tr</strong>ados em 10% (dez por cento) do valor da condenação, conforme pr<strong>es</strong>crição do art. 55 da Lei n.º9.099/95.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />

dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e,<br />

no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

84 - 0004760-64.2009.4.02.5050/01 (2009.50.50.004760-0/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) GILSON CELESTINO<br />

(ADVOGADO: ORIAS BORGES LEAL.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Isabela<br />

Boechat B. B. de Oliveira.).<br />

RECURSO DE SENTENÇA N.º 0004760-64.2009.4.02.5050/01<br />

RECORRENTE: GILSON CELESTINO<br />

RECORRIDO(A): INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

RECURSO INOMINADO – PREVIDENCIÁRIO - REVISÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL POR TEMPO DE<br />

SERVIÇO - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 - REGRAS DE TRANSIÇÃO - IDADE MÍNIMA NÃO IMPLEMENTADA -<br />

RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!