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SIMULADO ENEM - Elite Pré-Vestibular-Campinas

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Nome:<br />

Turma:<br />

Simulado<br />

2012<br />

Instruções<br />

(19) 3251-1012<br />

www.elitecampinas.com.br<br />

Só abra este caderno quando o fiscal autorizar.<br />

Aprova consta de 90 questões.<br />

Verifique se sua prova está completa. Caso encontre algum problema, comunique ao fiscal para<br />

que ele tome a devida providência.<br />

Em cada teste, há 5 alternativas, sendo correta apenas uma<br />

Preencha completamente o alvéolo na folha óptica de respostas, utilizando necessariamente<br />

caneta esferográfica (azul ou preta).<br />

Não deixe questões em branco na folha óptica de respostas.<br />

Duração da prova: cinco horas e trinta minutos. O candidato deve controlar o tempo disponível.<br />

Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito para a folha óptica de respostas<br />

No final da prova, poderá ser levado somente este caderno de questões.<br />

“A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”<br />

Aristóteles


<strong>SIMULADO</strong>S ELITE<br />

(19) 3251-1012<br />

www.elitecampinas.com.br<br />

Os simulados do ELITE possuem um papel fundamental como ferramenta na preparação para o<br />

vestibular. Isso ainda é mais evidente para as carreiras mais concorridas, nas quais o acerto em todos<br />

os detalhes é necessário. Por isso, a presença em todos os simulados tem sido de fundamental<br />

importância na construção da aprovação de nossos alunos e também poderá ser na construção de sua<br />

aprovação. Veja a opinião de alguns ex-alunos:<br />

César Galusni Senna, aprovado em:<br />

UNICAMP - MEDICINA<br />

FUVEST - MEDICINA<br />

UNIFESP - MEDICINA<br />

6º LUGAR!<br />

UFSCar - MEDICINA<br />

PUCC - MEDICINA<br />

PUC-SP - MEDICINA<br />

“Na minha opinião, os simulados semanais<br />

foram muito importantes para me mostrar o<br />

quanto ainda precisava estudar. O mesmo<br />

fizeram as listas de exercícios, cuja<br />

dificuldade assustadora incentivava a<br />

aprofundar a matéria. A filosofia sustentada<br />

no cursinho era o que mais me motivava.<br />

Foi o único lugar em que pude realmente<br />

satisfazer muitas curiosidades sobre a<br />

matéria sem ter que ouvir do professor ou<br />

do plantonista que não era para estudar a<br />

parte mais aprofundada da matéria já que<br />

‘ela não cai no vestibular’. Cobrir a matéria<br />

inteira, inclusive a parte aprofundada, me<br />

deu mais segurança na hora da prova.”<br />

Bruna Brandão Duarte, aprovada em:<br />

UNICAMP - Engenharia de Alimentos<br />

UFSCar - Engenharia de Produção<br />

FUVEST - Ciências de Alimentos<br />

1 o LUGAR!<br />

UFV - Engenharia de Alimentos<br />

“Acredito que a maior contribuição [do<br />

<strong>Elite</strong>] foi a aplicação de simulados<br />

semanais. No começo era um pouco<br />

cansativo, ficar todo sábado para<br />

fazer, mas com o tempo a gente se<br />

acostuma e faz numa boa. Foram<br />

com eles que consegui treinar um<br />

bom ritmo de prova, o que em minha<br />

opinião, foi decisivo para o bom<br />

resultado nos vestibulares.”<br />

Stéphanie Caroline Giggliotti,<br />

aprovada em:<br />

FUVEST - MEDICINA<br />

UNICAMP - MEDICINA<br />

UNIFESP - MEDICINA<br />

UNESP - MEDICINA<br />

FAMEMA - MEDICINA<br />

“Os simulados, apesar de muito<br />

cansativos e de serem aos sábados, o<br />

que eu achava ruim, pois já estava<br />

louca para ir embora [de MG, a Bruna<br />

voltava para casa aos finais de<br />

semana], foram muito importantes<br />

para mim. Acho que foi a melhor coisa<br />

para a minha preparação. Os<br />

professores sempre foram muito<br />

atenciosos e o fato das salas serem<br />

pequenas também era muito bom.”


PROPOSTA DE REDAÇÃO<br />

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos<br />

conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija<br />

texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua<br />

portuguesa sobre o tema O JOVEM E A POLÍTICA NO<br />

SÉCULO XXI, apresentando proposta de conscientização social<br />

que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e<br />

relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para<br />

defesa de seu ponto de vista.<br />

Jovens picham placas de candidatos na Agamenon<br />

Magalhães<br />

Um protesto pacífico que nasceu da mobilização de jovens em<br />

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, chegou ao Recife e já é<br />

sucesso nas redes sociais. "Você suja minha cidade, eu sujo sua<br />

cara" é uma resposta de cidadãos indignados com o excesso de<br />

propagandas eleitorais nas calçadas. Com os rostos cobertos e<br />

trajando calcinha, meia arrastão e uma blusa com a frase "voto<br />

obrigatório não", duas mulheres picharam dezenas de placas de<br />

anúncios políticos na Avenida Agamenon Magalhães, um dos<br />

principais corredores de tráfego da capital nesta terça-feira (28).<br />

A ação foi gravada e publicada no Youtube nesta quarta (29).<br />

(disponível em http://www.diariodepernambuco.com.br)<br />

(disponível em<br />

http://nomnomnoom.wordpress.com/2011/10/31/a-escoriapolitica-que-domina-o-nosso-pais/)<br />

Manifesto político: por uma revolução politizada dos jovens<br />

brasileiros<br />

(...) Depois da ditadura militar, em 1992 os jovens estudantes<br />

retornaram às ruas, agora de "caras-pintadas". Mas veja a<br />

fragilidade do movimento e do caráter tópico, sem maiores<br />

consequências no cenário do futuro. A UNE e a UBES (União<br />

Brasileira de Estudantes Secundaristas) saíram às ruas à frente<br />

das passeatas e comícios. No entanto, parte dessa mobilização<br />

deveu-se à transmissão da minissérie Anos Rebeldes pela rede<br />

Globo de televisão, que tratava justamente do regime militar,<br />

enfatizando o papel dos jovens na resistência à ditadura. Não foi<br />

pela nossa cultura politizada. Uma prova da influência da TV nas<br />

manifestações de 92 estava no fato de que as músicas cantadas<br />

pelos estudantes nas ruas eram as mesmas dos anos 60,<br />

incluídas na trilha sonora da minissérie. De fato, pouco após o<br />

final da novelinha e o afastamento do presidente Collor pelo<br />

impeachment, o movimento estudantil retornou ao imobilismo em<br />

que vinha desde a década anterior. Os caras-pintadas só<br />

queriam a queda do presidente. Foi um movimento que se<br />

extinguiu em si mesmo depois de atingir seu objetivo. E de lá<br />

para cá, tudo só tem piorado no comportamento desses jovens:<br />

de jovens rebeldes politizados se tornaram uns "rebeldes<br />

despolitizados" que manifestam essa rebeldia-infantilizada<br />

elegendo o jogador Romário e o palhaço Tiririca para o<br />

Congresso Nacional.<br />

(disponível em<br />

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2815274)<br />

Jovens e conservadores: alguma coisa está fora do lugar<br />

Preconceito contra nordestinos, preconceito contra pobres,<br />

criminalização verbal de mulheres que fazem aborto, homofobia.<br />

Nenhum desses exemplos trata de casos isolados, mas de<br />

situações recorrentes que vêm acontecendo no Brasil. Elegemos<br />

www.elitecampinas.com.br<br />

1<br />

2012<br />

um governo à esquerda, mas vivemos em uma sociedade que<br />

ainda tem arraigados profundos valores conservadores.<br />

Não sei até que ponto esse preconceito – de gerar uma opinião<br />

sem refletir, de agredir o outro sem motivo – é restrito a uma<br />

minoria. Vejo ainda em muita gente essa visão deturpada do ser<br />

humano. Ela é passada de geração a geração, em comentários,<br />

atitudes, piadas, imagens, símbolos. Alguns tentam esconder,<br />

pelo menos se esforçam para não exercerem sua discriminação.<br />

Já é um começo quando o sujeito reconhece o preconceito<br />

herdado e tenta lutar contra ele.<br />

Mas outros escancaram ou simplesmente não disfarçam. Os<br />

mais ousados xingam, humilham, batem. Os mais tímidos fazem<br />

cara feia, atravessam a rua, reclamam baixinho. Mensagens<br />

ofendem nordestinos nas redes sociais. Jovens de classe média<br />

agridem gays em São Paulo.<br />

(disponível em<br />

http://somosandando.wordpress.com/2010/11/17/jovens-econservadores-alguma-coisa-esta-fora-do-lugar/)<br />

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS<br />

Questões de 1 a 45<br />

TEXTO PARA AS QUESTÕES 1, 2 E 3<br />

Brazil's Ridiculous $80,000 Jeep Grand Cherokee<br />

The 2012 Jeep Grand Cherokee is viewed on the floor of the<br />

New York International Auto Show. Brazilians love this car so<br />

much they are willing to pay over 80 grand for it. (Image credit:<br />

Getty Images via @daylife)<br />

One might think that paying $80,000 for a Jeep Grand Cherokee<br />

means it comes equipped with wings and gold plated rims. But in<br />

Brazil, it comes standard.<br />

The 2013 Jeep Grande Cherokee cost Brazilians a stellar<br />

R$179,000, or roughly $89,500. Import duties and other taxes<br />

make it so that the Brazilian buying a muscular Jeep Cherokee<br />

could have bought three of them if they were living in Miami like<br />

their friends. In the U.S., the 2013 Jeep Grand Cherokee will run<br />

you about $28,000. That’s nearly half the median American<br />

income, but $89,500 is light years away from median Brazilian<br />

incomes.<br />

Not to be outdone, The Chrysler Group is going to launch its<br />

2013 Dodge Durango SUV for even more than the Jeep’s sticker<br />

price. The Durango will be showcased at the São Paulo Auto<br />

Show in October for a cool R$190,000 ($95,000). In the U.S., it<br />

goes for around $28,500. An elementary school teacher in the<br />

Bronx public school system can buy one. Okay, maybe not brand<br />

new, but a year or two old…absolutely.<br />

There is no reason other than massive taxation of more than 50<br />

percent and consumer naivete that thinks paying the sticker price<br />

of a BMW X5 is the same value as buying a Cherokee. Sorry,<br />

Brazukas…there is no status in a Toyota Corolla, Honda Civic,<br />

Jeep Grand or Dodge Durango. Don’t be fooled by the sticker<br />

price. You’re definitely getting ripped off.


Think of it this way, what if your American friend told you they just<br />

bought a $150 pair of Havaianas. You’d tell them they paid too<br />

much. Sure those flip flops are sexy and trendy and chic, but they<br />

are not worth $150. When it comes to cars for status in Brazil,<br />

the upper classes are serving up Pitu and 51 in their caipirinhas<br />

and thinking its top shelf liquor.<br />

For those who can read Portuguese, check out Noticias<br />

Automotivas, a blog about cars in Brazil. They have an article<br />

explaining in detail where most of the money goes in the sticker<br />

price of Brazil’s expensive auto market. In it, it discusses, as the<br />

letter writers have from Brazil here, that a good chunk of the<br />

blame for the high prices on cars, and not just “high end” vehicles<br />

but entry vehicles Made in Brazil like the Fiat Palio, is because<br />

margins are so high. Fiat, for example, owes its life to Brazil.<br />

The Italian automaker sells more cars in Brazil than in Italy. It is<br />

never easy to know what the big four international car makers<br />

down there are really earning from vehicle sales because they do<br />

not report it. And if you call Detroit and ask, the usual answer you<br />

get is what companies like GM for example earn in the region.<br />

The problem there is that the region encompasses all of Latin<br />

America, the Middle East and Africa. Meanwhile, Brazilians will<br />

have just have to learn to live with these astronomical prices,<br />

which they already have. Car sales in Brazil — on balance–are<br />

booming thanks to cheap credit and on again/off again incentive<br />

deals that lower sticker price s. Still, entry level vehicles there<br />

cost nearly $20,000 and do not come with the same bells and<br />

whistles as an entry level vehicle in the U.S.<br />

QUESTÃO 1<br />

Podemos inferir a partir do texto:<br />

A) A classe média brasileira tem a mesma renda que a classe<br />

media dos Estados Unidos, porém pagam mais impostos.<br />

B) O brasileiro típico de classe média ganha um pouco menos do<br />

que o norte Americano típico de classe média.<br />

C) O cidadão comum estadunidense de classe media ganha<br />

muito mais do que o cidadão comum de classe média brasileiro.<br />

D) Se não fossem os impostos que eles têm que pagar, os<br />

cidadãos típicos de classe média brasileiros ganhariam tanto<br />

quanto os seus equivalentes americanos.<br />

E) Os brasileiros têm agora uma renda muito melhor do que<br />

tinham no passado. Muito melhor do que os estadunidenses que<br />

agora enfrentam uma profunda crise.<br />

QUESTÃO 2<br />

Está implícito no texto que:<br />

A) Existe uma competição entre as montadoras de carros.<br />

B) Uma professora de escola primária do Bronx tem um bom<br />

salário.<br />

C) Taxas altas de mais de 50% são a razão pela qual os<br />

consumidores brasileiros estão sendo explorados quando<br />

compram seus carros de luxo.<br />

D) Pitu e 51 são marcas de cachaça de luxo.<br />

E) Americanos pagam os olhos da cara por um par de Havaianas<br />

somente porque estão na moda.<br />

QUESTÃO 3<br />

De acordo com o texto, é incorreto dizer que:<br />

A) Marcas como a FIAT não dão ao consumidor Brasileiro a<br />

importância que deveriam dar.<br />

B) A falta de informação em relação aos lucros que as<br />

montadoras têm no Brasil é um dos fatores que fazem com que<br />

os veículos tenham preços exorbitantes e poucos acessórios e<br />

opcionais.<br />

C) Os veículos mais populares no Brasil custam mais caro que<br />

veículos populares nos EUA e vêm com menos opcionais e<br />

acessórios.<br />

www.elitecampinas.com.br<br />

2<br />

2012<br />

D) Se o consumidor brasileiro tivesse mais informações sobre os<br />

lucros que as montadoras têm no mercado brasileiro, teria mais<br />

poder de barganha.<br />

E) O crédito fácil é um dos motivos que no momento impulsiona<br />

a venda dos carros no Brasil.<br />

QUESTÃO 4<br />

Está implícito no texto:<br />

A) O transeunte comum não se importa com problemas sociais<br />

sérios como manter as ruas limpas.<br />

B) O transeunte comum está comprometido com encontrar<br />

soluções para problemas socias assim como o dos jovens sem<br />

teto.<br />

C) O transeunte comum não presta atenção em propaganda.<br />

D) O transeunte comum não se importa com problemas sociais<br />

sérios assim como alguns que são enfrentados pelas pessoas<br />

jovens..<br />

E) Deveria existir mais propaganda para levantar fundos para<br />

pessoas jovens.<br />

QUESTÃO 5<br />

Dear Abby,<br />

My stepdaughter is eight years old and the last six months or<br />

so, has gone from skinny to slightly chubby in the belly area. Her<br />

"slightly in" bellybutton has turned into a "so far in you can hardly<br />

see the bottom" bellybutton. At her Mother's house, she showers<br />

every other night, by herself. At our house, she either takes a<br />

shower or a bath, every night, and she likes me to come in so<br />

she has someone to talk to and someone to help her with her<br />

hair. Anyways, she was taking a bath last night and I was sitting<br />

on the floor near the bathtub and I just happened to look down<br />

and see her bellybutton- caked with black dirt all down in it, and<br />

the dirt is so ground in that even after washing with soap (she<br />

won't stick the washcloth in because her Mother told her not to<br />

stick anything in her bellybutton) and then soaking her belly, it's<br />

still very dirty in there. She'll take a bath/shower before going<br />

back to her Mother's house tonight. We're going to try to clean it<br />

out some more, before she goes back, but I'm not sure how well<br />

that will go. I'm not sure how bad it will be when she comes back<br />

on Wednesday, either. At drop-off, my Hubby plans on<br />

mentioning it to her Mother, but nothing will come of it. Instead,<br />

her Mother will probably try to change the subject by making an<br />

issue about (gasp) me being in the same room when my<br />

stepdaughter is bathing. Any suggestions? Honestly, the way<br />

my stepdaughter's bellybutton is shaped, I'm not sure she can<br />

clean it out by herself even after we get it cleaned, at least not at<br />

first. I'm really concerned about the medical consequences of this<br />

lack of hygiene, not to mention the social side effects (bathing<br />

suit in the summer, the smell of never washed skin...). What to<br />

do?


Considerando-se as afirmações abaixo sobre o texto acima:<br />

I – O texto menciona 3 mulheres e 1 homem.<br />

II – O texto foi provavelmente extraído de uma seção de “pedido<br />

de conselhos” de uma revista feminina<br />

III – O ponto central do texto se refere ao umbigo de uma<br />

menina.<br />

IV – O problema apresentado pelo texto surgiu como<br />

consequência indireta de ganho de peso.<br />

A) Nenhuma das afirmações está correta.<br />

B) Apenas uma afirmação está correta.<br />

C) Duas afirmações estão corretas.<br />

D) Três afirmações estão corretas.<br />

E) Quatro afirmações estão corretas.<br />

QUESTÃO 6<br />

No Sistema de Pagamentos Brasileiro, a tecnologia torna-se<br />

variável crítica e o executivo de negócios e planejamento precisa<br />

encarar este risco sob a mesma ótica que encara os riscos de<br />

crédito e mercado. Doravante um problema tecnológico pode<br />

interferir diretamente na questão da liquidez da instituição,<br />

mesmo que por poucos momentos. Trata-se de uma questão de<br />

continuidade de negócios.<br />

As interrupções no processamento da informação, ou a<br />

delegação nos sistemas de informação fazem parte da rotina nas<br />

estruturas de tecnologia de qualquer empresa, seja financeira ou<br />

não. Esses são eventos programados que visam atender a<br />

demandas ocasionais do negócio ou da tecnologia.<br />

O que deve preocupar os executivos de uma instituição<br />

financeira são as interrupções não programadas. Problemas que<br />

afetam diretamente a infraestrutura tecnológica. São falhas de<br />

hardware e/ou sistema operacional, conflitos de aplicações;<br />

sabotagem; desastres (incêndio, inundação, etc.; falha humana;<br />

corrupção de dados; vírus, etc.). Estes acidentes causam maior<br />

impacto por serem de maior dificuldade de identificação e<br />

recuperação. O seu custo é proporcional ao valor da informação<br />

afetada e ao volume de negócios interrompidos pelo evento.<br />

Dependendo da situação, a recuperação da estrutura<br />

operacional pode levar algumas horas e, no caso do SPB, afetar<br />

não só a instituição como eventuais parceiros. É importante o<br />

planejamento e a implementação de uma solução de<br />

continuidade de negócios.<br />

Os riscos não são desprezíveis. Um estudo feito pela<br />

Universidade do Texas com empresas que sofreram uma perda<br />

catastrófica de dados concluiu que 43% jamais voltaram a<br />

operar, 51% faliram em dois anos e apenas 6% sobreviveram.<br />

Entre as empresas vítimas do primeiro atentado a bomba no<br />

World Trade Center (New York), 50% das que não possuíam um<br />

plano de contingência faliram em menos de dois anos.<br />

(Banco Hoje, março de 2011, com adaptações)<br />

Com relação ao texto lido, assinale a opção cuja afirmação<br />

julgue incorreta.<br />

A) A expressão “Esses são eventos programados...” (2º<br />

parágrafo) retoma a ideia de “interrupções”.<br />

B) Na construção “...que visam atender a demandas...” (2º<br />

parágrafo), o termo ”a” é artigo feminino singular, exigido pela<br />

regência do verbo “atender”.<br />

C) A articulação semântica entre o último período do 3º<br />

parágrafo com o primeiro período do parágrafo seguinte poderia<br />

ser estabelecida pelo emprego da expressão conjuntiva “tanto<br />

que”.<br />

D) No último parágrafo, a articulação semântica entre os dois<br />

últimos períodos poderia ser corretamente estabelecida pelo<br />

emprego do segmento “um exemplo significativo desse<br />

fenômeno é que entre...”<br />

www.elitecampinas.com.br<br />

3<br />

2012<br />

E) No segmento “Um estudo feito pela Universidade do Texas<br />

com empresas que sofreram uma perda catastrófica de dados<br />

concluiu...”, a colocação de uma vírgula entre as palavras<br />

“empresas” e “que” e entre os vocábulos “dados” e “concluiu”<br />

seria inadequada, pois a informação que seria isolada tem<br />

natureza restritiva e passaria a ter o valor de explicativa,<br />

alterando o sentido do período.<br />

QUESTÃO 7<br />

No trecho a seguir foram inseridas incorreções respectivas àquilo<br />

que é prescrito pela norma gramatical padrão e, para eliminá-las,<br />

foram apresentadas seis propostas. Analise cada uma delas e<br />

marque a opção segundo o que é solicitado.<br />

O ministro da Controladoria Geral da União, Waldir Pires,<br />

escreveu uma longa carta a Oed Grajew, na qual reconhece que<br />

o Brasil ainda carece de ações preventivas no combate à<br />

corrupção. Diante de uma máquina estatal pouco transparente e<br />

que reage as tentativas de publicidade das suas ações, o País<br />

surpreende-se com os casos de corrupção, e só os descobre<br />

quando já são esquemas consolidados e milionários.<br />

Waldir Pires afirma que vem mudando essa realidade. Criou o<br />

Portal da Transparência e o sistema de auditoria por sorteio,<br />

estabeleceu convênio para troca de informações com o<br />

Ministério Público, articulou-se com a Polícia Federal em<br />

diversas operações que a PF realizou nos últimos anos.<br />

A carta do ministro para Oded, tornada pública, gerou uma<br />

segunda carta, dessa vez do presidente da União Nacional dos<br />

Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacom),<br />

Fernando Antunes, que reconhece o desejo real da CGU de<br />

tornar o Estado brasileiro mais transparente. Consequentemente,<br />

admite a existência de uma queda de braço entre setores do<br />

governo. Nem a todos interessa a publicidade dos atos<br />

governamentais.<br />

(Lago, Rudolfo, Correio Braziliense, outubro / 2005, com<br />

adaptações)<br />

Alterações propostas:<br />

I. No segmento “... que reage as tentativas de publicidade das<br />

suas ações...” (1º parágrafo), deveria ser empregado o acento<br />

grave indicativo da crase.<br />

II. A configuração morfossintática do final do 1º parágrafo deve<br />

ser alterada para: “só descobrindo-os quando já são esquemas<br />

consolidados e milionários”.<br />

III. A oração reduzida “tornada pública” (ultimo parágrafo) deveria<br />

ser desenvolvida para uma subordinada adverbial, assim<br />

expressa: “quando se tornou pública”.<br />

IV. No último parágrafo, substituir o advérbio<br />

“consequentemente” por “mas”.<br />

V. A oração “Nem a todos interessa a publicidade dos atos<br />

governamentais.” (último parágrafo) deveria ser reescrita e<br />

apresentar esta nova construção: “Não são todos que se<br />

interessam pela publicidade dos atos governamentais.”<br />

Indique a alternativa que relaciona somente as alterações<br />

necessárias para a eliminação dos erros gramaticais desses<br />

trechos.<br />

A) I, IV e V<br />

B) I, II e<br />

C) I e IV<br />

D) II e IV<br />

E) III e V


QUESTÃO 8<br />

No período desenvolvimentista, o Brasil foi um dos poucos<br />

países subdesenvolvidos que conseguiu percorrer quase todos<br />

os passos previstos para o processo de industrialização<br />

retardatária, registrando uma das mais altas taxas médias de<br />

crescimento mundial. De maneira que, ao ser atingido pela crise<br />

dos anos 80, o Brasil singularizava-se no contexto latinoamericano<br />

pela extensão de sua indústria, pelo porte de seu<br />

setor de bens de consumo duráveis e de bens de produção, pelo<br />

seu grau de articulação interindustrial e, finalmente, pelo<br />

dinamismo de seu setor externo.<br />

Durante todo esse longo período, a heterogeneidade e as<br />

desigualdades sociais aumentaram e se alastraram com o<br />

desenvolvimento econômico e a urbanização.<br />

Fiori, José Luiz, Um país ao sul dos impérios, Correio<br />

Braziliense, julho/2001)<br />

Com relação ao texto lido, marque a alternativa incorreta.<br />

A) A expressão “quase todos os” pode, sem prejuízo para a<br />

correção o período, ser substituída por “grande parte dos”.<br />

B) A forma verbal de gerúndio “registrando” pode ser substituída<br />

por “e registrou”, sem prejuízo para a correção do texto.<br />

C) A expressão “De maneira que” estabelece com a ideia do<br />

período anterior uma relação de natureza explicativa.<br />

D) Em “singularizava-se”, a forma verbal é pronominal.<br />

E) Se a expressão “Durante todo esse longo período” fosse<br />

substituída por “ao longo desse período”, a palavra sublinhada<br />

pertenceria à mesma classe e teria a mesma função sintática<br />

nas duas formulações.<br />

QUESTÃO 9<br />

Sob o direito, o administrador público não age contra a lei.<br />

Sob a moral, deve satisfazer o preceito da impessoalidade, não<br />

distinguindo amigos ou inimigos, partidários ou contrários, no<br />

tratamento que lhes dispense ou na atenção às suas<br />

reivindicações, com transparência plena de suas condutas em<br />

face do povo. Descumprir a lei gera o risco da punição prevista<br />

no Código Penal ou de sofrer sanções civis. Quando<br />

desatendidos os princípios da certeza moral, aquele que o ser<br />

humano em seu justo juízo adota convicto, o descumpridor fere<br />

regras de convivência, mas não conflita necessariamente com<br />

normas de Direito que lhe sejam aplicáveis.<br />

(Ceneviva, Walter, Moralidade como fato jurídico, com<br />

modificações)<br />

Com relação ao emprego de algumas palavras e expressões<br />

existentes no texto lido, assinale a opção cuja afirmação<br />

considere incorreta.<br />

A) No segmento “... no tratamento que lhes dispense...”, o termo<br />

sublinhado exerce a função sintática de objeto indireto,<br />

empregado como um elemento coesivo de valor anafórico.<br />

B) Pelo sentido textual, o emprego da expressão com gerúndio<br />

“não distinguindo” mantém a mesma coerência argumentativa<br />

que a expressão com infinitivo “sem distinguir”<br />

C) Em “... não distinguindo amigos ou inimigos, partidários ou<br />

contrários, no tratamento que lhes dispense ou na atenção às<br />

suas reivindicações...”, mantém-se a coerência textual e a<br />

correção gramatical se a função sintática exercida pelo pronome<br />

“lhes” for exercida pela expressão “a eles”.<br />

D) De acordo com as regras de regência da norma culta, no<br />

segmento “...no tratamento que lhes dispense ou na atenção às<br />

suas reivindicações...” a expressão sublinhada admite a<br />

substituição por “atenção para as suas reivindicações.”<br />

E) A fim de que sejam preservadas as normas ditadas pelo<br />

padrão culto da língua portuguesa, o verbo “conflitar”,<br />

empregado em “... mas não conflita necessariamente com<br />

normas de Direito...”, deve ter forma reflexiva, resultando a<br />

construção “não se conflita”.<br />

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4<br />

QUESTÃO 10<br />

2012<br />

Assinale a alternativa incorreta a respeito das estruturas<br />

linguísticas do trecho a seguir.<br />

Temos uma legislação processual com dispositivos que<br />

permitem ao devedor, a pretexto de questionar uma cláusula<br />

contratual ou uma garantia dada em uma operação, deixar de<br />

pagar o principal. O que isso traz de consequência? Traz um<br />

aumento muito grande de inadimplência, que se traduz em um<br />

aumento de custo para o tomador. O prejuízo operacional sofrido<br />

pela instituição financeira, em decorrência dessa inadimplência,<br />

faz com que os bons pagadores acabem arcando com parte<br />

dessa conta, suportando uma taxa de juro maior e até<br />

desestimulando outros tomadores, que gostariam de expandir ou<br />

crescer seus empreendimentos com apoio no crédito.<br />

(Ferreira, Gabriel Jorge, entrevista à Resenha BM & F, com<br />

modificações)<br />

A) A forma verbal “Temos”, flexionada na 1ª pessoa do plural do<br />

presente do modo indicativo, ao iniciar o texto, indica que autor e<br />

leitores partilham a situação que vem descrita a seguir.<br />

B) O segmento oracional “deixar de pagar o principal”, apesar de<br />

não ter sujeito gramatical, refere-se semanticamente a “devedor”.<br />

C) No segmento “...que se traduz em um aumento de custo para<br />

o tomador.”, o termo sublinhado faz referência ao termo<br />

“inadimplência” e constitui o sujeito da oração em que ocorre.<br />

D) No segmento “O prejuízo operacional sofrido pela instituição<br />

financeira...”, a oração reduzida corresponde à ideia que também<br />

pode ser expressa pela oração “que a instituição financeira<br />

sofreu”.<br />

E) No segmento “... em decorrência dessa inadimplência..”, os<br />

termos sublinhados constituem o sujeito da oração que tem<br />

como predicado a flexão verbal “faz”.<br />

QUESTÃO 11<br />

Mesmo sem ser incluído entre os países cujo<br />

“desenvolvimento a convite” foi fortemente apoiado ─ por<br />

motivos geopolíticos ─ pelo governo americano,o Brasil<br />

transformou-se no laboratório de uma estratégia associada ─<br />

pública e privada ─ de industrialização que contemplou todos os<br />

segmentos do capitalismo central. Não se pode esquecer que,<br />

depois da vitória da Revolução Chinesa e da Guerra da Coreia, e<br />

o início da descolonização asiática, o “desenvolvimentismo”<br />

transformou-se na resposta capitalista ─ tolerada pelos liberais ─<br />

ao projeto socialista para os países subdesenvolvidos. Esse foi<br />

um fator decisivo para que o projeto de industrialização e o<br />

intervencionismo estatal do novo modelo econômico contassem<br />

com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante<br />

brasileira e de suas elites políticas regionais. Quando essas<br />

facilidades se estreitaram, com o fim do padrão dólar e a crise<br />

econômica mundial dos anos 70, e quando a política econômica<br />

internacional dos Estados Unidos e a geoeconomia dos países<br />

centrais mudaram, com a restauração liberal conservadora dos<br />

anos 80, o consenso e a coalizão desenvolvimentista se<br />

desfizeram.<br />

(Fiori, José Luiz, Um país ao sul dos impérios, Correio<br />

Braziliense, julho/2001)<br />

Com relação ao texto apresentado, assinale a opção em que a<br />

substituição sugerida se configura gramaticalmente incorreta.<br />

A) Em “Mesmo sem ser incluído entre os países...”, os termos<br />

sublinhados por “Apesar de não”<br />

B) A oração “Quando essas facilidades se estreitaram...”, poderia<br />

ser reduzida para a forma reduzida “Ao se estreitarem essas<br />

facilidades...”


C) A construção “o Brasil transformou-se no laboratório de uma<br />

estratégia associada...” poderia ser substituída por “O Brasil foi<br />

transformado...”<br />

D) Quanto à colocação dos pronomes átonos e pertinentes às<br />

normas ditadas pelo padrão culto de nosso idioma, na oração<br />

“Quando essas facilidades se estreitaram...”, o pronome oblíquo<br />

átono empregado deve assumir a posição proclítica em razão de<br />

a oração na qual se insere se classificar como subordinada (nas<br />

orações subordinadas, deve-se empregar o pronome átono<br />

procliticamente)<br />

E) Na sequência “Esse foi um fator decisivo para que o projeto<br />

de industrialização e o intervencionismo estatal do novo modelo<br />

econômico contassem com o apoio de quase todos os<br />

segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites<br />

políticas regionais.”, a flexão verbal sublinhada poderia ser<br />

substituída pela forma correspondente singular.<br />

QUESTÃO 12<br />

Assinale a asserção falsa acerca da estruturação linguística e<br />

gramatical do texto apresentado a seguir.<br />

Nem o “sim” nem o “não” venceram o referendo, e quem<br />

confiar no resultado aritmético das urnas logo perceberá a força<br />

do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo<br />

latente, insidioso, que a todos nos faz tão temerosos da arma<br />

que o alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa<br />

alguma na aflição.<br />

Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das<br />

urnas, não faz diferença. O que importa é extinguir o Grande<br />

Medo. E nem um lado nem outro poderia fazê-lo. Todos<br />

sabemos muito bem porquê.<br />

(Freitas, Jânio de, Folha de São Paulo, outubro de 2005, com<br />

A) Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordem<br />

sintática, a concordância do sujeito composto ligado por “nem ...<br />

nem” deve ser estabelecida com verbo no plural, tal como foi<br />

estabelecida na ocorrência do mesmo sujeito composto na<br />

primeira linha do texto ─ Nem o “sim” nem o “não” venceram o<br />

referendo.<br />

B) Apesar de sua posição deslocada na frase, o advérbio “logo”<br />

─ confiar no resultado aritmético das urnas logo perceberá a<br />

força do seu engano.─ dispensa a colocação de vírgulas em<br />

virtude de ser de pouca monta, de pouca proporção.<br />

C) A indicação apresentada pela expressão “um medo latente e<br />

insidioso” corresponde à significação de um medo “não<br />

manifesto, encoberto, enganador, traiçoeiro, pérfido”.<br />

D) O trecho “...que a todos nos faz tão temerosos da arma que o<br />

alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na<br />

aflição.”, sem que se incorra em erro de linguagem, admite a<br />

seguinte reescritura: “... que nos faz a todos não só temerosos<br />

da arma que o outro possa ter, mas também temerosos de<br />

ficarmos indefesos na angústia”.<br />

E) O último vocábulo do texto está carente de alteração e, para<br />

isto, duas são as possíveis modificações, observadas as<br />

determinações da norma culta da língua portuguesa: substituí-lo<br />

por “por quê” ou pela expressão “o porquê”.<br />

QUESTÃO 13<br />

Com relação ao texto a seguir, marque a opção que julgar<br />

incorreta.<br />

Do ponto de vista político, a reentronização da hegemonia do<br />

capital financeiro sobre a reprodução social capitalista mundial<br />

significou a vitória da contrarrevolução política e econômica<br />

capitalista em todos os diferentes universos em que as<br />

revoluções políticas capitalistas e anticapitalistas tentaram se<br />

libertar de pesadelo de um capital financeiro entregue a si<br />

próprio. Esse foi o causador de duas guerras mundiais e várias<br />

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5<br />

2012<br />

escaramuças bélicas em vários rincões do planeta, assim como<br />

da contrarrevolução capitalista, para não falar da inflação e do<br />

desemprego, que jogaram os trabalhadores na miséria e no<br />

desespero, no inferno das guerras, da fome e das perseguições<br />

inomináveis. Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado de<br />

um lado histórico inequívoco: a voragem exterminista e genocida<br />

do capital e do capital financeiro em primeiríssimo lugar. E<br />

fracassaram.<br />

(Lima Filho, Pulo Alves)<br />

A) O emprego da expressão “reentronização da hegemonia”<br />

deixa pressupor que, em período anterior, já havia existido<br />

hegemonia do capital financeiro sobre a reprodução social<br />

capitalista mundial.<br />

B) O termo “hegemonia” tem no texto o sentido de<br />

preponderância, superioridade, supremacia.<br />

C) Na construção “Esse foi o causador de duas guerras<br />

mundiais...”, o termo sublinhado faz referência a “um capital<br />

financeiro entregue a si próprio”.<br />

D) No segmento “Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado<br />

de um lado histórico inequívoco...”, o elemento sublinhado faz<br />

referência a “vários rincões do planeta”<br />

E) Na oração “E fracassaram”, a conjunção “e” poderia ser<br />

substituída, sem prejuízo par a correção gramatical do período e<br />

para o sentido do texto, pelo termo “mas”.<br />

OR-VITOR<br />

QUESTÃO 14<br />

DESCOBERTA DA LITERATURA<br />

No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/<br />

cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./<br />

E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/<br />

para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./<br />

Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/<br />

ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/<br />

com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./<br />

Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/<br />

em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/<br />

e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/<br />

a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/<br />

que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/<br />

e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/<br />

receava que confundissem/ o de perto com o distante,/<br />

o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/<br />

e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/<br />

ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./<br />

(…)<br />

João Cabral de Melo Neto<br />

Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as<br />

duas colunas abaixo:<br />

1ª COLUNA<br />

(1) Romance de barbante<br />

(2) Roda morta; folheto guenzo<br />

(3) Como puro alto-falante<br />

(4) Perto/distante<br />

Ali/espaço mágico<br />

Franzino/gigante<br />

(5) Cochichavam-me em segredo<br />

A ordem correta é:<br />

A) 1, 2, 3, 4, 5<br />

B) 5, 2, 3, 1, 4<br />

C) 3, 1, 4, 5, 2<br />

D) 2, 1, 3, 4, 5<br />

E) 2, 4, 5, 3, 1<br />

2ª COLUNA<br />

( ) Pleonasmo<br />

( ) Metáfora<br />

( ) Comparação<br />

( ) Metonímia<br />

( ) Antítese


QUESTÃO 15<br />

Considere o seguinte texto:<br />

SOBRE ARTES E ARTISTAS<br />

"Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o<br />

nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens<br />

que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as<br />

formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns<br />

compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes;<br />

eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica<br />

ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que<br />

conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas<br />

muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com<br />

A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo<br />

passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos<br />

esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer<br />

pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E<br />

podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja<br />

contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de<br />

que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade,<br />

não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar<br />

de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma<br />

paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um<br />

retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso.<br />

(...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna<br />

parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as<br />

costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não<br />

gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o<br />

nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga<br />

um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas<br />

para não se gostar de uma obra de arte."<br />

E. H. Gombrich<br />

Dadas as afirmações:<br />

I - Respeitados os fatores tempo e espaço, e dependendo do<br />

material com que são confeccionadas, as diferentes e diversas<br />

obras elaboradas pelo homem são "arte".<br />

II - Caso se releve a amplitude de significado da palavra "arte", o<br />

resultado de atividades muito diferentes, independentemente da<br />

época em que foram desenvolvidas, pode ser arte.<br />

III - As obras de hoje, comparadas com as de antigamente, têm<br />

significados bem diferentes, por serem confeccionadas com<br />

material mais sofisticado e por atenderem a outras finalidades.<br />

Inferimos, de acordo com o texto. que:<br />

A) Todas são corretas.<br />

B) Apenas a afirmação I é correta.<br />

C) Apenas a afirmação II é correta.<br />

D) Apenas a afirmação III é correta.<br />

E) Todas são incorretas.<br />

QUESTÃO 16<br />

Considere o seguinte texto:<br />

Canção<br />

Pus o meu sonho num navio<br />

e o navio em cima do mar;<br />

- depois, abri o mar com as mãos<br />

para o meu sonho naufragar<br />

Minhas mãos ainda estão molhadas<br />

do azul das ondas entreabertas<br />

e a cor que escorre dos meus dedos<br />

colore as areias desertas.<br />

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6<br />

O vento vem vindo de longe,<br />

a noite se curva de frio;<br />

debaixo da água vai morrendo<br />

meu sonho, dentro de um navio...<br />

Chorarei quanto for preciso,<br />

para fazer com que o mar cresça,<br />

e o meu navio chegue ao fundo<br />

e o meu sonho desapareça.<br />

Depois, tudo estará perfeito;<br />

praia lisa, águas ordenadas,<br />

meus olhos secos como pedras<br />

e as minhas duas mãos quebradas<br />

2012<br />

Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você<br />

tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas<br />

figuras. Observe:<br />

I. "Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas<br />

entreabertas" .................... sinestesia<br />

II. "e a cor que escorre dos meus dedos" .....metonímia<br />

III. "o vento vem vindo de longe" .... aliteração<br />

IV. "a noite se curva de frio" ............ personificação<br />

V. "e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça"<br />

........ polissíndeto<br />

Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se<br />

afirmar que<br />

A) apenas I, II e III estão corretas.<br />

B) apenas I, III e IV estão corretas.<br />

C) apenas II está incorreta.<br />

D) apenas I, IV e V estão corretas.<br />

E) todas estão corretas.<br />

QUESTÃO 17<br />

Leia o texto a seguir:<br />

"O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou<br />

restituir-se, por sua própria força, contanto que o faça logo." Ao<br />

trazer a discussão para o campo jurídico, o antigo magistrado<br />

tentou amenizar o que dissera; a rigor, no entanto, suscitou<br />

dúvidas cruéis; que quer dizer "por sua própria força?" Será a<br />

força física do posseiro, ou essa mais aquela que a ela se soma<br />

pelo emprego das armas? O parágrafo único do Código Civil<br />

admite dúvidas: "Os atos de defesa, ou de desforço, não podem<br />

ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse".<br />

Se o invasor vem armado, o posseiro pode usar armas? Se o<br />

invasor é plural, vem em bandos, o posseiro pode contar com a<br />

ajuda de amigos ou contratar seguranças (ou até jagunços) para<br />

defender o que é seu?” –<br />

(O Estado de S. Paulo, 04/06/94, A 3)<br />

A formulação de uma série de perguntas<br />

A) intenta destacar as contradições do texto legal.<br />

B) visa a pôr o leitor em dúvida sobre a exatidão da citação.<br />

C) pretende representar as inquietações infundadas do<br />

editorialista.<br />

D) procura chamar a atenção para a injustiça do texto legal.<br />

E) busca desacreditar o argumento representado pela citação da<br />

lei.<br />

QUESTÃO 18<br />

A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White (1904-71),<br />

apresenta desempregados na fila de alimentos durante a Grande<br />

Depressão, que se iniciou em 1929. STRICKLAND, Carol;<br />

BOSWELL, John. Arte Comentada: da pré-história ao pósmoderno.<br />

Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.].


Além da preocupação com a perfeita composição, a artista,<br />

nessa foto, revela<br />

A) a capacidade de organização do operariado.<br />

B) a esperança de um futuro melhor para negros.<br />

C) a possibilidade de ascensão social universal.<br />

D) as contradições da sociedade capitalista.<br />

E) o consumismo de determinadas classes sociais.<br />

QUESTÃO 19<br />

Considere os textos abaixo:<br />

Shirley Paes Leme tem no desenho a alma de sua obra. Os<br />

galhos retorcidos e enegrecidos pela fumaça são seus traços a<br />

lápis, que ela articula ora em feixes escultóricos, ora em<br />

instalações. Produz também delicados desenhos com a<br />

sinuosidade da fumaça. Para fazer a peça em homenagem à<br />

companhia de dança goiana Quasar, Shirley conta ter se<br />

inspirado na grande concentração de energia no espaço<br />

necessária para que um espetáculo de dança se realize.<br />

“A ideia da coreografia só consegue ser concretizada com<br />

movimento porque todos ficam antenados para um trabalho<br />

conjunto”, diz. A obra de Shirley tem linhas galhos que se<br />

movem em tempos diferentes, impulsionadas por motores<br />

ocultos.<br />

Território Expandido. Catálogo da Exposição em homenagem<br />

aos indicados ao Prêmio Estadão, 1999, p. 12-3 (com<br />

adaptações).<br />

Qual é a opção incorreta a respeito das relações semânticas do<br />

texto verbal?<br />

A) Mudando-se o foco da ênfase, que está na autora, “Shirley<br />

Paes Leme”, para a ênfase na obra, “desenho”, a alteração da<br />

primeira oração do texto ficaria adequada da seguinte forma:<br />

Está no desenho a alma da obra de Shirley Paes Leme.<br />

B) Na linha 5, a preposição “com” tem a função semântica<br />

introduzir uma característica para “delicados desenhos”.<br />

C) Depreende-se do emprego do conector “ora (...) ora” em “ora<br />

em feixes escultóricos, ora em instalações”, que “feixes<br />

escultóricos” se transformam em “instalações” e “instalações” se<br />

transformam em “feixes escultóricos”.<br />

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7<br />

2012<br />

D) A noção de reflexividade, ou seja, a de que agente e paciente<br />

de um verbo reportam-se ao mesmo referente, está presente<br />

tanto em “Shirley conta ter se inspirado” como em “linhas-galhos<br />

que se movem”<br />

E) O desenvolvimento do texto permite depreender o significado<br />

da palavra “linhas-galhos” a partir dos significados de galho e de<br />

linha.<br />

QUESTÃO 20<br />

Dentre as imagens abaixo, a única que não se relaciona com a<br />

obra da artista Shirley Paes Leme, levando em conta sua<br />

declaração, é:<br />

A)<br />

B)<br />

C)<br />

D)<br />

E)


QUESTÃO 21<br />

Autopsicografia<br />

O poeta é um fingidor.<br />

Finge tão completamente<br />

Que chega a fingir que é dor<br />

A dor que deveras sente.<br />

E os que lêem o que escreve,<br />

Na dor lida sentem bem,<br />

Não as duas que ele teve,<br />

Mas só a que eles não têm.<br />

E assim nas calhas de roda<br />

Gira, a entreter a razão,<br />

Esse comboio de corda<br />

Que se chama coração.<br />

Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto:<br />

Lello & Irmãos, 1975, p. 255.<br />

De acordo com o poema, é específico do processo de criação<br />

literária o fato de o poeta<br />

I. escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.<br />

II. ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.<br />

III. transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto<br />

estético.<br />

Está certo o que se afirma apenas em<br />

A) I.<br />

B) II.<br />

C) III.<br />

D) I e II.<br />

E) I e III.<br />

QUESTÃO 22<br />

Observe os dois textos a seguir:<br />

I<br />

O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de<br />

um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais,<br />

com vastos poços de ventilação no centro, cercados por<br />

balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno.<br />

Dessaverdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do<br />

mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...)<br />

Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os<br />

homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio<br />

perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é<br />

análogo a um deus.<br />

(Jorge Luís Borges, “A biblioteca de Babel”, Ficções)<br />

II<br />

Escher, Relativity Litograph - http://www.mcescher.com/<br />

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8<br />

2012<br />

O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura<br />

têm em comum<br />

A) a rejeição do irreal e o engajamento político.<br />

B) a emotividade e a negação da simetria.<br />

C) o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza.<br />

D) a vida idealizada e o sentimento do provisório.<br />

E) a fantasia intelectual e a composição geométrica.<br />

QUESTÃO 23<br />

Análise: O assassinato de um sonho<br />

"Na Copa do Mundo ora em andamento, estamos assistindo à<br />

tentativa da morte de um sonho", escreve Renato Pompeu<br />

Na Copa do Mundo ora em andamento, estamos assistindo à<br />

tentativa da morte de um sonho. Primeiro, descrevamos o sonho.<br />

O futebol não é um esporte, é um espetáculo dramático. Difere<br />

do teatro por não ser um conflito entre individualidades, mas<br />

entre instituições (em primeira instância, os times; mas, em<br />

segunda instância, o que os times simbolizam - o povão para<br />

Corinthians e Flamengo, os esquerdistas para o Roma, a<br />

Catalunha para o Barcelona, os católicos para o Celtics de<br />

Glasgow, Escócia). Difere também do teatro porque o enredo, a<br />

trama, não está determinada de antemão, nem é conhecida dos<br />

próprios "atores", os jogadores, que vão criando as peripécias a<br />

cada jogada.<br />

O futebol partilha esse caráter de teatro de massas com outros<br />

esportes com bola, como o basquete e o voleibol. Mas ele se<br />

distingue de todos os outros esportes com bola, inclusive os<br />

outros futebóis, como o futebol americano e o rugby, por acionar<br />

primordialmente o pé. Por coincidência, o futebol surgiu na<br />

mesma época da revolução industrial, em que pela primeira vez<br />

na história as grandes massas passaram a trabalhar com os pés<br />

imobilizados, ou de pé diante da máquina, ou sentadas em<br />

escritórios. Tendo assim as mãos superexigidas e os pés<br />

imobilizados, as grandes massas reconheceram sua liberdade<br />

numa atividade em que as mãos repousam e os pés são ativos e<br />

criativos.<br />

Em outros aspectos, o futebol também incorpora o grande sonho<br />

das populações da sociedade contemporânea. Nele, direitos e<br />

deveres são iguais, independente de etnia ou origem social ou<br />

credo religioso e filosófico, a justiça pune a violência e há a livre<br />

circulação das pessoas (ao contrário do tênis, do voleibol e do<br />

beisebol). O amor pelo futebol é a celebração de um ritual que<br />

prefigura a sociedade desejada pela esmagadora maioria, com<br />

liberdade, igualdade e fraternidade - e com o trabalho substituído<br />

pela arte.<br />

(Renato Pompeu in 09/06/2006 in<br />

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/especiais/copadomu<br />

ndo/news_item.2006-06-09.5466209553)<br />

Segundo o autor do texto, o amor pelo futebol representa:<br />

A) O trabalho não mais feito com as mãos, mas agora com os<br />

pés, servindo como descanso ao trabalhador após as longas<br />

jornadas de trabalho.<br />

B) O teatro, com a diferença que no futebol o final é imprevisível<br />

aos próprios atores.<br />

C) Um ritual religioso fundamental para a integração da<br />

sociedade atual, se apresentando como arte.<br />

D) Simboliza, ainda que inconscientemente, o desejo de uma<br />

sociedade justa, antecipando assim um anseio coletivo<br />

contemporâneo de menos trabalho e mais arte.<br />

E) Representa a Igualdade do lema Iluminista, sendo um lugar<br />

em que não há diferenças étnicas, culturais ou sociais, dentro e<br />

fora de campo.


TEXTO PARA AS QUESTÕES 24 E 25<br />

ESCOLA DO CRIME<br />

O ranking nacional de aprendizado dos alunos em português e<br />

matemática, divulgado neste mês, é uma das explicações para o<br />

poderio do PCC. A cidade de São Paulo demonstrou, nessa<br />

prova, pior desempenho do que quase todas as capitais. Ruins<br />

na média, os índices das escolas paulistanas são especialmente<br />

devastadores na periferia, ajudando a formar multidões de<br />

jovens que, pela baixa qualificação, não conseguem se colocar<br />

no mercado de trabalho - e, assim, se seduzem pelas ofertas do<br />

crime organizado.<br />

Para entender o poder de arregimentação do PCC, é preciso,<br />

antes de mais nada, prestar atenção à informação levantada<br />

pela Fundação Seade: 65% da população entre 15 e 19 anos<br />

mora na periferia, onde faltam os mais diversos serviços<br />

públicos, a começar do policiamento. Esse grupo terá poucas<br />

condições de usufruir de uma educação de qualidade, capaz de<br />

levá-los a se inserir na sociedade. O caminho mais provável,<br />

para muitos, é a evasão.<br />

A taxa de desemprego juvenil em vários bairros da periferia,<br />

de acordo com o Dieese, chega a 70% - a média para todas as<br />

idades gira em torno de 16%. Apenas na cidade, cerca de 500<br />

mil pessoas entre 15 e 24 anos, o suficiente para lotar cerca de<br />

oito estádios do Morumbi, nem estudam nem trabalham.<br />

O quadro se agrava ainda mais quando se contabilizam os<br />

números de toda a região metropolitana, foco de arregimentação<br />

do PCC - e, aí, se chega a perto de um milhão de jovens, entre<br />

15 e 24 anos, que não fazem nada e, pela baixa escolaridade,<br />

não têm perspectivas profissionais.<br />

Para muitos desses jovens, o caminho para o crime<br />

organizado - inclusive o PCC - é quase uma linha reta,<br />

começando dos problemas familiares. [...] Esses jovens, sem<br />

perspectiva, rejeitados pela escola e pela família, acabam<br />

encontrando na gangue uma dupla satisfação: fonte de renda e<br />

de auto-estima. A gangue passa a ser a família que eles não<br />

tiveram e o escudo para que sejam respeitados e temidos.<br />

Como eles se sentem com pouco a perder e precisam dar<br />

uma demonstração de coragem e de solidariedade com o grupo,<br />

ficam expostos e acabam indo para a cadeia. A essa altura já<br />

sabem, há muito tempo, que conseguem ganhar, em um dia na<br />

criminalidade, o que não fariam em um mês honestamente - e, a<br />

essa altura, já ficaram insensíveis à violência.<br />

Quando chegam à prisão, são seres disciplinados e treinados<br />

para obedecer às ordens do crime organizado. Sabem que,<br />

nesse ambiente, a pena de morte faz parte de um código de<br />

honra. Não pagar dívida, por exemplo, é um deslize tido como,<br />

literalmente, mortal. Ao sair da cadeia, eles sabem que a<br />

desobediência é uma falta grave - e, além do mais, não teriam<br />

mesmo onde conseguir ganhar dinheiro fora da delinquência.<br />

A abundância de jovens sem perspectivas facilita a<br />

arregimentação do PCC; o treino e a disciplina deles ajudam na<br />

organização e nas ações arriscadas capazes de parar uma das<br />

maiores cidades do mundo.<br />

(DIMENSTEIN, Gilberto. "Folha de S. Paulo", 14 jul. 2006.)<br />

QUESTÃO 24<br />

Tomando como base as relações de causalidade que Dimenstein<br />

apresenta no texto, numere a coluna II com base na informação<br />

da coluna I.<br />

COLUNA I<br />

1. Causa direta do sucesso do PCC<br />

2. Causa indireta do sucesso do PCC<br />

3. Fator não relacionado ao sucesso do PCC<br />

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9<br />

2012<br />

COLUNA II<br />

( ) Baixo rendimento escolar dos jovens residentes nos bairros<br />

periféricos de São Paulo.<br />

( ) Taxa de desemprego da população dos bairros paulistas,<br />

em torno de 16%.<br />

( ) Contribuição das gangues para a subsistência e a autoestima<br />

dos jovens.<br />

( ) Existência de cerca de um milhão de jovens desempregados<br />

e com baixa escolaridade na região metropolitana de São Paulo.<br />

( ) Deficiência dos serviços públicos e falta de policiamento na<br />

periferia de São Paulo.<br />

( ) Disciplina rígida para os integrantes da facção, tanto dentro<br />

quanto fora das penitenciárias.<br />

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da<br />

coluna II, de cima para baixo.<br />

A) 1 - 2 - 3 - 2 - 1 - 2.<br />

B) 3 - 1 - 2 - 1 - 1 - 1.<br />

C) 2 - 3 - 1 - 2 - 2 - 1.<br />

D) 2 - 2 - 2 - 1 - 3 - 3.<br />

E) 1 - 1 - 2 - 1 - 3 - 2.<br />

QUESTÃO 25<br />

Segundo o autor do texto, as prisões:<br />

A) enfraquecem o crime organizado, ao reduzir o número de<br />

integrantes das facções disponíveis para executar as ações<br />

planejadas.<br />

B) são espaços de treinamento e disciplina, que garantem a<br />

fidelidade de ex-presidiários às facções criminosas.<br />

C) dificultam as ações dos grupos criminosos, devido à<br />

precariedade da comunicação dentro dos presídios.<br />

D) são ocupadas apenas pelos criminosos mais jovens e<br />

inexperientes, que se expõem durante as ações das gangues.<br />

E) possibilitam a proteção de integrantes das facções<br />

ameaçados de morte por transgredir o código de honra do grupo.<br />

QUESTÃO 26<br />

Observe a charge de Angeli:<br />

Sobre o texto de Dimenstein e a charge de Angeli, é correto<br />

afirmar:<br />

A) Ao contrário de Angeli, Dimenstein não acredita no poder de<br />

formação para a criminalidade que as instituições que trabalham<br />

com infratores exercem sobre os jovens.<br />

B) Os autores apontam saídas para o problema do crime<br />

organizado.<br />

C) Os dois autores utilizam a ironia como recurso para<br />

sensibilizar os leitores.<br />

D) Para Angeli, as rebeliões em instituições para menores<br />

infratores ocorrem por imitação de ações semelhantes nas<br />

penitenciárias.<br />

E) Para Angeli, a reclusão de menores infratores contribui para<br />

sua ressocialização.


QUESTÃO 27<br />

Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte<br />

chamada: "Queima total de seminovos". A mesma estratégia foi<br />

utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que<br />

se podia ler: "Grande queima de colchões".<br />

Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado<br />

afirmar que<br />

A) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido<br />

estritamente literal.<br />

B) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu<br />

sentido estritamente literal.<br />

C) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela<br />

associação com o contexto.<br />

D) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas<br />

pelas regras gramaticais.<br />

E) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido<br />

porque é incoerente.<br />

QUESTÃO 28<br />

Na frase "a juventude francesa parece ter envelhecido" tem-se<br />

um exemplo de:<br />

A) metáfora<br />

B) personificação<br />

C) hipérbole<br />

D) metonímia<br />

E) eufemismo<br />

QUESTÃO 29<br />

(Ele)<br />

Vai chover de novo,<br />

deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,<br />

E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,<br />

mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,<br />

Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,<br />

Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à<br />

tempestade<br />

(Ela)<br />

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?<br />

Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?<br />

Cadê aquela outra mulher?<br />

Você me parecia tão bem,<br />

A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,<br />

Quem foi que te ensinou a rezar?<br />

Que santo vai brigar por você ?<br />

Que povo aprova o que você fez?<br />

Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,<br />

Não há porque chorar por um amor que já morreu,<br />

Deixa pra lá, eu vou, adeus.<br />

Meu coração já se cansou de falsidadeA leitura da canção acima<br />

revela que a língua enquanto código pode ser usada com<br />

diferentes finalidades. Esta canção revela como diferentes<br />

funções da linguagem podem estar presentes em uma<br />

mensagem, compondo-a. Verifica-se como preponderantes para<br />

a construção do sentido do texto as<br />

A) Função fática e metalinguística<br />

B) Função poética e metalinguística<br />

C) Função poética, emotiva e apelativa<br />

D) Função poética, metalinguística e emotiva<br />

E) Função emotiva e apelativa<br />

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Santa Chuva – Marcelo Camelo<br />

10<br />

QUESTÃO 30<br />

2012<br />

Santa Chuva faz referência a uma temática muito presente nas<br />

canções brasileiras. A ruptura amorosa deixa marcas<br />

expressadas por eu-líricos por vezes confusos, ambíguos e<br />

ressentidos. Na canção Trocando em miúdos, de Chico Buarque<br />

de Holanda, tal temática reaparece:<br />

Trocando em Miúdos<br />

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim<br />

Não me valeu<br />

Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!<br />

O resto é seu<br />

Trocando em miúdos, pode guardar<br />

As sobras de tudo que chamam lar<br />

As sombras de tudo que fomos nós<br />

As marcas de amor nos nossos lençóis<br />

As nossas melhores lembranças<br />

Aquela esperança de tudo se ajeitar<br />

Pode esquecer<br />

Aquela aliança, você pode empenhar<br />

Ou derreter<br />

Mas devo dizer que não vou lhe dar<br />

O enorme prazer de me ver chorar<br />

Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago<br />

Meu peito tão dilacerado<br />

Aliás<br />

Aceite uma ajuda do seu futuro amor<br />

Pro aluguel<br />

Devolva o Neruda que você me tomou<br />

E nunca leu<br />

Eu bato o portão sem fazer alarde<br />

Eu levo a carteira de identidade<br />

Uma saideira, muita saudade<br />

E a leve impressão de que já vou tarde.<br />

Chico Buarque<br />

Em ambas as canções, o ressentimento pode ser evidenciado<br />

em alguns momentos, como<br />

A) Vai chover de novo, deu na tv que o povo já se cansou de<br />

tanto o céu desabar, na primeira e Trocando em miúdos, pode<br />

guardar/ As sobras de tudo que chamam lar, na segunda.<br />

B) Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar, Não faz<br />

assim, não vá pra lá, na primeira e Mas devo dizer que não vou<br />

lhe dar, O enorme prazer de me ver chorar, na segunda.<br />

C) Que povo aprova o que você fez? Devolve aquela minha tv<br />

que eu vou de vez, na primeira e Devolva o Neruda que você me<br />

tomou/E nunca leu, na segunda.<br />

D) Deixa pra lá, eu vou, adeus. Meu coração já se cansou de<br />

falsidade, na primeira e Uma saideira, muita saudade, na<br />

segunda.<br />

E) A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,<br />

na primeira e Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a<br />

carteira de identidade, na segunda.<br />

QUESTÃO 31<br />

Jorge Amado é um homem de seu tempo, não vence as<br />

limitações culturais de seu momento histórico e não escapa da<br />

lógica racionalista imposta por sua filosofia comunista. Entre<br />

seguir seu instinto estético e corresponder à sua ética comunista,<br />

o autor escolhe a segunda opção, que, em uma análise livre,<br />

ajuda sua obra a circular em todo o mundo, mas limita o alcance<br />

artístico dela.<br />

Pedro Matias. Literatura, Nº44. Ed. Escala Educacional


O mesmo tipo de conflito pode ser observado no quadro abaixo:<br />

A) A Morte de Marat, Jaques-Louis David, 1793<br />

B) Monalisa, Leonardo da Vinci, 1503-1506<br />

C) Les demoiselles d'Avignon, Picasso, 1907<br />

D) A persistência da memória, Salvador Dali, 1931<br />

E) Composição VII, Wassily Kandinski, 1913<br />

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11<br />

QUESTÃO 32<br />

O novo boca a boca<br />

2012<br />

Tomara que não seja verdade, porque, se for, os críticos,<br />

comentaristas, os chamados formadores de opinião, todos<br />

corremos o risco de perder nossa razão de ser e nossos<br />

empregos. Há uma nova ameaça à vista.<br />

Dizem que a Internet será em breve, já está sendo, o boca a<br />

boca de milhões de pessoas, isto é, vai substituir aquele<br />

processo usado tradicionalmente para recomendar um filme,<br />

uma peça, um livro e até um candidato. Não mais a orientação<br />

transmitida pela imprensa e nem mesmo as dicas dadas<br />

pessoalmente – tudo seria feito virtualmente pelos mecanismos<br />

de mobilização da rede.<br />

VENTURA, Z. O Globo, 19 set. 2009 (fragmento).<br />

Segundo o texto, a Internet apresenta a possibilidade de<br />

modificar as relações sociais na medida em que estabelece<br />

novos meios de realizar atividades cotidianas.<br />

A preocupação do autor acerca do desaparecimento de<br />

determinadas profissões deve-se<br />

A) às habilidades necessárias a um bom comunicador, que<br />

podem ser comprometidas por problemas pessoais.<br />

B) à confiabilidade das informações transmitidas pelos<br />

internautas, que superam as informações jornalísticas.<br />

C) ao número de pessoas conectadas à Internet, à rapidez e à<br />

facilidade com que a informação acontece.<br />

D) aos boatos que atingem milhões de pessoas, levando a<br />

população a desacreditar nos formadores de opinião.<br />

E) aos computadores serem mais eficazes que os profissionais<br />

da escrita para informar a sociedade.<br />

QUESTÃO 33<br />

Considerando a relação entre os usos oral e escrito, tratada no<br />

texto, verifica-se que<br />

A) modifica as ideias e intenções daqueles que tiveram seus<br />

textos registrados por outros.<br />

B) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência<br />

de ideias ao longo do tempo.<br />

C) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade.<br />

D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados<br />

por meio da oralidade.<br />

E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.


QUESTÃO 34<br />

“Quando digo que Alencar e Machado são o romance<br />

brasileiro, não o faço tão somente para exaltar a grandeza do<br />

criador de Iracema ou a grandeza do criador de Capitu.<br />

Faço-o, sobretudo para ressaltar a oposição existente entre<br />

essas duas grandezas, ambas, no entanto, autênticas e<br />

fundamentais em nossa história literária. (...) [Alencar] é a<br />

força do povo, bravia, descontrolada, enchente e enxurrada,<br />

árvore nunca podada, jequitibá gigante, floresta enredada de<br />

cipós, grávida de cores violetas, rumorosa de vozes de<br />

pássaros, espalhando-se sem fronteiras como um rio em cheia,<br />

banhada de suor e de luar, de ‘verdes mares bravios de nossa<br />

terra natal’, excessiva e deslumbrante. (...) [Machado] é a<br />

qualidade literária conquistada dia a dia, palmo a palmo, é feito<br />

de meia-luz e de meia-sombra. (...) Nele tudo é medido, num<br />

cálculo sábio e preciso, cada coisa em seu lugar, a voz não se<br />

altera em gritos. (...) Mais próximo do ceticismo do que da<br />

confiança no homem, mais do pessimismo que do otimismo,<br />

mais da pena bem aparada e da tinta do que do sangue aos<br />

borbotões, bosque bem cultivado. (...) Se numerosa é a<br />

descendência de Alencar, não tem ele praticamente<br />

imitadores, como se os romancistas que compõem esta<br />

vertente de nosso romance recebessem do mestre apenas<br />

indicação de um caminho. Enquanto a maioria dos descendentes<br />

de Machado – com evidentes e importantes exceções – são<br />

seus imitadores, copiando do mestre não apenas a posição ante<br />

a vida transposta para a arte mas também os cacoetes e os<br />

modismos. É que Alencar nos lega a vida, e a vida vivese,<br />

não se imita, enquanto Machado nos lega a literatura, a<br />

perfeição artística que invejamos e tentamos imitar. (...)<br />

Quanto a mim, sou um rebento da família de Alencar”<br />

Trecho do discurso de posse de Jorge Amado na Academia<br />

Brasileira de Letras. Revista EntreLivros, nº 16, p.31<br />

Sobre as ideias expressas no texto, é correto afirmar que, na<br />

opinião de Jorge Amado,<br />

A) José de Alencar é melhor escritor do que Machado de<br />

Assis.<br />

B) José de Alencar e Machado de Assis são os únicos bons<br />

escritores da literatura brasileira.<br />

C) José de Alencar e Machado de Assis são escritores que<br />

ainda não tiveram o merecido reconhecimento.<br />

D) José de Alencar e Machado de Assis são os escritores mais<br />

representativos do romance<br />

brasileiro.<br />

E) Machado de Assis se diferencia de José de Alencar<br />

principalmente porque sua obra tem mais qualidade literária.<br />

QUESTÃO 35<br />

Considere o poema concreto abaixo (intitulado “Código”,<br />

composto por Augusto de Campos, em 1973).<br />

Assinale a alternativa que apresenta a função de linguagem<br />

predominante em tal texto:<br />

A) função metalinguística<br />

B) função referencial<br />

C) função poética<br />

D) função fática<br />

E) função apelativa<br />

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12<br />

QUESTÃO 36<br />

2012<br />

Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm<br />

duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra<br />

no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as<br />

mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em<br />

um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens,<br />

é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se<br />

ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias,<br />

e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras<br />

mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador. Um dia,<br />

estando a cuidar nestas coisas, considerei que, para o fim de<br />

alumiar um pouco o entendimento, tinha consumido os meus<br />

longos anos, e, aliás, nada chegaria a valer sem a existência de<br />

outros homens que me vissem e honrassem; então cogitei se<br />

não haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais<br />

trabalhos, e esse dia posso agora dizer que foi o da regeneração<br />

dos homens, pois me deu a doutrina salvadora.<br />

(Machado de Assis, O segredo do bonzo)<br />

No texto, ao afirmar "então cogitei se não haveria um modo de<br />

obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos", a personagem:<br />

(A) expressa a intenção de divulgar seus conhecimentos,<br />

aproximando-se dos outros homens.<br />

(B) procura convencer o leitor a poupar esforços na busca do<br />

conhecimento.<br />

(C) demonstra que a virtude e o saber exigem muito trabalho dos<br />

homens.<br />

(D) resume no conceito da doutrina salvadora, desenvolvida no<br />

parágrafo.<br />

(E) exprime a ideia de que a admiração dos outros é mais<br />

importante do que o conhecimento em si.<br />

QUESTÃO 37<br />

Considere o seguinte poema:<br />

O mundo é grande<br />

O mundo é grande e cabe<br />

nesta janela sobre o mar.<br />

O mar é grande e cabe<br />

na cama e no colchão de amar.<br />

O amor é grande e cabe<br />

no breve espaço de beijar.<br />

(Carlos Drummond de Andrade in “Amar se Aprende<br />

Amando”)<br />

Avalie as assertivas e assinale a alternativa adequada:<br />

I - O autor escreveu o poema de modo a estabelecer certa<br />

regularidade na alternância. Por isso, alternam-se versos de 6<br />

sílabas (versos ímpares) e de 8 sílabas (versos pares).<br />

II – O esquema rímico é ABABABA<br />

III – O esquema rímico tem uma regularidade condizente com a<br />

métrica. Logo, versos ímpares rimam entre si e os pares, por sua<br />

vez, rimam entre eles<br />

IV – Em pelo menos duas das ocorrências no poema a<br />

conjunção ‘e’ tem sentido adversativo<br />

V – A gradação presente no texto segue um percurso<br />

predominantemente particularizador<br />

Está correto o que se afirma em:<br />

(A) I a III<br />

(B) I, III, IV e V<br />

(C) II a V<br />

(D) III e V<br />

(E) I, III e IV


QUESTÃO 38<br />

Considere a imagem abaixo (um poema imagético):<br />

Soneto do apartheid<br />

Obs: Apartheid ("vida separada") é uma palavra de origem<br />

africana, indica uma política de segregação racial segundo a<br />

qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram<br />

obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras<br />

que os impediam de ser verdadeiros cidadãos.<br />

Com base no poema imagético proposto acima, considere as<br />

seguintes afirmações:<br />

I – Há uma relação direta entre a classificação, como forma fixa,<br />

(indicada no título do trabalho, abaixo) e o número de “linhas”<br />

representadas<br />

II – Há uma relação sugerida entre o título e o modo como as<br />

“linhas” do texto foram representadas (com farpas)<br />

III – Apesar da regularidade em que as farpas estão<br />

posicionadas, elas não podem significar nada para o poema<br />

sugerido<br />

A) Todas são verdadeiras<br />

B) são verdadeiras II e III<br />

C) são verdadeiras I e II<br />

D) são verdadeiras I e III<br />

E) é verdadeira apenas a II<br />

QUESTÃO 39<br />

Analise a imagem abaixo conforme as discussões efetuadas em<br />

aula. Após isso, com base nos dados adicionais, assinale a<br />

alternativa adequada:<br />

Vladimir Kush<br />

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13<br />

2012<br />

Dados adicionais: Segundo o Houaiss, ambiguidade significa<br />

uma duplicidade ou multiplicidade de significados; hesitação<br />

entre duas ou mais possíveis interpretações para um termo ou<br />

enunciado. Além disso, pode-se dizer que há casos em que a<br />

ambiguidade é involuntária (funcionando, portanto, como um<br />

ruído na comunicação) e casos em que a ambiguidade é<br />

intencional. Ou seja, funcionando como um recurso expressivo<br />

(por vezes chamada, nesse caso, de ambivalência).<br />

Considere as assertivas e assinale a alternativa adequada:<br />

I – Associando-se a imagem aos conceitos de denotação e<br />

conotação (e considerando-se a faca e as sementes), pode-se<br />

dizer que: a maçã é conotativa e a borboleta é denotativa;<br />

II – É possível interpretar metaforicamente as imagens sugeridas<br />

na pintura: faca como sugestão de corte e asas como sugestão<br />

de liberdade. Além disso, pode-se vislumbrar uma certa antítese<br />

entre morte (corte da maçã) e vida (o bicho na faca e a borboleta<br />

na maçã);<br />

III – O modo como o pintor trabalhou o tema possibilita associar<br />

o seu trabalho ao conceito de ambiguidade/ambivalência. Nesse<br />

modo, o `bicho` na faca poderia ser interpretado como uma larva<br />

(bicho da maçã) ou uma lagarta (que viraria uma borboleta);<br />

Está correto apenas o que se afirma em:<br />

A) I<br />

B) I e III<br />

C) II e III<br />

D) I, II e III<br />

E) III<br />

QUESTÃO 40<br />

Leia:<br />

“De tudo ao meu amor serei atento<br />

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,<br />

Que mesmo em face do maior encanto<br />

Dele se encante mais meu pensamento.”<br />

(Vinicius de Moraes)<br />

A repetição da conjunção “e” constitui uma figura de linguagem<br />

que chamamos:<br />

A) polissíndeto<br />

B) paradoxo<br />

C) hipérbato<br />

D) eufemismo<br />

E) catacrese<br />

QUESTÃO 41<br />

Você habitualmente usa e reconhece vários níveis de linguagem,<br />

associados a diferentes falantes, estilos ou contextos. Você sabe<br />

também que às vezes o falante utiliza um estilo que não é o seu,<br />

para produzir efeitos específicos, que é o que faz o maestro Júlio<br />

Medaglia na carta a seguir dirigida a Erundina (que na época era<br />

a prefeita de São Paulo):<br />

MASSA!<br />

Pô Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome<br />

num pedaço aqui na Sampa, quem sabe tu te anima e acha aí<br />

um point pra botá o nome de Magdalena Tagliaferro, Cláudio<br />

Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes,<br />

João de Souza Lima, Armando Belardi e Radamés Gnattali.<br />

Esses caras não foi cruner de banda a la .Trogloditas do<br />

Sucesso., mas se a tua moçada não manjar quem eles foi dá um<br />

look aí na Enciclopédia Britânica ou no Groves International e tu<br />

vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles.. –<br />

(Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do Rio de Janeiro -<br />

(Painel do Leitor, Folha de São Paulo, 04.10.90))


Avalie as assertivas abaixo:<br />

I – O grupo social cuja forma de expressão verbal-oral foi imitado<br />

pelo maestro Júlio Medaglia pode ser identificado como sendo,<br />

do ponto de vista da faixa etária, constituído por jovens e<br />

adolescentes da época contemporânea (séculos XX-XXI);<br />

II – O maestro optou por tal jargão (modo de expressão<br />

característico de um certo grupo) como forma de criticar atitudes<br />

administrativas e políticas das quais discorda veementemente;<br />

III – O grupo social cuja forma de expressão verbal-oral foi<br />

imitado pelo maestro Júlio Medaglia pode ser identificado como<br />

sendo, do ponto de vista da localização geográfica, de provável<br />

população de área rural e interiorana;<br />

IV – Os nomes mencionados pelo remetente em sua carta<br />

tiveram participação importante no campo das artes plásticas;<br />

V – Na carta, o leitor atento pode localizar uma crítica<br />

(intencional) implícita à destinatária e uma crítica (subentendida)<br />

a alguns representantes da música pop mencionados;<br />

Está correto apenas o que se afirma em:<br />

A) I, III e IV<br />

B) I, III e V<br />

C) II e IV<br />

D) I, II e V<br />

E) IV e V<br />

QUESTÃO 42<br />

Um dia, o Simão me chamou: – “Vem ver. Olha ali”. Era uma<br />

mulher, atarracada, descalçada, que subia o caminho do morro.<br />

(Diante do Sanatorinho havia um morro. Os doentes em bom<br />

estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembrome<br />

de que, de repente, a mulher parou e acenou para o<br />

Sanatorinho. Não sei quantas janelas retribuíram. E o curioso é<br />

que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – “É minha! Vi<br />

primeiro!”.<br />

Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Mas o<br />

Simão era um assassino. Como ele próprio dizia, sem ódio,<br />

quase com ternura, “matei um”. E o crime pretérito intimidava os<br />

demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de<br />

dentes, as chinelas, um revólver. Naquela mesma tarde, foi para<br />

a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram na porteira.<br />

Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um<br />

encontro, na manhã seguinte, no alto do morro.<br />

A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver. Simão estava<br />

possesso: – “Dez anos!”, e repetia, quase chorando: – “Dez anos<br />

não são dez dias!”. Campos do Jordão estava cheio de casos<br />

parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas<br />

formas de tuberculose. Eu conheci vários que haviam<br />

completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio<br />

Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu<br />

desejo.<br />

Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (…) Havia uma<br />

tosse da madrugada e uma tosse da manhã. Eu me lembro<br />

daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e<br />

retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o<br />

Sanatorinho sabia que, no alto do morro, o Simão ia ver a tal<br />

mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a<br />

ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e<br />

varandas retribuíram. Uma hora depois, volta o Simão. Foi<br />

cercado, envolvido: – “Que tal?”. Tinha uma luz forte no olhar: –<br />

“Tem amanhã outra vez”. Durante todo o dia, ele quase não<br />

saiu da cama: – sonhava. Às seis, seis e pouco, um médico<br />

entra na enfermaria. Falou pra todos: – “Vocês não se metam<br />

com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de<br />

manhã, subiu a ladeira. É leprosa”. Ninguém disse nada. O<br />

próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos, quieto.<br />

Depois, levantou-se. No meio da enfermaria, como se desafiasse<br />

os outros, disse duas vezes: – “Eu não me arrependo, eu não me<br />

arrependo”.<br />

(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 1993, p. 132-3.)<br />

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14<br />

A partir da convenção seguinte:<br />

I. Animização<br />

II. Metáfora<br />

III. Metonímia<br />

IV. Silepse<br />

2012<br />

Preencha os parênteses com a adequada classificação das<br />

figuras de linguagem:<br />

( ) “… e todas as janelas e varandas retribuíram.”<br />

( ) “Campos do Jordão estava cheio de casos parecidos.”<br />

( ) “… Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado.”<br />

A sequência correta encontra-se em<br />

A) I, III, II.<br />

B) I, IV, II.<br />

C) II, III, II.<br />

D) III, IV, II.<br />

E) III, IV, III.<br />

QUESTÃO 43<br />

Considere o poema a seguir:<br />

Chega!<br />

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.<br />

Minha boca procura a "Canção do Exílio".<br />

Como era mesmo a "Canção do Exílio"?<br />

Eu tão esquecido de minha terra...<br />

Ai terra que tem palmeiras<br />

onde canta o sabiá!<br />

(Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia",<br />

ALGUMA POESIA)<br />

Neste excerto, a citação e a presença de trechos..............<br />

constituem um caso de..............<br />

Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser<br />

preenchidos, respectivamente, com o que está em:<br />

A) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto.<br />

B) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia.<br />

C) do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade.<br />

D) da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia.<br />

E) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem.<br />

QUESTÃO 44<br />

Considere o texto lírico abaixo (letra de uma música da banda<br />

brasileira Mutantes) e, conforme a linguagem utilizada pelo<br />

artista avalie as assertivas e assinale a alternativa correta:<br />

Vamos embora companheiro, vamos<br />

Eles estão por fora do que eu sinto por você<br />

Me dê sua pata peluda, vamos passear<br />

Sentindo o cheiro da rua<br />

Me lamba o rosto, meu querido, lamba<br />

E diga que também você me ama<br />

Eu quero ver seu rabo abanando<br />

Vamos ficar sem coleira<br />

Vamos ter cinco lindos cachorrinhos<br />

Até que a morte nos separe, meu amor!<br />

Assertivas:<br />

I – O artista valeu-se da prosopopeia. Tal figura de linguagem se<br />

caracteriza pela atribuição de características de ser vivo a um<br />

ser inanimado ou pela atribuição de uma característica humana a<br />

um ser irracional;<br />

II – Faltam ao texto acima coerência (sentido) e coesão (conexão<br />

entre suas partes). Isso ocorre porque o texto está construído a<br />

partir de metáforas;<br />

III – O eu-lírico foi caracterizado como uma cadela que dialoga<br />

com um cachorro e propõe a ele um relacionamento amorososexual<br />

gerador de prole;


Está correto apenas o que se afirma em:<br />

A) I e II<br />

B) II e III<br />

C) II<br />

D) III<br />

E) I e III<br />

QUESTÃO 45<br />

Considere o seguinte poema:<br />

O capoeira<br />

— Qué apanhá sordado?<br />

— O quê?<br />

— Qué apanhá?<br />

Pernas e cabeças na calçada.<br />

Assinale a alternativa em que não se lê uma característica<br />

presente no texto acima:<br />

A) oralidade<br />

B) velocidade fotográfica<br />

C) crítica social<br />

D) humor<br />

E) regionalismo pitoresco<br />

Questões de 46 a 90<br />

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS<br />

MAT-FABIANO<br />

QUESTÃO 46<br />

Chama-se margem de contribuição unitária a diferença entre o<br />

preço de venda de um produto e o custo desse produto para o<br />

comerciante. Um comerciante de sapatos compra certo modelo<br />

por R$ 120,00 o par e o vende com uma margem de contribuição<br />

unitária igual a 20% do preço de venda. A margem de<br />

contribuição unitária como porcentagem do custo do produto<br />

para o comerciante é:<br />

A) 25%<br />

B) 22,5%<br />

C) 20%<br />

D) 17,5%<br />

E) 15%<br />

QUESTÃO 47<br />

O gráfico abaixo apresenta a distribuição de frequências dos<br />

salários (em reais) dos funcionários de certo departamento de<br />

uma empresa.<br />

Frequência<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

2000 4000 6000 8000 10000<br />

Salários<br />

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15<br />

2012<br />

Podemos afirmar que:<br />

A) A mediana dos salários é R$ 7.000,00.<br />

B) A soma dos salários dos 10% que menos ganham é,<br />

aproximadamente, 6,3% da soma de todos os salários.<br />

C) 35% dos funcionários ganham cada um, pelo menos, R$<br />

8.000,00.<br />

D) A soma dos salários dos 10% que mais ganham é,<br />

aproximadamente, 16,4% da soma de todos os salários.<br />

E) 35% dos funcionários ganham cada um, no máximo, R$<br />

4.000,00.<br />

QUESTÃO 48<br />

Duas companhias aéreas A e B realizam voos entre duas<br />

cidades X e Y. Sabe-se que:<br />

• a quantidade de voos realizados semanalmente pelas duas<br />

companhias é igual;<br />

• a companhia A tem uma taxa de ocupação média de 70%<br />

nesses voos;<br />

• a companhia B tem uma taxa de ocupação média de 40%<br />

nesses voos.<br />

A companhia B colocou nos jornais uma propaganda com os<br />

seguintes dizeres:<br />

“Somos a companhia que mais transporta passageiros entre as<br />

cidades X e Y.”<br />

A companhia A foi para a justiça, alegando que a afirmação era<br />

falsa e, portanto, enganava os consumidores.<br />

Dentre os argumentos a seguir, aquele que representa a melhor<br />

defesa para a companhia B é<br />

A) “nossos aviões atrasam, em média, metade das vezes que<br />

atrasam os aviões da companhia A”.<br />

B) “nossos aviões têm, em média, a metade da capacidade dos<br />

aviões da companhia A”.<br />

C) “nosso maior avião tem o dobro da capacidade do maior avião<br />

da companhia A”.<br />

D) “nossos aviões têm, em média, o dobro da capacidade dos<br />

aviões da companhia A”.<br />

E) “nossos aviões voam com o dobro da velocidade dos aviões<br />

da companhia A”.<br />

QUESTÃO 49<br />

No aniversário de 20 anos de uma escola, seu fundador fez a<br />

seguinte declaração:<br />

“Nesses 20 anos, formamos 25 alunos que hoje são professores<br />

desta casa e 30 alunos que hoje são médicos. Entretanto, em<br />

nenhum ano formamos mais do que dois desses médicos e nem<br />

mais do que três desses professores.”<br />

É correto afirmar que, certamente,<br />

A) em todos os anos formou-se pelo menos um dos professores.<br />

B) em todos os anos formou-se pelo menos um dos médicos.<br />

C) em pelo menos um ano não se formou nenhum médico e<br />

nenhum professor.<br />

D) em pelo menos um ano formou-se pelo menos um médico e<br />

pelo menos um professor.<br />

E) em pelo menos um ano formou-se pelo menos um médico e<br />

nenhum professor.<br />

QUESTÃO 50<br />

No Brasil, o 2º turno das eleições presidenciais é disputado por<br />

apenas dois candidatos. O ganhador é aquele que conquistar<br />

mais da metade dos votos válidos, isto é, mais de 50% do total<br />

de votos excluindo-se votos brancos e nulos. De acordo com<br />

esse critério, um candidato ganhará o 2º turno de uma eleição<br />

presidencial obtendo somente 30% do total de votos se, e<br />

somente se, os votos brancos e nulos dados nessa etapa da<br />

eleição representarem


A) menos de 70% do total dos votos.<br />

B) mais de 70% do total dos votos.<br />

C) 50% do total dos votos.<br />

D) menos de 40% do total dos votos.<br />

E) mais de 40% do total dos votos.<br />

QUESTÃO 51<br />

PRÓXIMAS DUAS QUESTÕES REFEREM-SE À TABELA A<br />

SEGUIR<br />

Evolução da quantidade anual per capita de alimentos adquiridos<br />

para consumo no domicílio nas Regiões Metropolitanas e<br />

Brasília – DF – 1975/2003<br />

TABELA I<br />

Quantidade anual per capita de<br />

Produtos Selecionados<br />

alimentos adquiridos<br />

consumo no domicílio – kg<br />

para<br />

1975 1988 1996 2003<br />

Arroz 31,7 29,7 26,4 17,1<br />

Feijão 14,6 12,1 10,1 9,2<br />

Farinha de mandioca 5,2 4,6 3,7 3,3<br />

Macarrão 5,2 4,2 4,0 4,2<br />

Óleo de soja 5,1 8,7 6,9 5,8<br />

Alimentos preparados 1,7 1,3 2,7 5,3<br />

Refrigerante 1,2 2,6 4,2 7,6<br />

Iogurte 0,3 1,1 0,7 2,9<br />

(Adaptado: SCHLINDWEIN, M.; KASSOUF, A. Mudanças no padrão de<br />

consumo de alimentos. Disponível em: . Acesso em: 10<br />

maio 2008.)<br />

Com base nos dados da Tabela I, é correto afirmar que, no<br />

período de 1975 a 2003,<br />

A) a variação percentual da aquisição per capita para consumo<br />

do iogurte foi maior que a do refrigerante.<br />

B) a aquisição per capita para o consumo de arroz diminuiu em<br />

50%.<br />

C) o iogurte teve a maior variação em quilos de aquisição per<br />

capita para o consumo, se comparado aos demais produtos no<br />

mesmo período.<br />

D) o crescimento na aquisição per capita para o consumo de<br />

óleo de soja foi constante.<br />

E) a aquisição per capita para consumo de farinha de mandioca<br />

decresceu linearmente.<br />

QUESTÃO 52<br />

Com base nos dados da Tabela I, é correto afirmar:<br />

I. A aquisição per capita para o consumo do conjunto feijão,<br />

arroz e farinha de mandioca, somados, variou –5,1 kg no período<br />

75–88,<br />

–6,2 kg no período 88–96 e –10,6 kg no período 96–03.<br />

II. A aquisição per capita para o consumo do conjunto alimentos<br />

preparados, refrigerante e iogurte, somados, variou 12,6 kg no<br />

período 75–88.<br />

III. A variação da aquisição per capita para o consumo do óleo<br />

de soja foi de –1,8 kg no período 96–03.<br />

IV. A variação percentual da aquisição per capita para o<br />

consumo de feijão, no período 75–03, relativamente a 1975, foi<br />

de aproximadamente –37%.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

A) Somente as afirmativas I e IV são corretas.<br />

B) Somente as afirmativas II e III são corretas.<br />

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.<br />

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.<br />

E) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.<br />

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16<br />

QUESTÃO 53<br />

2012<br />

O litro do combustível X custa R$ 2,00 e do combustível Y, custa<br />

R$ 3,00. O tanque do veículo V, que se move indiferentemente<br />

com os combustíveis X e Y, tem capacidade total de 54 litros. O<br />

veículo V, quando abastecido unicamente com o combustível X,<br />

tem rendimento de 15 quilômetros por litro e, quando abastecido<br />

unicamente com o combustível Y, tem rendimento de 18<br />

quilômetros por litro. Quantos reais gastará o proprietário de V,<br />

caso resolva abastecer completamente o seu tanque com uma<br />

mistura desses combustíveis, de forma que, numericamente, os<br />

volumes correspondentes de X e Y sejam, simultaneamente,<br />

diretamente proporcionais aos rendimentos e inversamente<br />

proporcionais aos custos de cada um deles?<br />

A) 131,00<br />

B) 132,00<br />

C) 133,00<br />

D) 134,00<br />

E) 135,00<br />

QUESTÃO 54<br />

De uma determinada quantidade entre 500 e 1000 DVDs, se<br />

forem feitos lotes de 5 DVDs sobram 2; se forem feitos lotes com<br />

12 DVDs sobram 9 e se forem feitos lotes com 14 DVDs sobram<br />

11. Qual é a menor quantidade, acima de 5 DVDs por lote, de<br />

modo a não haver sobra?<br />

A) 6<br />

B) 8<br />

C) 9<br />

D) 13<br />

E) 15<br />

QUESTÃO 55<br />

Em uma classe de x alunos, o professor de matemática<br />

escreveu, no quadro de giz, um conjunto A de n elementos. A<br />

seguir, pediu que, por ordem de chamada, cada aluno fosse ao<br />

quadro e escrevesse um subconjunto de A, diferente dos que já<br />

foram escritos. Depois de cumprirem com a tarefa, o professor<br />

notou que ainda existiam subconjuntos que não haviam sidos<br />

escritos pelos alunos. Passou a chamá-los novamente, até que o<br />

18º aluno seria obrigado a repetir um dos subconjuntos já<br />

escritos. O valor mínimo de x, que atende às condições dadas<br />

está ente:<br />

A) 24 e 30<br />

B) 29 e 35<br />

C) 34 e 40<br />

D) 39 e 45<br />

E) 44 e 50<br />

QUESTÃO 56<br />

Suponha que, para o circuito da figura a seguir, a probabilidade<br />

de que cada interruptor esteja fechado seja p, e que todos os<br />

interruptores se fechem (ou não) de maneira independente. Qual<br />

será a probabilidade de que o circuito permita a passagem de<br />

corrente entre A e B?<br />

1 2<br />

A<br />

3<br />

B


3<br />

A) p<br />

3 2<br />

B) − p + p + p<br />

C) 1<br />

D) 1− p<br />

2<br />

E) p + p<br />

QUESTÃO 57<br />

Para qualquer inteiro positivo n, segue que<br />

⎧log<br />

8n, se log 8n<br />

é racional<br />

f( n)<br />

= ⎨<br />

⎩0,<br />

caso contrário<br />

Deste modo o valor de<br />

A) log8 2047<br />

B) 6<br />

C) 55<br />

3<br />

D) 58<br />

3<br />

E) 585<br />

QUESTÃO 58<br />

2012<br />

∑ f( n)<br />

é igual a:<br />

n=<br />

1<br />

Seja f uma função cuja representação no plano cartesiano é uma<br />

reta que apresenta as seguintes propriedades:<br />

⎧f(1)<br />

≤ f(2)<br />

⎪<br />

⎨f(3)<br />

≥ f(4)<br />

⎪<br />

⎩f<br />

(5) = 5<br />

Das alternativas abaixo a única verdadeira é:<br />

A) f (0) ≤ 0<br />

B) f (0) = 0<br />

C) f(1) < f(0) < f(<br />

− 1)<br />

D) f (0) = 5<br />

E) f (0) > 5<br />

QUESTÃO 59<br />

Quantos triângulos têm área 10 u.a. e vértices nos pontos<br />

A = ( − 5,0) , B = (5,0) e C = (5cos θ,5sen θ ) para algum ângulo<br />

θ ?<br />

A) 0<br />

B) 2<br />

C) 4<br />

D) 6<br />

E) 8<br />

QUESTÃO 60<br />

A companhia de eletricidade informou que para cada hora de um<br />

mês de 30 dias, um bairro ficou, em média, 0,2 horas sem<br />

energia elétrica em algumas ruas. No mesmo período, uma<br />

residência localizada nesse bairro totalizou 18 horas sem energia<br />

elétrica. Em relação ao total de horas que alguma parte do bairro<br />

ficou sem eletricidade, o número de horas que essa residência<br />

ficou sem energia elétrica representa:<br />

A) 3,6%<br />

B) 9%<br />

C) 12%<br />

D) 12,5%<br />

E) 33,3%<br />

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17<br />

QUESTÃO 61<br />

2012<br />

Para certo produto comercializado, a função receita e a função<br />

custo estão representadas a seguir em um mesmo sistema de<br />

eixos, onde q indica a quantidade desse produto.<br />

Com base nessas informações e considerando que a função<br />

lucro pode ser obtida por L(q) = R(q) - C(q), assinale a alternativa<br />

que indica essa função lucro.<br />

A) L(q) = - 2q 2 + 800q - 35000<br />

B) L(q) = - 2q 2 + 1000q + 35000<br />

C) L(q) = - 2q 2 + 1200q - 35000<br />

D) L(q) = 200q + 35000<br />

E) L(q) = 200q – 35000<br />

QUESTÃO 62<br />

Suponha que, na região em que ocorreu a passagem do<br />

Furacão Katrina, somente ocorrem três grandes fenômenos<br />

destrutivos da natureza, dois a dois mutuamente exclusivos:<br />

- os hidrometeorológicos (A),<br />

- os geofísicos (B) e<br />

- os biológicos (C).<br />

Se a probabilidade de ocorrer A é cinco vezes a de ocorrer B, e<br />

esta corresponde a 50% da probabilidade de ocorrência de C,<br />

então a probabilidade de ocorrer<br />

A) A é igual a duas vezes a de ocorrer C.<br />

B) C é igual à metade da de ocorrer B.<br />

C) B ou C é igual a 42,5%.<br />

D) A ou B é igual a 75%.<br />

E) A ou C é igual a 92,5%.<br />

QUESTÃO 63<br />

Os pontos A, B e C do plano a seguir representam as<br />

localizações das três cidades que mais compram energia de uma<br />

determinada concessionária. Suponha que os pontos F, G e H<br />

representem cidades localizadas exatamente nos centros dos<br />

menores quadrados em que se encontram na figura. A<br />

concessionária irá construir uma usina de energia num ponto que<br />

esteja a mesma distância das cidades A, B e C. As cidades que<br />

estarão a mesma distância de usina que as cidades A, B e C<br />

estão representadas pelos pontos:


A) D, G e I.<br />

B) G, H e I.<br />

C) F, H e I.<br />

D) G, H e J.<br />

E) F, H e J.<br />

QUESTÃO 64<br />

A ilustração abaixo mostra um instrumento, em forma de V,<br />

usado para medir o diâmetro de fios elétricos.<br />

Para efetuar a medida, basta inserir um fio na parte<br />

interna do V e observar o ponto da escala que indica a tangência<br />

entre esse fio e o instrumento. Nesse ponto, lê-se o diâmetro do<br />

fio, em milímetros. Considere, agora, a ilustração a seguir, que<br />

mostra a seção reta de um fio de 4 mm de diâmetro inserido no<br />

instrumento.<br />

Se o ângulo BÂC do instrumento mede 12º, a distância<br />

d, em milímetros, do ponto A ao ponto de tangência P é igual a:<br />

2<br />

A)<br />

cos12°<br />

6<br />

B)<br />

sen12°<br />

6<br />

C)<br />

cos6°<br />

D) 2<br />

tg6°<br />

E)<br />

2<br />

tg12°<br />

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18<br />

QUESTÃO 65<br />

Observe as tabelas a seguir:<br />

2012<br />

QUADRO DE MEDALHAS OLIMPÍADA DE PEQUIM 2008<br />

País Ouro Prata Bronze Total<br />

1° China 51 21 28 100<br />

2° E.U.A. 36 38 36 110<br />

3° Rússia 23 21 28 72<br />

4° Reino Unido 19 13 15 47<br />

5° Alemanha 16 10 15 41<br />

6° Austrália 14 15 17 46<br />

7° Coreia do Sul 13 10 8 31<br />

8° Japão 9 6 10 25<br />

9° Itália 8 10 10 28<br />

10° França 7 16 17 40<br />

QUADRO DE MEDALHAS OLIMPÍADA DE LONDRES 2012<br />

País Ouro Prata Bronze Total<br />

1° E.U.A 46 29 29 104<br />

2° China 38 27 23 88<br />

3° Reino Unido 29 17 19 65<br />

4° Rússia 24 26 32 82<br />

5° Coreia do Sul 13 8 7 28<br />

6° Alemanha 11 19 14 44<br />

7° França 11 11 12 34<br />

8° Itália 8 9 11 28<br />

9° Hungria 8 4 5 17<br />

10° Austrália 7 16 12 35<br />

De acordo com os quadros de medalhas apresentados acima, e<br />

sejam MoP - média aritmética das medalhas de ouro em Pequim<br />

para os 10 primeiros colocados.<br />

MpP - média aritmética das medalhas de prata em Pequim para<br />

os 10 primeiros colocados.<br />

MbP - média aritmética das medalhas de bronze em Pequim para<br />

os 10 primeiros colocados.<br />

MoL - média aritmética das medalhas de ouro em Londres para<br />

os 10 primeiros colocados.<br />

MpL - média aritmética das medalhas de prata em Londres para<br />

os 10 primeiros colocados.<br />

MbL - média aritmética das medalhas de bronze em Londres para<br />

os 10 primeiros colocados.<br />

Então podemos afirmar que:<br />

A) M > M , M < M , M > M<br />

B) M = M , M < M , M < M<br />

C) M > M , M < M , M < M<br />

D) M < M , M < M , M > M<br />

E) M = M , M = M , M ><br />

M<br />

oP oL pP pL bP bL<br />

oP oL pP pL bP bL<br />

oP oL pP pL bP bL<br />

oP oL pP pL bP bL<br />

oP oL pP pL bP bL


QUESTÃO 66<br />

Na decoração de uma pré-escola são usadas placas com formas<br />

de figuras geométricas. Uma destas placas é formada por uma<br />

figura que pode ser definida por x 2 + y 2 - 8x - 8y + 28 ≤ 0, quando<br />

projetada em um plano cartesiano xy, onde x e y são dados em<br />

metros. Esta placa vai ser pintada usando duas cores, cuja<br />

separação é definida pela reta y = x no plano xy. Considerando<br />

o plano cartesiano xy como referência, a região acima da reta<br />

será pintada de vermelho e a região abaixo da reta, de verde.<br />

Sabendo que a escola vai fazer 12 destas placas e que, é<br />

necessária uma lata de tinta para pintar 3m 2 de placa, serão<br />

necessárias, no mínimo, quantas latas de tinta vermelha?<br />

A) 12<br />

B) 24<br />

C) 26<br />

D) 32<br />

E) 48<br />

QUESTÃO 67<br />

Uma universidade realiza seu Processo Seletivo em dois dias.<br />

As oito disciplinas, Língua Portuguesa-Literatura Brasileira,<br />

Língua Estrangeira Moderna, Biologia, Matemática, História,<br />

Geografia, Química e Física, são distribuídas em duas provas<br />

objetivas, com quatro disciplinas por dia. Em um Processo<br />

Seletivo, a distribuição é a seguinte:<br />

- primeiro dia: Língua Portuguesa-Literatura Brasileira, Língua<br />

Estrangeira Moderna, Biologia e Matemática;<br />

- segundo dia: História, Geografia, Química e Física.<br />

Essa universidade poderia distribuir as disciplinas para as duas<br />

provas objetivas, com quatro por dia, de<br />

A) 1.680 modos diferentes.<br />

B) 256 modos diferentes.<br />

C) 140 modos diferentes.<br />

D) 128 modos diferentes.<br />

E) 70 modos diferentes.<br />

QUESTÃO 68<br />

Leandro e Heloísa participam de um jogo em que se utilizam dois<br />

cubos. Algumas faces desses cubos são brancas e as demais,<br />

pretas.<br />

O jogo consiste em lançar, simultaneamente, os dois cubos e em<br />

observar as faces superiores de cada um deles quando param:<br />

- se as faces superiores forem da mesma cor, Leandro vencerá;<br />

e<br />

- se as faces superiores forem de cores diferentes, Heloísa<br />

vencerá.<br />

Sabe-se que um dos cubos possui cinco faces brancas e<br />

uma preta e que a probabilidade de Leandro vencer o jogo é<br />

de 11/18.<br />

Então, é CORRETO afirmar que o outro cubo tem<br />

A) quatro faces brancas.<br />

B) uma face branca.<br />

C) duas faces brancas.<br />

D) três faces brancas.<br />

E) cinco faces brancas<br />

QUESTÃO 69<br />

Numa pequena cidade realizou-se uma pesquisa com certo<br />

número de indivíduos do sexo masculino, na qual procurou-se<br />

obter uma correlação entre a estatura de pais e filhos.<br />

Classificaram-se as estaturas em 3 grupos: alta (A), média (M) e<br />

baixa (B). Os dados obtidos na pesquisa foram sintetizados, em<br />

termos de probabilidades, na matriz:<br />

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19<br />

2012<br />

O elemento da primeira linha e segunda coluna da matriz, que é<br />

1/4, significa que a probabilidade de um filho de pai alto ter<br />

estatura média é 1/4. Os demais elementos interpretam-se<br />

similarmente. Admitindo-se que essas probabilidades continuem<br />

válidas por algumas gerações, a probabilidade de um neto de<br />

um homem com estatura média ter estatura alta é:<br />

A) 13/32.<br />

B) 9/64.<br />

C) 3/4.<br />

D) 25/64.<br />

E) 13/16.<br />

QUESTÃO 70<br />

A cidade D localiza-se à mesma distância das cidades A e B, e<br />

dista 10 km da cidade C. Em um mapa rodoviário de escala<br />

1:100 000, a localização das cidades A, B, C e D mostra que A,<br />

B e C não estão alinhadas. Nesse mapa, a cidade D está<br />

localizada na intersecção entre<br />

A) a mediatriz de AB e a circunferência de centro C e raio 10 cm.<br />

B) a mediatriz de AB e a circunferência de centro C e raio 1 cm.<br />

C) as circunferências de raio 10 cm e centros A, B e C.<br />

D) as bissetrizes de CÂB e CBA e a circunferência de centro C e<br />

raio 10 cm.<br />

E) as bissetrizes de CÂB e CBA e a circunferência de centro C e<br />

raio 1 cm.<br />

QUESTÃO 71<br />

Um jogo de memória é formado por seis cartas, conforme as<br />

figuras que seguem:<br />

Após embaralhar as cartas e virar as suas faces para baixo, o<br />

jogador deve buscar as cartas iguais, virando exatamente duas.<br />

A probabilidade de ele retirar, ao acaso, duas cartas iguais na<br />

primeira tentativa é de:<br />

A) 1/2<br />

B) 1/3<br />

C) 1/4<br />

D) 1/5<br />

E) 1/6<br />

QUESTÃO 72<br />

Um casal planeja ter 3 filhos. Sabendo que a probabilidade de<br />

cada um dos filhos nascer do sexo masculino ou feminino é a<br />

mesma, considere as seguintes afirmativas:<br />

I. A probabilidade de que sejam todos do sexo masculino é de<br />

12,5%.<br />

II. A probabilidade de o casal ter pelo menos dois filhos do sexo<br />

feminino é de 25%.<br />

III. A probabilidade de que os dois primeiros filhos sejam de<br />

sexos diferentes é de 50%.<br />

IV. A probabilidade de o segundo filho ser do sexo masculino é<br />

de 25%.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

A) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.<br />

B) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.<br />

C) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.<br />

D) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.<br />

E) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.


QUESTÃO 73<br />

Um aluno de uma escola será escolhido por sorteio para<br />

representá-Ia em uma certa atividade. A escola tem dois turnos.<br />

No diurno há 300 alunos, distribuídos em 10 turmas de 30<br />

alunos. No noturno há 240 alunos, distribuídos em 6 turmas de<br />

40 alunos.<br />

Em vez do sorteio direto envolvendo os 540 alunos, foram<br />

propostos dois outros métodos de sorteio:<br />

Método I: escolher ao acaso um dos turnos (por exemplo,<br />

lançando uma moeda) e, a seguir, sortear um dos alunos do<br />

turno escolhido.<br />

Método II: escolher ao acaso uma das 16 turmas (por exemplo,<br />

colocando um papel com o número de cada turma em uma urna<br />

e sorteando uma delas) e, a seguir, sortear um dos alunos dessa<br />

turma.<br />

Sobre os métodos I e II de sorteio é correto afirmar:<br />

A) em ambos os métodos, todos os alunos têm a mesma chance<br />

de serem sorteados.<br />

B) no método I, todos os alunos têm a mesma chance de serem<br />

sorteados, mas, no método II a chance de um aluno do diurno<br />

ser sorteado é maior que a de um aluno do noturno.<br />

C) no método II, todos os alunos têm a mesma chance de serem<br />

sorteados, mas, no método I, a chance de um aluno do diurno<br />

ser sorteado é maior que a de um aluno do noturno.<br />

D) no método I, a chance de um aluno do noturno ser sorteado é<br />

maior do que a de um aluno do diurno, enquanto no método II<br />

ocorre o contrário.<br />

E) em ambos os métodos, a chance de um aluno do diurno ser<br />

sorteado é maior do que a de um aluno do noturno.<br />

QUESTÃO 74<br />

Um ponto P é escolhido ao<br />

acaso no interior de um<br />

quadrado QRST. Qual é a<br />

probabilidade do ângulo<br />

ˆ<br />

RPQ ser agudo?<br />

A) 3<br />

4<br />

B) 2 − 1<br />

C) 1<br />

2<br />

π<br />

D)<br />

4<br />

π<br />

E) 1− 8<br />

QUESTÃO 75<br />

Arte e técnica são igualmente necessárias para os profissionais<br />

que se dedicam à Topografia, que é a representação gráfica das<br />

formas e dos detalhes, naturais ou artificiais, de uma<br />

determinada região da superfície terrestre. Não é de hoje que os<br />

topógrafos se destacam na construção de edificações, estradas<br />

e barragens: há indícios arqueológicos de que os povos antigos<br />

já faziam uso das bases da Topografia. As pirâmides, por<br />

exemplo, são uma prova de que os antigos egípcios podiam<br />

executar medições com boa precisão. Para medir ângulos<br />

horizontais e verticais, os topógrafos contemporâneos contam<br />

com um instrumento bastante caro, denominado teodolito, que<br />

está representado na figura a seguir:<br />

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20<br />

2012<br />

Um topógrafo precisava medir a largura de um trecho de um rio<br />

com águas nada calmas e com margens paralelas, bem<br />

distantes entre si. No local, ele iniciou o esboço seguinte, cotado<br />

em metros, como sendo uma vista superior da situação. Note<br />

que estão indicados os pontos A e B numa mesma margem,<br />

distantes 120m um do outro, e uma árvore C, referência na outra<br />

margem:<br />

O topógrafo fixou uma estaca em cada um dos pontos A e B. A<br />

seguir, centrou o teodolito em A, mirou a árvore C e mediu BÂC<br />

= 75º. Ainda centrou o teodolito em B, mirou a árvore C e mediu<br />

ˆ<br />

CBA = 30º. Assim, ele completou o esboço e constatou que o<br />

rio tem de largura, em metros:<br />

A) 40<br />

B) 50<br />

C) 60<br />

D) 70<br />

E) 80<br />

QUESTÃO 76<br />

Assinale V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas.<br />

( ) Na placa da figura, o algarismo da unidade é igual ao da<br />

centena, bem como o algarismo da dezena é igual ao do milhar.<br />

Assim, a quantidade de placas distintas com essa característica<br />

e com as letras PN nessa ordem é 100.<br />

( ) Considerando placas formadas por 3 letras e 4 algarismos,<br />

a quantidade de placas distintas que contêm apenas as letras P<br />

e N e que têm os algarismos da unidade e da centena iguais é<br />

6.10 3 .<br />

( ) Considerando placas formadas por 3 letras e 4 algarismos,<br />

a quantidade de placas distintas que contêm apenas as letras P<br />

e N e que têm os algarismos da dezena e do milhar iguais é<br />

C3,2.A4,2.<br />

A sequência correta é<br />

A) F - F - V.<br />

B) V - F - V.<br />

C) V - V - F.<br />

D) F - V - F.<br />

E) F - F - F.


QUESTÃO 77<br />

Em um sistema de<br />

coordenadas cartesianas<br />

são dados os pontos A(0,<br />

0), B(0, 2), C(4, 2), D(4, 0)<br />

e E(x, 0) , onde 0 < x < 4.<br />

Considerando os<br />

segmentos BD e CE,<br />

obtêm-se os triângulos T1<br />

e T2, destacados na<br />

figura.<br />

Para que a área do triângulo T1 seja o dobro da área de T2 , o<br />

valor de x é:<br />

A) 2− 2<br />

B) 4 − 2 2<br />

C) 4− 2<br />

D) 8 − 2 2<br />

E) 8 − 4 2<br />

QUESTÃO 78<br />

A reforma agrária ainda é um ponto crucial para se estabelecer<br />

uma melhor distribuição de renda no Brasil. Uma comunidade de<br />

sem-terra, após se alojar numa fazenda comprovadamente<br />

improdutiva, recebe informação de que o INCRA irá receber uma<br />

comissão para negociações. Em assembleia democrática, os<br />

sem-terra decidem que tal comissão será composta por um<br />

presidente geral, um porta-voz que repassará as notícias à<br />

comunidade e aos representantes e um agente que cuidará da<br />

parte burocrática das negociações. Além desses com cargos<br />

específicos, participarão dessa comissão mais 6 conselheiros<br />

que auxiliarão indistintamente em todas as fases da negociação.<br />

Se, dentre toda a comunidade, apenas 15 pessoas forem<br />

consideradas aptas aos cargos, o número de comissões distintas<br />

que poderão ser formadas com essas 15 pessoas é obtido pelo<br />

produto<br />

A) 13. 11. 7. 5 2 . 3 2 . 2 4<br />

B) 13. 11. 7. 5. 3. 2<br />

C) 13. 11. 7 2 . 5 2 . 3 3 . 2 6<br />

D) 13. 7 3 . 5 3 . 3 3 . 2 6<br />

E) 13. 11. 7 2 . 5. 3 2 . 2 3<br />

QUESTÃO 79<br />

Cada cartela de uma coleção é formada por seis quadrados<br />

coloridos, justapostos como indica a figura abaixo.<br />

Em cada cartela, dois quadrados foram coloridos de azul, dois de<br />

verde e dois de rosa. A coleção apresenta todas as<br />

possibilidades de distribuição dessas cores nas cartelas nas<br />

condições citadas e não existem cartelas com a mesma<br />

distribuição de cores. Retirando-se ao acaso uma cartela da<br />

coleção, a probabilidade de que somente uma coluna apresente<br />

os quadrados de mesma cor é de<br />

A) 6 %.<br />

B) 36 %<br />

C) 40 %<br />

D) 48 %<br />

E) 90 %<br />

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21<br />

QUESTÃO 80<br />

2012<br />

Uma corda de 3,9m de comprimento conecta um ponto na base<br />

de um bloco de madeira a uma polia localizada no alto de uma<br />

elevação, conforme o esquema abaixo. Observe que o ponto<br />

mais alto dessa polia está 1,5m acima do plano em que esse<br />

bloco desliza. Caso a corda seja puxada 1,4m, na direção<br />

indicada abaixo, a distância x que o bloco deslizará será de:<br />

A) 1,0m<br />

B) 1,3m<br />

C) 1,6m<br />

D) 1,9m<br />

E) 2,1m<br />

QUESTÃO 81<br />

No triângulo representado na figura, sabese<br />

que os ângulos ˆ BAC e ˆ BCD têm<br />

mesma medida. Além disso, temos: AC =<br />

8cm; BC = 7cm e BD = 5,6cm. Logo, a<br />

medida de CD, em cm, será igual a:<br />

A) 6,0<br />

B) 6,4<br />

C) 6,8<br />

D) 7,2<br />

E) 7,6<br />

QUESTÃO 82<br />

Os seis triângulos da figura são retângulos e seus ângulos com<br />

vértice no ponto A são iguais. Além disso, AB = 24 cm e AC = 54<br />

cm. Qual é o comprimento de AD?<br />

A) 30 cm<br />

B) 34 cm<br />

C) 36 cm<br />

D) 38 cm<br />

E) 39 cm<br />

QUESTÃO 83<br />

O lado de um quadrado inscrito num círculo mede 12 2m ; a<br />

medida do lado do triângulo equilátero circunscrito vale:<br />

A) 20 3m<br />

B) 20 5m<br />

C) 24 5m<br />

D) 24 3m<br />

E) 40m


QUESTÃO 84<br />

Em uma empresa, existe um galpão que precisa ser dividido em<br />

três depósitos e um hall de entrada de 20 m 2 , conforme a figura<br />

abaixo. Os depósitos I, II e III serão construídos para o<br />

armazenamento de, respectivamente, 90, 60 e 120 fardos de<br />

igual volume, e suas áreas devem ser proporcionais a essas<br />

capacidades.<br />

A largura do depósito III dever ser, em metros, igual a:<br />

A) 1<br />

B) 2<br />

C) 3<br />

D) 4<br />

E) 5<br />

QUESTÃO 85<br />

Num triângulo, o baricentro é o ponto de encontro das<br />

medianas. Uma mediana une um vértice ao meio do lado oposto.<br />

A palavra baricentro vem do grego barys, que significa pesado<br />

ou grave. Podemos entender o baricentro como o “centro de<br />

gravidade” de uma superfície triangular. Quando soltamos um<br />

objeto no ar, ele cai no chão, como se estivesse sendo atraído<br />

para baixo, por conta da força da gravidade. Na figura seguinte,<br />

observe que, quando se apóia uma superfície triangular pelo seu<br />

baricentro, ela tende a ficar parada, ou seja, em equilíbrio.<br />

A figura seguinte representa um triângulo de cartolina, em que<br />

estão destacados os pontos R, S, T, U e V.<br />

Esse triângulo de cartolina ficaria em equilíbrio se o<br />

apoiássemos, preferencialmente, no ponto:<br />

A) R<br />

B) S<br />

C) T<br />

D) U<br />

E) V<br />

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22<br />

QUESTÃO 86<br />

2012<br />

Um engenheiro, para calcular a área de uma cidade, copiou sua<br />

planta numa folha de papel de boa qualidade, recortou e pesou<br />

numa balança de precisão, obtendo 40g. Em seguida, recortou,<br />

do mesmo desenho, uma praça de dimensões reais 100m x<br />

100m, pesou o recorte na mesma balança e obteve 0,08g. Com<br />

esses dados foi possível dizer que a área da cidade, em metros<br />

quadrados, é de, aproximadamente:<br />

A) 800<br />

B) 10000<br />

C) 320000<br />

D) 400000<br />

E) 5000000<br />

QUESTÃO 87<br />

Considere a figura abaixo,<br />

onde os segmentos AB, BC,<br />

CD, DE, EF, FG e GH são<br />

congruentes e medem “x”. A<br />

área da região assinalada é:<br />

2<br />

9x<br />

A)<br />

4<br />

2<br />

x<br />

B)<br />

4<br />

2<br />

5x<br />

C)<br />

4<br />

2<br />

5x<br />

D)<br />

2<br />

E) 2x 2<br />

QUESTÃO 88<br />

Foi feita uma pesquisa com 1800<br />

pessoas sobre suas preferências em<br />

relação a três candidatos, A, B e C, à<br />

prefeitura de uma cidade. Cada<br />

pessoa optou por um único<br />

candidato, ou então votou em branco<br />

(b). Com os dados obtidos, construiuse<br />

o diagrama de setores ao lado.<br />

Quantas pessoas optaram pelo voto<br />

em branco?<br />

A) 200<br />

B) 175<br />

C) 125<br />

D) 100<br />

E) 75


QUESTÃO 89<br />

Na figura, AB = 8 cm e BC = 6 cm. A<br />

área do trapézio AEFB corresponde<br />

à metade da área do triângulo<br />

retângulo ABC. Logo, a medida de<br />

EF (em cm) vale:<br />

A) 4<br />

B) 4 2<br />

C) 5<br />

D) 6<br />

E) 6 2<br />

QUESTÃO 90<br />

Uma torre de telefonia celular foi instalada no ponto x, que é<br />

ponto o médio da diagonal que liga os vértices A e C do terreno<br />

ABCD, que tem a forma de um paralelogramo, conforme mostra<br />

a figura. A distância entre o ponto x e o vértice C é, em km, igual<br />

a:<br />

5 3<br />

A)<br />

2<br />

3 3<br />

B)<br />

2<br />

C) 7<br />

D) 7<br />

2<br />

E) 7<br />

4<br />

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