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ÍNDICE Agremiação Página G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 03 G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA 61 G.R.E.S. PORTELA 117 G.R.E.S. ACADÊMICOS DO GRANDE RIO 195 G.R.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL 253 G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 299 1

ÍNDICE<br />

Agremiação Página<br />

G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 03<br />

G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA 61<br />

G.R.E.S. PORTELA 117<br />

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO GRANDE RIO 195<br />

G.R.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL 253<br />

G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 299<br />

1


G.R.E.S.<br />

MOCIDADE<br />

INDEPENDENTE DE<br />

PADRE MIGUEL<br />

PRESIDENTE<br />

PAULO VIANNA<br />

3


“Do Paraíso de Deus ao<br />

Paraíso da Loucura, cada um<br />

sabe o que procura”<br />

Carnavalesco<br />

CID CARVALHO<br />

5


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Enre<strong>do</strong><br />

“Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura cada um sabe o que procura”<br />

Carnavalesco<br />

Cid Carvalho<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cid Carvalho<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cid Carvalho<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Cid Carvalho, Alexandre França e Handerson Big<br />

Livro Autor Editora<br />

01 Visão <strong>do</strong> Paraíso Sérgio Buarque de<br />

Holanda<br />

02 América em Tempo<br />

de Conquista<br />

03<br />

A Conquista da<br />

América<br />

04 A Invenção da<br />

América<br />

05 História da América<br />

Através de Textos<br />

06 Cultura Consumo e<br />

Identidade<br />

07 Carnavais<br />

Malandros e<br />

Heróis: Para uma<br />

Sociologia <strong>do</strong><br />

Dilema Brasileiro<br />

7<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

José Olympio 1959 Todas<br />

Ronal<strong>do</strong> Vainfas Jorge Zahar 1992 Todas<br />

Tzvetan To<strong>do</strong>rov Martins Fontes 1990 Todas<br />

Edmun<strong>do</strong><br />

O‟Gormam<br />

Unesp 1992 Todas<br />

Jayme Pinsk Contexto 2001 Todas<br />

Lívia Barbosa Fundação Getúlio<br />

Vargas<br />

2000 Todas<br />

Roberto da Matta Jorge Zahar 1979 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Artigos e textos consulta<strong>do</strong>s:<br />

8<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

BAUMANN, Thereza B. “Imagens <strong>do</strong> “outro mun<strong>do</strong>”: o problema da auteridade na iconografia<br />

cristã ocidental”.<br />

LESTRINGANT, Frank. “1492 e o conhecimento”. In: Cadernos de História Social, nº 2, Campinas,<br />

1955, pp. 3-13.<br />

COSTA. Sandro da Silveira. América portuguesa: o paraíso terreal<br />

Revistas:<br />

Leituras da História – ano I nº 4 – “Utopias: A ilha de Thomas Morus e os mun<strong>do</strong>s ideais propostos<br />

ao longo <strong>do</strong>s séculos. Os reflexos e previsões sobre o progresso humano”.<br />

Sites e afins:<br />

www.google.<strong>com</strong>.br<br />

www.wikipedia.<strong>com</strong>.br<br />

http://oglobo.globo.<strong>com</strong>/blogs/fisco/posts/2009/09/16/contas-em-paraisos-fiscais-podem-perdersigilo-223883.asp<br />

http://g1.globo.<strong>com</strong>/Noticias/Mun<strong>do</strong>/0,,MUL1408926-5602,00-<br />

LULA+RECLAMA+DE+IMPUNIDADE+PARA+BANQUEIROS+E+PARAISOS+FISCAIS.html<br />

http://www.infoescola.<strong>com</strong>/economia/paraiso-fiscal/<br />

http://www.cosif.<strong>com</strong>.br/mostra.asp?arquivo=parafiscal


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

“DO PARAÍSO DE DEUS AO PARAÍSO DA LOUCURA,<br />

CADA UM SABE O QUE PROCURA”<br />

O Paraíso é a imagem primeira.<br />

Uma imagem da fartura e da felicidade; um sagra<strong>do</strong> jardim onde Deus semeou a<br />

fecundidade numa divina evocação da vida; um abençoa<strong>do</strong> recanto sem <strong>do</strong>enças, sem<br />

inverno e sem envelhecimento, transmitin<strong>do</strong> uma mensagem simbólica e alegórica de<br />

paz e harmonia.<br />

A nostalgia deste esta<strong>do</strong> de graça, arranca<strong>do</strong> em conseqüência de uma grave<br />

desobediência às leis <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r, faz despertar no homem, desde tempos imemoriais,<br />

o desejo de encontrar o Paraíso perdi<strong>do</strong>.<br />

Na Idade Média, alimentada por uma cruel realidade de fomes, epidemias e guerras<br />

devasta<strong>do</strong>ras, essa nostalgia fez <strong>do</strong> Paraíso a própria antítese daquela realidade<br />

decadente e sombria; um “novo” <strong>com</strong>eço onde a pobreza e a fome acabariam diante<br />

de uma terra “sem males”.<br />

Enquanto profetas e visionários desejavam “ver” o paraìso, cavaleiros e aventureiros<br />

se juntavam em fantásticas caravanas e partiam por terra em busca da “Fonte da<br />

Juventude Eterna e da Árvore da Vida”.<br />

Porém, novos ventos sopravam em direção ao “Velho Continente”. O pavor que o<br />

“inferno” e a crença na proximidade <strong>do</strong> “Fim <strong>do</strong>s tempos” provocavam ia fican<strong>do</strong><br />

para trás diante de uma Europa entusiasmada <strong>com</strong> os renova<strong>do</strong>s horizontes<br />

renascentistas.<br />

Os oceanos já não causavam tanto temor e, navegan<strong>do</strong> rumo ao Oriente, poder-se-ia<br />

chegar às Índias, <strong>com</strong> seus mistérios e magia. Ainda, quem sabe, desembarcar nas<br />

fabulosas terras de Ofir, guardiãs das Minas <strong>do</strong> Rei Salomão, ou até mesmo encontrar<br />

o suntuoso Reino Africano de Preste João e, assim, localizar os “Portais <strong>do</strong> Paraìso”.<br />

Foi navegan<strong>do</strong> em direção às Índias que, em 1500, treze naus portuguesas<br />

“esbarraram” no Brasil.<br />

9


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Nas areias da praia, o nativo dançava em alegre ritual. Guia<strong>do</strong>s pelos Xamãs, os<br />

<strong>do</strong>nos da terra migraram <strong>do</strong> interior para o litoral em busca de “Yvy Mara Ey”, a<br />

“Terra <strong>do</strong>s Sem Males”, o paraìso Tupi-guarani, e que, na visão <strong>do</strong>s pajés, estaria <strong>do</strong><br />

outro la<strong>do</strong> da imensidão das águas.<br />

Em sua pureza e ingenuidade, o índio viu naquela gente que saía <strong>do</strong> mar verdadeiros<br />

Deuses que, finalmente, o conduziriam aos “Jardins Purifica<strong>do</strong>s”.<br />

Já os navega<strong>do</strong>res, deslumbra<strong>do</strong>s <strong>com</strong> a nudez e a aparente inocência <strong>do</strong>s nativos,<br />

viram neles a própria imagem <strong>do</strong> homem antes de ser expulso <strong>do</strong> Paraíso,<br />

materializan<strong>do</strong> na América a visão renascentista <strong>do</strong> Éden terrestre.<br />

Afinal, as sugestões edênicas estavam por toda parte e faziam uma mágica ligação<br />

entre o “Velho” e o “Novo” Mun<strong>do</strong>. Dessa maneira, o maracujá se transforma em<br />

pomo edênico, assim <strong>com</strong>o as bananas cortadas exibiam aquele sinal à maneira de<br />

crucifixo por elas manifesto.<br />

A Fênix é o Guainumbi ou Guaraciaba; outros acreditavam mesmo tê-la visto na<br />

figura <strong>do</strong> beija-flor, enquanto os papagaios, para muitos, eram, na verdade, anjos<br />

castiga<strong>do</strong>s que ganharam a forma de pássaros.<br />

Mas os boatos sobre cidades bordadas de ouro e pedras preciosas, as notícias de<br />

montanhas resplandecentes e lagoas <strong>do</strong>uradas, <strong>com</strong>uns entre os indígenas,<br />

rapidamente levaram o invasor europeu a embrenhar-se pelos sertões desconheci<strong>do</strong>s,<br />

maculan<strong>do</strong> o “Paraìso Brasil”.<br />

E, assim, os índios dançaram e o Brasil sambou!<br />

O que de bom encontrava-se aqui foi parar na Europa. Animais, plantas e até mesmo<br />

“exemplares” <strong>do</strong> nosso “bom selvagem” foram “exporta<strong>do</strong>s”, causan<strong>do</strong> enorme<br />

rebuliço <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Atlântico.<br />

Enquanto, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de cá, o povo sofria <strong>com</strong> a “Derrama” – um verdadeiro “Quinto”<br />

<strong>do</strong>s infernos – no la<strong>do</strong> de lá, as farras das Cortes de Portugal e Inglaterra eram<br />

bancadas <strong>com</strong> o ouro <strong>do</strong> Brasil. O jeito era rezar uma novena para o “santo <strong>do</strong> pau<br />

oco”!<br />

O tempo passou, mas continuamos cortan<strong>do</strong> o pau, matan<strong>do</strong> os bichos, venden<strong>do</strong> as<br />

plantas, envenenan<strong>do</strong> as águas, queiman<strong>do</strong> os índios e mandan<strong>do</strong> pra longe nossas<br />

riquezas!<br />

10


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Calculistas e mercenários, criamos o nosso próprio Paraíso terrestre e batizamos <strong>com</strong><br />

o nome de “Paraìso Fiscal”. Ali, abençoa<strong>do</strong>s pela generosidade financeira,<br />

protegemos nossas “verdinhas” em “espécie”. Mas não se enganem pensan<strong>do</strong> que se<br />

trata da flora tropical bem preservada. Neste caso, nos referimos às cédulas de dólar<br />

depositadas em contas pra lá de suspeitas.<br />

Já os exemplares da nossa fauna contrabandeada desde sempre, agora, são envia<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> “Paraìso Brasil” diretamente ao “Paraìso Fiscal”, sem taxação, estampadas nas<br />

notas <strong>do</strong> nosso Real.<br />

No fun<strong>do</strong>, queremos mesmo é preservar as “araras” que valem “dez reais”.<br />

Defendemos, bravamente, os “micos-leões-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>s” que estão cota<strong>do</strong>s a “vinte”.<br />

Brigamos <strong>com</strong>o loucos pelas “onças pintadas”, ou seria por “cinquenta reais”? Tira a<br />

mão que ninguém vai “pescar” minha “garoupa” de cem reais, não! Ora, quem sabe se<br />

numa sombrinha agradável lá nas Ilhas Caymãs elas não se reproduzam rapidamente?<br />

Diante desse “Capitalismo selvagem”, até mesmo um “pedacinho <strong>do</strong> Paraìso” é<br />

possível se <strong>com</strong>prar. Um carrão novinho também dá direito a chegar lá. E o que falar<br />

da ida ao shopping <strong>com</strong> dinheiro pra gastar? E se faltar din din, há cartões de crédito,<br />

cheque especial e crediário, todas as facilidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> no “Paraìso <strong>do</strong> Consumo”!<br />

Mas nós somos a Mocidade e, independentes, podemos ir a qualquer lugar.<br />

Vamos fazer a nossa parte! Querer é poder, e o amor constrói. É possível<br />

descobrir o nosso próprio paraíso, afinal, ele está perto de nós, dentro de nós<br />

mesmos, em nosso interior.<br />

Vamos jogar fora as amarguras <strong>do</strong> dia-a-dia e nos vestir <strong>com</strong> a fantasia que sempre<br />

sonhamos: milionário ou plebeu, rainha ou camelô, desemprega<strong>do</strong> ou <strong>do</strong>utor, um<br />

nobre ou apenas um sonha<strong>do</strong>r.<br />

Afinal, hoje é carnaval, e se você sabe o que procura, tu<strong>do</strong> é possìvel no “Paraìso da<br />

Loucura”!<br />

Está esperan<strong>do</strong> o que pra ser feliz?<br />

11<br />

Cid Carvalho


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

No carnaval de 2010 a Mocidade vai em busca <strong>do</strong> seu paraíso perdi<strong>do</strong>, motivada<br />

principalmente pela alegria de poder <strong>com</strong>emorar neste ano, os 20 anos de sua segunda<br />

vitória na Marquês de Sapucaí. A Mocidade ao buscar seu paraíso pretende fazer uma<br />

viagem pelos diversos paraísos que a humanidade almejou ou pretende conquistar.<br />

Entende-se <strong>com</strong>o Paraíso <strong>com</strong>o um lugar utópico, onde não há conflitos, e aqueles<br />

que nele habitam, vivem em plena harmonia. Segun<strong>do</strong> as referências cristãs, acreditase<br />

que Deus tenha cria<strong>do</strong> um lugar assim e nele coloca<strong>do</strong> sua mais sublime criação; o<br />

homem. Porém motiva<strong>do</strong> pela curiosidade, fomentada pela serpente, o homem e sua<br />

<strong>com</strong>panheira desobedeceram às ordens divinas e acabaram sen<strong>do</strong> expulsos deste<br />

maravilhoso lugar.<br />

Desde da sua expulsão até os dias atuais o homem busca incessantemente por esse<br />

Paraíso Perdi<strong>do</strong>, e essa busca é reforçada ainda mais devi<strong>do</strong> aos grandes perío<strong>do</strong>s de<br />

crises, guerras e males que a humanidade atravessou durante os séculos. Portanto<br />

entendemos que almejar o Paraíso é uma tarefa constante da humanidade.<br />

Porém há de ressaltar que a idéia paradisíaca ganhou inúmeras versões ao longo da<br />

história. Nos tempos medievais, para alcançar o Paraíso era preciso encontrar os seus<br />

portais; e estes supostamente estavam nas terras orientais. Já no perío<strong>do</strong> moderno o<br />

ideal de paraíso fundiu-se à exuberância natural da América recém descoberta e fez<br />

<strong>com</strong> que muitos acreditassem, ser nessas terras, que o primeiro homem tivesse si<strong>do</strong><br />

deixa<strong>do</strong>. Porém a ambição transformou o ideal paradisíaco e fez <strong>com</strong> que ele agora<br />

estivesse liga<strong>do</strong> ao bem estar pessoal da acumulação. A partir de então o Paraíso é<br />

entendi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o “ter é poder!”.<br />

Até o carnaval é entendi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o um lugar paradisíaco, isto porque no momento em<br />

que a festa se realiza os problemas e males são minimiza<strong>do</strong>s e o que prevalece é a<br />

fantasia efêmera <strong>do</strong> folião.<br />

12


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

Comissão de Frente (15 <strong>com</strong>ponentes)<br />

ANJOS – OS GUARDIÕES DO PARAÍSO<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Fabrício e Cristiane<br />

AVES DO PARAÍSO<br />

A<strong>com</strong>panha<strong>do</strong>s de 16 Guardiões<br />

Ala 01 – Baianas<br />

AS JÓIAS DO ÉDEN<br />

Alegoria 01 – Abre-Alas<br />

ÉDEN, O PARAÍSO DO CRIADOR<br />

Ala 02 – Maiorais <strong>do</strong> Samba<br />

ÍNDIA LENDÁRIA<br />

Ala 03 – Sensação<br />

MISTÉRIOS E SEGREDOS DAS<br />

TERRAS ORIENTAIS<br />

Ala 04 – Fama<br />

OS SÚDITOS DO LENDÁRIO OFIR<br />

Ala 05 – Comunidade I<br />

AS RIQUEZAS DO FANTÁSTICO OFIR<br />

Ala 06 – O Agito<br />

OS MISTÉRIOS DAS TERRAS<br />

DE PRESTE JOÃO<br />

Ala 07 – Oba Oba<br />

A PRIMAZIA DAS TERRAS<br />

DE PRESTE JOÃO<br />

13


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Destaque de Chão<br />

Cleide Silva<br />

JOÍA NEGRA<br />

Grupo Teatral<br />

A FORÇA NEGRA DO REINO<br />

Alegoria 02<br />

O FANTÁSTICO REINO DE<br />

PRESTE JOÃO – O SINAL DO PARAÍSO<br />

Ala 08 – Estrela Guia<br />

A BUSCA DE IVY E MARAIYÊ – O<br />

PARAÍSO TUPI GUARANI<br />

Ala 09 – Mil e Uma Noites<br />

SIGNOS EDÊNICOS<br />

Ala 10 – Vivo Mocidade<br />

EDÊNICO FRUTO<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

José Roberto e Elaine<br />

RITO XAMÂNICO<br />

Ala 11 – Senti Firmeza<br />

PAPAGAIOS: CELESTIAIS GUARDIÕES<br />

Ala 12 – Comunidade II<br />

BEIJA-FLOR: A FÊNIX TROPICAL<br />

Alegoria 03<br />

O ÉDEN NOS TRÓPICOS<br />

Ala 13 – Bons Amigos <strong>do</strong> Arerê<br />

DOURADA AMBIÇÃO<br />

Ala 14 – Celebridade<br />

PRATA RESPLANDECENTE<br />

14


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Ala 15 – Bateria<br />

NOBRES DO ELDORADO<br />

Ala 16 – Passistas<br />

CAÇADORES DE RIQUEZAS<br />

Ala 17 – Comunidade III – Orkut<br />

CAVALHEIROS DO ELDORADO<br />

Ala 18 – Estrela de Luz<br />

O ARAUTO DAS RIQUEZAS<br />

Destaque de Chão<br />

Babi Xavier<br />

A EXUBERÂNCIA DO ELDORADO<br />

Alegoria 04<br />

O ELDORADO: PARAÍSO DA COBIÇA<br />

Grupo Teatral<br />

GARIMPEIROS<br />

Tripé 01<br />

O GARIMPO BRASIL<br />

Grupo Teatral<br />

GARIMPEIROS<br />

Ala 19 – Comunidade IV<br />

TARTARUGAS A R$2<br />

Ala 20 – Comunidade V<br />

GARÇAS A R$5<br />

Ala 21 – Energia<br />

ARARAS A R$10<br />

Ala 22 – Comunidade VI<br />

MICOS A R$20<br />

15


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Ala 23 – Comunidade VII<br />

OLHA A PINTA DA ONÇA<br />

Ala 24 – Comunidade VIII<br />

GAROUPAS A R$100<br />

Destaque de Chão<br />

Fernanda Abraão (Loira da Laje)<br />

A ONCINHA DOS 50<br />

Alegoria 05<br />

A LAVAGEM DO “BOM FIM”:<br />

O PARAÍSO FISCAL DA IMPUNIDADE<br />

Ala 25 – Comunidade IX<br />

SOU CHIQUE BEM!<br />

Ala 26 – Comunidade X<br />

TÔ PAGANDO<br />

Ala 27 – Comunidade XI<br />

COBERTURAS CELESTIAIS<br />

Ala 28 – Comunidade XII<br />

UM DIA DE PRINCESA<br />

Destaque de Chão<br />

Natália Casassola<br />

VAIDADE CONSUMISTA<br />

Alegoria 06<br />

SHOPPING UNIVERSAL:<br />

O PARAÍSO DE CONSUMO<br />

Ala 29<br />

Comunidade XIII – Deu a Elza na Elza<br />

NEGA MALUCA E MALANDRO<br />

16


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Ala 30 – Do Sol<br />

BRASIL, BRASIL AVANTE,<br />

MEU BRASIL<br />

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Fábio Junior e Natália<br />

FOLIA INDEPENDENTE<br />

Ala 31 – Comunidade XIV<br />

BRASILIANA SEDUÇÃO<br />

Ala 32 – Alia<strong>do</strong>s<br />

OS CARAÍBAS DO XINGU<br />

Ala 33 – Impossíveis<br />

TUPI CACIQUE<br />

Ala 34 – Millenuim<br />

A MOCIDADE SORRI<br />

Ala 35 – Comunidade XV<br />

OLHA PRA MIM, DIGA QUEM SOU!<br />

Destaque de Chão<br />

Tânia Oliveira<br />

LOUCA FOLIA<br />

Alegoria 07<br />

O PARAÍSO DA LOUCURA É A FOLIA<br />

Ala 36 – Velha-Guarda<br />

RAÍZES DA MOCIDADE<br />

Ala 37 – Compositores<br />

A MALANDRAGEM DA FOLIA<br />

17


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

01 ABRE-ALAS<br />

ÉDEN, O PARAÍSO DO<br />

CRIADOR<br />

18<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

“... E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na banda<br />

<strong>do</strong> Oriente, e pôs ali o homem que tinha forma<strong>do</strong>. E o<br />

Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à<br />

vista e boa para <strong>com</strong>ida, e a árvore da vida no meio <strong>do</strong><br />

jardim, e a árvore da ciência <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal. E saía um<br />

rio <strong>do</strong> Éden para regar o jardim, e a árvore <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong><br />

mal...”<br />

A alegoria representa o aprazível lugar cria<strong>do</strong> por Deus<br />

para abrigar a sua mais sublime criação; Adão e sua<br />

<strong>com</strong>panheira Eva. De forma simbólica tal jardim é<br />

anuncia<strong>do</strong> por seres ala<strong>do</strong>s em cima de montanhas de<br />

esmeraldas, as ditas pedras <strong>do</strong> paraíso. A alegoria procura<br />

representar os diversos signos conti<strong>do</strong>s nas escrituras<br />

sagradas que descrevem o lugar. No centro da alegoria, está<br />

a estrela, o símbolo da agremiação, estilizada em forma de<br />

foz <strong>do</strong> rio <strong>do</strong> Éden, rio este, que segun<strong>do</strong> as escrituras,<br />

dividia-se em quatro braços, dan<strong>do</strong> origem aos rios que<br />

banhavam a Terra. O fruto da árvore <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal,<br />

supostamente, a maça, circunda boa parte da alegoria<br />

aludin<strong>do</strong>, a existência desta árvore. O primeiro casal da<br />

humanidade, Adão e Eva é representa<strong>do</strong> por duas grandes<br />

esculturas uma em cada la<strong>do</strong> da alegoria. Os animais<br />

cria<strong>do</strong>s por Deus e subservientes ao homem também são<br />

representa<strong>do</strong>s nos seus varia<strong>do</strong>s gêneros. A serpente,<br />

responsável pela tentação, está entre Adão e Eva para<br />

elucidar o peca<strong>do</strong> original. Na parte traseira encontra-se<br />

essa mesma serpente personificada no Senhor das Trevas<br />

que passa a tentar o homem depois da sua expulsão <strong>do</strong><br />

Paraíso.<br />

Destaque Central: Maurìcio d‟Paula - “Divina Luz da<br />

Criação”<br />

Semi-Destaque Central: Marcela Vianna – “Espectro<br />

Divino”<br />

Semi-Destaques Laterais: Caroline Tole<strong>do</strong> e Roberta<br />

Dinamite – “Luminosidade Angelical”<br />

10 Composições Masculinas: “Anjos <strong>do</strong> Éden”<br />

02 Composições Masculinas: “Sublime Criação”<br />

02 Composições Femininas: “Inspiração Celestial”


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

02 O FANTÁSTICO REINO DE<br />

PRESTE JOÃO – O SINAL DO<br />

PARAÍSO<br />

19<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

O lendário reino de Preste João, localiza<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> a<br />

cartografia medieval e moderna, entre a Etiópia e o<br />

Congo, é uma das representações <strong>do</strong>s diversos reinos<br />

fantásticos que indicavam a existência <strong>do</strong>s portais <strong>do</strong><br />

Paraíso. Alcançar este lugar era ter a certeza de que o<br />

Paraíso estaria próximo.<br />

O exuberante reino é aqui representa<strong>do</strong> através de suas<br />

riquezas naturais; tais <strong>com</strong>o o ébano, o marfim, as<br />

pedrarias e sem dúvida a exótica fauna. A alegoria é<br />

conduzida por um séquito negro, que representa a corte<br />

e os súditos de Preste João. No centro da alegoria,<br />

encontra-se uma fonte que segun<strong>do</strong> a descrição <strong>do</strong><br />

reino, seria o lugar aonde Preste João banhava-se e<br />

adquiria longevidade; logo entendemos que tal fonte era<br />

a da juventude. Atrás desta fonte encontra-se o baobá,<br />

árvore típica <strong>do</strong> território africano, que denota a<br />

ancestralidade. A fauna africana é representada pelos<br />

diversos animais que a <strong>com</strong>põem, tais <strong>com</strong>o: girafas,<br />

elefantes, antílopes, leões e zebras. Na parte traseira da<br />

alegoria, se encontra a representação simbólica <strong>do</strong><br />

Portal <strong>do</strong> Paraíso.<br />

Destaque Central: Rodrigo Reinald - “Preste João – O<br />

Guardião <strong>do</strong>s Portais <strong>do</strong> Paraìso”<br />

Destaque Central Baixo: Calber Kliver - “Senhor das<br />

Águas Africanas”<br />

Semi-Destaque Frente Alto: Antônio Pitanga -<br />

“Ministro <strong>do</strong> Reino de Preste João”<br />

Semi-Destaque Frente Médio: Zezé Motta - “A<br />

Sacer<strong>do</strong>tisa”.<br />

Semi-Destaque Frente Baixo: Dill Costa – “A<br />

Suntuosidade <strong>do</strong> Reino de Preste João”.<br />

Composições Femininas: “A Fertilidade <strong>do</strong> Reino <strong>do</strong><br />

Reino de Preste João”<br />

Composições Masculinas: “Os Guardiões da Corte de<br />

Preste João”


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

03 O ÉDEN NOS TRÓPICOS<br />

20<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Por muito tempo se acreditou e se justificou, através da<br />

Igreja Católica, que somente existiam três continentes.<br />

Europa, África e Ásia, segun<strong>do</strong> a Igreja, faziam parte <strong>do</strong><br />

espólio de Noé e assim sen<strong>do</strong> teriam si<strong>do</strong> deixa<strong>do</strong>s aos seus<br />

filhos. Com a descoberta de uma outra porção de terras <strong>com</strong><br />

extensões continentais nos fins <strong>do</strong> século XVI, a América,<br />

essa teoria caiu por terra e a Igreja por sua vez quase teve sua<br />

palavra contestada.<br />

A forma encontrada para legitimar tais terras, num primeiro<br />

momento, foi associá-las ao Éden perdi<strong>do</strong>; até porque muitos<br />

eram os sinais que permitiam essa associação!<br />

A alegoria representa estes sinais e também procura elucidar<br />

o cenário encontra<strong>do</strong> pelo europeu que tanto o fascinou! A<br />

parte da frente simboliza a chegada <strong>do</strong> descobri<strong>do</strong>r em terras<br />

americanas. Grandes ocas elucidam que o território era<br />

habita<strong>do</strong> por inúmeras tribos indígenas. No centro dessas<br />

ocas nota-se a figura de um Xamã, líder religioso indígena,<br />

que tinha a missão de conduzi-los, à sua terra prometida; Ivy<br />

e Maraiyê. Vale lembrar que ao mesmo tempo em que o<br />

Europeu via esta terra <strong>com</strong>o o paraíso, o índio acreditava que<br />

além dela existia o seu. O ambiente tropical <strong>com</strong>pleta o<br />

cenário desta alegoria onde se encontra árvores, flores,<br />

cachoeira e signos indígenas.<br />

Destaque Central: Ray Ferreira - “Celestial Metamorfose”<br />

Destaque Central Baixo: Maurício Pina - “A Liderança<br />

Xamânica”<br />

Semi-Destaque: Evandro Lessa - “Garça na Visão Indìgena”<br />

Semi-Destaque: Rodrigo Avellar - “Arara na Visão<br />

Indìgena”<br />

Semi-Destaque: Marco Ribeiro - “Mico na Visão Indìgena”<br />

Semi-Destaque: José Pereira Lima da Costa Neto – “Onça na<br />

Visão Indìgena”<br />

Semi-Destaque Baixo: Paulo César “Navega<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Velho<br />

Mun<strong>do</strong>”<br />

15 Composições Masculinas: “Índios os Senhores da Terra”.<br />

15 Composições Femininas: “Índias as Senhoras da Terra”.<br />

10 Composições Masculinas: “Desbrava<strong>do</strong>res”


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

04 O ELDORADO:<br />

PARAÍSO DA COBIÇA<br />

* TRIPÉ<br />

O GARIMPO BRASIL<br />

21<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Após a descoberta, a América foi maculada pela cobiça<br />

metalista <strong>do</strong> europeu. A oralidade sobre as possíveis<br />

riquezas <strong>do</strong> lugar, criou a tão famosa lenda <strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>; em<br />

que acreditava-se existir cidades cobertas por ouro e<br />

cravejadas de pedras preciosas. Assim sen<strong>do</strong> o conquista<strong>do</strong>r<br />

não tar<strong>do</strong>u em procurar por estes signos lendários.<br />

A alegoria retrata estes signos! Dan<strong>do</strong> a idéia de um grande<br />

salão onde a riqueza e o luxo são evidentes. Frutos da terra<br />

são a<strong>do</strong>rna<strong>do</strong>s <strong>com</strong> pedras preciosas. Em esculturas estão<br />

representadas espécies da fauna tropical que muito valiam<br />

no merca<strong>do</strong> europeu. Diamantes a<strong>do</strong>rnam a parte da frente<br />

da alegoria e suas laterais, reforçan<strong>do</strong> o cenário mítico que<br />

impulsionava o europeu a buscar o El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>.<br />

Destaque Central: Regina Marins - “A Visão <strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>”<br />

Semi- Destaque: Daniele Santiago “Esplen<strong>do</strong>r <strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>”<br />

07 Composições Femininas: “Mìsticas Nativas <strong>do</strong> Reino <strong>do</strong><br />

El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>”<br />

08 Composições Femininas: “As Pedras da Cobiça”<br />

07 Composições Femininas: “Amazônicas Guerreiras <strong>do</strong><br />

Reino <strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>”<br />

O ouro brasileiro alimentou a cobiça <strong>do</strong> coloniza<strong>do</strong>r e<br />

também daqueles que aqui viviam, entre os ditos “nobres da<br />

terra” e até escravos. A coroa portuguesa bem que tentou<br />

controlar a extração, mas os mecanismos para burlar tal<br />

medida eram muitos! Entre santos <strong>do</strong> pau oco, farras da<br />

corte e ouro nos cabelos; nossas riquezas se esvaíram e o<br />

que era ouro se acabou.<br />

O tripé simboliza o perío<strong>do</strong> aurífero brasileiro que muito<br />

encheu os cofres portugueses. Na forma de mapa <strong>do</strong> Brasil<br />

o tripé procura elucidar as minas brasileiras e o perío<strong>do</strong><br />

joanino, perío<strong>do</strong> este em que o nosso ouro foi leva<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

cofres <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil.<br />

01 Composição Masculina: Leandro Hassum – “D. João<br />

VI”.<br />

01 Composição Masculina: - “O Pajem <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r”


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

05 A LAVAGEM DO<br />

“BOM FIM”: O PARAÍSO<br />

FISCAL DA IMPUNIDADE<br />

06 SHOPPING UNIVERSAL: O<br />

PARAÍSO DO CONSUMO<br />

22<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

O dinheiro acumula<strong>do</strong> durante anos de forma muitas vezes<br />

ilegal, encontrou nas divisas fora <strong>do</strong> país um repouso<br />

tranqüilo, sem taxações ou descontos. A alegoria elucida o<br />

que se entende por evasão de divisas financeiras e lavagem<br />

de dinheiro nos ditos Paraísos Fiscais fora <strong>do</strong> país. Na parte<br />

da frente representamos uma lavanderia onde o dinheiro é<br />

“lava<strong>do</strong>”, toalhas <strong>com</strong> a estampa de nossas notas dão a idéia<br />

de que nosso dinheiro é desvia<strong>do</strong> de maneira ilícita! Além<br />

disso, a idéia é também fazer um paralelo <strong>com</strong> a devastação<br />

de nossa fauna; já que muitas espécies estampadas nas notas<br />

estão em extinção. Na parte de trás da alegoria temos uma<br />

grande ilha formada por moedas de ouro que dão a idéia de<br />

um lugar paradisíaco!<br />

Destaque Central: João Batista - “Doura<strong>do</strong> Sol das Caymãs”<br />

22 Composições Femininas: “As Garças Sem Taxação”<br />

02 Composições Masculinas: “Lavan<strong>do</strong> o Mico”<br />

02 Composições Femininas: “Lavan<strong>do</strong> a Onça”<br />

01 Composição Feminina: “Lavan<strong>do</strong> a Arara”<br />

Composições Performáticas: “Ternos e Cuecas da<br />

Impunidade”<br />

Os shoppings são a verdadeira Meca para o consumista. Não<br />

existe lugar melhor para poder consumir que não sejam estes<br />

templos.<br />

A alegoria representa um grande Shopping Center <strong>com</strong> suas<br />

vitrines que expõem artefatos que fazem <strong>com</strong> que aqueles<br />

que ali entrem, se sintam num paraíso. Carros, motocicletas,<br />

jóias perfumes, peças de vestuários e outros mais são alguns<br />

<strong>do</strong>s objetos que podem ser percebi<strong>do</strong>s em grande escala nesta<br />

alegoria. Na parte inferior central da alegoria é representa<strong>do</strong><br />

um grande quarto de motel que também pode ser entendi<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>o um lugar de paraíso também; o <strong>do</strong> prazer!<br />

Destaque Central: Marcos Lerroy - “Soberano <strong>do</strong> Rei <strong>do</strong><br />

Consumo”<br />

Semi-Destaque: Ricky Vallen – “Audìvel Produto<br />

Consumìvel”<br />

Semi-Destaque Feminino: Shai Almeida<br />

08 Composições Performáticas – “O Consumo <strong>do</strong> Prazer‟<br />

08 Composições Femininas: “Essência Consumista”<br />

Composições Masculinas e Femininas: “Consumistas”


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

07 O PARAÍSO DA LOUCURA É<br />

A FOLIA<br />

23<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Na folia o povo esquece a amargura! Durante o<br />

carnaval, mais precisamente durante o desfile das<br />

escolas de samba, os problemas <strong>do</strong> dia-a-dia são<br />

esqueci<strong>do</strong>s e ao vestir a fantasia que quiser o folião<br />

encontra seu paraíso! A alegoria retrata a própria<br />

Mocidade exaltan<strong>do</strong> seus principais carnavalescos que<br />

de certa forma levaram não só a escola, <strong>com</strong>o também<br />

seus torce<strong>do</strong>res ao verdadeiro paraíso <strong>com</strong> os desfiles<br />

que realizaram! O carro é segmenta<strong>do</strong> em três partes:<br />

Nas laterais da esquerda e da direita temos referencias<br />

<strong>do</strong>s estilos de Arlin<strong>do</strong> Rodrigues e Fernan<strong>do</strong> Pinto, na<br />

parte central temos a referencia a Renato Lage. Ao<br />

centro da alegoria se encontra a estrela símbolo da<br />

escola ratifican<strong>do</strong> a nossa intenção de simbolizar o<br />

Paraíso da Folia através da Mocidade. Num grande<br />

platô na parte de baixo é reserva<strong>do</strong> um espaço para os<br />

foliões e demais carnavalescos, aqueles que habitam<br />

esse efêmero Paraíso que é o da folia.<br />

Destaque Central Alto (Nave Espacial): Rodrigo<br />

Leocádio - “Louca Paixão Independente”<br />

Destaque Central Baixo (Estrela): Beth Andrade – “A<br />

Estrela Guia de Padre Miguel”<br />

Semi-Destaque Baixo Frente: Evandro Mendes –<br />

“Louca Folia Carnavalesca”<br />

Composições Especiais: Carnavalescos e Carnavalescas<br />

03 Composições Femininas (La<strong>do</strong> Direito) – “Folia<br />

Barroca”<br />

03 Composições Femininas (La<strong>do</strong> Esquer<strong>do</strong>) – “Folia<br />

Tropicalista”<br />

Composições Masculinas e Femininas: Folião e Foliã<br />

Independente


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

24<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Maurìcio d‟Paula Professor<br />

Rodrigo Reinald Hair Stylist<br />

Calber Kliver Vitrinista<br />

Ray Ferreira Artista Plástico<br />

Maurício Pina Hair Stylist<br />

Evandro Lessa Bancário<br />

Rodrigo Avellar Coreógrafo/Bailarino<br />

Marco Ribeiro Enfermeiro<br />

José Pereira Lima Costa Neto Pedagogo<br />

Paulo César Maquia<strong>do</strong>r<br />

Regina Marins Do Lar<br />

Daniele Santiago Enfermeira<br />

João Batista Técnico em Enfermagem <strong>do</strong> Trabalho<br />

Marcos Lerroy Designer<br />

Rodrigo Leocádio Hair Stylist<br />

Evandro Mendes Secretário da Presidência<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rivadávia Corrêa, 60 Galpão 10 Gamboa – Rio de Janeiro<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Carlos Santana<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

Alan Futica<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Itamar - Equipe de Parintins Asus – Equipe Parintins<br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Alcir José Luis Rodrigues<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Julgamos importante ressaltar que a „contextualização estética”das três primeiras alegorias<br />

procuraram evidenciar os sinais evidentes da <strong>com</strong>posição <strong>do</strong> Paraíso Celestial. Segun<strong>do</strong> a<br />

historiografia recorrente sobre o tema; Paraíso. É <strong>com</strong>um encontrarmos nos relatos os seguintes<br />

sinais:fartura de víveres, água, presença da dualidade sexual, ou seja, o homem e a mulher e<br />

estruturas em arcos dan<strong>do</strong> a idéia de grandes portais. Logo; achamos por bem evidenciar em grande<br />

escala estes emblemáticos sinais, nos três primeiros carros que retratam respectivamente a visão<br />

paradisíaca celestial/bíblica, a visão fantástica <strong>do</strong>s reinos que eram vistos <strong>com</strong>o indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />

ditos portais paradisìacos e a visão associativa européia que “terraliza” o Paraìso na América.


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

01<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

As Jóias <strong>do</strong> Éden A fantasia elucida as<br />

esmeraldas que<br />

cravejavam um <strong>do</strong>s muros<br />

<strong>do</strong>s Jardins <strong>do</strong> Éden e que<br />

por sua vez representam<br />

todas as glórias de Deus!<br />

02 Índia Lendária Das muitas possibilidades<br />

de onde estaria o paraíso<br />

celestial perdi<strong>do</strong>, o<br />

Oriente foi uma delas, e<br />

sempre permeou o<br />

universo <strong>do</strong>s homens que<br />

buscavam encontrá-lo.<br />

As maravilhas das Índias<br />

que se localizavam no<br />

Oriente eram a prova<br />

contundente de que<br />

naquele lugar seria<br />

possível achar o tão<br />

sonha<strong>do</strong> portal de entrada<br />

<strong>do</strong> Paraíso primeiro;<br />

cria<strong>do</strong> por Deus e de onde<br />

o homem, pela<br />

desobediência, teria si<strong>do</strong><br />

expulso.<br />

A fantasia representa as<br />

maravilhas das Índias que<br />

davam sinais claros da<br />

possível existência <strong>do</strong>s<br />

portais <strong>do</strong> Paraíso.<br />

25<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Baianas Tia Nilda 1955<br />

Maiorais <strong>do</strong><br />

Samba<br />

Valdir Mallet 1976


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

03 Mistérios e<br />

Segre<strong>do</strong>s das<br />

Terras Orientais<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A busca pelo Éden<br />

perdi<strong>do</strong>, norteou a cabeça<br />

<strong>do</strong>s homens <strong>do</strong> final <strong>do</strong><br />

perío<strong>do</strong> medieval e início<br />

<strong>do</strong>s tempos modernos.<br />

Segun<strong>do</strong> os relatos e a<br />

cartografia da época a<br />

localização deste<br />

santifica<strong>do</strong> lugar seria o<br />

Oriente. Assim, sen<strong>do</strong> por<br />

muito tempo se creditou<br />

às Índias a possível<br />

localização <strong>do</strong>s portais <strong>do</strong><br />

Paraíso; logo chegar até<br />

elas era poder sonhar em<br />

alcançar o Paraíso.<br />

A fantasia representa<br />

através de sua estética de<br />

referências hindus, os<br />

mistérios que norteavam<br />

as Índias.<br />

26<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Sensação Waldir Castro 1968


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

04 Os Súditos <strong>do</strong><br />

Lendário Ofir<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A busca pelo então<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong> sempre<br />

marcou o mun<strong>do</strong> ocidental<br />

em finais <strong>do</strong> medieval e<br />

mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

moderno, e por sua vez<br />

alimentou as esperanças<br />

de muitos homens e reinos<br />

da Europa a buscarem os<br />

fantásticos lugares onde se<br />

encontrariam os portais de<br />

entrada deste sonha<strong>do</strong><br />

lugar. A busca pelo reino<br />

de Ofir inicialmente no<br />

Oriente e depois na África<br />

se fazia necessária por<br />

acreditarem que nele<br />

estariam os tais portais.<br />

A fantasia representa os<br />

súditos <strong>do</strong> lendário reino<br />

de Ofir.<br />

27<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Fama Joana 1995


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

05 “As Riquezas <strong>do</strong><br />

Fantástico Ofir”<br />

06 “O mistério das<br />

terras de Preste<br />

João”<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O imaginário que norteava a<br />

África em finais da Idade<br />

Média constrói histórias<br />

fascinantes, entre elas, a <strong>do</strong><br />

lendário reino de Ofir que<br />

ora nos relatos <strong>do</strong>s viajantes<br />

ou até na própria Bíblia é<br />

justifica<strong>do</strong> pela procura <strong>do</strong>s<br />

portais paradisíacos, que<br />

certamente levavam ao<br />

Paraíso edênico perdi<strong>do</strong> e<br />

muito almeja<strong>do</strong>.<br />

A fantasia representa as<br />

inúmeras riquezas de Ofir<br />

tais <strong>com</strong>o teci<strong>do</strong>s ouro e<br />

pedras preciosas, que<br />

também eram vistos <strong>com</strong>o<br />

sinais de que os portais<br />

estavam próximos dali.<br />

O Ocidente Cristão<br />

alimentou a idéia da<br />

existência <strong>do</strong> Reino de<br />

Preste João. Isso porque para<br />

eles, chegar a esse possível<br />

reino era ter no território<br />

africano, além de um alia<strong>do</strong><br />

poderoso contra o avanço de<br />

outras crenças, o desejo de<br />

encontrar os portais <strong>do</strong><br />

Paraíso que indicavam a<br />

localização <strong>do</strong> Éden perdi<strong>do</strong>.<br />

A fantasia representa os<br />

mistérios que norteiam as<br />

terras de Preste João.<br />

28<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade I Gustavo<br />

Sampaio<br />

O Agito Vicente de<br />

Paula<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009<br />

1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

07 A Primazia das<br />

Terras de<br />

Preste João<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Durante um perío<strong>do</strong>,<br />

acreditou-se que África era<br />

habitada por civilizações<br />

cristãs perdidas. O exemplo<br />

maior é a crença da<br />

existência <strong>do</strong> Reino de<br />

Preste João, situa<strong>do</strong> no<br />

interior <strong>do</strong> desconheci<strong>do</strong>,<br />

entre o Congo e a Etiópia e<br />

que alimentava a esperança<br />

de outros homens ali<br />

chegarem e depararem-se<br />

<strong>com</strong> os suntuosos portais<br />

que davam entrada ao<br />

paraíso perdi<strong>do</strong>. Relatos<br />

sobre a suntuosidade deste<br />

maravilhoso reino nos dão<br />

uma possível noção quão<br />

maravilhosa era a descrição<br />

<strong>do</strong> lugar.<br />

“(...) Seu palácio era<br />

ricamente decora<strong>do</strong>. Teto<br />

de cedro, cobertura de<br />

ébano, em seu cume <strong>do</strong>is<br />

pomos de ouro, portas de<br />

sardônica, janelas de<br />

cristal, mesas de ouro e<br />

ametista <strong>com</strong> colunas de<br />

marfim (...)”<br />

(Carta <strong>do</strong> Preste João das<br />

Índias. Versões Medievais<br />

Latinas, 1998: p. 56).<br />

A fantasia representa as<br />

primazias <strong>do</strong> Reino de<br />

Preste João.<br />

29<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Oba Oba Sylvio 1981


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* A Força Negra <strong>do</strong><br />

Reino<br />

08 Em Busca de Ivy<br />

Maraiyê – o<br />

Paraíso Tupi<br />

Guarani<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Além da riqueza e<br />

exuberância que o Reino de<br />

Preste João exibia, os súditos<br />

de seu reino gozavam de boa<br />

saúde e longevidade e assim<br />

sen<strong>do</strong> poderiam estar sempre<br />

à postos para manutenção da<br />

harmonia deste maravilhoso<br />

lugar.<br />

A fantasia elucida os<br />

habitantes <strong>do</strong> Reino de<br />

Preste João que de certa<br />

forma eram a força vital<br />

deste reino.<br />

Os ventos que trouxeram os<br />

europeus para o Novo<br />

Mun<strong>do</strong>, de certa forma<br />

foram os mesmos que<br />

impulsionavam tribos<br />

indígenas inteiras em direção<br />

à terra sem males. Se o<br />

europeu buscava o Paraíso<br />

terrestre perdi<strong>do</strong> e<br />

supostamente o achou ao<br />

associá-lo à América. Os<br />

índios que aqui viviam<br />

buscavam também o seu<br />

paraíso, a Ivy e Maraiyê, que<br />

por sua vez estava além <strong>do</strong><br />

oceano, na direção da linha<br />

<strong>do</strong> horizonte.<br />

A fantasia representa a<br />

idealização <strong>do</strong> índio tupi e<br />

guarani no ideal de saúde<br />

beleza e fartura que este<br />

Paraíso poderia lhe oferecer.<br />

30<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Grupo Teatral Handerson Big<br />

e André<br />

Miranda<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009<br />

Estrela Guia Cleide Alves 2004


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

09 Signos Edênicos Muitos foram os sinais que<br />

associavam o Novo<br />

Mun<strong>do</strong>, mais precisamente<br />

a América, ao Éden<br />

paradisíaco das escrituras<br />

sagradas! Ao chegar em<br />

terras tropicais o europeu<br />

viu no índio nu, a possível<br />

personificação de Adão,<br />

não só pela nudez e<br />

inocência primeira, <strong>com</strong>o<br />

também pelo tom<br />

amorena<strong>do</strong>/avermelha<strong>do</strong> de<br />

sua pele que se<br />

assemelhava ao barro;<br />

matéria prima da obra de<br />

Deus. A banana que<br />

cortada ao meio guardava<br />

em seu intimo o claro<br />

desenho de um crucifixo<br />

era mais um sinal. E a<br />

própria jibóia lembrava o<br />

Paraíso por acreditar o<br />

povo que, depois de morta<br />

e devorada, ela<br />

ressuscitasse retoman<strong>do</strong><br />

carne e espírito. A fantasia<br />

procura representar tais<br />

signos (o índio, a banana e<br />

a serpente) que<br />

determinavam a associação<br />

entre a América e o<br />

paraíso, identifica<strong>do</strong> pelos<br />

viajantes europeus na<br />

América.<br />

31<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Mil e uma<br />

Noites<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Georgina 2004


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

10 Edênico Fruto A associação da América<br />

ao então Paraíso bíblico,<br />

nos primeiro anos <strong>do</strong><br />

século XVI, por parte <strong>do</strong>s<br />

europeus buscou<br />

identificar nessa nova<br />

porção terrestre vários<br />

sinais que a ligassem <strong>com</strong><br />

a porção edênica. O então<br />

fruto proibi<strong>do</strong> que na<br />

versão original seria a<br />

maçã, na América foi<br />

identifica<strong>do</strong> <strong>com</strong>o o<br />

maracujá; pois segun<strong>do</strong> os<br />

europeus, ele possuía<br />

sinais de divinização por<br />

representar a paixão de<br />

Cristo e também porque a<br />

fragrância de suas flores<br />

ser capaz de seduzir<br />

àqueles que a sentiam.<br />

A fantasia representa as<br />

flores <strong>do</strong> maracujá.<br />

32<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Vivo Mocidade Marquinho 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

11 Papagaios:<br />

Celestiais<br />

Guardiões<br />

12 Beija-Flor: A<br />

Fênix Tropical<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Na Europa, as notícias sobre<br />

a presença numerosa de<br />

papagaios no Brasil valiam<br />

<strong>com</strong>o prova da localização<br />

<strong>do</strong> Paraíso. O papagaio seria<br />

uma das aves <strong>do</strong> Paraíso.<br />

Antes da queda <strong>do</strong> homem<br />

no peca<strong>do</strong>, to<strong>do</strong>s os bichos<br />

falavam, conforme é bem<br />

sabi<strong>do</strong>. Mas depois <strong>do</strong><br />

fechamento <strong>do</strong> Jardim, só a<br />

ele foi concedi<strong>do</strong> continuar<br />

falan<strong>do</strong>. Além <strong>do</strong> quê, sua<br />

longevidade o fazia<br />

privilegiadamente quase<br />

imortal. A fantasia<br />

representa os papagaios que<br />

eram <strong>com</strong>para<strong>do</strong>s aos anjos<br />

castiga<strong>do</strong>s.<br />

A exuberância das aves<br />

tropicais maravilhou os<br />

europeus de tal forma que<br />

estes cada vez mais se<br />

“certificavam” de que<br />

haviam chega<strong>do</strong> ao Paraíso.<br />

Além <strong>do</strong>s papagaios<br />

entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o anjos<br />

aprisiona<strong>do</strong>s, o beija-flor ou<br />

guainumbi foi associa<strong>do</strong> à<br />

fênix <strong>do</strong> Éden bíblico, na<br />

visão <strong>do</strong>s navega<strong>do</strong>res.<br />

A fantasia representa a<br />

associação híbrida entre a<br />

fênix paradisíaca e o beijaflor<br />

que habitava as terras<br />

tropicais.<br />

33<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Senti Firmeza Selma 1983<br />

Comunidade II Alessandra da<br />

Hora<br />

2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

13 Dourada Ambição<br />

14 Prata<br />

Resplandecente<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O contato estabeleci<strong>do</strong><br />

entre os europeus e os<br />

índios americanos ao longo<br />

da chegada e<br />

conseqüentemente<br />

conquista da América,<br />

mu<strong>do</strong>u o referencial<br />

paradisíaco que até então se<br />

tinha <strong>do</strong> lugar!<br />

Pica<strong>do</strong>s pela “serpente da<br />

ambição” e motiva<strong>do</strong>s<br />

pelas diversas histórias de<br />

cidades repletas de ouro,<br />

prata e pedras preciosas, os<br />

europeus devastaram o<br />

território e sua população<br />

em busca deste <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> e<br />

rentável paraíso.<br />

A fantasia representa as<br />

lendas indígenas sobre o<br />

el<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> que alimentou<br />

sobremaneira a imaginação<br />

<strong>do</strong>s europeus.<br />

As primeiras notícias de<br />

prata na América<br />

trouxeram ao continente<br />

inúmeros conquista<strong>do</strong>res.<br />

Os europeus fartaram-se na<br />

abundância de prata que o<br />

continente oferecia.<br />

A fantasia representa a<br />

prata americana que muito<br />

encheu os cofres das<br />

monarquias européias.<br />

34<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Bons Amigos<br />

<strong>do</strong> Arerê<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Marinalva 1974<br />

Celebridade Beto Pinto 2004


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

15 Nobres<br />

<strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong><br />

16 Caça<strong>do</strong>res de<br />

Riquezas<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

As lendas e histórias<br />

confirmaram-se. Os<br />

europeus acharam o tão<br />

sonha<strong>do</strong> ouro em solo<br />

americano! O contato <strong>com</strong><br />

as civilizações americanas<br />

abriu caminho para que<br />

imensas remessas deste<br />

valioso metal precioso e<br />

pedras preciosas viessem<br />

a suprir o ideal metalista<br />

europeu.<br />

A fantasia representa o<br />

ouro e as pedras preciosas<br />

encontra<strong>do</strong>s na América.<br />

Muitos foram os<br />

desbrava<strong>do</strong>res das terras<br />

americanas. Alimenta<strong>do</strong>s<br />

pela cobiça das riquezas<br />

que aqui existiam, seus<br />

anseios por riquezas<br />

foram fartamente<br />

sacia<strong>do</strong>s.<br />

A fantasia representa as<br />

riquezas que fascinaram o<br />

europeu e que de certa<br />

forma serviram <strong>com</strong>o peça<br />

de decoração de seus<br />

trajes<br />

35<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Bateria Mestre Beréco 1955<br />

Passistas Tina 1955


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

17 Cavalheiros <strong>do</strong><br />

El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong><br />

18 O Arauto das<br />

Riquezas<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Das lendas sobre o el<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>,<br />

talvez a que mais tivesse<br />

impulsiona<strong>do</strong> o europeu a<br />

devastar o território em<br />

busca de ouro e pedras<br />

preciosas tenha si<strong>do</strong> a lenda<br />

<strong>do</strong> homem <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> e o lago<br />

encanta<strong>do</strong> de Guatavita.<br />

(...)O índio <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> fazia<br />

sua oferenda lançan<strong>do</strong> no<br />

meio da lagoa to<strong>do</strong> o ouro e<br />

as esmeraldas que levava<br />

aos pés, e logo o imitavam<br />

os caciques que o<br />

a<strong>com</strong>panhavam (...)”<br />

A fantasia representa a<br />

nobreza <strong>do</strong>urada da mítica<br />

“civilização <strong>do</strong>urada” que o<br />

europeu idealizou e<br />

procurou.<br />

Segun<strong>do</strong> os indígenas o<br />

colori<strong>do</strong> das borboletas, que<br />

muito fascinou o europeu,<br />

era a evidência clara da<br />

existência de pedras<br />

preciosas, ouro e prata na<br />

América. Nas suas incursões<br />

em busca <strong>do</strong> mítico<br />

El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>, o europeu ao<br />

avistar tais sinais tinha a<br />

certeza da localização de<br />

riquezas.<br />

A fantasia representa as<br />

borboletas, os sinais<br />

evidentes de riquezas;<br />

segun<strong>do</strong> o relato <strong>do</strong>s<br />

indígenas.<br />

36<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

III<br />

Orkut<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Alcimar<br />

Tinoco<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2007<br />

Estrela de Luz Alexandre 2004


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

* Garimpeiros O perío<strong>do</strong> aurífero brasileiro<br />

pode ser entendi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o um<br />

marco para o que hoje se<br />

entende <strong>com</strong>o desvio de<br />

dinheiro! Tanto os <strong>do</strong>nos de<br />

minas que burlavam as taxas<br />

de controle da extração quanto<br />

àqueles que trabalhavam nas<br />

minas (escravos, forros,<br />

homens livres pobres, etc.)<br />

também procuram tirar a sua<br />

porção.<br />

A fantasia representa os<br />

trabalha<strong>do</strong>res e mulheres de<br />

vida fácil <strong>do</strong> garimpo nos<br />

tempos <strong>do</strong> ouro que sempre<br />

tinham uma forma de sair na<br />

vantagem durante a extração.<br />

19 Tartarugas a R$2 A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso da<br />

impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou os que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa a<br />

tartaruga marinha, espécie em<br />

extinção, estampada na nota<br />

de <strong>do</strong>is reais e que hoje se<br />

soma a muitas outras, nas<br />

contas fora <strong>do</strong> país.<br />

37<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Grupo Teatral Handerson Big<br />

e André<br />

Miranda<br />

Comunidade<br />

IV<br />

Márcia<br />

Correia<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009<br />

2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

20 Garças a R$5 A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso da<br />

impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou os que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa a garça,<br />

espécie em extinção,<br />

estampada na nota de cinco<br />

reais e que hoje se soma a<br />

muitas outras, nas contas fora<br />

<strong>do</strong> país.<br />

21 Araras a R$10 A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso da<br />

impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou os que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa a arara<br />

vermelha, espécie em<br />

extinção, estampada na nota<br />

de dez reais e que hoje se<br />

soma a muitas outras, nas<br />

contas fora <strong>do</strong> país.<br />

38<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade V Jussara<br />

Pinheiro<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009<br />

Energia Edwin 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

22 Micos a R$20 A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso da<br />

impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou os que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa o micoleão-<strong>do</strong>ura<strong>do</strong>,<br />

espécie em<br />

extinção, estampada na nota<br />

de vinte reais e que hoje se<br />

soma a muitas outras, nas<br />

contas fora <strong>do</strong> país<br />

23 Olha a Pinta da<br />

Onça<br />

.<br />

A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso da<br />

impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou aos que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa a onça<br />

pintada, espécie em extinção,<br />

estampada na nota de<br />

cinqüenta reais e que hoje se<br />

soma a muitas outras, nas<br />

contas fora <strong>do</strong> país.<br />

39<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

VI<br />

Comunidade<br />

VII<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Hernandes<br />

Reis<br />

Maurício<br />

d‟Paula e<br />

Rodrigo<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009<br />

2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

24 Garoupas a<br />

R$100<br />

25 Sou Chique Bem!<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ganância e ambição<br />

transformaram nosso torrão,<br />

que antes era visto <strong>com</strong>o o<br />

Paraíso perdi<strong>do</strong>, no Paraíso<br />

da impunidade fiscal.<br />

Exemplares de nossa fauna<br />

que muito fascinou os que<br />

aqui chegaram hoje fascinam<br />

os mais gananciosos que as<br />

preservam em voluptuosas<br />

contas no exterior, em<br />

Paraísos entendi<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o<br />

fiscais.<br />

A fantasia representa a<br />

garoupa, espécie em<br />

extinção, estampada na nota<br />

de cem reais e que hoje se<br />

soma a muitas outras, nas<br />

contas fora <strong>do</strong> país.<br />

Quanto mais se tem, mais se<br />

quer! Conforme cresce nosso<br />

poder financeiro mais cresce<br />

nosso desejo de consumo!<br />

Quem não gosta de <strong>com</strong>prar<br />

sem ter limites para gastar,<br />

sentir-se as verdadeiras<br />

damas <strong>do</strong> consumo?<br />

A fantasia representa as<br />

damas <strong>do</strong> consumo, aquelas<br />

que se realizam no Paraíso<br />

das peles de raposa,<br />

perfumes, jóias, vesti<strong>do</strong>s,<br />

sapatos e outras coisas mais.<br />

40<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

VIII<br />

Comunidade<br />

IX<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Carlos Alberto 2009<br />

Ana Cristina 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

26 To pagan<strong>do</strong><br />

27 Coberturas<br />

Celestiais<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Quanto mais se tem, mais<br />

se quer! Conforme cresce<br />

nosso poder financeiro<br />

mais cresce nosso desejo<br />

de consumo! Quem não<br />

gosta de <strong>com</strong>prar sem ter<br />

limites para gastar? Se<br />

sentir o próprio rei <strong>do</strong><br />

Paraíso <strong>do</strong> consumo.<br />

A fantasia representa os<br />

reis <strong>do</strong> crédito, aqueles<br />

que tu<strong>do</strong> podem no<br />

Paraíso consumista!<br />

O consumo faz o homem<br />

<strong>com</strong>eter enormes<br />

desatinos. Sen<strong>do</strong> o maior<br />

deles o de achar que tu<strong>do</strong><br />

pode <strong>com</strong> o poder <strong>do</strong><br />

dinheiro. Assim sen<strong>do</strong><br />

acha até que pode <strong>com</strong>prar<br />

seu próprio Paraíso.<br />

A fantasia representa os<br />

“homens-sanduìches”,<br />

aqueles que anunciam os<br />

lotes <strong>do</strong> paraíso.<br />

41<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade X André Assis 2009<br />

Comunidade<br />

XI<br />

Carlos Alberto 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

28 Um dia de<br />

princesa.<br />

29 Nega Maluca e<br />

Malandro<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O consumo alia<strong>do</strong> ao<br />

dinheiro faz <strong>com</strong> que as<br />

pessoas valorizem a<br />

estética a ponto de se<br />

tornarem escravas das<br />

plásticas, escovas<br />

progressivas e outros<br />

subterfúgios varia<strong>do</strong>s<br />

liga<strong>do</strong>s à beleza! Mas isso<br />

é para elas estarem no<br />

Paraíso!<br />

A fantasia representa<br />

através da nega maluca,<br />

figura tradicional <strong>do</strong><br />

carnaval, o que o consumo<br />

pode fazer <strong>com</strong> o<br />

psicológico das pessoas.<br />

A alegria que contagia as<br />

pessoas durante o<br />

carnaval, na verdade é o<br />

bilhete de entrada para o<br />

Paraíso da Folia! Lugar<br />

este onde as amarguras<br />

são esquecidas e tu<strong>do</strong> é<br />

possível.<br />

A fantasia representa o<br />

malandro e a nega maluca,<br />

personagens típicos <strong>do</strong><br />

carnaval que abrem as<br />

portas <strong>do</strong> Paraíso da Folia.<br />

42<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

XII<br />

Comunidade<br />

XIII<br />

Deu a Elza na<br />

Elza<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Maria Cristina 2009<br />

Pituka Nirobe 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

30 Brasil,<br />

Brasil, avante,<br />

meu Brasil<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto<br />

porque, pelo menos,<br />

durante os 80 minutos em<br />

que ele acontece, nós<br />

foliões esquecemos das<br />

amarguras cotidianas e<br />

nos transformamos em<br />

verdadeiros “adãos” e<br />

“evas” deste “Paraìso da<br />

Folia”. E melhor ainda, é<br />

quan<strong>do</strong> nos sagramos<br />

campeões <strong>do</strong> carnaval, na<br />

escola de coração.<br />

A fantasia elucida o<br />

enre<strong>do</strong>: “O descobrimento<br />

<strong>do</strong> Brasil”, de 1979. E faz<br />

uma homenagem a<br />

Arlin<strong>do</strong> Rodrigues, que<br />

imprimiu na escola um<br />

conceito estético<br />

denomina<strong>do</strong>: Barroco<br />

levan<strong>do</strong> a escola ao<br />

“Paraìso”, pela grande<br />

apresentação neste ano.<br />

43<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Do Sol João Luiz 1985


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

31 Brasiliana<br />

Sedução<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto<br />

porque, pelo menos,<br />

durante os 80 minutos em<br />

que ele acontece, nós<br />

foliões esquecemos das<br />

amarguras cotidianas e<br />

nos transformamos em<br />

verdadeiros “adãos” e<br />

“evas” deste “Paraìso da<br />

Folia”. E melhor ainda, é<br />

quan<strong>do</strong> nos sagramos<br />

campeões <strong>do</strong> carnaval, na<br />

escola de coração.<br />

A fantasia elucida o<br />

enre<strong>do</strong>: “Brasiliana”, de<br />

1978. E faz uma<br />

homenagem a Arlin<strong>do</strong><br />

Rodrigues.<br />

44<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

XIV<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Marco<br />

Antônio<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

32 Caraíbas <strong>do</strong><br />

Xingu<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto<br />

porque, pelo menos,<br />

durante os 80 minutos em<br />

que ele acontece, nós<br />

foliões esquecemos das<br />

amarguras cotidianas e<br />

nos transformamos em<br />

verdadeiros “adãos” e<br />

“evas” deste “Paraìso da<br />

Folia”. E melhor ainda, é<br />

quan<strong>do</strong> nos sagramos<br />

campeões <strong>do</strong> carnaval, na<br />

escola de coração.<br />

A fantasia elucida o<br />

enre<strong>do</strong>: “Como era Verde<br />

Meu Xingu”, de 1983. E<br />

faz uma homenagem a<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto,<br />

carnavalesco que<br />

imprimiu na escola um<br />

conceito estético<br />

denomina<strong>do</strong>: “Indianista<br />

Futurista”.<br />

45<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Alia<strong>do</strong>s Dezesseis 1973


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

33 Tupi Cacique O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto<br />

porque, pelo menos,<br />

durante os 80 minutos em<br />

que ele acontece, nós<br />

foliões esquecemos das<br />

amarguras cotidianas e<br />

nos transformamos em<br />

verdadeiros “Adãos” e<br />

“Evas” deste “Paraìso da<br />

Folia”. E melhor ainda, é<br />

quan<strong>do</strong> nos sagramos<br />

campeões <strong>do</strong> carnaval, na<br />

escola de coração. A<br />

fantasia elucida o enre<strong>do</strong>:<br />

“Tupinicópolis”, de 1987.<br />

E faz uma homenagem a<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto,<br />

carnavalesco que<br />

imprimiu na escola um<br />

conceito estético<br />

denomina<strong>do</strong>: “indianista<br />

futurista” e levan<strong>do</strong> a<br />

escola ao “Paraìso” pelos<br />

grandiosos desfiles que<br />

elaborou.<br />

46<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Impossíveis Tereza 2004


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

34 A Mocidade Sorri O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto<br />

porque, pelo menos,<br />

durante os 80 minutos em<br />

que ele acontece, nós<br />

foliões esquecemos das<br />

amarguras cotidianas e<br />

nos transformamos em<br />

verdadeiros “adãos” e<br />

“evas” deste “Paraìso da<br />

Folia”. E melhor ainda, é<br />

quan<strong>do</strong> nos sagramos<br />

campeões <strong>do</strong> carnaval, na<br />

escola de coração.<br />

A fantasia elucida o<br />

enre<strong>do</strong>: “Sonhar não<br />

Custa Nada”, de 1992. E<br />

faz uma homenagem a<br />

Renato Lage,<br />

carnavalesco que<br />

imprimiu na escola um<br />

conceito estético<br />

denomina<strong>do</strong>: High- Tech<br />

Clean.<br />

47<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Millenum Fernan<strong>do</strong><br />

Augusto<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1999


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

35 Olha Pra Mim<br />

Diga Quem Sou<br />

36 Raízes da<br />

Mocidade<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O desfile das Escolas de<br />

Samba é de fato o nosso<br />

Éden tangível. Isto porque,<br />

pelo menos, durante os 80<br />

minutos em que ele<br />

acontece, nós foliões<br />

esquecemos das amarguras<br />

cotidianas e nos<br />

transformamos em<br />

verdadeiros “adãos” e “evas”<br />

deste “Paraìso da Folia”. E<br />

melhor ainda, é quan<strong>do</strong> nos<br />

sagramos campeões <strong>do</strong><br />

carnaval, na escola de<br />

coração.<br />

A fantasia elucida o enre<strong>do</strong>:<br />

“Cria<strong>do</strong>r e Criatura”, de<br />

1996. E faz uma homenagem<br />

a Renato Lage, carnavalesco<br />

que imprimiu na escola um<br />

conceito estético<br />

denomina<strong>do</strong>: clean, levan<strong>do</strong><br />

a escola ao “Paraìso”, pelo<br />

grande desfile deste ano.<br />

A essência independente é<br />

<strong>com</strong>o uma raiz profunda que<br />

solidifica cada vez mais a<br />

“árvore” da Mocidade<br />

Independente de Padre<br />

Miguel no “solo” <strong>do</strong><br />

Carnaval. A fantasia<br />

representa a tradição<br />

independente que é<br />

transmitida ao mais novo<br />

folião da agremiação através<br />

da oralidade da Velha<br />

Guarda.<br />

48<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

XV<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Sheila Santos 2009<br />

Velha-Guarda Macumba 1955


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cid Carvalho<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

37 A Malandragem<br />

da Folia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A alegria da folia<br />

carnavalesca,<br />

principalmente <strong>do</strong>s<br />

desfiles das Escolas de<br />

Samba, sempre são<br />

embaladas pelas melodias<br />

“enlouquece<strong>do</strong>ras” <strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>positores que de certa<br />

forma faz a gente<br />

“Brincar no Paraíso da<br />

Folia”.<br />

A fantasia representa a<br />

malandragem <strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>positor de escola de<br />

samba que embala o folião<br />

nos desfiles <strong>com</strong> seus<br />

sambas marcantes e<br />

enlouquece<strong>do</strong>res.<br />

49<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Compositores Jefinho 1955


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Rivadávia Correa 60, Galpão 10 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade <strong>do</strong> Samba<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Cid Carvalho<br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Carmem Maria Rodrigues de Souza (Baiana)<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Carlos Eduar<strong>do</strong> Ribeiro <strong>do</strong>s Santos (Duca) José Francisco de Men<strong>do</strong>nça Neto<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Daysimara de Santana Correa - Chefe <strong>do</strong> Almoxarifa<strong>do</strong><br />

Handerson Big - Pesquisa<strong>do</strong>r/Historia<strong>do</strong>r<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

50<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> J.Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis<br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores Jéferson Alves Rodrigues<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

82<br />

Hélio Porto<br />

(Oitenta e <strong>do</strong>is)<br />

74 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Eu voltei ao Éden,<br />

Paraíso de verdade<br />

Serpente, chega pra lá!<br />

Hoje eu quero é sambar <strong>com</strong> a Mocidade<br />

O mal que você me causou<br />

Pra que me infernizar?<br />

Chega de guerra e miséria<br />

Sem trégua, nem légua<br />

É a Idade Média a se transformar<br />

Entre lendas e mistérios,<br />

Preste João me inspirou a navegar<br />

O Bandeirante cobiçou<br />

E o índio revelou o El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> de além-mar<br />

Tu<strong>do</strong> o que eu puder sonhar<br />

Vou realizar agora e sempre<br />

E se tentar me taxar<br />

Man<strong>do</strong> depositar em outro continente<br />

Do Éden ao Paraíso da Loucura,<br />

Ninguém sabe quanto é o que se procura<br />

Hoje o povo quer felicidade<br />

No paraíso da igualdade e liberdade<br />

Estrela, faz o meu sonho mais real<br />

Sacode a Sapucaí<br />

É Carnaval!<br />

Meu coração vai disparar, sair pela boca<br />

Não dá pra segurar, paixão muito louca<br />

Luz independente, me leva pro céu<br />

Sou Mocidade, sou Padre Miguel<br />

51<br />

BIS<br />

BIS<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Compositor mais Jovem<br />

(Nome e Idade)<br />

Yuri ABS<br />

20 anos


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

52<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Eu voltei ao Éden,<br />

Paraíso de verdade<br />

O primeiro setor da escola mostra os Jardins <strong>do</strong> Éden, o paraíso primeiro, cria<strong>do</strong> por Deus e de onde<br />

o homem foi expulso devi<strong>do</strong> ao peca<strong>do</strong> original. Um lugar de rara beleza, sem <strong>do</strong>r, sem fome, pestes<br />

ou males!<br />

Serpente, chega pra lá!<br />

Hoje eu quero é sambar <strong>com</strong> a Mocidade<br />

O mal que você me causou<br />

Pra que me infernizar?<br />

Chega de guerra e miséria<br />

Sem trégua, nem légua<br />

É a idade média a se transformar<br />

Entre lendas e mistérios,<br />

Preste João me inspirou a navegar<br />

O segun<strong>do</strong> setor da escola aborda a busca incessante <strong>do</strong> homem em reencontrar o paraíso perdi<strong>do</strong>!<br />

Durante muito tempo, mais precisamente durante a Idade Média, essa necessidade se fazia<br />

necessária; já que uma série de problemas vitimava o homem, e conseguir encontrar o paraíso seria a<br />

chance de poder melhorar! As terras e reinos distantes seriam as possíveis localizações <strong>do</strong>s portais<br />

<strong>do</strong> Éden perdi<strong>do</strong>.<br />

O Bandeirante cobiçou<br />

E o índio revelou o El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> de além-mar<br />

O terceiro e quarto setores da escola abordam, respectivamente, o fascínio que o Novo Mun<strong>do</strong><br />

exerceu sobre os europeus durante a época das Grandes Navegações e Descobrimentos e a forma de<br />

<strong>com</strong>o esse fascínio transformou-se em cobiça quan<strong>do</strong> eles, os europeus, foram “pica<strong>do</strong>s” pela<br />

“serpente da ambição” e passam a macular o território que antes identificavam <strong>com</strong>o o Éden.<br />

Tu<strong>do</strong> o que eu puder sonhar<br />

Vou realizar agora e sempre<br />

E se tentar me taxar<br />

Man<strong>do</strong> depositar em outro continente<br />

O quinto e sexto setores da escola retratam a forma de <strong>com</strong>o o Brasil se transformou num paraíso às<br />

avessas, ou seja, de <strong>com</strong>o o país ficou mediante a exacerbada exploração que sofreu! A noção de<br />

paraíso inverteu-se, o que antes seria a busca pelo fantástico, fabuloso e edênico; hoje é acumular, é<br />

transpor as divisas econômicas internacionais é consumir desesperadamente e muitas vezes até<br />

abusar da boa fé <strong>do</strong> próximo!


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

53<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Do Éden ao paraíso da loucura,<br />

Ninguém sabe quanto é o que se procura<br />

Hoje o povo quer felicidade<br />

No paraíso da igualdade e liberdade<br />

Estrela, faz o meu sonho mais real.<br />

Sacode a Sapucaí.<br />

É carnaval!<br />

Meu coração vai disparar, sair pela boca.<br />

Não dá pra segurar, paixão muito louca.<br />

Luz independente, me leva pro céu.<br />

Sou Mocidade, sou Padre Miguel.<br />

O sétimo e último setor da escola aborda o Carnaval, <strong>com</strong>o uma possibilidade paradisíaca. A loucura<br />

por ele promovida durante os quatros dias, faz de nós foliões integrantes desse paraíso da folia. Os<br />

desfiles das escolas de samba colaboram para essa possibilidade, pois durante os 80 minutos to<strong>do</strong>s<br />

nós esquecemos das auguras <strong>do</strong> dia-a-dia e nos transformamos no que quisermos e se caso a nossa<br />

escola se sagre campeã <strong>do</strong> carnaval é o paraíso <strong>com</strong>pleto.


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

54<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Luis Carlos Leitão de Oliveira – Mestre Beréco<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Barriga, Dinil, Wiliam, Robson, Madureira, Celsinho, Jorge, Gilvan, Geovani e Hudson<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

300 (trezentos) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

11 13 16 07 0<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

96 0 42 0 40<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

01 10 24 0 40<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Sobre Mestre Beréco:<br />

1971 / 1975 – Participava <strong>do</strong>s ensaios da famosa bateria <strong>do</strong> Mestre André.<br />

1976 / 1988 – Exercia atividade de Atleta Profissional de Futebol.<br />

1989 / 2005 – Ritmista.<br />

Como ritmista desfilou na Vila Isabel (1996/2002) e União da Ilha (2001).<br />

2006 / 2009 – Diretor Auxiliar de Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.<br />

Atualmente, Mestre de Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.<br />

Bateria


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

Rômulo Ramos de Araújo<br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

Gerson, Rodrigo e Marquinhos<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

50 (cinqüenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Davi <strong>do</strong>s Santos – Davi <strong>do</strong> Pandeiro e Edson Marcondes – Nego<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavacos – Eval<strong>do</strong> Jr. e Leonar<strong>do</strong><br />

Violão Sete Cordas – Edinho<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Cantores de apoio <strong>do</strong> Carro de Som:<br />

Nego Martins<br />

Carlinhos Piloto<br />

Daniel<br />

Juliana<br />

55<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

-<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

-<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

-<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Vânia Vulcão e Ana Paula<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

George e Cristiano Foguinho<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

56<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Evolução


Vice-Presidente de Carnaval<br />

-<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Ricar<strong>do</strong> Simpatia<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

-<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

-<br />

Total de Componentes da<br />

Ala das Crianças<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

57<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

-<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

Tia Nilda<br />

- -<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

110<br />

Laudelina Braga<br />

Milena Rocha<br />

(cento e dez)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Sr. Wilson<br />

84 anos<br />

19 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

88<br />

Paulo Afonso<br />

Zé Glória<br />

(oitenta e oito)<br />

91 anos<br />

48 anos<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Elza Soares, Babi Xavier, Renata Casassola, Fernanda Abraão, Dr. Alcides Rolin (Prefeito de<br />

Belford Roxo), Deputa<strong>do</strong> Marcelino de Almeida, Leandro Hassum, Zezé Motta, Antônio Pitanga,<br />

Dill Costa Ricky Vallen, Regina Casé, entre outros<br />

Outras informações julgadas necessárias


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Responsável pela Comissão de Frente<br />

Jorge Teixeira<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Jorge Teixeira e Saulo Finelon<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

58<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

01<br />

(um)<br />

14<br />

(quatorze)<br />

DEFESA DA COMISSÃO DE FRENTE:<br />

Fantasia: “Anjos – Os guardiões <strong>do</strong> Paraíso”. Com a tarefa de abrir o desfile da Mocidade Independente de<br />

Padre Miguel, a Comissão de Frente da escola representará, através da dança de 15 bailarinos, os Anjos da<br />

Guarda envia<strong>do</strong>s por Deus, para cuidar <strong>do</strong> Portal <strong>do</strong> Paraíso e da sua maior criação. Como na Bíblia, o<br />

paraíso que o público vai conhecer será exatamente o idealiza<strong>do</strong> por Deus, segun<strong>do</strong> o sagra<strong>do</strong> livro de<br />

Gênesis: perfeito, sem maldade, sem <strong>do</strong>r, onde somente deveria existir a felicidade, a paz e o mais puro<br />

AMOR.<br />

E caberá à <strong>com</strong>issão, na forma de Anjos da Guarda anunciar a criação de Deus e proteger o portal de entrada<br />

<strong>do</strong> Jardim <strong>do</strong> Éden, de todas as mazelas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O cuida<strong>do</strong> <strong>com</strong> a entrada <strong>do</strong> paraíso será encena<strong>do</strong> <strong>com</strong> a<br />

utilização de um tripé, que terá <strong>com</strong>o função principal revelar a maior referência da natureza desde o início<br />

<strong>do</strong>s tempos: a árvore <strong>do</strong> Éden (árvore <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal).Figura chave da origem humana, o casal Adão e Eva,<br />

será representa<strong>do</strong> na Avenida pela pureza e ingenuidade de duas crianças, fase onde <strong>com</strong>eça a florescer o<br />

verdadeiro amor, protegi<strong>do</strong>s pelos seus anjos que os guardará de to<strong>do</strong> o mal. Um paraíso perfeito tão sonha<strong>do</strong><br />

por Deus, e deseja<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s os tempos.<br />

DADOS TÉCNICOS:<br />

A coreografia da Comissão de Frente, <strong>com</strong>posta por bailarinos da Cia. Brasileira de Ballet traz uma técnica<br />

russa específica para o tipo de movimentação (deslocamento), em que se fez necessário um elenco<br />

pre<strong>do</strong>minantemente clássico, que pudesse se dedicar ao trabalho por um perío<strong>do</strong> de três meses.Desenvolvi<strong>do</strong><br />

através de uma elaborada pesquisa, o figurino da <strong>com</strong>issão de frente, foi cria<strong>do</strong> e confecciona<strong>do</strong> no Ateliê<br />

Tânia Agra, o único especializa<strong>do</strong> em dança no Brasil. O traje segue as especificações adequadas ao tipo de<br />

movimentação da coreografia.<br />

Eva – Luana Corrêa (01/12/95)<br />

Aluna <strong>do</strong> Curso de Formação Profissional, no Conservatório Brasileiro de Dança, sob a direção <strong>do</strong> professor<br />

Jorge Texeira. Aos 14 anos, já inclui no currículo resulta<strong>do</strong>s expressivos de <strong>com</strong>petições nacionais e<br />

internacionais <strong>do</strong>s quais: o 1º lugar <strong>do</strong> Youth América Grand Prix, em Nova York, em 2007, 1º lugar e<br />

bailarina revelação no Danzamérica, em Cór<strong>do</strong>ba, na Argentina, onde dançou nos anos de 2007 e 2008, 1º<br />

lugar no Festival Internacional de Dança de Joinville (2008 e 2009), 1º lugar na seletiva <strong>do</strong> Youth América<br />

Grand Prix, na cidade de Cór<strong>do</strong>ba, México (2009). Tem si<strong>do</strong> constantemente requisitada a se apresentar<br />

<strong>com</strong>o bailarina convidada, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> bailarino Gustavo Carvalho, em concursos nacionais e internacionais.<br />

Neste ano, de 2010, estará representan<strong>do</strong> o Brasil no Fórum de dança de Monte Carlo, no Beijing<br />

International Ballet Conpetition, China, no Miami Spanish Ballet Festival, EUA.


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

59<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Adão – Gustavo Carvalho (17/11/1995)<br />

Aluno <strong>do</strong> Curso de Formação Profissional, no Conservatório Brasileiro de Dança, sob a direção <strong>do</strong> professor<br />

Jorge Texeira. Com apenas 14 anos, já acumula troféus de gente grande, entre eles o de bailarino revelação e<br />

o 1º lugar no Danzamérica, em Cór<strong>do</strong>ba, na Argentina, nos anos de 2007 e 2008, 1º lugar no Festival<br />

Internacional de Dança de Joinville (2008 e 2009), 1º lugar na seletiva <strong>do</strong> Youth América Grand Prix, na<br />

cidade de Cór<strong>do</strong>ba, México (2009). Tem si<strong>do</strong> constantemente requisita<strong>do</strong> a se apresentar <strong>com</strong>o bailarino<br />

convida<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> da bailarina Luana Corrêa, em concursos nacionais e internacionais. Neste ano, de 2010,<br />

estará representan<strong>do</strong> o Brasil no Fórum de dança de Monte Carlo, no Beijing International Ballet Conpetition,<br />

China, no Miami Spanish Ballet Festival, EUA.<br />

HISTÓRICO DO COREÓGRAFO:<br />

Coreógrafo – Jorge Texeira<br />

Forma<strong>do</strong> em Educação Artística pela Faculdade de Formação Profissional Integrada e em Música pela<br />

Escola de Música Villa-Lobos, iniciou na dança em 1987, na Escola de Dança Hortência Mollo.<br />

Em 2001, passou a dirigir a Cia. Brasileira de Ballet, atualmente formada por 42 bailarinos.<br />

Em 2003, recebeu da Câmara Municipal <strong>do</strong> Rio de Janeiro a “Moção de Congratulações”, cedida pelo<br />

Verea<strong>do</strong>r e ator Cláudio Cavalcanti - por seu talento e <strong>com</strong>petência, para a melhoria constante <strong>do</strong> ensino da<br />

dança em nosso país.<br />

Em 2006, recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo” e a “Menção Honrosa”, pela sua contribuição<br />

cultural e artística à cidade de Cabo Frio.<br />

Neste mesmo ano trabalhou <strong>com</strong>o professor convida<strong>do</strong> da Cia. Deborah Colker.<br />

Recebeu <strong>do</strong> XIII Certamen Internacional de Danzas, “Danzamérica 2007”, o “Prêmio Dedicación”, <strong>com</strong>o<br />

melhor maestro prepara<strong>do</strong>r, na cidade de Cór<strong>do</strong>ba, Argentina.<br />

Em janeiro de 2007, fun<strong>do</strong>u o Conservatório Brasileiro de Dança e a ONG Ciranda Carioca, <strong>com</strong> a<br />

qual recebeu o “Prêmio Cultura Nota 10”, único reconhecimento público oficial a projetos culturais<br />

inova<strong>do</strong>res no Rio de Janeiro.<br />

Em março de 2007 lhe é concedida a “Moção Aplauso”, pela Prefeitura da Cidade <strong>do</strong> Carmo.<br />

A mais recente conquista, em 2008 e 2009, foi o prêmio de “Melhor Grupo” concedi<strong>do</strong> pelo Festival de<br />

Dança de Joinville, a mais importante <strong>com</strong>petição de dança <strong>do</strong> país.<br />

Atua <strong>com</strong>o coordena<strong>do</strong>r e supervisor de cursos de ballet clássico de algumas escolas de dança no Brasil,<br />

participa <strong>com</strong>o jura<strong>do</strong> e ministra cursos e workshops, para alunos e professores, em festivais e concursos de<br />

dança. É diretor artístico <strong>do</strong> “Festival Internacional de Dança da Cidade de Cabo Frio”, desde sua<br />

criação, em 2005.<br />

Nos últimos anos, tem si<strong>do</strong> convida<strong>do</strong> junto a seus alunos a representar nosso país nos principais festivais<br />

de dança <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> taís <strong>com</strong>o: Youth América Grand Prix , New York – EUA; Prix de Lausanne,<br />

Lausanne – Suiça; Beijing International Ballet Invitational, na China.<br />

Desde 2007, assina <strong>com</strong>o coreógrafo a Comissão de Frente de Escolas de Samba <strong>do</strong> Grupo Especial <strong>do</strong><br />

Rio de Janeiro, <strong>com</strong>o Portela (2007, 2008 e 2009) e Mocidade Independente de Padre Miguel (2010).


Abre-Alas – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Carnaval/2010<br />

60<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

1º Mestre-Sala Idade<br />

Fabrício Pirez 29 anos<br />

1ª Porta-Bandeira Idade<br />

Cristiane Caldas 25 anos<br />

2º Mestre-Sala Idade<br />

José Roberto 19 anos<br />

2ª Porta-Bandeira Idade<br />

Elaine 32 anos<br />

3º Mestre-Sala Idade<br />

Fábio Júnior 17 anos<br />

3ª Porta-Bandeira Idade<br />

Natália 16 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

DEFESA DO 1º CASAL<br />

Fantasia: Aves <strong>do</strong> Paraíso. O casal representa as aves que habitavam o Paraíso Edênico, cria<strong>do</strong> por<br />

Deus. A opção pela fantasia justifica-se pelas palavras de Deus: “... e que por cima da terra voem aves,<br />

sob o firmamentos <strong>do</strong>s céus...” (Gênesis 1-21) . Assim dito, Deus criou todas as aves aladas, segun<strong>do</strong> as<br />

suas espécies. É importante ressaltar que a beleza de tais aves, as <strong>do</strong> paraíso, estava em sua exuberante<br />

plumagem usada muitas vezes nos seus rituais de acasalamento. Assim sen<strong>do</strong> a dança <strong>do</strong> 1º casal aliada<br />

à exuberância plumária de sua indumentária tem <strong>com</strong>o função encantar os olhos daqueles que estão no<br />

sambódromo e fazer <strong>com</strong> que o “coração <strong>do</strong>s que ali estão, solte da boca” diante tamanha energia, beleza<br />

e vibração.<br />

A dupla volta a dançar junto neste carnaval e já estiveram juntos no G.R.E.S. Portela, entre os anos de<br />

2002 a 2004, e G.R.E.S. Caprichosos de Pilares em 2005. No último carnaval Fabrício Pirez desfilou<br />

pela G.R.E.S. Portela enquanto que Cristiane Caldas pelo G.R.E.S. Paraíso <strong>do</strong> Tuiuti. A dupla acumula<br />

prêmios individuais; tais <strong>com</strong>o o Estandarte de Ouro de Revelação <strong>do</strong> Carnaval de 2001 para Cristiane<br />

Caldas e o Troféu Samba-Net de melhor Mestre-Sala para Fabrício Pirez no ano de 2006 e 2007.<br />

DEFESA DO 2º CASAL<br />

Fantasia: Rito Xamânico. O casal representa o rito xamânico <strong>do</strong>s índios que buscavam encontrar a sua<br />

terra sem males. A dança era uma forma de concentrar energias e alcançar um esta<strong>do</strong> de transe e<br />

<strong>com</strong>unicação <strong>com</strong> a ancestralidade indígena. Portanto achamos viável representarmos tal prática na<br />

dança <strong>do</strong> 2º casal de mestre-sala e porta-bandeira que de certa forma vivenciam um certo transe ao<br />

conduzirem o pavilhão de sua agremiação.<br />

DEFESA DO 3º CASAL<br />

Fantasia: Folia Independente. O casal representa a folia <strong>do</strong> torce<strong>do</strong>r independente que vibra e torce por<br />

sua escola. Aludin<strong>do</strong> um arlequim e uma colombina, figuras típicas <strong>do</strong> carnaval, o 3º casal de mestresala<br />

e porta-bandeira procurará exprimir toda emoção e alegria <strong>do</strong> torce<strong>do</strong>r independente na sua dança.


G.R.E.S.<br />

UNIDOS DO<br />

PORTO DA PEDRA<br />

PRESIDENTE<br />

UBERLAN JORGE DE OLIVEIRA<br />

61


“Com que roupa... eu vou? Pro<br />

samba que você me convi<strong>do</strong>u.”<br />

Carnavalesco<br />

PAULO MENEZES<br />

63


Enre<strong>do</strong><br />

Com que roupa... eu vou? Pro samba que você me convi<strong>do</strong>u.<br />

Carnavalesco<br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Paulo Menezes<br />

01 80 Anos de Moda<br />

no Brasil<br />

02 Com ou Sem a<br />

Folha de Parreira –<br />

A Curiosa História<br />

da Moda<br />

03 The Complete<br />

Costume History<br />

04 A Cultura das<br />

Aparências – Uma<br />

História da<br />

Indumentária<br />

05 Dicionário da Moda<br />

06 Enciclopédia da<br />

Moda<br />

07 Histoire du<br />

Costume en<br />

Occident<br />

08 História da Moda:<br />

Uma Narrativa<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Livro Autor Editora<br />

65<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Gontijo, Silvana Nova Fronteira 1987 Todas<br />

Del Nero, Ciro Anhembi<br />

Morumbi<br />

2007 Todas<br />

Racinet, Auguste Taschen 2003 Todas<br />

Roche, Daniel Senac 2007 Todas<br />

Sabino, Marco Campus 2007 Todas<br />

Callan, Georgina<br />

O‟Hara<br />

Cia. das Letras 2007 Todas<br />

Boucher, François Flamarion 1983 Todas<br />

Braga, João Anhembi<br />

Morumbi<br />

2004 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Com que roupa... eu vou? Pro samba que você me convi<strong>do</strong>u.<br />

Carnavalesco<br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Paulo Menezes<br />

Livro Autor Editora<br />

09 História de La<br />

Moda Desde Egipto<br />

Hasta Nuestros<br />

Dias<br />

10 História del Vesti<strong>do</strong> Anawalt, Patrícia<br />

Rieff<br />

11 História <strong>do</strong><br />

Vestuário<br />

66<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Cosgrave, Bronwyn Gili 2005 Todas<br />

Blume 2007 Todas<br />

Kohler, Carl Martins Fontes 2001 Todas<br />

12 Histórias da Moda Grumbach, Didier Cosac & Naify 2009 Todas<br />

13 Kostumgeschichte<br />

in Bildern<br />

14 A Moda e Seu<br />

Papel Social<br />

15 Moda – O Século<br />

<strong>do</strong>s Estilistas<br />

16 Moda – Una<br />

Historia Desde El<br />

Siglo XVIII<br />

Bruhn, Wolfgang Wasmuth 1966 Todas<br />

Crane, Diana Senac 2006 Todas<br />

Seeling, Charlotte Konemann 2000 Todas<br />

S/a Taschen 2005 Todas


Enre<strong>do</strong><br />

Com que roupa... eu vou? Pro samba que você me convi<strong>do</strong>u.<br />

Carnavalesco<br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Paulo Menezes<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Paulo Menezes<br />

17 A Roupa e a Moda<br />

– Uma História<br />

Concisa<br />

18 Teci<strong>do</strong>s – História,<br />

Tramas, Tipos e<br />

Usos<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Livro Autor Editora<br />

67<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Laver, James Cia das Letras 2002 Todas<br />

Pezzolo, Dinah<br />

Bueno<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Senac 2008 Todas<br />

Paulo Menezes é historia<strong>do</strong>r e programa<strong>do</strong>r visual.<br />

Iniciou seu trabalho no carnaval em 1992 no grupo de acesso. Desde então tem se destaca<strong>do</strong> por sua<br />

característica de riqueza em detalhes e um preciosismo no acabamento.<br />

Com um trabalho bem elabora<strong>do</strong> no grupo de acesso em escolas <strong>com</strong>o Paraíso <strong>do</strong> Tuiuti e União da<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r, chega ao grupo especial <strong>com</strong> identidade definida e personalidade própria.<br />

Paraíso <strong>do</strong> Tuiuti, Mocidade Independente de Padre Miguel, Império Serrano e Estácio de Sá<br />

estiveram sob seu <strong>com</strong>an<strong>do</strong> no grupo especial.<br />

Em 2009 esteve a frente da Renascer de Jacarepaguá em parceria <strong>com</strong> Paulo Barros.<br />

É considera<strong>do</strong> pela mídia especializada uma das grandes revelações <strong>do</strong> carnaval carioca.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

“COM QUE ROUPA... EU VOU?<br />

PRO SAMBA QUE VOCÊ ME CONVIDOU.”<br />

Moda e arte sempre caminharam juntas, mesmo que inconscientemente.<br />

A cada mudança de pensamento, de <strong>com</strong>portamento e de linguagem artística, o<br />

homem a<strong>com</strong>panhava <strong>com</strong> a sua maneira de vestir esta evolução.<br />

É possível contar a história da humanidade de diversas maneiras, mas sempre que<br />

nosso interesse for a arte, veremos a moda, ao seu la<strong>do</strong>, se aproprian<strong>do</strong> destas<br />

características artísticas para si, e então, poderemos <strong>com</strong>preender através da maneira<br />

<strong>do</strong> homem se vestir, <strong>com</strong>o ele se <strong>com</strong>portou social, política e economicamente, pois a<br />

maneira de pensar vai influir diretamente nas suas escolhas estéticas.<br />

A Moda é uma arte que não veste telas nem muros, ela se expressa no movimento <strong>do</strong>s<br />

corpos, de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> a ideologia, o desejo de cada um. Como os belos quadros, ela<br />

representa a voz <strong>do</strong> seu cria<strong>do</strong>r.<br />

Antes da Moda<br />

68<br />

“A moda é passageira, sua história, não”<br />

Marco Sabino<br />

O homem nasceu nu.<br />

Não se sabe ao certo a partir de quan<strong>do</strong> ele <strong>com</strong>eçou a se vestir, aliás, a se cobrir <strong>com</strong><br />

a pele <strong>do</strong>s animais. Terá si<strong>do</strong> por proteção? Por misticismo? Isto nunca saberemos,<br />

mas, a partir dali, estava plantada a semente da vaidade no ser humano e a sua<br />

vestimenta vai passar, durante muitos séculos, a determinar a sua condição social.<br />

E a arte já estava presente ali, pois o homem passa a se expressar através de pinturas e<br />

desenhos nas cavernas. O conceito ainda não estava forma<strong>do</strong>, mas era um embrião.<br />

Quan<strong>do</strong> falamos em moda na pré-história a primeira imagem que nos vem à mente<br />

são os Flintstones, que nos leva a fantasiar que naquela época tu<strong>do</strong> era “fashion”,<br />

diverti<strong>do</strong>. Mas das peles costuradas <strong>com</strong> tripas de animais por agulhas de marfim até a<br />

invenção <strong>do</strong> tear, vão-se muitos milhares de anos.<br />

Na Antiguidade, teremos o surgimento de grandes civilizações, que se caracterizavam<br />

principalmente pela religiosidade, a distinção social vai ficar muito acentuada neste<br />

perío<strong>do</strong>, pois quanto mais teci<strong>do</strong>, maior o poder. Neste perío<strong>do</strong> os ornamentos e as<br />

jóias vão <strong>com</strong>eçar a ganhar destaque.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Nem sempre os homens usavam calças e as mulheres saias, isso é coisa moderna.<br />

Algumas vezes já foi o contrário, pois de um quadra<strong>do</strong> de pano, eram feitos saias,<br />

saiotes, túnicas que eram amarradas, costuradas ou drapeadas, que em alguns<br />

momentos nos remetem à arquitetura lembran<strong>do</strong> as colunas <strong>do</strong>s templos.<br />

E a roupa escurece, ganha tons sóbrios, a arte também. A religiosidade aflora. A arte<br />

era inspirada pela fé e a roupa segue o mesmo caminho. A silhueta não era o mais<br />

importante, e sim a quantidade de teci<strong>do</strong> que a cobria.<br />

A intenção era tocar a Deus, chegar mais perto <strong>do</strong> céu, e assim a silhueta foi se<br />

alongan<strong>do</strong>, lembran<strong>do</strong> as torres das catedrais. Os vitrais góticos vão influenciar em<br />

cores a indumentária, mas sempre <strong>com</strong> ares sombrios.<br />

Este perío<strong>do</strong> marca uma descoberta que vai a<strong>com</strong>panhar o homem até nossos dias e<br />

vai exercer um papel fundamental na sua vaidade: o espelho.<br />

Narciso man<strong>do</strong>u lembranças!<br />

No renascer <strong>do</strong> homem, nasce a moda<br />

Renasce o homem, surge a burguesia, o broca<strong>do</strong>, o velu<strong>do</strong>, e <strong>com</strong> eles o alfaiate. Os<br />

tempos eram outros, e a roupa mu<strong>do</strong>u. A busca <strong>do</strong> ideal de perfeição, representada nas<br />

artes, também se faz presente nas roupas.<br />

O homem voltou a olhar para si.<br />

O mun<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçou a se movimentar, e o homem vai <strong>com</strong>eçar a movimentar também a<br />

sua maneira de vestir, e essas mudanças se tornarão cada vez mais freqüentes.<br />

A ciência e a razão são mais fortes que a emoção, e <strong>com</strong> isso surgem as golas, que vão<br />

se tornar cada vez maiores, para valorizar a mente, em sobreposição ao corpo, e aos<br />

mais pobres também.<br />

Em contraposição a este ideal, vemos surgir mais tarde, um novo movimento que<br />

mostra certa tendência ao bizarro, ao assimétrico, ao extravagante, ao apelo<br />

emocional. O Rei francês Luiz XIV vai marcar este perío<strong>do</strong> <strong>com</strong>o o grande<br />

responsável pelas extravagâncias da época, que serão assimiladas por toda a Europa.<br />

As roupas masculinas se sobrepõem às femininas, ganhan<strong>do</strong> ares de fantasia, <strong>com</strong> as<br />

silhuetas mais amplas.<br />

Perucas, rendas, fitas, salto alto, plumas... E as mulheres ficam para trás.<br />

E as artes seguem este mesmo caminho barroco, caracteriza<strong>do</strong> pela monumentalidade<br />

das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.<br />

O homem, aos poucos, vai se tornan<strong>do</strong> mais romantico, sem deixar de la<strong>do</strong> os<br />

exageros. Tu<strong>do</strong> é mais leve, foi um perío<strong>do</strong> de liberdade de movimentos, da<br />

sensibilidade e <strong>do</strong> espírito.<br />

69


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

As pessoas pareciam bonecos de porcelana, <strong>com</strong> perucas e cabelos empoa<strong>do</strong>s,<br />

lembran<strong>do</strong> verdadeiros bibelôs.<br />

Os homens vão fican<strong>do</strong> mais esbeltos no vestir deixan<strong>do</strong> de la<strong>do</strong> a exuberância e<br />

entregaram-na as mulheres, que trouxeram para si o direito as transformações, <strong>com</strong><br />

anáguas imensas e cinturas finíssimas.<br />

O homem <strong>do</strong> rococó é um cortesão, amante da boa vida e da natureza.<br />

Com o perío<strong>do</strong> neo clássico, vão surgir os primeiros figurinos de moda, e a influência<br />

grega vai determinar não somente a arte <strong>com</strong>o a moda. A silhueta se afina e se alonga,<br />

desaparecem as caudas, lembran<strong>do</strong> novamente colunas, e o homem se simplifica cada<br />

vez mais.<br />

Um novo tempo<br />

Vira o século, novos rumos, novos ares, novas artes.<br />

Uma arte nova vai dar à moda uma nova linguagem. A mulher fica mais sinuosa, as<br />

linhas são mais leves, chapéus, laços e flores. O mun<strong>do</strong> fica mais rápi<strong>do</strong> e isto vai<br />

influenciar o vestir. As mudanças são mais rápidas, assim <strong>com</strong>o os movimentos <strong>do</strong>s<br />

artistas.<br />

Começam a surgir os primeiros estilistas e a cada dia surgem mais e melhores.<br />

O mun<strong>do</strong> avança, novos movimentos vêm em contraponto a esta nova arte, mais<br />

moderna, mais geométrica.<br />

A moda já tomou conta <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, ele se torna cada vez menor e mais rápi<strong>do</strong>. E ela<br />

vai se tornan<strong>do</strong> cada vez mais efêmera.<br />

A cada dia, novos traços, novos modelos, novas coleções e o homem quer sempre<br />

mais, pois moda é tu<strong>do</strong>, menos tédio.<br />

O que ficará de herança para a história neste século? É difícil saber, mas temos<br />

certeza que alguns momentos se eternizarão: a invenção da mini-saia, <strong>do</strong> jeans e da<br />

camiseta. Isto ficará para a história, juntamente <strong>com</strong> um personagem desse tempo que<br />

jamais será esqueci<strong>do</strong>: Mademoiselle Coco Chanel. Ela deixou de criar moda para<br />

criar estilo.<br />

Antropofagia<br />

E o Brasil?<br />

Como num movimento antropofágico, nós absorvemos todas essas influências e hoje<br />

fazemos uma moda <strong>com</strong> a cara <strong>do</strong> Brasil, atrain<strong>do</strong> os olhares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para a nossa<br />

arte. Arte sim, pois fazer moda é fazer arte, é contar História, observan<strong>do</strong> e utilizan<strong>do</strong><br />

as formas que também estão na arquitetura, na escultura, na pintura, na musica, na<br />

literatura e, sobretu<strong>do</strong>, no véu cultural que já cobriu ou irá cobrir nossa sociedade.<br />

70


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

“Moda é oferta. Estilo é escolha. Faça as suas”<br />

Glória Kalil<br />

Desde muito tempo, quan<strong>do</strong> o homem cobriu seu corpo pela primeira vez, seja por<br />

necessidade de proteção, magia ou poder, ele descobriu um sentimento que, a partir de<br />

então, iria definir toda a sua conduta: a vaidade.<br />

E é este sentimento que estará presente em to<strong>do</strong> o processo <strong>histórico</strong> da evolução da<br />

humanidade. Seja na pré-história, no surgimento das grandes civilizações, nas idades<br />

das trevas e da luz, no perío<strong>do</strong> moderno ou contemporâneo, veremos o homem<br />

sempre em busca <strong>do</strong> “belo”, espelho fiel das mudanças sociais e culturais, e da<br />

multiplicidade de formas nas quais se exprime a criatividade humana.<br />

71<br />

Paulo Menezes


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

A moda reflete a maneira passageira de se vestir e de se <strong>com</strong>portar em determinada<br />

época. Cíclica, é também sinônimo <strong>do</strong> conjunto de fatores que envolvem beleza,<br />

interesses, consumismo, vaidade, dinheiro, poder, preconceitos, distinções e<br />

frustrações. Corresponde também ao desejo constante de renovação visual e, em seu<br />

início, sempre foi ligada à aristocracia e às elites.<br />

Desde o início, quan<strong>do</strong> o homem <strong>com</strong>eçou a cobrir seu corpo a cada dia ele sentiu a<br />

necessidade de se enfeitar cada vez mais, e foi sempre procuran<strong>do</strong> novas formas e<br />

maneiras para isso.<br />

Contar a história das roupas é, ao mesmo tempo contar a história da humanidade, pois<br />

sempre que a maneira <strong>do</strong> homem se vestir sofre uma mudança, veremos também uma<br />

mudança no pensamento, no <strong>com</strong>portamento, e principalmente nas artes.<br />

E são os movimentos de arte que vão sempre estar relaciona<strong>do</strong>s a maneira <strong>do</strong> homem<br />

se vestir. O Gótico, o Renascimento, o Barroco, o Rococó, o Neoclássico, Art<br />

Nouveau, Art Deco, Pop Art, passam a ser capítulos desta história tão intensa, cheia<br />

de nuances e variações que é a história da indumentária.<br />

O roteiro da história da moda está cheio de curiosidades e transformações, mutações,<br />

reformas e recuperações em um retrato polimorfo em constante metamorfose, que é a<br />

essência da moda.<br />

E assim também é o carnaval, onde a cada ano cada escola lança uma coleção <strong>com</strong> um<br />

trabalho de pesquisa, conceito, cores, formas e tendências.<br />

Isso mesmo, tendências, pois a cada ano vamos ven<strong>do</strong> que o carnaval vai sofren<strong>do</strong><br />

transformações ou vai se aproprian<strong>do</strong> de conceitos passa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> novas linguagens e<br />

soluções.<br />

Carnaval é arte.<br />

Arte é moda.<br />

Moda é carnaval.<br />

E vamos mostrar nossa coleção!<br />

72


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

Comissão de Frente<br />

BRINCANDO DE BONECAS<br />

1º SETOR: E ANTES DA MODA, O QUE HAVIA?<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

FORÇA, PODER E ENERGIA<br />

Tripé Pede Passagem:<br />

PEDROCK<br />

Ala 01 – Comunidade<br />

PEDROCK<br />

Alegoria 01 – Abre-Alas<br />

ANTES DA MODA ERA ASSIM<br />

2º SETOR: DO CLÁSSICO AO GÓTICO<br />

Ala 02 – Coreografada<br />

EGITO<br />

Tripé<br />

EGITO<br />

Ala 03 – Comunidade<br />

ANTIGUIDADE CLÁSSICA<br />

Ala 04 – Comunidade<br />

BIZÂNICO<br />

Ala 05 – Comunidade<br />

IDADE MÉDIA<br />

Ala 06 – Comunidade<br />

GÓTICO<br />

Destaque de Chão<br />

QUERO ALCANÇAR DEUS<br />

73


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Alegoria 02<br />

GÓTICO<br />

3º SETOR: O RENASCIMENTO<br />

Ala 07 – Comunidade<br />

RENASCER PARA UM NOVO MUNDO<br />

Ala 08 – Comunidade<br />

LANDSKNECHT<br />

Ala 09 – Comunidade<br />

ALFAIATE<br />

Ala 10 – Comunidade<br />

RUFOS<br />

Ala das Baianas<br />

RAINHA ELIZABETH<br />

Destaque de Chão<br />

UM RENASCER HUMANISTA<br />

PARA A MODA<br />

Alegoria 03<br />

RENASCIMENTO<br />

4º SETOR: O BARROCO E A VAIDADE<br />

Ala 11 – Comunidade<br />

PANDORAS<br />

Ala 12 – Comunidade<br />

FITAS<br />

Rainha da Bateria<br />

AS JÓIAS DO REI SOL<br />

74


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Bateria<br />

LUIZ XIV – O REI SOL<br />

Ala das Passistas<br />

CORTE DO REI SOL<br />

Ala 13 – Comunidade<br />

LAÇOS<br />

Ala 14 – Comunidade<br />

ARABESCOS<br />

Destaque de Chão<br />

LUSTRES DE VERSAILLES<br />

Alegoria 04<br />

BARROCO<br />

5º SETOR: ROCOCÓ O EXAGERO DO EXAGERO<br />

Ala 15 – Comunidade<br />

FLORES<br />

Ala 16 – Comunidade<br />

TOUCADOR<br />

Ala 17 – Comunidade<br />

PERUCA EMPOADA<br />

Ala 18 – Comunidade<br />

ROUPA INTIMA<br />

Ala 19 – Coreografada<br />

SEDUÇÃO<br />

Alegoria 05<br />

ROCOCÓ<br />

75


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

6º SETOR: O NEOCLÁSSICO<br />

Ala 20 – Comunidade<br />

MULHER COLUNA<br />

Ala 21 – Comunidade<br />

NAPOLEÃO<br />

Destaque de Chão<br />

JOSEPHINE DE BEAUHARNAIS<br />

Tripé<br />

NEOCLÁSSICO<br />

7º SETOR: UM NOVO TEMPO<br />

Ala 22 – Comunidade<br />

ROMANTISMO<br />

Ala 23 – Comunidade<br />

ART NOUVEAU<br />

Velha-Guarda<br />

ART DECÔ<br />

Ala 24 – Comunidade<br />

POP ART<br />

Ala 25 – Comunidade<br />

QUERO SER NAOMI<br />

Destaque de chão<br />

A ARTE DE RENÉ LALIQUE<br />

Alegoria 06<br />

ART NOUVEAU<br />

76


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

8º SETOR: BRASIL FASHION WEEK<br />

Ala 26 – Comunidade<br />

ZUZU ANGEL<br />

Ala 27 – Comunidade<br />

ALEXANDRE HERCHCOVITCH<br />

Ala 28 – Comunidade<br />

JUM NAKAO<br />

Ala 29 – Comunidade<br />

LINO VILLAVENTURA<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Rodrigo e Vanessa<br />

FASHION RIO<br />

Ala 30 – Comunidade<br />

RONALDO FRAGA<br />

Ala 31 – Comunidade<br />

OSKAR METSAVAHT<br />

Destaque de Chão<br />

HOMENAGEM A SIMON AZULAY<br />

Alegoria 07<br />

SAPUCAÍ FASHION DAY<br />

Ala 32 – Beto Neves<br />

COM QUE ROUPA EU VOU?<br />

Ala 33 – Comunidade<br />

NOIVAS<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

VESTIR SÃO JORGE<br />

77


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

* PEDE PASSAGEM:<br />

PEDROCK<br />

01 ANTES DA MODA ERA<br />

ASSIM<br />

78<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A Porto da Pedra convida a to<strong>do</strong>s para entrar neste mun<strong>do</strong> de<br />

fantasia que o Carnaval nos permite. O Pede Passagem é um<br />

portal que nos conduzirá ao passa<strong>do</strong>, a Idade da Pedra, para ali<br />

entendermos <strong>com</strong>o o homem <strong>com</strong>eçou a sentir necessidade de<br />

cobrir o seu corpo. Frio, magia, proteção, poder? Tire as suas<br />

conclusões e viagem neste mun<strong>do</strong> de cores e alegria que o início<br />

<strong>do</strong> desfile nos proporcionará.<br />

Quan<strong>do</strong> falamos em moda na pré-história a primeira imagem<br />

que nos vem à mente são os Flintstones, que nos leva a fantasiar<br />

que naquela época tu<strong>do</strong> era “fashion”, diverti<strong>do</strong>. Mas das peles<br />

costuradas <strong>com</strong> tripas de animais por agulhas de marfim até a<br />

invenção <strong>do</strong> tear, vão-se muitos milhares de anos. E até hoje<br />

não sabemos ao certo quan<strong>do</strong> e por que o homem <strong>com</strong>eçou a se<br />

vestir. Seria por magia, por proteção? O que sabemos é que a<br />

partir de então ele nunca mais parou de se enfeitar.<br />

A alegoria nos mostra uma cidade pré-histórica, <strong>com</strong> túneis,<br />

estradas, casas e homens passean<strong>do</strong> de carros de pedra, numa<br />

grande e colorida brincadeira que nos lembra uma história em<br />

quadrinhos. Use a imaginação!<br />

Destaque central – Isabelle Nimirchter<br />

Composições femininas – Pré História Fashion<br />

Composições masculinas – Homem das Cavernas<br />

Composições femininas – Mulheres das Cavernas<br />

* TRIPÉ EGITO Tripé de apoio a ala 02, que representa a entrada da Rainha<br />

Cleópatra em Roma. Inspira<strong>do</strong> no filme Cleópatra <strong>com</strong><br />

Elizabeth Taylor<br />

02 GÓTICO Aflora a religiosidade. A fé inspira a Arte. As catedrais se<br />

verticalizam, pois a intenção era tocar Deus. A era <strong>do</strong><br />

Teocentrismo, pois a Igreja se sobrepunha a tu<strong>do</strong>, inclusive aos<br />

monarcas. Houve uma verticalização da silhueta, num<br />

a<strong>com</strong>panhamento da arquitetura.A alegoria totalmente inspirada<br />

nas catedrais góticas européias, <strong>com</strong> suas imensas e trabalhadas<br />

torres. A alegoria foi totalmente decorada e depois sofreu um<br />

processo de pintura e envelhecimento, para que ficasse <strong>com</strong> o<br />

mesmo aspecto envelheci<strong>do</strong> das catedrais originais. O contraste<br />

se dará <strong>com</strong> os vitrais ilumina<strong>do</strong>s, que criará um clima de<br />

mistério e religiosidade.<br />

Destaque: Flávio Rocha – Henrique V<br />

Composições femininas – Torres<br />

Composições masculinas – Cavaleiros Cruza<strong>do</strong>s<br />

Composições femininas – Sedas, Broca<strong>do</strong>s e Jóias


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

79<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

03 RENASCIMENTO O reina<strong>do</strong> de Elizabeth I é considera<strong>do</strong> o ápice da<br />

Renascença. A moda neste perío<strong>do</strong>, foi influenciada<br />

pelas vestimentas da “Rainha Virgem”, suntuosas e<br />

rebordadas. O perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> Renascimento vai marcar uma<br />

grande transformação no mun<strong>do</strong>. O homem passa a ser<br />

o centro <strong>do</strong> universo, as grandes navegações deixa o<br />

mun<strong>do</strong> menor. É o perío<strong>do</strong> de grandes artistas, <strong>com</strong>o<br />

Michelangelo e Leonar<strong>do</strong> da Vinci, e também de<br />

grandes filósofos. O pensamento humano deixa de la<strong>do</strong><br />

a emoção e dá vez a razão.O <strong>com</strong>ércio se expande e o<br />

catolicismo é abala<strong>do</strong> <strong>com</strong> o protestantismo. A busca <strong>do</strong><br />

ideal de perfeição, surgida nas artes, se fez presente<br />

também na indumentária. Surgem as grandes golas<br />

(rufos), capas, decotes, gibões e mangas bufantes.<br />

A alegoria representa o quarto de vestir da Rainha<br />

Elizabeth, <strong>com</strong> suas roupas e perucas, de variadas<br />

formas. A parte posterior nos remete a arquitetura, onde<br />

um globo terrestre faz a ligação <strong>com</strong> as grandes<br />

navegações e o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s descobrimentos. Toda a<br />

alegoria, em termos de fantasia, é baseada na figura da<br />

Rainha Virgem, pois ela atravessa um perío<strong>do</strong> muito<br />

grande de reina<strong>do</strong>, e vai influenciar várias gerações.<br />

Destaque central alto: Renato Martins – Elizabeth I<br />

Destaque Lateral: Carlos Martins – Leonar<strong>do</strong> da Vinci<br />

Destaque Lateral: Carlos Tavares – Michelangelo<br />

Composições Femininas: Aias<br />

Composições Masculinas – Guardiões das Roupas da<br />

Rainha<br />

Composições Drags – Rainha Elizabeth<br />

Composições Femininas – A era <strong>do</strong> Ouro<br />

Composições Masculinas – Reafirman<strong>do</strong> o Poder


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

80<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

04 BARROCO Pode ser <strong>com</strong>preendi<strong>do</strong> <strong>com</strong>o um movimento nasci<strong>do</strong><br />

nas artes, <strong>com</strong> um estilo rebusca<strong>do</strong>, <strong>com</strong> profusão de<br />

elementos decorativos. Uma ruptura <strong>do</strong> renascimento,<br />

repleto de dramaticidade, exagero, contrastes e impacto<br />

visual, e tem na figura de Luiz XIV, o Rei Sol, o seu<br />

maior expoente, transforman<strong>do</strong> a moda masculina<br />

excessiva, <strong>com</strong> ares de fantasia e uma silhueta ampla.<br />

As golas rufos saem de cena, para dar lugar a perucas<br />

<strong>com</strong>pridas e cacheadas, rendas, fitas, broca<strong>do</strong>s, velu<strong>do</strong>s<br />

e jóias, muitas jóias.<br />

A alegoria é uma inspiração livre sobre o Palácio de<br />

Versailles, <strong>com</strong> o seu salão de espelhos e jardins<br />

mitológicos, onde a figura mitológica de Apolo é<br />

associada à imagem <strong>do</strong> Rei. O carro é to<strong>do</strong> revesti<strong>do</strong> de<br />

folhas de revistas <strong>com</strong> editorias de moda, receben<strong>do</strong><br />

depois um tratamento que o transforma em um grande<br />

patchwork <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>.<br />

Destaque central alto: Flávio Schenilly – Rei Sol<br />

Destaque central médio: Rosa Leal – Pedras Lapidadas<br />

Destaque central baixo: Marcelo Santos – O Fauno<br />

Personagem: Max Fivelinha – Luiz XIV<br />

Composição masculina – Seres Mitológicos<br />

Composição feminina – Madame Montespan<br />

Composição masculina – Faunos


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

81<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

05 ROCOCÓ Estilo nasci<strong>do</strong> na França, tem <strong>com</strong>o características as<br />

cores claras aliadas ao <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> e motivos florais e da<br />

natureza. Como o barroco, na moda também foi um<br />

perío<strong>do</strong> de excessos, <strong>com</strong> grande profusão de laços de<br />

fitas, rendas, sedas e broca<strong>do</strong>s. Os cabelos, a princípio<br />

baixos, vão ganhan<strong>do</strong> a cada dia uma dimensão maior,<br />

acrescenta<strong>do</strong> de elementos. É o momento da inversão, a<br />

roupa feminina ganha mais elementos, amplitude e a <strong>do</strong><br />

homem vai fican<strong>do</strong> mais limpa, sem excessos. Os<br />

vesti<strong>do</strong>s não eram mais simples peças de vestir, mas<br />

incríveis construções arquitetônicas feitas de tela.<br />

O grande personagem desse perío<strong>do</strong> é a Rainha da<br />

França Maria Antonieta, que usava os artifícios de sua<br />

costureira Rose Bertin, para lançar modas e modismos.<br />

A alegoria é uma grande escultura de Maria Antonieta,<br />

onde sua saia se transforma num salão de bailes<br />

parisiense, freqüenta<strong>do</strong> por ela.<br />

* TRIPÉ<br />

NEOCLÁSSICO<br />

Composição masculina – Corte Francesa<br />

Composição feminina – Corte Francesa<br />

Composição masculina – Orquestra de Violinos<br />

Personagem – Odair Zani – Maestro<br />

Com a coroação de Napoleão, a moda vai assimilar as<br />

referências da indumentária da Antiguidade Clássica,<br />

mas não <strong>com</strong>o uma cópia grega e sim uma considerável<br />

lembrança. Cintura alta, logo abaixo <strong>do</strong>s seios, teci<strong>do</strong>s<br />

leves e vaporosos marcam este perío<strong>do</strong>.<br />

E este perío<strong>do</strong> até hoje inspira criações.<br />

Neste elemento cenográfico teremos expostas as<br />

criações que o estilista brasileiro Victor Dzenk<br />

apresentou em janeiro, no Fashion Rio. Sua coleção foi<br />

toda inspirada na Grécia e no perío<strong>do</strong> Neoclássico.<br />

Personagem – Corintho Rodrigues – Napoleão


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

82<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

06 ART NOUVEAU Primeiro movimento de arte <strong>com</strong> novas idéias <strong>do</strong> século XX,<br />

não se inspiran<strong>do</strong> no passa<strong>do</strong> e sim na natureza e na<br />

atualidade. O movimento atingiu a produção de móveis,<br />

estampas, arquitetura e luminárias, que vão <strong>com</strong>por a<br />

estrutura <strong>do</strong> carro. Com o novo século, a realeza deixa de<br />

ditar moda para dar lugar aos estilistas, que tem em<br />

Mademoiselle Chanel <strong>com</strong>o seu grande expoente.<br />

A alegoria é <strong>com</strong>posta de vários vidros de perfume, que a<br />

partir de então também serão um <strong>do</strong>s setores da moda que<br />

causarão mais furor, que lembram a criação de Schiaparelli,<br />

depois adaptada por Jean Paul Gaultier, que terão soutiens<br />

elabora<strong>do</strong>s <strong>com</strong> características de estilistas que marcaram<br />

época, <strong>com</strong>o: Valentino, Lacroix, Dior, Mary Quant, Armani,<br />

Versace, Schiaparelli, Vionnet, Lanvin, Cardin, Thierry<br />

Mugler, Galliano e outros.<br />

Mondrian, que inspirou Yves Saint Laurent, <strong>com</strong>põe a saia e<br />

lateral <strong>do</strong> carro.<br />

Composições femininas: Luminárias Lalique<br />

07 SAPUCAÍ FASHION DAY “Graças a sua genialidade em criar uma identidade<br />

nacional, a imprensa internacional reconhece que o Brasil<br />

tem um olhar de vanguarda e passa a ser respeita<strong>do</strong> no<br />

mun<strong>do</strong> da moda.”<br />

Paulo Borges<br />

E é justamente essa genialidade que queremos mostrar nesta<br />

alegoria. Um grande desfile de moda, <strong>com</strong> várias passarelas,<br />

onde modelos desfilarão looks <strong>com</strong>postos pelos grandes<br />

estilistas brasileiros. Mostraremos também <strong>com</strong>o funciona<br />

um backstage, <strong>com</strong> as modelos se maquian<strong>do</strong>, se pentean<strong>do</strong> e<br />

se produzin<strong>do</strong>. As laterais da alegoria representam a fila A,<br />

onde jornalistas disputam os melhores lugares. A parte de<br />

cima da alegoria presta uma homenagem a vários estilistas<br />

que não estão mais presentes, somente na memória; mais<br />

acima acontece a festa de moda mais badalada da cidade, a<br />

festa da estilista Lenny Niemeyer, quan<strong>do</strong> encerra seus<br />

desfiles no Fashion Rio.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

83<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

Isabelle Nimirchter Fisioterapeuta<br />

Flávio Rocha Advoga<strong>do</strong><br />

Carlos Martins Cabeleireiro<br />

Carlos Tavares Cabeleireiro<br />

Renato Martins Desenhista<br />

Marcelo Santos Advoga<strong>do</strong><br />

Flávio Schenilly Empresário<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rua Rivadávia Correa, nº. 60 – Barracão 06 – Gamboa – Rio de Janeiro – RJ<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Jadir Barboza Correa (Deco)<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

Jadir Barboza Correa (Deco) João Batista Jorge<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Flavio Policarpo e Reginal<strong>do</strong> Leandro Assis<br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Vicente Jadir Barboza Correa (Deco)<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Thiago - Chefe de Adereços<br />

Renato - Laminação e Fibra<br />

Thiago - Empastelação<br />

Carlinhos Madureira - Estruturas de arame<br />

Vitor - Estruturas de Vime<br />

Elias - Movimentos<br />

Vicente - Iluminação<br />

André Fuentes - Efeitos especiais<br />

Chiquinho - Espuma<br />

Alegorias


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Brincan<strong>do</strong> de<br />

Bonecas<br />

* Força, Poder e<br />

Energia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

No imaginário infantil, o<br />

primeiro contato que uma<br />

menina tem <strong>com</strong> a moda é<br />

quan<strong>do</strong> ela brinca <strong>com</strong><br />

suas bonecas de papel e<br />

trocan<strong>do</strong> suas roupas, vai<br />

<strong>com</strong>binan<strong>do</strong> a melhor<br />

produção para cada uma.<br />

Meninas brincam de<br />

bonecas e bonecas<br />

brincam <strong>com</strong> meninas, use<br />

a imaginação!<br />

O homem pré-<strong>histórico</strong><br />

era místico e acreditava<br />

que vestin<strong>do</strong> a pele de<br />

animais anteriormente<br />

caça<strong>do</strong>s, ele iria adquirir a<br />

força daquele animal,<br />

enfim, além de se proteger<br />

<strong>do</strong> clima os homens se<br />

vestiam por misticismo e<br />

por poder. A fiação e a<br />

tecelagem ainda eram<br />

desconhecidas, prendiam<br />

suas roupas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

corpo <strong>com</strong> tendões de<br />

animais ou fibras vegetais<br />

através de pequenos furos,<br />

usan<strong>do</strong> espinhos ou ossos<br />

para perfurar o couro.<br />

84<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comissão de<br />

Frente<br />

1º Casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Alice Arja 2009<br />

Bonifácio<br />

Junior<br />

1978


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

01 Pedrock O homem nasceu nu, mas<br />

os animais não. Aí tu<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>eçou. Através da pele<br />

<strong>do</strong> animal o homem<br />

<strong>com</strong>eça a cobrir seu<br />

corpo. Necessidade,<br />

proteção, misticismo? Não<br />

sabemos. As Fantasias<br />

desta ala nos remete a<br />

uma família pré-histórica,<br />

em uma grande<br />

brincadeira <strong>com</strong> o nosso<br />

imaginário. Unin<strong>do</strong><br />

elementos pré-<strong>histórico</strong>s<br />

<strong>com</strong> alguns atuais, <strong>com</strong>o<br />

bijuterias e pentea<strong>do</strong>s.<br />

02 Egito Inspiração na cena <strong>do</strong><br />

Filme Cleópatra em sua<br />

entrada em Roma, a ala<br />

alia vários trajes egípcios,<br />

<strong>com</strong>o o escravo, o faraó, o<br />

sacer<strong>do</strong>te, em um<br />

movimento coreográfico<br />

apoia<strong>do</strong> por um tripé, que<br />

carrega a Rainha<br />

Cleópatra. Túnicas,<br />

plissa<strong>do</strong>s, a<strong>do</strong>rnos,<br />

pedrarias, cintos e golas<br />

vão criar um contraste<br />

colori<strong>do</strong>.<br />

85<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Coreografada João Correa 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

03 Antiguidade<br />

Clássica<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ala possui <strong>do</strong>is<br />

figurinos: Grécia, <strong>com</strong><br />

seus drapea<strong>do</strong>s,<br />

elabora<strong>do</strong>s e marcantes.<br />

Com um retângulo de<br />

teci<strong>do</strong> era criada sua mais<br />

importante indumentária,<br />

o quiton, que <strong>com</strong> o tempo<br />

vai ganhan<strong>do</strong> várias outras<br />

formas mais elaboradas. A<br />

fantasia tem referências<br />

<strong>do</strong> teatro e da arquitetura.<br />

Roma tem a toga <strong>com</strong>o<br />

sua característica maior, e<br />

quanto mais volumosa,<br />

maior o status social de<br />

quem a portava.<br />

04 Bizâncio Neste perío<strong>do</strong> a arte já<br />

<strong>com</strong>eça a influenciar a<br />

roupa. E Nunca as roupas<br />

civis e as religiosas foram<br />

tão parecidas quanto neste<br />

perío<strong>do</strong>. Bordadas <strong>com</strong><br />

fios de ouro, pérolas e<br />

pedrarias vão refletir o<br />

luxo da arte bizantina.<br />

86<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

05 Idade Média O traje fica mais curto,<br />

<strong>com</strong> mangas largas,<br />

deixan<strong>do</strong> aparecer o forro,<br />

cores bipartidas e <strong>com</strong><br />

acabamentos em desenhos<br />

que lembram folhas.<br />

06 Gótico Teocentrismo. Os homens<br />

usavam meias, as roupas<br />

ganham altura, na<br />

intenção e chegar mais<br />

perto de Deus. Aqui<br />

teremos o início <strong>do</strong><br />

conceito de moda, pois a<br />

burguesia <strong>com</strong>eça a se<br />

vestir <strong>com</strong>o os nobres o<br />

que faz <strong>com</strong> que as roupas<br />

vão se diferencian<strong>do</strong> para<br />

evitar as cópias e mostrar<br />

diferença social. A<br />

fantasia tem referência aos<br />

vitrais góticos das grandes<br />

catedrais.<br />

87<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

07 Renascer Para<br />

Um Novo Mun<strong>do</strong><br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

E <strong>com</strong>eça o<br />

Renascimento, muda a<br />

maneira <strong>do</strong> homem<br />

pensar. Deus não é mais o<br />

centro <strong>do</strong> universo. A<br />

razão fala mais alto.<br />

Broca<strong>do</strong>s, velu<strong>do</strong>s e sedas<br />

aumentam o requinte das<br />

roupas. Calças amplas e<br />

curtas, saias franzidas e<br />

volumosas vão <strong>com</strong>por o<br />

cenário da época. Perío<strong>do</strong><br />

em que o mun<strong>do</strong> se torna<br />

menor, pois as navegações<br />

vão aproximar<br />

continentes. O teci<strong>do</strong> que<br />

lembra um mapa deste<br />

perío<strong>do</strong> é o grande<br />

destaque da fantasia, onde<br />

um casal mostra as<br />

características masculinas<br />

e femininas.<br />

08 Landsknecht Landsknecht é um termo<br />

alemão que representa os<br />

cortes usa<strong>do</strong>s pelos<br />

mercenários alemães nas<br />

roupas, feitos <strong>com</strong> ferro<br />

em brasa. Essa maneira de<br />

se vestir se espalha por<br />

toda a Europa<br />

Renascentista.<br />

88<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

09 Alfaiate Com o salto na produção<br />

têxtil, a figura <strong>do</strong> alfaiate<br />

vai se tornar de estrema<br />

importância neste perío<strong>do</strong>.<br />

10 Rufos Gola arre<strong>do</strong>ndada feita em<br />

teci<strong>do</strong> fino e engoma<strong>do</strong>,<br />

usa<strong>do</strong> tanto por homens<br />

quanto mulheres. Era uma<br />

forma de valorizar a<br />

razão, a cabeça era a parte<br />

mais importante. Eram<br />

demonstrações de poder,<br />

pois quanto maior, maior<br />

o poder.<br />

* Rainha Elizabeth Ao assumir o trono da<br />

Inglaterra, seu reina<strong>do</strong><br />

passa por perío<strong>do</strong>s de<br />

traição e preconceitos, por<br />

ser mulher e solteira.<br />

Chamada de A Rainha<br />

Virgem, influenciou a<br />

maneira da corte se vestir,<br />

<strong>com</strong> seus vesti<strong>do</strong>s, jóias,<br />

golas e perucas.<br />

89<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Baianas Sandra 1978


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

11 Pan<strong>do</strong>ras Com a intenção de<br />

espalhar a moda francesa<br />

pelo mun<strong>do</strong>, o Rei Luiz<br />

XIV enviou uma série de<br />

bonecas pelas cortes<br />

européias, vestidas <strong>com</strong> a<br />

“última moda” francesa.<br />

Estas bonecas, chamadas<br />

de Pan<strong>do</strong>ras, foram as<br />

primeiras campanhas de<br />

moda que se tem notícia, e<br />

o embrião <strong>do</strong>s manequins<br />

atuais. As bonecas vão na<br />

frente <strong>do</strong> desfilante, que<br />

as manipulam, <strong>com</strong>o se<br />

fossem marionetes, dan<strong>do</strong><br />

movimento e vida às<br />

bonecas.<br />

12 Fitas As fitas eram uma das<br />

grandes paixões de Luiz<br />

XIV, presença em<br />

abundância nas<br />

vestimentas.Completavam<br />

o visual <strong>do</strong>s rhinegraves,<br />

que eram calçolões<br />

amplos, enfeita<strong>do</strong>s <strong>com</strong><br />

muitas fitas na cintura,<br />

dan<strong>do</strong> a impressão de uma<br />

saia.<br />

90<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Luiz XIV – O Rei<br />

Sol<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Todas as grandes<br />

transformações na<br />

vestimenta neste perío<strong>do</strong><br />

se deu por influência de<br />

Luiz XIV, perucas, saltos,<br />

fitas, laços. Era o<br />

momento <strong>do</strong> excesso, <strong>do</strong><br />

exuberante, nada era de<br />

menos, tu<strong>do</strong> era demais.<br />

Ele costumava dizer que<br />

um homem para ser<br />

elegante precisava ter<br />

mais de cem metros de<br />

fitas em sua roupa. E<br />

assim foi feito, a roupa da<br />

bateria possui mais de<br />

cem metros de fitas em<br />

cada roupa, por isso<br />

podemos dizer: to<strong>do</strong>s<br />

estão elegantes.<br />

* Corte <strong>do</strong> Rei Sol A corte era acostumada a<br />

copiar a maneira de seu<br />

rei se vestir. Suas roupas,<br />

seu <strong>com</strong>portamento, suas<br />

atitudes. Era uma maneira<br />

de se sentir próximo<br />

daquele que se<br />

considerava o descendente<br />

direto de Deus. O<br />

absoluto.<br />

91<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Bateria Thiago Diogo 1978<br />

Passistas Escola 1978


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

13 Laços Laços, fivelas, baba<strong>do</strong>s,<br />

pedras preciosas, golas<br />

baixas que substituem os<br />

rufos, mangas longas e<br />

largas são características<br />

dessa época. Mas os laços<br />

sempre estarão presente,<br />

tanto nas roupas<br />

masculinas quanto nas<br />

femininas, em chapéus,<br />

perucas, saias, calças,<br />

sapatos.<br />

14 Arabescos A arte barroca é marcada<br />

pelos arabescos, que vão<br />

dan<strong>do</strong> uma sensação de<br />

riqueza e rebuscamento.A<br />

personalidade de alguns<br />

artistas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

também é um grande<br />

diferencial dentro desse<br />

estilo artístico. O homem<br />

barroco é um ser dividi<strong>do</strong>,<br />

em conflito, repleto de<br />

energia e extremamente<br />

místico. Os artistas da<br />

época expressavam essa<br />

energia e suas convicções<br />

espirituais em suas obras.<br />

92<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

15 Flores O estilo rococó é marca<strong>do</strong><br />

pela sensibilidade. Suas<br />

principais características<br />

são uma exagerada<br />

tendência para a<br />

decoração carregada, tanto<br />

nas fachadas quanto nos<br />

interiores. As paredes<br />

ficam mais claras, <strong>com</strong><br />

tons pastel e o branco.<br />

Guarnições <strong>do</strong>uradas de<br />

ramos e flores contornam<br />

janelas ovais, servin<strong>do</strong><br />

para quebrar a rigidez das<br />

paredes. E estas flores<br />

marcam também toda a<br />

estamparia da roupas<br />

dan<strong>do</strong> uma sensação de<br />

leveza e romantismo,<br />

introduzidas por Rose<br />

Bertin, costureira de<br />

Maria Antonieta e depois<br />

copiada por todas as<br />

cortes.<br />

16 Touca<strong>do</strong>r A mulher e o homem são<br />

mais sedutores, usam o<br />

artifício da roupa e da<br />

maquiagem para seduzir.<br />

Inspiração no filme<br />

Ligações Perigosas.<br />

93<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

17 Peruca Empoada As perucas e os cabelos<br />

eram empoa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> farinha<br />

de trigo, utilizan<strong>do</strong> uma<br />

máscara pontiaguda para<br />

proteger o rosto e não borrar<br />

a maquiagem.Técnica<br />

utilizada não somente pelas<br />

mulheres, mas pelos homens<br />

também.<br />

18 Roupa Íntima O que havia por baixo de<br />

todas aquelas roupas que<br />

eram impossíveis de se<br />

vestir sozinhas? Nós<br />

desvendamos o mistério e<br />

mostramos que por baixo de<br />

toda aquela roupa tinha...<br />

muito mais roupa!<br />

Calçolões, meias, corselets,<br />

que também eram utiliza<strong>do</strong>s<br />

para <strong>do</strong>rmir.<br />

19 Sedução O homem ganha calções até<br />

a altura <strong>do</strong>s joelhos, <strong>com</strong><br />

botões e broches nas laterais,<br />

casaca sem gola, que se abre<br />

na barra, jabots e perucas<br />

<strong>com</strong> laços de fitas atrás; a<br />

mulher ganha uma armação<br />

lateral na saia, o panier,<br />

mangas estreitas e decotes<br />

fartos. As peles claras <strong>com</strong>o<br />

bibelots de porcelana<br />

transferem o centro <strong>do</strong> corpo<br />

para os lábios, devi<strong>do</strong> a<br />

proporção que os pentea<strong>do</strong>s<br />

vão adquirin<strong>do</strong>. Pura<br />

sedução!<br />

94<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Coreografada João Correa 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

20 Mulher Coluna O perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> Império<br />

Napoleônico traz a<br />

inspiração grega a tona. A<br />

mulher muda<br />

<strong>com</strong>pletamente sua<br />

maneira de se vestir. A<br />

sua silhueta fica<br />

longilínea, <strong>com</strong>o uma<br />

coluna grega. A cintura<br />

sobe, para baixo <strong>do</strong>s seios.<br />

O branco é a cor da moda.<br />

A inspiração é Josephine,<br />

primeira esposa de<br />

Napoleão.<br />

21 Napoleão Com a coroação de<br />

Napoleão, o homem passa<br />

a se vestir de forma<br />

parecida <strong>com</strong> a <strong>do</strong><br />

Impera<strong>do</strong>r. Com<br />

Influência no estilo militar<br />

e nas cores da França.<br />

22 Romantismo Neste momento se deu<br />

inìcio ao “Império das<br />

Anquinhas”. Anáguas,<br />

baba<strong>do</strong>s e a crinolina, que<br />

vai ajudar a armar aquelas<br />

enormes saias que Vivien<br />

Leigh usava em E O<br />

Vento Levou...<br />

95<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

23 Art Nouveau Conheci<strong>do</strong> também <strong>com</strong>o o<br />

perío<strong>do</strong> da Belle Époque,<br />

rechea<strong>do</strong> de curvas e<br />

sinuosidades. A roupa cobria<br />

praticamente to<strong>do</strong> o corpo,<br />

deixan<strong>do</strong> apenas o rosto de<br />

fora. Grandes chapéus, luvas<br />

e sombrinhas. A fantasia<br />

utiliza a forma e a estampa<br />

<strong>do</strong>s abajours inspira<strong>do</strong>s na<br />

Art Nouveau.<br />

* Art Decô É chega<strong>do</strong> junto <strong>com</strong> os anos<br />

20, numa reação contra os<br />

exageros das curvas. As<br />

curvas femininas ficam<br />

reprimidas, a cintura baixa<br />

até os quadris, e o homem a<br />

cada dia se simplifica mais.<br />

24 Pop Art Na década de 1960, os<br />

artistas defendem uma arte<br />

popular (pop) que se<br />

<strong>com</strong>unique diretamente <strong>com</strong><br />

o público por meio de signos<br />

e símbolos retira<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

imaginário que cerca a<br />

cultura de massa e a vida<br />

cotidiana. Neste momento<br />

surge o movimento hippie, o<br />

flower Power, e o homem<br />

mais uma vez, muda a<br />

maneira de se vestir e se<br />

<strong>com</strong>portar perante o mun<strong>do</strong>.<br />

A roupa passa a ser unissex,<br />

quase andrógina.<br />

96<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Velha-Guarda Olinda Gama 1978<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

25 Quero Ser Naomi Naomi Campbell mexe<br />

<strong>com</strong> o imaginário de to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se fala em<br />

modelos. Referência<br />

mundial, impossível falar<br />

de moda sem falar de<br />

Naomi. Todas as modelos<br />

querem ter uma carreira<br />

<strong>com</strong>o a dela. O casaco da<br />

fantasia é uma homenagem<br />

ao que ela desfilou no<br />

último desfile de Yves Sain<br />

Laurent, e o vesti<strong>do</strong> uma<br />

referência ao estilista que<br />

se inspirou na obra de<br />

Mondrian para criá-lo e<br />

tem nele a sua mais famosa<br />

obra.<br />

26 Zuzu Angel A primeira estilista<br />

brasileira que tinha uma<br />

preocupação <strong>com</strong> uma<br />

moda brasileira, conceitual<br />

e sem se preocupar <strong>com</strong> o<br />

que estava sen<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> no<br />

exterior. Criou uma moda<br />

<strong>com</strong> identidade própria,<br />

reconhecida até hoje e<br />

abriu caminho para os<br />

grandes estilistas<br />

brasileiros que, <strong>com</strong>o ela,<br />

tem a preocupação de fazer<br />

uma moda <strong>com</strong> a cara <strong>do</strong><br />

Brasil.<br />

97<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

27 Alexandre<br />

Herchcovitch<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Herchcovitch é hoje um <strong>do</strong>s<br />

grandes nomes da moda<br />

brasileira. Sua trajetória na<br />

moda brasileira foi<br />

construída em pouco mais de<br />

dez anos de carreira,<br />

suficientes para transformar<br />

seu nome em um <strong>do</strong>s mais<br />

fortes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> fashion. Ele<br />

é arte e modernidade. A<br />

caveira, sua marca<br />

registrada, é o foco da<br />

fantasia. Desconstrução: as<br />

penas foram destruídas e<br />

manchadas antes de serem<br />

aplicadas na roupa. A cabeça<br />

é inspirada em uma de suas<br />

primeiras coleções, em 1997.<br />

28 Jum Nakao Entrou na moda pela<br />

possibilidade de<br />

transformação e libertação.<br />

Fortemente influencia<strong>do</strong> pela<br />

tecnologia, pela estética<br />

japonesa e pelos filmes de<br />

animação, seus desfiles já se<br />

tornaram um acontecimento<br />

cerca<strong>do</strong> de grande<br />

expectativa. Performático, o<br />

estilista gosta de causar<br />

impacto, mas sempre <strong>com</strong><br />

grande encantamento da<br />

platéia. Seu desfile de 2004,<br />

Costuran<strong>do</strong> o Invisível, feito<br />

<strong>com</strong> roupas de papel, que ao<br />

final <strong>do</strong> desfile eram<br />

rasgadas, consagra<br />

definitivamente sua carreira.<br />

98<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

29 Lino Villaventura Lino é carnaval total! Luxo,<br />

criação além <strong>do</strong>s limites,<br />

elegância, bom gosto e<br />

to<strong>do</strong>s os adjetivos<br />

possíveis.Suas criações<br />

primam pela mistura de<br />

materiais diversos <strong>com</strong>o<br />

escamas de peixe<br />

desidratadas, borrachas,<br />

couro de cabra, palha de<br />

buriti, rendas, musselines e<br />

tafetás. Look inspira<strong>do</strong> no<br />

seu verão de 2006: cobras,<br />

patchwork, estampas e<br />

transparências. É luxo só!<br />

* Fashion Rio O maior evento de moda<br />

que acontece duas vezes<br />

por ano no Rio de<br />

Janeiro,agora sob a batuta<br />

de Paulo Borges, atrai os<br />

olhares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro,<br />

para o que os artistas<br />

cariocas criam e pensam.<br />

30 Ronal<strong>do</strong> Fraga Humor, ousadia e crítica<br />

social. Essas têm si<strong>do</strong> as<br />

constantes nas coleções <strong>do</strong><br />

mineiro Ronal<strong>do</strong> Fraga.<br />

Inspira<strong>do</strong> na sua coleção de<br />

1999, A Roupa. A<br />

caricatura em 3D reforça<br />

traços marcantes de sua<br />

imagem: os óculos e o<br />

topete.<br />

99<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

2º Casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

Escola 1978<br />

Comunidade Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

31 Oskar Metsavaht Talvez o estilista mais<br />

urbano e contemporâneo<br />

<strong>do</strong> país. Preocupa<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

a sustentabilidade e<br />

engaja<strong>do</strong> ecologicamente.<br />

A fantasia tem inspiração<br />

nas coleções United<br />

King<strong>do</strong>m Of Ipanema, de<br />

2008 e Samba de 2009,<br />

alia<strong>do</strong> à clássica calça<br />

saruel, um marco em sua<br />

criação.<br />

32 Com Que Roupa<br />

Eu Vou?<br />

Ala destinada aos<br />

fashionistas, não foi criada<br />

pelo carnavalesco, é uma<br />

criação individual <strong>do</strong><br />

desfilante. Se você fosse<br />

ao samba, <strong>com</strong> que roupa<br />

iria? O desafio está<br />

lança<strong>do</strong> e a criatividade à<br />

solta. Se joga!<br />

33 Noivas To<strong>do</strong> grande desfile de<br />

alta costura termina <strong>com</strong><br />

uma noiva, e nesse grande<br />

desfile da Porto da Pedra<br />

não será diferente. A<br />

Noiva estará presente.<br />

Inspiração e homenagem a<br />

Simon Azulay, grande<br />

estilista brasileiro das<br />

décadas de 70 e 80, que<br />

até hoje deixa saudades.<br />

100<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Beto Neves Beto Neves 2009<br />

Comunidade Escola 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Paulo Menezes<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

* Vestir São Jorge Uma parceria <strong>do</strong><br />

carnavalesco Paulo<br />

Menezes <strong>com</strong> o estilista<br />

carioca Beto Neves. São<br />

Jorge é a marca registrada<br />

<strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> estilista,<br />

padroeiro da Escola e<br />

protetor <strong>do</strong> carnavalesco.<br />

São Jorge faz a moda no<br />

samba!<br />

101<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Compositores 1978


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Av. Cidade de Lima, nº. 340 – Santo Cristo – Rio de Janeiro - RJ<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Moisés Carvalho<br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Dailza Lopes Rogério Pacheco<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Rogério Pacheco Alberto<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Sandra - Modelagem<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra não possui alas <strong>com</strong>erciais.<br />

Suas fantasias são totalmente confeccionadas pelos ateliês coordena<strong>do</strong>s pela escola.<br />

102<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

As fantasias da Comissão de Frente e <strong>do</strong>s Casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira são<br />

confeccionadas no Ateliê Aquarela Carioca.


Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> Heitor Costa, Bira e Porkinho<br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores Paulo Franco<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

50<br />

Oswaldinho Nunes<br />

(cinqüenta)<br />

73 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Sonhar o figurino <strong>do</strong> artista<br />

Acreditar nesta conquista, pra vaidade cultivar.<br />

Há muito temo o Homem deu no couro,<br />

Encontrou esse tesouro,<br />

De roupa resolveu chamar.<br />

Mas eis que o objeto <strong>do</strong> desejo,<br />

Na magia <strong>do</strong> lampejo, se aproximou de Deus.<br />

O tempo é uma roda que não para,<br />

Quan<strong>do</strong> a razão se fez mais clara,<br />

A Humanidade renasceu<br />

Eu sei que a arte caminhou,<br />

Modéstia à parte encontrou,<br />

Na moda a luz da emoção,<br />

Em cada estilo uma expressão.<br />

Sou o cortesão da minha arte,<br />

Eu sou, o rococó dessa folia,<br />

Ao vestir simplicidade,<br />

O novo mun<strong>do</strong> inicia.<br />

Mudar o visual em cada estação,<br />

Modelo, sono, nova colação.<br />

Ao desfilar no Carnaval<br />

Na passarela brasilidade.<br />

Beleza é fundamental, per<strong>do</strong>e a sinceridade!<br />

Porto da Pedra eu sou!<br />

Eu sou o amor desta cidade!<br />

Pro samba que você me convi<strong>do</strong>u,<br />

Eu vou vestir felicidade.<br />

103<br />

BIS<br />

BIS<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Compositor mais Jovem<br />

(Nome e Idade)<br />

Sandro Campos<br />

29 anos


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Porto da Pedra eu sou!<br />

Eu sou o amor desta cidade!<br />

Pro samba que você me convi<strong>do</strong>u<br />

Eu vou vestir felicidade.<br />

104<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Refrão exaltação, que reverencia a escola querida,o "amor desta cidade", homenageia o grande Noel<br />

Rosa em virtude de seu centenário, ao mesmo tempo em que indica o enre<strong>do</strong> e dá uma mensagem<br />

otimista ao povo: "pro samba que você me convi<strong>do</strong>u, eu vou vestir felicidade."<br />

Sonhar o figurino <strong>do</strong> artista,<br />

Acreditar nesta conquista, pra vaidade cultivar<br />

Que momento mágico é a criação por um carnavalesco <strong>do</strong> figurino para seu artista, o <strong>com</strong>ponente!<br />

Acreditar que esse sonho traduz-se em uma realidade gloriosa na avenida, sem dúvida, alimenta a<br />

vaidade. Nada mais apropria<strong>do</strong> <strong>do</strong> que exaltar esse trabalho maravilhoso de "vestir para o carnaval"<br />

para <strong>com</strong>eçar a falar da história <strong>do</strong> vestuário e da moda. Esta estrofe também pode ser interpretada,<br />

por meio da licença poética, <strong>com</strong>o uma relação direta entre o vestuário e a arte. Mas uma arte muito<br />

especial, que ao lidar diretamente <strong>com</strong> o corpo humano, alimenta <strong>com</strong>o nenhuma outra expressão<br />

artística a vaidade.<br />

Há muito tempo o Homem deu no couro,<br />

Encontrou esse tesouro,<br />

De roupa resolveu chamar.<br />

O couro, a pele <strong>do</strong>s animais, foi a primeira vestimenta <strong>do</strong> homem, o instrumento de proteção contra<br />

o frio. "Dar no couro" é expressão que significa curtir o couro, prepará-lo para o uso. Trata-se de um<br />

processo de extrema importância para se entender a História <strong>do</strong> vestuário. "Um tesouro", sem<br />

dúvida, que marca a evolução <strong>do</strong> Homem nos tempos primitivos.<br />

Mas eis que o objeto <strong>do</strong> desejo,<br />

Na magia <strong>do</strong> lampejo, se aproximou de Deus.<br />

Na Antiguidade, o vestuário ganhar importância crucial: separa o Divino <strong>do</strong> mortal, o eterno e<br />

solene, <strong>do</strong> pobre e perecível. Mais próximos <strong>do</strong>s "Deuses", faraós, sacer<strong>do</strong>tes e outros membros<br />

importantes da sociedade egípcia diferenciavam-se <strong>do</strong>s demais especialmente pelo que vestiam e<br />

usavam. A roupa era, portanto, um <strong>do</strong>s elos entre a elite política e religiosa, e a divindade. O mesmo<br />

ocorreu em Roma. Também nos primórdios <strong>do</strong> Cristianismo e, depois, na Idade Média, a roupa<br />

sempre estava diretamente relacionada ao divino e às suas normas, assim <strong>com</strong>o ligada à moralidade<br />

e aos costumes.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

105<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

O tempo é uma roda que não para,<br />

Quan<strong>do</strong> a razão se fez mais clara,<br />

A Humanidade renasceu.<br />

A era primitiva e a antiguidade ficaram para trás. As trevas da Idade Média, apesar de longas, também não<br />

suportaram ao tempo que não pára e passaram. A Humanidade viu a luz! A razão <strong>do</strong> Iluminismo e <strong>do</strong><br />

Renascimento chegaram, e <strong>com</strong> elas chegaram também mudanças importantes na forma de se vestir. A<br />

preocupação <strong>com</strong> o divino nos trajes cede espaço para o homem <strong>com</strong>o centro de tu<strong>do</strong>. A roupa, nunca mais<br />

seria a mesma.<br />

Eu sei que a arte caminhou,<br />

Modéstia à parte encontrou,<br />

Na moda a luz da emoção,<br />

Em cada estilo uma expressão<br />

Com o Homem <strong>com</strong>o centro de tu<strong>do</strong>, o próprio Homem passa a vestir-se para si mesmo e para os demais, e<br />

não para Deus. O vestir-se aparece então <strong>com</strong>o um exercício singular de vaidade e de sedução.O vestir-se<br />

agora é moda! E abre uma infinidade de possibilidades e de estilos. Vestir-se, cada vez mais, torna-se uma<br />

forma de expressão. De passar <strong>com</strong> corpo e roupa mensagens e desejos.<br />

Sou o cortesão da minha arte,<br />

Eu sou, o Rococó dessa folia,<br />

Ao vestir simplicidade,<br />

O novo mun<strong>do</strong> inicia<br />

Após a liberdade proporcionada pela nova forma de se ver o mun<strong>do</strong> e a moda na Modernidade, as estrofes<br />

acima viajam por <strong>do</strong>is diferentes estilos quase antagônicos, mas que fazem parte dessa diversidade de se<br />

vestir: o rococó, marca<strong>do</strong> pelo refinamento, pelo detalhe e por figurinos pesa<strong>do</strong>s e esplen<strong>do</strong>rosos, e o estilo<br />

moderno, "<strong>do</strong> novo mun<strong>do</strong>", marca<strong>do</strong> pela beleza mais simples, menos rebuscada. É a moda, através <strong>do</strong>s<br />

tempos, procuran<strong>do</strong> se adequar à diferentes realidades.<br />

Mudar o visual em cada estação,<br />

Modelo, sonho, nova coleção.<br />

O samba entra nesta parte na fase contemporânea da moda. A indústria <strong>do</strong> vestir-se! No século XX, e agora<br />

no século XXI, a moda integra um sofistica<strong>do</strong> sistema capitalista de produção de desejo. É necessário sempre<br />

desejar, mudar, <strong>com</strong>prar! Novas coleções, novas roupas, novos estilistas, <strong>com</strong>o praticamente tu<strong>do</strong> em nossa<br />

contemporaneidade, a moda é uma engrenagem que não pára.<br />

Ao desfilar o carnaval,<br />

Na passarela brasilidade,<br />

Beleza é fundamental, per<strong>do</strong>e a sinceridade.<br />

Impossível falar de moda e vestuário sem exaltar o nosso Brasil, estilistas, modelos e tantos outros<br />

personagens da moda que transformam nosso país em um <strong>do</strong>s grandes pólos mundiais deste setor, referência<br />

em uma série de estilos. Como diz o Poeta, "beleza é fundamental", e a beleza brasileira seduz <strong>com</strong>o poucas<br />

neste universo maravilhoso da moda. É o Brasil fazen<strong>do</strong> bonito, nas passarelas de moda de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, e<br />

na passarela da Marquês de Sapucaí, palco maior <strong>do</strong> samba, <strong>com</strong> a Porto da Pedra!


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

106<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Mestre Thiago Diogo<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Paula, Denilson, Wendell, Norival, Igor, Lauri, Barrão, André, Fabio, Hugo, Grande e Silvio.<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

280 (duzentos e oitenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

12 12 16 0 0<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

108 01 40 0 30<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

01 12 24 0 24<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Bateria<br />

Mestre Thiago Diogo de Souza Salga<strong>do</strong> <strong>com</strong>eçou sua trajetória aos cinco anos de idade, <strong>com</strong>o ritmista da<br />

extinta Alegria da Passarela, hoje atual Aprendizes <strong>do</strong> Salgueiro onde foi intérprete e diretor de bateria.<br />

Aos 14 anos já fazia parte da bateria principal <strong>do</strong> Salgueiro e aos 16 já era responsável pela ala de tamborins<br />

da bateria. Com 22 anos fez seu último desfile pelo Salgueiro, transferin<strong>do</strong>-se, junto ao Mestre Louro, para à<br />

Caprichosos de Pilares, onde foi o primeiro assistente de bateria <strong>do</strong> Mestre Louro nos anos de 2005 e 2006.<br />

Em 2007 integrou-se ao G.R.E.S.U. Porto da Pedra, onde foi primeiro assistente nos anos de 2007 e 2008.<br />

Em 2009, <strong>com</strong> o falecimento <strong>do</strong> mestre oficial, Thiago Diogo assume o <strong>com</strong>an<strong>do</strong> da bateria <strong>do</strong> Tigre de São<br />

Gonçalo, sen<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> o mestre mais jovem <strong>do</strong> Grupo Especial e ten<strong>do</strong> seu trabalho bastante<br />

reconheci<strong>do</strong> pela mídia.<br />

Para o carnaval 2010, Thiago Diogo prepara, junto a sua diretoria e seus ritmistas, um trabalho mais apura<strong>do</strong><br />

e técnico, incluin<strong>do</strong> uma ala formada por 12 liras em busca de novidades e mais efeitos sonoros a sua<br />

orquestra. Segun<strong>do</strong> o mestre, o objetivo é fazer os corações <strong>do</strong>s <strong>com</strong>ponentes e <strong>do</strong> público pulsarem mais<br />

forte durante a passagem da bateria “RITMO FEROZ” e em busca das notas máximas.<br />

A bateria da Porto da Pedra conta <strong>com</strong> uma <strong>com</strong>issão, <strong>com</strong>posta por pessoas que vem no auxílio <strong>do</strong> mestre<br />

Thiago Diogo e de to<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes durante o desfile, fazen<strong>do</strong> a distribuição de baquetas, copos de<br />

água, pequenos ajustes em fantasias e também <strong>com</strong> um médico para assistência em casos de problemas de<br />

saúde.<br />

No desfile 2010, a bateria “Ritmo Feroz” da Porto da Pedra realizará inúmeras inovações, sen<strong>do</strong> <strong>com</strong> bossas<br />

(paradinhas) mais ousadas e em momentos diferentes <strong>do</strong> samba, <strong>com</strong> o objetivo de mostrar a participação de<br />

cada instrumento, a qualidade da bateria na execução <strong>do</strong> samba e a perfeita harmonia (sinergia) entre os<br />

instrumentos, os cantores (intérpretes) e os músicos <strong>do</strong> carro de som.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

107<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

Guilherme Nóbrega<br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

André Luiz, Antônio da Silva, Claudete Borges, Cláudio Dantas, Cristiano, Diego, Edemilson,<br />

Gelson, Helma, Ival<strong>do</strong>, John, José Carlos, Jorge Aldeci, José Luiz, José Marinal<strong>do</strong>, Kelis, Leonar<strong>do</strong>,<br />

Luiz Borges, Maria de Fátima, Marco Aurélio, Marcos Antônio, Marcos Augusto, Ocimar, Paulo<br />

Constâncio, Paulo Duarte, Robson Alcântara, Sebastião Canuto, Thiago Macha<strong>do</strong>, Vera Lúcia,<br />

Waguinho, Carolina Ribeiro, Silvia, Liliane, Edu, Beto, Edinelson, Marinheiro, Fred, Adilma,<br />

Ailton, Albano, Mary, Laysa, Lilianne Oliveira e Gilliard Oliveira<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

52 (cinqüenta e <strong>do</strong>is) <strong>com</strong>ponentes<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Luizinho Andanças (intérprete oficial), a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> de Hugo Jr., Ronal<strong>do</strong> Ilê e Henrique Guerra<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavacos – Bené e Vitinho<br />

Violão – Márcio André<br />

Pedal – Igor e Lourival<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Na busca pelo entrosamento perfeito entre o ritmo da bateria, os intérpretes <strong>do</strong> carro de som e o canto<br />

<strong>do</strong>s <strong>com</strong>ponentes, a Direção de Harmonia <strong>do</strong> Tigre de São Gonçalo trabalhou pesa<strong>do</strong> e sem parar desde<br />

o último carnaval. E, <strong>com</strong>o to<strong>do</strong> bom trabalho é sempre re<strong>com</strong>pensa<strong>do</strong> <strong>com</strong> resulta<strong>do</strong>s, o que vemos<br />

agora é uma Porto da Pedra <strong>com</strong> total sintonia entre ritmo e canto, uma harmonia capaz, ao mesmo<br />

tempo, de empolgar e de emocionar.<br />

Os preparativos <strong>com</strong>eçaram ce<strong>do</strong>, <strong>com</strong> uma série de reuniões e um planejamento meticuloso <strong>do</strong>s ensaios<br />

e da sinergia entre a equipe de Harmonia, os demais <strong>com</strong>ponentes e membros da <strong>com</strong>unidade. De forma<br />

geral, o trabalho de orientação e de ensaios foi dividi<strong>do</strong> nas seguintes categorias, expostas a seguir:<br />

Ensaios de quadra (aperfeiçoamento de canto): To<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes da escola participaram <strong>do</strong>s<br />

ensaios de quadra, realiza<strong>do</strong>s às quartas e sextas-feiras, <strong>com</strong> o objetivo de aperfeiçoarem o canto e o<br />

entrosamento <strong>com</strong> a bateria. Durante esses 32 ensaios, to<strong>do</strong>s <strong>com</strong> sucesso de público, a Direção de<br />

Harmonia pode passar as instruções necessárias para que ritmo e canto atingissem a sintonia ideal. Tratase<br />

de um trabalho de base que foi de extrema importância para o aprimoramento da Harmonia e a<br />

conseqüente excelente performance nas ruas e nos ensaios da Marquês de Sapucaí.<br />

Ensaios técnicos de rua: São Gonçalo parou e milhares de pessoas foram para o asfalto ver a Porto da<br />

Pedra passar em três grandes ensaios de rua, que aconteceram no bairro Paraíso. O entrosamento<br />

trabalha<strong>do</strong> em quadra foi posto à prova em desfiles <strong>com</strong> características muito próximas ao da Marquês<br />

de Sapucaí, e aprova<strong>do</strong> <strong>com</strong> louvor. Os diretores de Harmonia trabalharam pesa<strong>do</strong> para avaliar o canto<br />

<strong>do</strong>s <strong>com</strong>ponentes e garantir a perfeita sintonia. O resulta<strong>do</strong> foi <strong>com</strong>ponentes vibrantes que emocionaram<br />

o público e arrancaram aplausos.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

108<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Ensaios na Sapucaí: O grande palco da festa foi o cenário de <strong>do</strong>is grandes ensaios técnicos da Porto<br />

da Pedra este ano. Neles, to<strong>do</strong>s os setores da escola entraram na concentração em clima de “final de<br />

campeonato”, desfilan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o se a segunda-feira de carnaval já tivesse chega<strong>do</strong>. Foram <strong>do</strong>is<br />

momentos cruciais, que contaram <strong>com</strong> o apoio e a dedicação de toda a escola, e que gratificaram a<br />

to<strong>do</strong>s pelos resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s, prova de que o planejamento e o trabalho de um ano inteiro<br />

resultaram em uma Harmonia <strong>com</strong>petente, técnica e ao mesmo tempo empolgante e emocionante. É<br />

esse o trabalho que o Tigre de São Gonçalo vai apresentar na Sapucaí.<br />

Sobre o intérprete oficial:<br />

Luizinho Andanças dispensa apresentações e atualmente é uma das mais belas vozes, não somente<br />

<strong>do</strong> carnaval, mas da Música Popular Brasileira. Seu nome tem <strong>com</strong>o origem o extinto grupo de<br />

samba “Andanças <strong>do</strong> pagode”, <strong>do</strong> qual era vocalista. Tornou-se intérprete de samba-enre<strong>do</strong> por<br />

acaso, em 1999, quan<strong>do</strong> defendeu o samba de um primo na Paraíso <strong>do</strong> Tuiuti, escola na qual acabou<br />

fican<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is anos. Em 2001, após participar das eliminatórias de samba-enre<strong>do</strong> na Acadêmicos<br />

de Santa Cruz, foi convida<strong>do</strong> pela direção da agremiação a fazer parte <strong>do</strong> carro de som. No ano<br />

seguinte, seu talento já o fez intérprete oficial da Santa Cruz.<br />

O encontro <strong>com</strong> a Porto da Pedra foi amor à primeira vista. A fantástica performance de Luizinho<br />

pela Santa Cruz em 2004 chamou a atenção <strong>do</strong> Tigre de São Gonçalo, que o convi<strong>do</strong>u a participar de<br />

seu carnaval em 2005. Desde então, sua bela voz é a representante maior da Porto da Pedra, que se<br />

orgulha em tê-lo por mais um ano na Marquês de Sapucaí.<br />

Sobre o diretor geral de Harmonia:<br />

Veterano da Passarela <strong>do</strong> Samba, o experiente Guilherme Nóbrega é o <strong>com</strong>andante de um time de<br />

elite da Harmonia, cuja meta é o sucesso total. Seu trabalho se destaca pela <strong>com</strong>petência técnica,<br />

pela ampla experiência em desfiles, pela capacidade de liderança, e também pelo uso de recursos<br />

cada vez mais modernos de <strong>com</strong>unicação entre os membros de sua equipe.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

109<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Evolução<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

Guilherme Nóbrega<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

André Luiz, Antônio da Silva, Claudete Borges, Cláudio Dantas, Cristiano, Diego, Edemilson,<br />

Gelson, Helma, Ival<strong>do</strong>, John, José Carlos, Jorge Aldeci, José Luiz, José Marinal<strong>do</strong>, Kelis, Leonar<strong>do</strong>,<br />

Luiz Borges, Maria de Fátima, Marco Aurélio, Marcos Antônio, João Corrêa, Marcos Augusto,<br />

Ocimar, Paulo Constâncio, Paulo Duarte, Robson Alcântara, Sebastião Canuto, Thiago Macha<strong>do</strong>,<br />

Vera Lúcia, Waguinho, Carolina Ribeiro, Silvia, Liliane, Edu, Beto, Edinelson, Marinheiro, Fred,<br />

Adilma, Ailton, Albano, Mary, Laysa, Lilianne Oliveira e Gilliard Oliveira<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

80 (oitenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Jucilene, Fernanda Cristina, Lucimar, Danielle, Paola, Priscilla e Thaís Fagundes<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

Gilliard, Roberto, João Vitor, Mauro, Carlos Alexandre, Marcio, Carlos Magno, Christian e Willians<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Porto da Pedra se orgulha de ter trabalha<strong>do</strong> intensamente e inova<strong>do</strong> no trabalho para garantir uma<br />

evolução perfeita na Marquês de Sapucaí no carnaval deste ano. Nos ensaios técnicos, de quadra, de<br />

rua em São Gonçalo, e no sambódromo, a ênfase dada no andamento da escola na avenida foi tão<br />

importante quanto o trabalho para que os <strong>com</strong>ponentes desse o melhor no samba no pé, mostran<strong>do</strong> a<br />

força e a garra <strong>do</strong> Tigre de São Gonçalo.<br />

Samba no pé que, no caso <strong>do</strong>s passistas, foi trata<strong>do</strong> <strong>com</strong> to<strong>do</strong> zêlo pela escola. Nossos brilhantes<br />

"bailarinos <strong>do</strong> asfalto", tiveram durante o ano aulas de diferentes estilos musicais <strong>com</strong> coreógrafos e<br />

bailarinos, durante a produção de um espetáculo próprio da agremiação. O resulta<strong>do</strong> foi que o<br />

maravilhoso samba no pé de nossos passistas ganhou ainda mais brilho e segurança. Na avenida,<br />

veremos nossos bailarinos <strong>do</strong> asfalto em performances ainda mais impressionantes, <strong>com</strong> o que o<br />

samba tem de melhor.<br />

O Tigre também se preocupou em produzir, além <strong>do</strong> samba no pé de passistas e <strong>com</strong>ponentes, alas<br />

coreografadas <strong>com</strong> grande sofisticação em suas evoluções, e que ajudarão a contar <strong>com</strong> mais<br />

precisão o enre<strong>do</strong> deste ano. Coreógrafos trabalharam intensamente <strong>com</strong> a <strong>com</strong>unidade, em meses<br />

de ensaios, e o resulta<strong>do</strong> são evoluções de extrema beleza e que certamente emocionarão o público.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

110<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Vice-Presidente de Carnaval<br />

Moisés Carvalho<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Comissão de Carnaval<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

Moisés Carvalho, Jadir Barbosa (Deco), Paulo Chafin e Carlos Castro<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

Mônica<br />

Total de Componentes da<br />

Ala das Crianças<br />

Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

66<br />

33<br />

33<br />

(sessenta e seis)<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

Sandra Maria de Faria Trindade<br />

(trinta e três)<br />

(trinta e três)<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

120<br />

Tia Ilidia<br />

Lúcia<br />

(cento e vinte)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Olinda Gama de Carvalho<br />

84 anos<br />

19 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

25<br />

Olinda Gama<br />

Edna Rezende<br />

(vinte e cinco)<br />

81 anos<br />

52 anos<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Marília Pêra (atriz), Fabiana Karla (atriz), Oskar Metsavaht (estilista), Lino Villaventura (estilista),<br />

Lenny Niemeyer (estilista), Ronal<strong>do</strong> Fraga (estilista), Beto Neves (estilista), Alexandre Herchcovitch<br />

(estilista), Geisy Arruda (celebridade), Dill Costa (atriz), Luiz Salém (ator), Leandro Hassum (ator e<br />

<strong>com</strong>ediante), Marcius Melhem (ator e <strong>com</strong>ediante), Samantha Schmutz (atriz e <strong>com</strong>ediante), Fernanda<br />

Motta (top model e apresenta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Brazil´s Next Top Model), Valesca Santos (funkeira), Mc Maysa<br />

(funkeira), Rayanne Moraes (Miss Brasil Beleza Internacional 2009 e Miss Minas Gerais 2009), Solange<br />

Gomes (modelo e atriz), Beth Orsini (jornalista), Paulo Borges, Beth Lagerdere (modelo), Thalita<br />

Pugliese (modelo), Jum Nakao (estilista), Hildegard Angel (jornalista), Carlos Tuffveson (estilista)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Garantir a uniformidade, a seqüência lógica e a coesão da escola em todas as suas formas de expressão -<br />

visual, musical e dramática - é o objetivo maior da Porto da Pedra para garantir sua performance máxima<br />

no quesito Conjunto. Para alcançar esta meta, a direção <strong>do</strong> Tigre de São Gonçalo arregaçou as mangas e<br />

trabalhou pesa<strong>do</strong> desde o fim <strong>do</strong> carnaval de 2009 <strong>com</strong> um grande propósito: promover uma profunda<br />

sinergia entre as diretorias e a <strong>com</strong>unidade.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

111<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Para se ter um bom Conjunto é necessário trabalhar em conjunto. Cada parte da escola não deve agir<br />

isoladamente, mas de forma integrada, pensan<strong>do</strong> o desfile <strong>com</strong>o um to<strong>do</strong>. E foi isso o que<br />

aconteceu. Durante to<strong>do</strong> o ano, o carnavalesco Paulo Menezes manteve contato permanente <strong>com</strong> os<br />

demais diretores musicais, artísticos, administrativos e de barracão. Em incontáveis reuniões,<br />

pensaram juntos soluções e adaptações, integraram a criação artística à viabilidade técnica. Samba,<br />

ritmo, fantasias, alegorias, cores, histórias, coreografias, tu<strong>do</strong> foi leva<strong>do</strong> em conta na tomada de cada<br />

decisão. E o resulta<strong>do</strong> foi um trabalho mais ágil, belo e seguro quanto ao Conjunto.<br />

É importante ressaltar também o grande mérito da <strong>com</strong>unidade neste processo, que fez questão de se<br />

informar, participar de eventos e reuniões, e saber o que estava sen<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> e <strong>com</strong>o estava<br />

sen<strong>do</strong> feito. E mais: saber <strong>com</strong>o cada integrante deveria agir para que sua escola <strong>do</strong> coração<br />

apresentasse um carnaval belo e coeso, marca<strong>do</strong> pela excelência em seu conjunto. O resulta<strong>do</strong> dessa<br />

participação são alas conscientes de seu papel e totalmente integradas ao desfile e que darão um<br />

grande show na avenida.<br />

A Porto da Pedra que se apresenta neste carnaval é uma escola cuida<strong>do</strong>samente pensada em seu<br />

conjunto, nos mínimos detalhes e no to<strong>do</strong>, e fruto <strong>do</strong> trabalho talentoso <strong>do</strong>s muitos profissionais que<br />

nela estão.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

Responsável pela Comissão de Frente<br />

Alice Arja<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Alice Arja<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

112<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

07<br />

(sete)<br />

08<br />

(oito)<br />

A renomada coreógrafa Alice Arja assina a <strong>com</strong>issão de frente da Porto da Pedra no carnaval<br />

2010. Com ensaios volta<strong>do</strong>s para a junção da técnica e da qualidade artística, Arja levará para a<br />

avenida bailarinos experientes, que apresentarão ousadia e perfeição de movimentos. A coreógrafa,<br />

que teve formação clássica no Centro de Dança Rio, especializou-se na técnica de dança Clássica:<br />

Inglesa (Royal Academy of Dancing), Russa (Vaganova) e Cubana. Fun<strong>do</strong>u a escola de dança Alice<br />

Arja, habilitada no curso de baila<strong>do</strong>s e coreografias pela Secretaria Municipal de Fazenda. Em<br />

paralelo, Arja funda a CIA de Ballet <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

No carnaval, Alice Arja já passou por inúmeras agremiações <strong>com</strong>o Portela, Imperatriz<br />

Leopoldinense, Império da Tijuca, Uni<strong>do</strong>s da Abolição e, há dez anos coreografou a <strong>com</strong>issão de<br />

frente da Renascer de Jacarepaguá.<br />

Recebeu o certifica<strong>do</strong> de honra ao mérito, concedi<strong>do</strong> pelo centro Pró Danza, de Cuba (nota<br />

máxima em meto<strong>do</strong>logia cubana). Em 1997 foi eleita melhor maestrina prepara<strong>do</strong>ra em repertório<br />

internacional de dança clássica, concedi<strong>do</strong> pela Associación de Arte y Cultura – Buenos Aires –<br />

Argentina.<br />

No ano de 1999, Alice Arja passa a ser representante <strong>do</strong> Mercosul em dança no Rio de Janeiro,<br />

indicada pela Associación de Arte y Cultura – Secretaria de Cultura da Nação e <strong>do</strong> Governo da<br />

cidade de Buenos Aires e das embaixadas <strong>do</strong> Brasil e Paraguai.<br />

Em 2007, leva ao espaço cênico <strong>do</strong> Centro Coreográfico, <strong>com</strong> sua direção e idealização, a obra<br />

“Aux Cirqué”, basea<strong>do</strong> na obra de Sheakespeare - “Romeu e Julieta”, em uma versão infantojuvenil.<br />

No mês de marco de 2008, Arja firma uma parceria <strong>com</strong> o Miami City Ballet School,<br />

promoven<strong>do</strong> uma audição para candidatos ao Summer Course de 2008, aprovan<strong>do</strong> entre 82 alunos<br />

18 das instituições na qual é dirigente. Nos meses de junho e julho <strong>do</strong> mesmo ano, no perío<strong>do</strong> de 5<br />

semanas, Alice levou 32 crianças, dentre elas, 6 de sua escola, a estudarem no ano letivo de 2008<br />

(setembro), sen<strong>do</strong> 2 meninos <strong>com</strong> bolsa de estu<strong>do</strong>s.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

113<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Em outubro de 2008, a coreógrafa leva ao espaço cênico <strong>do</strong> Centro Coreógrafo <strong>do</strong> Rio de Janeiro,<br />

<strong>com</strong> sua direção e idealização, a obra "Nossa Bossa, nova gente", em homenagem as <strong>com</strong>emorações<br />

<strong>do</strong>s 50 anos da Bossa Nova. No mês de novembro, assume o Conselho de Educação <strong>do</strong> Miami City<br />

Ballet School, à convite de Sr. e Sra. Villella.<br />

No ano de 2009, sobe ao palco <strong>do</strong> SESI-JPA a obra "Nossa Bossa, nova gente", <strong>com</strong> a CIA de<br />

Ballet <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

Alice Arja também é responsável por diversas montagens de festas de cidades e de Natal, tais<br />

<strong>com</strong>o: Porto Real, Pene<strong>do</strong>, Paulo de Frontin, Rio Bonito, entre outras<br />

Fantasia: Brincan<strong>do</strong> de Bonecas<br />

Representação: No imaginário infantil, o primeiro contato que uma menina tem <strong>com</strong> a moda é<br />

quan<strong>do</strong> ela brinca <strong>com</strong> suas bonecas de papel e, trocan<strong>do</strong> suas roupas, vai <strong>com</strong>binan<strong>do</strong> a melhor<br />

produção para cada uma. Meninas brincam de bonecas e bonecas brincam <strong>com</strong> meninas. Use a<br />

imaginação!<br />

Apoia<strong>do</strong>s por um elemento alegórico que representa um quarto de meninas, a coreografia é toda<br />

trabalhada em cima <strong>do</strong> imaginário infantil da troca de roupas das bonecas, que ao final da montagem<br />

mostrarão bonecas <strong>com</strong> vestimentas de várias épocas, fazen<strong>do</strong> um passeio pela evolução da<br />

indumentária.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

114<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

1º Mestre-Sala Idade<br />

Diego Falcão 26 anos<br />

1ª Porta-Bandeira Idade<br />

Alessandra Bessa 24 anos<br />

2º Mestre-Sala Idade<br />

Rodrigo França 21 anos<br />

2ª Porta-Bandeira Idade<br />

Vanessa Motta 19 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Conduzir o pavilhão e defendê-lo no decorrer <strong>do</strong> desfile na passarela <strong>do</strong> samba. Levar o símbolo<br />

máximo da agremiação e, através da dança, da simbologia e seu ritual, proteger a bandeira <strong>com</strong> a<br />

garra de um Tigre e <strong>com</strong> a elegância de uma bailarina. Uma honra para o jovem casal de mestre-sala<br />

e porta-bandeira da Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra, Diego Falcão e Alessandra Bessa.<br />

Fantasia: Força, Poder e Energia<br />

Representação: O homem pré-<strong>histórico</strong> era místico e acreditava que vestin<strong>do</strong> a pele de animais<br />

anteriormente caça<strong>do</strong>s, ele iria adquirir a força daquele animal, enfim, além de se proteger <strong>do</strong> clima<br />

os homens se vestiam por misticismo e por poder. A fiação e a tecelagem ainda eram desconhecidas,<br />

prendiam suas roupas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> corpo <strong>com</strong> tendões de animais ou fibras vegetais através de<br />

pequenos furos, usan<strong>do</strong> espinhos ou ossos para perfurar o couro.<br />

Diego Falcão<br />

Iniciou sua trajetória <strong>com</strong>o primeiro Mestre-Sala na Escola de Samba Arranco <strong>do</strong> Engenho de<br />

Dentro aos 20 anos no ano de 2004. Logo o jovem Diego chamou atenção pela postura e elegância<br />

em defender o pavilhão. Capoeirista, Falcão passou a freqüentar <strong>com</strong> mais intensidade aulas de<br />

dança para aperfeiçoamento de suas técnicas de expressão corporal.<br />

Com passos seguros e leves, Diego despertou os olhares <strong>do</strong> Grupo Especial. Aos 22 anos, foi<br />

contrata<strong>do</strong> pela Portela e defendeu o pavilhão da azul – e – branca por três anos.<br />

Em 2009 foi para a Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra e defendeu o Tigre de São Gonçalo ao la<strong>do</strong> de<br />

Alessandra Bessa e, juntos, obtiveram as maiores notas da agremiação no carnaval 2009.<br />

Para o Carnaval 2010, Diego Falcão treina intensamente desde junho de 2009 movimentos<br />

coreográficos e técnicas de condicionamento físico. Além disso, freqüenta aulas de expressão<br />

corporal e capoeira.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra – Carnaval/2010<br />

115<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Alessandra Bessa<br />

Iniciou sua trajetória no Arranco <strong>do</strong> Engenho de Dentro ainda a<strong>do</strong>lescente. Em seu primeiro ano<br />

de desfile, destacou-se pela força, apesar da aparência frágil. Com uma postura exemplar, Bessa foi<br />

contratada pela Portela em 2006, onde desfilou <strong>com</strong>o segunda Porta-Bandeira. No mesmo ano<br />

retomou suas aulas de ballet clássico, conseguin<strong>do</strong> excelentes resulta<strong>do</strong>s físicos nos ensaios de<br />

quadra. No ano de 2007, Alessandra foi promovida a primeira Porta-Bandeira, defenden<strong>do</strong> o<br />

pavilhão portelense ao la<strong>do</strong> de Diego Falcão. A sintonia da dupla foi imediata e o casamento<br />

perfeito pode ser constata<strong>do</strong> no desfile oficial na Marquês de Sapucaí. No ano de 2009, Alessandra<br />

foi para à Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra. Defendeu a vermelho e branco e, junto <strong>com</strong> seu par Diego<br />

Falcão, conquistou as maiores notas da agremiação.<br />

A preparação para o Carnaval 2010 foi intensa durante to<strong>do</strong> o ano de 2009. Em junho, Alessandra<br />

iniciou ensaios de condicionamento e postura, além das aulas de ballet.<br />

A dupla Diego e Alessandra:<br />

Sintonia e perfeição. Assim podemos descrever o baila<strong>do</strong> <strong>do</strong> casal Diego Falcão e Alessandra<br />

Bessa. Uma mistura de força e leveza, <strong>com</strong> sintonia no olhar e nos movimentos corporais. A<br />

suavidade <strong>do</strong>s gestos e os movimentos precisos no pás-de-deux, os tornam uma dupla impecável.<br />

Um baila<strong>do</strong> para agradar os nossos olhares!<br />

Segun<strong>do</strong> casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Rodrigo França e Vanessa Motta<br />

Fantasia: Fashion Rio<br />

Representação: O maior evento de moda que acontece duas vezes por ano no Rio de Janeiro, agora<br />

sob a batuta de Paulo Borges, atrai os olhares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro, para o que os artistas cariocas criem<br />

e pensem.


G.R.E.S.<br />

PORTELA<br />

PRESIDENTE<br />

NILO MENDES FIGUEIREDO<br />

117


“Derruban<strong>do</strong> fronteiras,<br />

conquistan<strong>do</strong> liberdade...<br />

Rio de paz em esta<strong>do</strong> de graça!”<br />

Carnavalescos<br />

ALEX DE OLIVEIRA E AMAURI SANTOS<br />

119


121<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Enre<strong>do</strong><br />

“Derruban<strong>do</strong> fronteiras, conquistan<strong>do</strong> liberdade... Rio de paz em esta<strong>do</strong> de graça!”<br />

Carnavalesco<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, AlexFab e Marcelo Jacob<br />

01 A Invenção das<br />

Tradições<br />

02 Techno futures:<br />

Como a tecnologia<br />

de ponta<br />

transformara a vida<br />

no século 21<br />

03 Planeta Favela<br />

04 O Mun<strong>do</strong> e plano:<br />

Uma breve historia<br />

<strong>do</strong> século XXI<br />

Livro Autor Editora<br />

05 Fundação_<br />

Fundação e Império<br />

06 A Sociedade em<br />

Rede: A Era da<br />

Informação:<br />

Economia,<br />

Sociedade e Cultura<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Eric Hobsbawm Paz e Terra 2008 Todas<br />

James Canton Best Seller<br />

LTDA.<br />

2004 Todas<br />

Mike Davis Boitempo 2006 Todas<br />

Thomas Friedman Objetiva 2005 Todas<br />

Isaac Asimov Hemus Editora<br />

LTDA.<br />

1982 Todas<br />

Manuel Castells Paz e Terra 1999 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Enre<strong>do</strong><br />

“Derruban<strong>do</strong> fronteiras, conquistan<strong>do</strong> liberdade... Rio de paz em esta<strong>do</strong> de graça!”<br />

Carnavalesco<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, AlexFab e Marcelo Jacob<br />

07 A Força <strong>do</strong>s<br />

modelos mentais<br />

08<br />

Livro Autor Editora<br />

Spectrum<br />

The best in<br />

Contemporary<br />

Fantastic Art<br />

09 The Winston<br />

Effect: The Stan<br />

Winston Studio<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

122<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Yoram Wind Editora Bookman 2005 Todas<br />

Fenner & Fenner Underwoods<br />

Book<br />

2009 Todas<br />

Jody Duncan Titan Books 2006 Todas<br />

Influências & Referências de Arquitetura na Alegoria: Forma e Função<br />

Oscar Niemeyer<br />

Burle Marx<br />

Rio de Janeiro (Maracanã, Arcos da Lapa, Sambódromo, Pão de Açúcar, Jardim Botânico-<br />

Palmeiras Imperiais, Monumento aos Pracinhas, Orla Rio)<br />

Arquitetura Desconstrutivista<br />

Zaha Hadid<br />

Frank Gehry<br />

Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha


Outras informações julgadas necessárias<br />

123<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Características:<br />

Movimento desconstrutivista ou simplesmente desconstrutivismo ou desconstrução, é uma linha de<br />

produção arquitetônica pós-moderna, caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho<br />

não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência,<br />

pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns <strong>do</strong>s princípios elementares<br />

da arquitetura, <strong>com</strong>o a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) <strong>do</strong> edifício. A<br />

aparência visual final <strong>do</strong>s edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controla<strong>do</strong><br />

e por uma estimulante imprevisibilidade. Tem sua base no movimento literário chama<strong>do</strong><br />

desconstrução. O nome também deriva <strong>do</strong> construtivismo russo que existiu durante a década de 1920<br />

de onde retoma alguma de sua inspiração formal.<br />

Hemerografia: Revista Good Neighbors Club - Aventura Malls Hotels: Imagem de escultura<br />

Endereço eletrônico: Sites Consulta<strong>do</strong>s<br />

www.gresportela.<strong>com</strong>.br<br />

www.cdi.org.br<br />

http://pt.wikipedia.org<br />

www.google.<strong>com</strong>.br<br />

www.cade.<strong>com</strong>.br<br />

www.youtube.<strong>com</strong><br />

www.acessobrasil.org.br<br />

g1.globo.<strong>com</strong><br />

www.gestar.med.br<br />

http://chic.ig.<strong>com</strong>.br/<br />

Filmes:<br />

Distrito 9 – Gênero: Ficção Cientifica – Direção: Neill Blomkamp – Produção: Peter Jackson -<br />

Atores: Sharlton Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt e Elizabeth Mkandawie – 2009 (Nova<br />

Zelândia).<br />

Transformers <strong>do</strong>is: A Vingança <strong>do</strong>s Derrota<strong>do</strong>s – Gênero: Ação – Direção: Michael Bay –<br />

Produção: Steven Spielberg e Don Murphy – Atores: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel,<br />

Glenn Morshower e Ramon Rodriguez – 2009 – (EUA).<br />

Robôs – Gênero: Animação – Direção: Chris Wedge – Produção: Jerry Davis, William Joyce e<br />

John C. Donkin – 2005 (EUA).


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

PESQUISA E TEXTO:<br />

124<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

ALEX DE OLIVEIRA SILVA<br />

- Arquiteto e Urbanista, Designer de Moda e Professor da UVA. Pós-gradua<strong>do</strong> em Design de<br />

Interiores e Carnaval e Cultura.<br />

- 1997-2008 – REI MOMO Oficial 1º e Único – RJ (10 mandatos).<br />

- Co-Autor <strong>do</strong> livro: “Tequinho, o menino <strong>do</strong> Samba” – Editora (Coleção de Livros infantis<br />

sobre a temática <strong>do</strong> Carnaval e Escolas de Samba).<br />

- Pesquisa<strong>do</strong>r e Comentarista de Carnaval da SuperRadio Tupi<br />

- 2004-2005 – G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá – Cargo: Assistente de Carnavalesco (Lane<br />

Santana).<br />

- 2009 – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Jacarezinho – Carnavalesco<br />

AMAURI SANTOS<br />

Designer Gráfico e Artista Plástico<br />

1992-2002 – G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel – Cargo: Assistente de<br />

Carnavalesco (Renato Lage) – Atividdade: Auxiliar no desenvolvimento de fantasias e<br />

alegorias.<br />

2003-2004 – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Salgueiro – Cargo: Assistente de Carnavalesco (Renato<br />

Lage) – Atividade: Auxiliar no desenvolvimento de fantasias e alegorias.<br />

2005 – G.R.E.S. Mocidade Independente – Projetista de alegorias e Pintor de Arte<br />

2006 – G.R.E.S. Império Serrano – Projetista de alegorias<br />

2006-2008 – G.R.E.S. Portela – Projetista de alegorias e Pintor de arte<br />

2008 – G.R.E.S. Estácio de Sá e Gaviões da Fiel – Projetista de alegoria e Pintor de arte<br />

2009 – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio e Renascer de Jacarepaguá – Projetista de<br />

alegorias<br />

2009 – G.R.E.S. União <strong>do</strong> Parque Curicica – Carnavalesco<br />

Colaboração e Revisão:<br />

1. Artur Gomes: Antropólogo e pesquisa<strong>do</strong>r cultural, professor da UNESA.<br />

2. Madson Luis: Professor e Coordena<strong>do</strong>r da UVA.<br />

3. Marcio Egydio: Engenheiro, Mestre em Computação e Automação, Doutoran<strong>do</strong> em Engenharia<br />

Elétrica, professor da UNESA.<br />

4. Vagner Fernandes: Jornalista, escritor, pós-gradua<strong>do</strong> em jornalismo cultural.


125<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

"O homem vive de razão e sobrevive de sonhos"<br />

La Rochefoucauld*<br />

Tens um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r,<br />

Finalmente a nova era chegou...<br />

Liga<strong>do</strong> à rede mundial<br />

És um <strong>do</strong>utor, um sábio, mestre... Educa<strong>do</strong>r<br />

Em saber universal;<br />

Basta pesquisar, para novos vôos alcançar,<br />

E tens muito a colher;<br />

Para estudar<br />

E aprender;<br />

Podes trabalhar e se atualizar<br />

Ou usá-lo para lazer;<br />

Podes ensinar<br />

E aprender,<br />

Com paciência<br />

E algum vigor;<br />

Descobrir a ciência,<br />

Ou ser um joga<strong>do</strong>r;<br />

Tens poder para <strong>com</strong>unicar,<br />

Ler e escrever;<br />

Para seres um pesquisa<strong>do</strong>r;<br />

Sem saíres <strong>do</strong> teu lugar<br />

Podes ser um ator;<br />

Podes viajar acreditar<br />

Podes lutar;<br />

Ter um saber para ganhar<br />

E ser carioca, para sonhar, num outro plano acreditar<br />

Se tiveres informatiza<strong>do</strong><br />

Conquistar é preciso...<br />

Derrube as barreiras... Acredite!<br />

Viva a liberdade <strong>com</strong> a paz <strong>do</strong> amanhecer<br />

Num Rio de Janeiro que vislumbra melhorias<br />

Através dessa ferramenta de inclusão e socialização...<br />

Vamos viver em esta<strong>do</strong> de graça!<br />

* Moralista francês <strong>do</strong> século XVII, célebre por suas máximas


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

RESUMO:<br />

O enre<strong>do</strong> proposto relata o atual desafio informacional, imposto pelas tendências<br />

tecnológicas globais, que é incluir as pessoas e organizações em redes de<br />

sociabilidade. Trata a infoinclusão <strong>com</strong>o a tecnologia utilizada em prol da inclusão<br />

social, disponibilizan<strong>do</strong> equipamentos e aplican<strong>do</strong> seus serviços <strong>com</strong>o instrumentos<br />

de educação e de mobilização social, viabilizan<strong>do</strong> políticas de inclusão digital por<br />

meio <strong>do</strong> acesso às tecnologias da <strong>com</strong>unicação e informação<br />

Palavras-chave: infoinclusão; sociedade da informação; exclusão social; inclusão<br />

digital<br />

INTRODUÇÃO:<br />

A tecnologia é um <strong>do</strong>s mais poderosos catalisa<strong>do</strong>res de mudança social<br />

na atualidade. Mas, tecnologia, por si só, é apenas um instrumento. O<br />

verdadeiro desafio é tornar a tecnologia relevante e útil no<br />

contexto das populações socialmente excluídas.<br />

(CDI - Comitê para a Democratização da Informática)<br />

No enre<strong>do</strong> “Derruban<strong>do</strong> fronteiras, conquistan<strong>do</strong> liberdade... Rio de paz em esta<strong>do</strong> de<br />

graça!” serão mostra<strong>do</strong>s os múltiplos benefìcios da Inclusão Digital & Tecnologia de<br />

Informação <strong>com</strong>o ferramentas de transformação nos dias atuais. Essa transformação<br />

possibilita novas perspectivas para <strong>com</strong>unidades excluídas econômica e socialmente.<br />

Por conseguinte, a Portela mostrará aos sambistas e foliões em geral que, a Internet,<br />

em alta velocidade de transmissão, não é somente um veículo de <strong>com</strong>unicação e<br />

relacionamento entre as pessoas, mas, também, uma verdadeira revolução silenciosa,<br />

posto que a inclusão digital propicie, antes de tu<strong>do</strong>, a melhora das condições de vida<br />

de uma determinada região ou <strong>com</strong>unidade. A expressão Inclusão Digital nasceu <strong>do</strong><br />

termo “digital divide”, que em inglês significa algo <strong>com</strong>o “divisória digital”. Hoje, a<br />

depender <strong>do</strong> contexto, é <strong>com</strong>um ver expressões similares <strong>com</strong>o democratização da<br />

informação, ciência da <strong>com</strong>putação, universalização da tecnologia e outras variantes<br />

parecidas e politicamente corretas. Em termos concretos, incluir digitalmente não é<br />

apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, visa ainda, melhorar os quadros sociais<br />

a partir <strong>do</strong> manuseio <strong>do</strong>s <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res. Como fazê-lo? Posto que isto, não pode ser<br />

desenvolvi<strong>do</strong> apenas ensinan<strong>do</strong> o “bê-á-bá” <strong>do</strong> "internetês", mas mostran<strong>do</strong> <strong>com</strong>o é<br />

possível (ganhar dinheiro) (e) melhorar o padrão de vida <strong>com</strong> a ajuda daquele<br />

“monstrengo” de “bits” e “bytes” que, tornou-se <strong>com</strong>pletamente necessário nos dias<br />

atuais. Somente colocar um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r nas mãos das pessoas ou vendê–lo a um<br />

preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. Torna-se necessário ensiná–las a<br />

126


127<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

utilizá–lo em benefício próprio e/ ou coletivo. Induzir a inclusão social, a partir da<br />

digital ainda, é o sonho vislumbra<strong>do</strong> num futuro breve… Afinal, os bons resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s, nos últimos anos em nossa sociedade, cujas ações são reconhecidas e<br />

elogiadas mundialmente, servem <strong>com</strong>o incentivo para um maior esforço e empenho<br />

em prol da melhoria da nossa qualidade de vida.<br />

HISTÓRICO:<br />

Um grito proclama<strong>do</strong> pelas vozes <strong>do</strong> silêncio, pelos navegantes democráticos, pelos<br />

marginaliza<strong>do</strong>s tecnológicos, pelos “infonautas” <strong>do</strong> desejo, enseja e impulsiona o<br />

atual momento. Vivemos numa sociedade partida/repartida pela exclusão econômica e<br />

social. Aqui, o acesso à informação transformou-se em instrumento de inclusão das<br />

<strong>com</strong>unidades excluídas, consideran<strong>do</strong>-se o seu potencial interativo, dinâmico,<br />

forma<strong>do</strong>r de opiniões e dissemina<strong>do</strong>r de idéias.<br />

Nesse contexto, surge nos mais diversos “cibercantos” <strong>do</strong> Paìs, grupos, entidades,<br />

intelectuais, artistas, to<strong>do</strong>s reuni<strong>do</strong>s num grande cordão interativo, em busca <strong>do</strong><br />

acesso pleno à informação e à <strong>com</strong>unicação em tempo real.<br />

Tal movimento possibilita ligar os mais varia<strong>do</strong>s segmentos, rompen<strong>do</strong> o isolamento<br />

e tem influí<strong>do</strong> na inclusão <strong>do</strong>s excluí<strong>do</strong>s para instauração <strong>do</strong> processo da<br />

“cibermania”. As pessoas e a vida nas cidades estão cada vez mais articuladas <strong>com</strong> a<br />

tecnologia e a ciência da informação. Torna-se, portanto, urgente democratizar esses<br />

novos conhecimentos e recursos, sobretu<strong>do</strong> para os setores mais desassisti<strong>do</strong>s da<br />

sociedade.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, o nosso enre<strong>do</strong> alerta para a necessidade da democratização da<br />

informação o que representa um considerável passo para a ampliação <strong>do</strong> exercício da<br />

cidadania e pela difusão <strong>do</strong> bom uso das novas tecnologias.<br />

Cenário da Exclusão:<br />

No Brasil, o primeiro Mapa da Exclusão Digital (publica<strong>do</strong> em 2002 pela USAID,<br />

Sun Micro systems e Fundação Getúlio Vargas) já revelava o tamanho <strong>do</strong> nosso<br />

desafio: só 12% <strong>do</strong>s brasileiros possuíam <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res e 8% acessava a Internet em<br />

casa. Estu<strong>do</strong>s recentes mostram que 67% <strong>do</strong>s 188 milhões de brasileiros nunca se<br />

conectaram a Internet e 54% nunca usaram um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

A exclusão digital leva milhões de brasileiros a romper fronteiras e a sonhar <strong>com</strong> o<br />

futuro, ao considerarmos que informação e conhecimento são as moedas de troca mais<br />

valorizadas atualmente em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, posto que, também ofusca a democracia, a<br />

economia, o desenvolvimento e o bem-estar público, traduzin<strong>do</strong>-se em questões de<br />

natureza global, tais <strong>com</strong>o a indústria das drogas e a crescente violência.<br />

A “Revolução Digital” tem leva<strong>do</strong> à expansão da economia global, ao transformar a<br />

forma <strong>com</strong>o vivemos e geran<strong>do</strong> uma enorme riqueza – <strong>com</strong>o um eficaz propulsor de<br />

melhorias... Das seis bilhões de pessoas que vivem atualmente no planeta, apenas um<br />

bilhão tem acesso à Internet. Comentan<strong>do</strong> sobre tal desigualdade, James Wolfensohn,<br />

ex-presidente <strong>do</strong> Banco Mundial, afirmou que o abismo digital é “um <strong>do</strong>s grandes<br />

impedimentos para o desenvolvimento”.<br />

A exclusão digital concentra em si o reflexo de um problema grave no Brasil: a<br />

exclusão social. Exclusão digital é o termo utiliza<strong>do</strong> para sintetizar to<strong>do</strong> um contexto<br />

que impede a maior parte das pessoas de participar <strong>do</strong>s benefícios das novas<br />

tecnologias de informação. Digital também, porque hoje as conseqüências da<br />

exclusão social acentuam a desigualdade tecnológica e o acesso ao conhecimento,<br />

aumentan<strong>do</strong> o abismo entre ricos e pobres.<br />

(Spagnolo).<br />

Nos dias atuais, um mun<strong>do</strong> hiperconecta<strong>do</strong> <strong>com</strong>o o atual, e que será muito mais<br />

conecta<strong>do</strong> em poucos anos, um excluí<strong>do</strong> digital, infelizmente, será um excluí<strong>do</strong><br />

social. Ao tratarmos de tecnologia, referimo-nos inevitavelmente em preconceito<br />

social, pois, cada tecnologia atual e emergente apresenta dificuldades previsíveis e<br />

imprevisíveis na utilização <strong>do</strong> acesso a um grande número de potenciais beneficiários.<br />

Vale registrar que, não são apenas os cidadãos <strong>com</strong> necessidades especiais que<br />

encontram obstáculos para o acesso aos recursos e às oportunidades da Sociedade da<br />

Informação. A pobreza, a interioridade e as minorias étnicas, também, são alguns <strong>do</strong>s<br />

outros fatores de exclusão que precisam ser considera<strong>do</strong> seriamente. É tarefa de to<strong>do</strong>s<br />

que trabalham pela defesa da democracia e no <strong>com</strong>bate às desigualdades sociais exigir<br />

o controle cidadão sobre o uso das tecnologias de <strong>com</strong>unicação e informação,<br />

principalmente no que diz respeito à Internet.<br />

A tomada de decisões neste universo - seja em que âmbito for - deve necessariamente<br />

levar em consideração os anseios, as necessidades e prioridades <strong>do</strong>s cidadãos em<br />

qualquer território. É preciso levar em consideração que o indivíduo ao usar as<br />

tecnologias de <strong>com</strong>unicação e informação não se transforma instantaneamente em<br />

usuário. Ele continua sen<strong>do</strong> cidadão, desta vez em um espaço amplia<strong>do</strong> para além da<br />

territorialidade.<br />

128


129<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

A participação em projetos e programas de infoinclusão, acesso universal e - para os<br />

que já estão presentes na rede - governança e direitos na Internet é condição<br />

fundamental para a construção democrática de uma sociedade da informação<br />

verdadeiramente para to<strong>do</strong>s. O agravamento da desigualdade tecnológica na era da<br />

informação ocorre por fatores <strong>histórico</strong>s, econômicos e políticos, mas é sustenta<strong>do</strong><br />

pela exclusão <strong>do</strong> conjunto da população ao acesso às tecnologias e de seu<br />

desenvolvimento.<br />

Quanto maior o número de inicia<strong>do</strong>s e de alfabetiza<strong>do</strong>s tecnologicamente, maior será<br />

a sinergia indispensável à criatividade e à produção de tecnologia, fundamental para a<br />

inserção <strong>do</strong> paìs no mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>. Em seu livro “A sociedade em rede”, Manuel<br />

Castells mostra a tendência histórica da organização da vida social contemporânea em<br />

grandes redes, que se constituem em lócus privilegia<strong>do</strong> de trocas de experiências e<br />

produção cultural. O pensamento de Castells é <strong>com</strong>partilha<strong>do</strong> por William Mitchell,<br />

autor <strong>do</strong> livro "E–Topia", que igualmente, se dedica a estudar o impacto social via<br />

inclusão digital.<br />

“Comunidades de baixa renda tendem a atrair menos investimentos em<br />

infra-estruturais de tele<strong>com</strong>unicações e tecnologias, geran<strong>do</strong> menos motivação de<br />

empresas e governos. Em lugares assim, há, infelizmente, um risco óbvio de diminuir<br />

ainda mais as ofertas de bons empregos e serviços para to<strong>do</strong>s daquela <strong>com</strong>unidade,”<br />

enfatiza Mitchell, em um cenário bastante conheci<strong>do</strong> no Brasil.<br />

ABERTURA:<br />

SEGUEM OS PASSOS DA EVOLUÇAO<br />

Narrativa: Acessar ao mun<strong>do</strong> virtual…<br />

VIRTUAL: vir. tu. al: adj. masculino+feminino (lat. virtuale):<br />

1 - Que não existe <strong>com</strong>o realidade, mas, sim, <strong>com</strong>o potência ou faculdade.<br />

2 - Que equivale a outro, poden<strong>do</strong> fazer às vezes deste, em virtude ou atividade.<br />

3 - Que é suscetível de exercer-se, embora não esteja em exercício; potencial.<br />

4 - Que não tem efeito atual...<br />

A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e <strong>com</strong>unicação,<br />

constitui-se em um conglomera<strong>do</strong> de redes em escala mundial de milhões de<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res interliga<strong>do</strong>s que permite o acesso a informações e a to<strong>do</strong> tipo de<br />

transferência de da<strong>do</strong>s, ao contrário <strong>do</strong> que normalmente se imagina, Internet não é<br />

sinônimo de World Wide Web (WWW). Esta é parte daquela, visto que e a World<br />

Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um <strong>do</strong>s muitos serviços<br />

ofereci<strong>do</strong>s na Internet. A Web é um sistema de informação mais recente que emprega


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

a Internet <strong>com</strong>o meio de transmissão. O que torna a Internet tão poderosa é um<br />

conjunto de protocolos de <strong>com</strong>unicação entre <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res conheci<strong>do</strong>s pela sigla<br />

TCP/IP. Nome que vem de <strong>do</strong>is protocolos o TCP (Transmission Control Protocol -<br />

Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de<br />

Interconexão). To<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res que se <strong>com</strong>unicam através desses protocolos<br />

são capazes de trocar informações entre si. Assim e possível conectar-se máquinas de<br />

diferentes tipos e fabricação. A Internet é organizada na forma de uma teia.<br />

Consideran<strong>do</strong> que, a Comissão de Frente representará o acesso ao mun<strong>do</strong> virtual,<br />

abriremos o desfile convidan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s para navegarem nessa máquina que<br />

transforma através da conexão a cabo… “Méto<strong>do</strong> de acesso à Internet que, no<br />

conceito de transmissão de sinais por cabo, chamamos de Head End”.<br />

COMISSAO DE FRENTE:<br />

SEGUE OS PASSOS DA EVOLUÇAO:<br />

Internet via satélite é um méto<strong>do</strong> de acesso à Internet que, na teoria, pode ser<br />

utiliza<strong>do</strong> em qualquer parte <strong>do</strong> planeta. Possibilita altas taxas de transferências de<br />

da<strong>do</strong>s, <strong>com</strong> sua <strong>com</strong>unicação feita <strong>do</strong> usuário, para o satélite e deste para o servi<strong>do</strong>r<br />

de da<strong>do</strong>s (poden<strong>do</strong> o sinal passar por outros satélites interliga<strong>do</strong>s). Como a maioria<br />

<strong>do</strong>s serviços de banda larga, a transmissão por satélite se faz de mo<strong>do</strong> bidirecional,<br />

isto é (recebimento e envio de da<strong>do</strong>s).<br />

1º SETOR:<br />

RIO DE JANEIRO, PORTAL DIGITAL DO PAÍS<br />

Vislumbrar o Rio de Janeiro futurista, civiliza<strong>do</strong>, “antena<strong>do</strong>”,<br />

igualitário e informacional...<br />

Internet <strong>com</strong> acesso livre e gratuito e, os cidadãos usufruin<strong>do</strong> dessa Tecnologia<br />

de Informação.<br />

BACKBONE DO ESPAÇO SIDERAL:<br />

O “backbone”, tradução de "espinha <strong>do</strong>rsal", é uma rede principal por onde passam os<br />

da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s usuários da Internet. Por ser a rede principal, o “backbone” captura e<br />

transmite informações de várias redes menores que se conectam a ele. Quan<strong>do</strong> o<br />

usuário envia um e-mail, por exemplo, essa informação vai de sua rede local para o<br />

“backbone” e, então, é encaminhada até a rede de destino. O mesmo acontece quan<strong>do</strong><br />

o internauta acessa informações de um site: elas têm de passar pelo “backbone” até<br />

chegarem ao <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> usuário. E, por tal motivo, o maior símbolo das alegorias<br />

<strong>do</strong> carnaval carioca, a Águia altaneira da Portela, fará essa conexão. Ela simboliza<br />

130


131<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

essa estrutura que, receben<strong>do</strong> e transferin<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s da rede, será o “link” <strong>com</strong> os<br />

demais segmentos <strong>do</strong> desfile. Portanto, num sobrevôo dessa ave majestosa sobre os<br />

elementos cenográficos futuristas (edifícios representatividade arquitetônica da<br />

cidade) vislumbra-se num futuro tecnológico, nosso Rio de Janeiro sen<strong>do</strong> o Portal<br />

Digital <strong>do</strong> País, disponibilizan<strong>do</strong> de forma livre e gratuita as Tecnologias de<br />

Informação e a Internet, a toda população… É um novo Rio, onde to<strong>do</strong>s estão<br />

conecta<strong>do</strong>s <strong>com</strong> o mun<strong>do</strong>, onde as pessoas fazem uso <strong>do</strong>s benefícios de softwares e<br />

equipamentos eletrônicos disponíveis na vida moderna.<br />

2º SETOR:<br />

DERRUBANDO FRONTEIRAS DA REALIDADE<br />

Submun<strong>do</strong> “sem conexão”, portal das trevas… Pós apocalíptico <strong>do</strong>s excluí<strong>do</strong>s!<br />

A exclusão digital é um conceito <strong>do</strong>s campos teóricos da <strong>com</strong>unicação, da sociologia,<br />

da tecnologia da informação, da história e de outras áreas. O termo diz respeito às<br />

extensas camadas das sociedades que ficaram à margem <strong>do</strong> fenômeno da sociedade da<br />

informação e da expansão das redes digitais.<br />

No Brasil, o termo "exclusão digital" é mais usa<strong>do</strong> para se referir ao problema,<br />

indican<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s excluí<strong>do</strong>s. A exclusão digital é atualmente um tema de debates<br />

entre governos, organizações multilaterais, tais <strong>com</strong>o: ONU e OMC, e o terceiro setor<br />

(ONG‟s, entidades assistencialistas).<br />

Políticas de inclusão digital propõem a criação de pontos de acesso à Internet em<br />

<strong>com</strong>unidades carentes e capacitação (treinamento) de usuários em ferramentas digitais<br />

(<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, DVD‟s, vídeo digital, som digital, telefonia móvel).<br />

Nas <strong>com</strong>unidades carentes, pessoas <strong>com</strong> uma posição econômica desfavorável são<br />

excluídas digitalmente, pois não têm acesso à tecnologia. A relação entre exclusão<br />

digital e pobreza é uma realidade mundial. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o Mapa da Exclusão<br />

Digital, que analisou os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Censo 2000, o nível de escolaridade é ponto de<br />

importância não só na geração de renda, mas também no nível de inclusão digital <strong>do</strong>s<br />

brasileiros. A Exclusão Digital atinge as partes mais pobres <strong>do</strong> país, aonde ainda não<br />

chegaram <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, internet, celular e outras “new medias”.<br />

As pessoas que nunca viram ou usaram um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r são denominadas “Sem Luz”<br />

ou “Trevas” no vernáculo popular… Por conta dessa correlação <strong>do</strong> binômio: Luz e<br />

Trevas, esse setor retratará esses seres exclusos que, se transformarão e modificarão<br />

sua realidade ao “descobrir” o acesso à luz (Internet), propon<strong>do</strong> a remodelação das<br />

<strong>com</strong>unidades, refeita pelas mãos da criança, futuro da nação!


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3º SETOR:<br />

e- LEARNING<br />

Passo-a-passo rumo à transformação, o caminho e a Educação…<br />

“Educar e educar-se, na prática da liberdade é tarefa daqueles que sabem que<br />

pouco sabem – por isso sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais –<br />

em diálogo <strong>com</strong> aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes<br />

transforman<strong>do</strong> seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam<br />

igualmente saber mais.”<br />

(FREIRE, Paulo Extensão ou Comunicação, Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1977, p.24)<br />

O termo “e-Learning” é fruto maduro de uma <strong>com</strong>binação ocorrida entre o ensino<br />

<strong>com</strong> auxílio da tecnologia e a educação á distância. Ambas as modalidades<br />

convergiram para a educação “on-line” e para o treinamento basea<strong>do</strong> em Web, que ao<br />

final resultou no “e-Learning”.<br />

Seu surgimento repentino adicionou novos significa<strong>do</strong>s para o treinamento e fez<br />

explodir as possibilidades para difusão <strong>do</strong> conhecimento e da informação para os<br />

estudantes. Em um <strong>com</strong>passo acelera<strong>do</strong>, abriu um novo mun<strong>do</strong> para a distribuição e o<br />

<strong>com</strong>partilhamento de conhecimento, tornan<strong>do</strong>-se também uma forma de democratizar<br />

o saber para as camadas carentes da população <strong>com</strong> acesso às novas tecnologias,<br />

propician<strong>do</strong> que o conhecimento esteja disponível a qualquer tempo e hora e em<br />

qualquer lugar.<br />

A interatividade disponibilizada pelas redes de Internet, “intranet” e pelos ambientes<br />

de gestão, onde se situa o “e-learning”, segun<strong>do</strong> a corrente sócio-interacionista, passa<br />

a ser encarada <strong>com</strong>o um meio de <strong>com</strong>unicação entre aprendizes, orienta<strong>do</strong>res e estes<br />

<strong>com</strong> o meio.<br />

Uma definição simples para “e-learning” seria o processo pelo qual o aluno aprende<br />

através de conteú<strong>do</strong>s coloca<strong>do</strong>s no <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r e/ou Internet e em que o professor, se<br />

houver, está à distância utilizan<strong>do</strong> a grande rede <strong>com</strong>o meio de <strong>com</strong>unicação, poden<strong>do</strong><br />

existir aulas presenciais. O sistema que inclui aulas presenciais no sistema de “elearning”<br />

recebe o nome de “blended learning”.<br />

Por conseguinte, o setor apresenta a mola-mestra dessa transformação: a educação e<br />

suas variáveis educacionais tecnológicas passo a passo num jogo de ensinamentos.<br />

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4º SETOR:<br />

O MUNDO NA PALMA DA MÃO!<br />

Benefícios da utilização da Internet nas tele<strong>com</strong>unicações.<br />

Nesse processo de transformação, outro benefício se faz presente e necessário nos<br />

dias atuais: a Telefonia. É inegável que a tecnologia <strong>do</strong> posicionamento por satélite<br />

está cada vez mais presente. A gama de aplicações é imensa e seria preciso muito<br />

espaço para exemplificar e aprofundar todas elas. Mas há um setor, constituí<strong>do</strong> por<br />

dispositivos móveis de alta tecnologia em que esse crescimento fica bastante evidente.<br />

Pela própria demanda <strong>do</strong>s usuários, a telefonia celular ampliou o foco de serviços e<br />

funcionalidades que podem estar presentes em um único aparelho. Se há alguns anos,<br />

os telefones móveis eram utiliza<strong>do</strong>s de forma limitada ao fazer e receber ligações e<br />

mensagens, atualmente tornaram-se apenas uma de suas várias funcionalidades.<br />

Fotografia, reprodução de áudio, TV, vídeo e acesso à Internet são os principais<br />

reflexos da convergência digital, principal responsável por esse novo fenômeno, fruto<br />

<strong>do</strong> avanço tecnológico significativo para levar a navegação <strong>com</strong> qualidade para os<br />

usuários).<br />

Assim, os meios de acesso possibilitaram a transmissão de grande volume de<br />

informação de forma rápida, confiável, <strong>com</strong> bons padrões de qualidade e conforto<br />

para os usuários. As inovações tecnológicas permitiram a junção de serviços de voz,<br />

da<strong>do</strong>s e Internet. Entretanto a maior transformação se deu na conexão <strong>do</strong>s clientes<br />

finais, ao permitir o tráfego de conteú<strong>do</strong>s multimídias através de acessos em banda<br />

larga. “Update”, pelos quais to<strong>do</strong>s nós usuários inclusos nessa tecnologia<br />

acessaremos uma nova era, pela palma da mão!<br />

5º SETOR:<br />

MEDICINA TECNOLÓGICA, INTERNET2<br />

Benefícios da utilização da Internet na Medicina (Saúde).<br />

A Internet2 ou UCAID (University Corporation for Advanced Internet Development)<br />

é uma nova rede de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, mais rápida e econômica que a Internet, e já está<br />

em funcionamento no Brasil. Inician<strong>do</strong> a operação no Rio de Janeiro em abril de<br />

1999, <strong>do</strong>is meses depois de a internet2 ter si<strong>do</strong> lançada nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />

“Com projetos dirigi<strong>do</strong>s as áreas de saúde, educação e administração pública,<br />

oferecen<strong>do</strong> aos usuários recursos não disponível na Internet <strong>com</strong>ercial, <strong>com</strong>o: a<br />

criação de laboratórios virtuais, exames tridimensionais e bibliotecas digitais”. Tais<br />

recursos possibilitam que médicos a<strong>com</strong>panhem cirurgias à distância por meio da


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

nova rede, interligan<strong>do</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res de instituições públicas e privadas, <strong>com</strong>o<br />

universidades, órgãos federais, estaduais e municipais, centros de pesquisas, empresas<br />

de TV a cabo e de tele<strong>com</strong>unicação.<br />

Assim, torna-se fácil imaginar, no corpo humano, um exército de robôs minúsculos<br />

para atacar células cancerígenas, destruir vírus e bactérias, inserir medicamentos em<br />

locais específicos, detectar múltiplas <strong>do</strong>enças tanto no feto <strong>com</strong>o em crianças e<br />

adultos, desobstruir artérias, realizar cirurgias e obter cristais líqui<strong>do</strong>s capazes de<br />

transformar células-tronco em teci<strong>do</strong>s, e tu<strong>do</strong> isso <strong>com</strong> a participação efetiva da<br />

internet e, principalmente, sem a presença de medico in loco... Não, nada de roteiro de<br />

ficção científica. A <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> uma megaprodução cinematográfica faz senti<strong>do</strong>,<br />

mas o assunto é real e palpável.<br />

O indiscutível progresso tecnológico da eletrônica e da informática, nas últimas<br />

décadas trouxe inúmeras vantagens e avanços à medicina. A partir da invenção <strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s chips eletrônicos, de equipamentos médicos digitais <strong>com</strong>o o<br />

tomógrafo <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>, até o desenvolvimento da tele medicina, aconteceu um<br />

impressionante aumento nos produtos biomédicos nos quais participam a informática,<br />

as tele<strong>com</strong>unicações e a microeletrônica.<br />

No futuro, quan<strong>do</strong> um médico necessitar de consultar qualquer livro ou revista de sua<br />

especialidade, não será mais preciso virar páginas: ele certamente existirá em algum<br />

formato eletrônico. Se o livro estiver na Internet, ele nem sequer precisará carregar<br />

consigo uma cópia: em qualquer lugar <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> bastará um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r liga<strong>do</strong> à<br />

rede para poder consultá-lo. Em um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> tamanho de um caderno caberá<br />

uma biblioteca inteira: mais de mil livros <strong>com</strong>pletos, <strong>com</strong> acesso instantâneo. Como<br />

conseqüência de tu<strong>do</strong> isso, a Informática tornou-se essencial para a atividade <strong>do</strong><br />

médico e <strong>do</strong> paciente a possibilidade de ir ao encontro de uma série de avaliações<br />

profissionais.<br />

TELE MEDICINA<br />

O uso da Internet facilita, sobremaneira, ações das áreas de especialidades da<br />

Medicina, <strong>com</strong>o por exemplo, executar o ato operatório... Atualmente, está<br />

consolidada uma forma de tele medicina: a diagnóstica. É possível colocar à<br />

disposição de toda a <strong>com</strong>unidade médica um exame de imagem para apreciação,<br />

decisões e diagnósticos. Afloram casos na Imprensa de pessoas que foram salvas pela<br />

Internet, seja pelo diagnóstico à distância ou pela emissão de pedi<strong>do</strong>s de socorro<br />

virtuais.<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

A meto<strong>do</strong>logia mais ousada, que já se encontra em uso, refere-se às intervenções à<br />

distância. Assim, logo veremos, por exemplo, um cenário no qual um cirurgião estará<br />

em um centro de tele medicina numa grande cidade (ou em qualquer outro lugar) e<br />

seu paciente em local distante. Desta forma, por meio de equipamentos de informática<br />

e tele medicina, então, ele poderá executar o ato operatório a longa distancia, usan<strong>do</strong><br />

um sistema robótico.<br />

Este sistema substitui apenas os braços humanos. Esse “milagre” existe… Chama-se<br />

sistema cirúrgico “Da Vinci”, um Robô. A sua aparência é idêntica a um polvo <strong>com</strong><br />

quatro braços, em que um deles é equipa<strong>do</strong> <strong>com</strong> uma câmara que capta imagens em<br />

três dimensões, enquanto que os outros estão equipa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> material cirúrgico,<br />

pinças, bisturis. (Entre os procedimentos médicos que podem ser realiza<strong>do</strong>s <strong>com</strong> o<br />

sistema robótico estão cirurgias cardíacas, torácicas, urológicas, algumas <strong>do</strong> aparelho<br />

digestivo e, em diversas cirurgias ginecológicas).<br />

6º SETOR:<br />

INCLUSÃO DIGITAL PARA INCLUSÃO SOCIAL<br />

Conhecimento da Internet forman<strong>do</strong> novos cidadãos…<br />

Sites, blogs, chats e fóruns de discussão: Cidadania, um Direito de to<strong>do</strong>s!<br />

"Os analfabetos <strong>do</strong> próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever,<br />

mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender."<br />

(Alvin Toffler)<br />

Inclusão social: Conjunto de meios e ações que <strong>com</strong>bate a exclusão <strong>do</strong>s desassisti<strong>do</strong>s<br />

aos benefícios da vida em sociedade, buscan<strong>do</strong> diminuir s. as diferenças de classe<br />

social, origem geográfica, educação e preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer<br />

oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a<br />

to<strong>do</strong>s... E a democratização <strong>do</strong> acesso às Tecnologias da Informação, possibilitan<strong>do</strong> a<br />

inserção de to<strong>do</strong>s na sociedade da informação. Inclusão digital é, ainda, simplificar a<br />

rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades, posto que um incluí<strong>do</strong><br />

digitalmente não seja aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, para trocar emails,<br />

mas o que usufrui desse suporte para melhorar sua condição de vida.<br />

O principal objetivo da inclusão digital, <strong>com</strong>o alavanca para o desenvolvimento autosustentável,<br />

é o incentivo ao exercício da cidadania. E para implantá-la tornam-se<br />

necessários três instrumentos básicos: o <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r, o acesso à Internet e o <strong>do</strong>mínio<br />

dessas ferramentas. Contu<strong>do</strong>, não é o bastante ao cidadão possuir <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r<br />

conecta<strong>do</strong> à internet para que seja considera<strong>do</strong> um incluí<strong>do</strong> digitalmente. O erro de tal<br />

interpretação é <strong>com</strong>um: já que muitos acreditam que incluir digitalmente é colocar


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res diante das pessoas e apenas ensiná–las a usar Win<strong>do</strong>ws e outros<br />

instrumentos. Tal opinião errônea irrita especialistas e ajuda a propagar conceitos<br />

equivoca<strong>do</strong>s da proposta.<br />

Em longo prazo, é notória a inclusão social que ações bem implementadas podem<br />

gerar. A desmarginalização de determina<strong>do</strong>s grupos sociais está associada à<br />

participação desses segmentos nos mecanismos institucionais, políticos e culturais e à<br />

superação das restrições, podemos citar o exemplo <strong>do</strong> Projeto Piraí Digital, 1º Cidade<br />

brasileira a disponibilizar Internet livre, total e gratuita a população, que nasceu <strong>com</strong> o<br />

objetivo de democratização <strong>do</strong> acesso aos meios de informação e <strong>com</strong>unicação<br />

geran<strong>do</strong> oportunidades de desenvolvimento econômico e social, amplian<strong>do</strong> os<br />

horizontes da cidade no senti<strong>do</strong> de utilizar e gerenciar conhecimentos por meio de<br />

implantação de uma rede de transmissão voz e da<strong>do</strong>s que permita acesso em banda<br />

larga, assumin<strong>do</strong> a visão estratégica de uma sociedade de informação local, lugar<br />

onde o cidadão se torna o principal ator na produção, gestão e usufruto <strong>do</strong>s benefícios<br />

de novas tecnologias citadas. Na elaboração <strong>do</strong> projeto foram trabalha<strong>do</strong>s em três<br />

focos principais: arquitetura de rede, desenho de gestão e desenho <strong>do</strong> controle social.<br />

A arquitetura de rede foi trabalhada no senti<strong>do</strong> de garantir o acesso universal e<br />

constituir uma nova infra-estrutura municipal através de um serviço de <strong>com</strong>unicação<br />

digital. Deste mo<strong>do</strong>, procurou romper <strong>com</strong> os limites <strong>do</strong>s processos atuais de inclusão<br />

digital ponto a ponto e constituiríamos uma nova rede que se integraria às redes de<br />

infra-estrutura já existentes, <strong>com</strong>o energia elétrica, saneamento, etc. O resulta<strong>do</strong> foi a<br />

criação de um sistema SHSW (sistema híbri<strong>do</strong> <strong>com</strong> suporte wireless) que permite<br />

<strong>com</strong> um baixo custo e <strong>com</strong> tecnologia flexível ser aplica<strong>do</strong> e replica<strong>do</strong> em pequenos<br />

municípios. Este sistema foi inaugura<strong>do</strong> e está funcionan<strong>do</strong> <strong>com</strong> cobertura em to<strong>do</strong> o<br />

município.<br />

A Organização das Nações Unidas estabeleceu a exclusão digital <strong>com</strong>o uma das<br />

grandes mazelas da atualidade, ao la<strong>do</strong> da fome, <strong>do</strong> desemprego e <strong>do</strong> analfabetismo.<br />

Finalmente, é importante concluir que a inclusão digital seria um meio para promover<br />

qualidade de vida, ampliar conhecimento e trocar de informações... Inclusão social!<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

7º SETOR:<br />

A SENHA DE UM AMANHECER MAIS FELIZ!<br />

Etapa final nesse processo de transformação, o Rio de Janeiro pede por Paz!<br />

E a Unidade de Policia Pacifica<strong>do</strong>ra traz a solução…<br />

Na área de segurança pública... Como é de geral sabença, a violência urbana não é um<br />

problema deste século. Em meio a tal problema da segurança publica, surge o lírio<br />

que pode nos dar alguma esperança, por parte <strong>do</strong> poder público e da sociedade. É a<br />

política de pacificação de favelas, <strong>com</strong> a implantação das Unidades de Polícia<br />

Pacifica<strong>do</strong>ra, que <strong>com</strong> sua atuação já livraram, <strong>do</strong> jugo de meliantes arma<strong>do</strong>s, cerca<br />

de 500 mil pessoas. Certamente, a Internet se tornará uma aliada eficaz nesse processo<br />

de transformação, mais poderosa que, qualquer tipo de armamento ao considerarmos a<br />

sua força de mobilização e resulta<strong>do</strong>s. Dai, <strong>com</strong>preenderemos que Internet não é<br />

simplesmente uma rede de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, mas sim um infinito entrelace de pessoas,<br />

conectada entre si através da maior plataforma de relações que a humanidade já<br />

conhece pelo que se pode concluir que a cultura digital criou os fundamentos para<br />

uma nova civilização.<br />

Mencionada civilização está construin<strong>do</strong> a dialética, o confronto e a solidariedade por<br />

meio da <strong>com</strong>unicação, fazen<strong>do</strong> <strong>com</strong> que a democracia germine onde há a<br />

hospitalidade, a escuta, a troca e o <strong>com</strong>partilhamento, demonstran<strong>do</strong> que o encontro<br />

<strong>com</strong> o “outro” é o antì<strong>do</strong>to mais eficaz contra o ódio e o conflito. Por tu<strong>do</strong> isso, a<br />

Internet torna-se um verdadeiro e real instrumento de Paz, em que cada um de nós,<br />

dentro da rede, pode ser a semente da “não-violência”. Assim, é válida a crença<br />

coletiva que, em breve, a Paz retornará ao nosso Rio de Janeiro e, também, a cada um<br />

de nós...<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

Conversar ao telefone, movimentar a conta bancária nos terminais eletrônicos e trocar<br />

mensagens <strong>com</strong> pessoas <strong>do</strong>s cinco continentes são atividades cotidianas no mun<strong>do</strong><br />

contemporâneo. De forma imperceptível, sem nos darmos conta, vivemos numa<br />

sociedade pautada pela informação. Tornamo-nos protagonistas de uma nova era em<br />

que os da<strong>do</strong>s circulam a velocidades surpreendentes e em quantidades<br />

in<strong>com</strong>ensuráveis, transforman<strong>do</strong> de forma contundente a sociedade e a economia,<br />

derruban<strong>do</strong> fronteiras.<br />

O funcionamento de toda essa engrenagem é <strong>com</strong>plexo, mas apaixonante. Exige uma<br />

verdadeira „superestrada‟ mundial de serviços e informações, <strong>com</strong>posta por meios de<br />

<strong>com</strong>unicação e de informática. Na verdade, uma poderosa malha, uma grande<br />

„infovia‟ que cobre paìses e une continente.<br />

O G.R.E.S. Portela, por meio de sua águia altaneira, símbolo da força, da grandeza e<br />

da majestade, alça vôo sobre a Sociedade da Informação, a que gera conhecimento<br />

para o auxílio na socialização <strong>do</strong>s indivíduos, a que lança mão da tecnologia para<br />

propagar idéias e propor discussões de forma instantânea pelo mun<strong>do</strong>, alcance este<br />

não obti<strong>do</strong> pela tecnologia impressa.<br />

A presença de produtos, serviços e recursos de informação na internet, representan<strong>do</strong><br />

indivíduos, governos e outras entidades públicas ou privadas, <strong>com</strong>prova a expansão<br />

da tecnologia rumo à sociedade da Informação. Nesta sociedade, a informação (e sua<br />

conseqüente veiculação) influencia de forma direta nas atividades <strong>do</strong> dia-a-dia, nos<br />

processos de decisão em diferentes setores da sociedade, incluin<strong>do</strong> a política, a arte, a<br />

cultura, a ciência, a educação, a saúde, a indústria, o <strong>com</strong>ércio, a proteção ao meio<br />

ambiente, as religiões.<br />

No Brasil, <strong>com</strong>o em outros países, para que haja a consolidação de uma sociedade<br />

desta natureza ainda se faz necessário encurtar as distâncias, derrubar barreiras entre<br />

regiões e as diversas classes sociais. Enquanto algumas áreas geográficas precisaram<br />

desenvolver 50 anos em 5, outras ainda apresentam evolução em curso normal, o que<br />

de certa forma contribui para um bem elabora<strong>do</strong> desenvolvimento da nação. Há que<br />

ressaltar que, apesar <strong>do</strong>s obstáculos, o Brasil vem se aproprian<strong>do</strong> das diretrizes,<br />

projetos e programas que constituem os marcos das aspirações da sociedade da<br />

informação em esfera mundial.<br />

Assim é freqüentemente fácil nos depararmos <strong>com</strong> propostas que resgatam a dívida<br />

social, impulsionam o desenvolvimento, construin<strong>do</strong> uma nova ordem que aniquila a<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

exclusão. Propostas essas também que pautam uma economia baseada na informação;<br />

no conhecimento e no aprendiza<strong>do</strong>; alfabetização digital; fluência em tecnologia da<br />

informação e <strong>com</strong>unicação; inclusão social <strong>com</strong>o prioridade absoluta; democratização<br />

<strong>do</strong>s processos sociais pelas tecnologias da informação; agregação de valores; redes de<br />

conteú<strong>do</strong>s; educação à distância; igualdade de oportunidades de acesso às novas<br />

tecnologias, aprender a aprender e vencer. Todas, sem exceção, propostas que fazem a<br />

sociedade caminhar rumo à consolidação da sociedade da informação.<br />

Em seu livro “A sociedade em rede”, Manuel Castells mostra a tendência histórica da<br />

organização da vida social contemporânea em grandes redes, que se constituem em<br />

lócus privilegia<strong>do</strong> de trocas de experiências e produção cultural. O pensamento de<br />

Castells é <strong>com</strong>partilha<strong>do</strong> por William Mitchell, autor <strong>do</strong> livro E–Topia, que também<br />

se dedica a estudar o impacto social via inclusão digital. “Comunidades de baixa<br />

renda tendem a atrair menos investimentos em infra–estruturas de tele<strong>com</strong>unicações e<br />

tecnologias, geran<strong>do</strong> menos motivação de empresas e governos. Em lugares assim, há,<br />

infelizmente, um risco óbvio de diminuir ainda mais as ofertas de bons empregos e<br />

serviços para to<strong>do</strong>s daquela <strong>com</strong>unidade,” enfatiza Mitchell, em um cenário bastante<br />

conheci<strong>do</strong> no Brasil.<br />

A Portela quer levar essa discussão para a festa mais democrática <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Que<br />

outro cenário seria mais apropria<strong>do</strong> e grandioso para se discorrer sobre democracia da<br />

informação? Para uma escola que sempre se mostrou inova<strong>do</strong>ra sem perder o foco na<br />

tradição, tal ousadia entrará para os anais <strong>do</strong> Carnaval carioca. A agremiação quer<br />

trazer à tona para o grande público, por exemplo, que o Brasil lançou o seu livro verde<br />

que estabelece metas e objetivos da sociedade da informação. Estas metas e objetivos<br />

estabeleci<strong>do</strong>s nos levam a acreditar em novas e breves formas de aniquilamento da<br />

exclusão social.<br />

Tu<strong>do</strong> para que os menos favoreci<strong>do</strong>s tenham suas oportunidades. Para alcançar os<br />

objetivos <strong>do</strong> Programa Sociedade da Informação, o Livro Verde pressupõe sete<br />

grandes Linhas de Ação, de que os setores governamentais e não-governamentais <strong>do</strong><br />

Rio de Janeiro já lançam mão em busca de uma cidade em que a paz reine absoluta,<br />

plena, pautada pela boa educação e pelos sistemas de <strong>com</strong>unicação de ponta, que irá<br />

amparar os outros setores essenciais <strong>com</strong>o saúde, transporte, indústria e turismo.<br />

Nada mais urgente, no entanto, <strong>do</strong> que uma revolução nos méto<strong>do</strong>s de ensino para a<br />

formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, atentos às possibilidades<br />

de transformação social por meio <strong>do</strong>s recursos tecnológicos. É um Rio de Janeiro que<br />

caminha para o progresso contínuo, no mesmo ritmo das cidades <strong>do</strong> primeiro mun<strong>do</strong>,<br />

que está conecta<strong>do</strong> por cabos de fibras ópticas, que leva seus cidadãos ao pódio da<br />

excelência em qualidade de vida. É um Rio de Janeiro moderno, majestoso, campeão.<br />

Como a Portela é.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Como menciona<strong>do</strong> acima, há sete linhas de Ação, destacadas no Livro Verdes, para<br />

que o Programa Sociedade da Informação alcance seus objetivos:<br />

Merca<strong>do</strong>, trabalho e oportunidades – estímulo à <strong>com</strong>petitividade das empresas<br />

nacionais e expansão das pequenas e médias empresas; apoio à implementação <strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>ércio eletrônico e oferta de novas formas de trabalho, por meio <strong>do</strong> uso<br />

intensivo de tecnologias de informação e <strong>com</strong>unicação.<br />

Universalização de serviços para a cidadania – fomento à universalização <strong>do</strong><br />

acesso à Internet; busca de soluções alternativas <strong>com</strong> base em novos dispositivos e<br />

novos meios de <strong>com</strong>unicação; promoção de modelos de acesso coletivo ou<br />

<strong>com</strong>partilha<strong>do</strong> Internet; fomento a projetos que promovam a cidadania e a coesão<br />

social.<br />

Educação na sociedade da informação – disseminação <strong>do</strong> uso de tecnologias de<br />

informação e <strong>com</strong>unicação em to<strong>do</strong>s os níveis de educação formal e informal;<br />

promoção de conexão de Internet nas escolas; treinamento de professores e<br />

geração de material instrutivo e testes de certificações para apoiar iniciativas de<br />

alfabetização digital para a população em geral.<br />

Conteú<strong>do</strong>s e identidade cultural – geração de conteú<strong>do</strong>s e aplicações que<br />

fortaleçam a identidade cultural brasileira e as matérias de relevância cultural<br />

regional fomento a esquemas de digitalização para a preservação artística, cultural<br />

e histórica de informações em ciência e tecnologia, bem <strong>com</strong>o a projetos de<br />

pesquisa e desenvolvimento (P&D) para geração de tecnologias aplicáveis em<br />

projetos de relevância cultural.<br />

Governo ao alcance de to<strong>do</strong>s – informatização da administração pública e uso de<br />

padrões em seus sistemas aplicativos, concepção, prototipagem e fomento às<br />

aplicações em serviços governamentais, especialmente os que envolvem ampla<br />

disseminação de informações; capacitação em gestão de tecnologias de<br />

informação e <strong>com</strong>unicação na administração pública.<br />

P&D, tecnologias-chave e aplicações – identificação de tecnologias estratégicas<br />

para o desenvolvimento industrial e econômico e projetos de P&D aplica<strong>do</strong>s a<br />

essas tecnologias nas universidades e no setor produtivo; concepção e introdução<br />

de mecanismos de difusão tecnológica; fomento a aplicações piloto que<br />

demonstrem o uso de tecnologias-chave; promoção de formação maciça de<br />

profissionais, incluin<strong>do</strong> os pesquisa<strong>do</strong>res, em to<strong>do</strong>s os aspectos das tecnologias de<br />

informação e <strong>com</strong>unicação.<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Infra-estrutura avançada e novos serviços – implantação de infra-estrutura básica<br />

nacional de informações, integran<strong>do</strong> as diversas estruturas especializadas de redes<br />

(governo, setor priva<strong>do</strong>, P&D); a<strong>do</strong>ção de políticas e mecanismos de segurança e<br />

privacidade; fomento à implantação de redes de processamento de alto<br />

desempenho e experimentação de novos protocolos e serviços genéricos;<br />

transferência acelerada de tecnologia de redes <strong>do</strong> setor de P&D para outras redes e<br />

integração operacional das mesmas.<br />

E por tu<strong>do</strong> isso, na vanguarda da história <strong>do</strong> Carnaval carioca, a Portela inova ao<br />

trazer um enre<strong>do</strong> sobre Inclusão Digital na Sociedade da Informação. Como destaca<strong>do</strong><br />

anteriormente, a sociedade contemporânea é marcada pela constituição de grandes<br />

redes de <strong>com</strong>unicação e informação. Que outro evento poderia propiciar, na sociedade<br />

brasileira, maior interação, maior estabelecimento de redes interconectadas <strong>do</strong> que o<br />

Carnaval? Até mesmo na avenida, público e desfilantes, num simples toque de mão,<br />

são capazes de se conectar <strong>com</strong> o mun<strong>do</strong> por meio de seus celulares e câmeras<br />

digitais. É a tecnologia, literalmente, ao alcance de to<strong>do</strong>s, dinâmica e mutável num<br />

estalar de de<strong>do</strong>s.<br />

Afinal, o Carnaval, em suas múltiplas representações, constitui-se em uma festa que<br />

dramatiza diversos <strong>do</strong>mínios da vida social em que os contrapontos se fazem sempre<br />

evidentes: o sagra<strong>do</strong> e o profano, a natureza e a cultura, o presente e o passa<strong>do</strong>. E,<br />

<strong>com</strong>o to<strong>do</strong> fenômeno cultural sofre, <strong>com</strong> o passar <strong>do</strong> tempo, mudanças em suas<br />

configurações. Tal fato pode ser percebi<strong>do</strong> na ressignificação de diversos elementos<br />

<strong>do</strong> carnaval carioca, em especial no desfile das escolas de samba, clímax da grande<br />

festa que totaliza essa cidade, unin<strong>do</strong>, nos planos <strong>do</strong> real e <strong>do</strong> simbólico, as várias<br />

visões de mun<strong>do</strong> que <strong>com</strong>põem a “cidade partida” que, na situação liminar <strong>do</strong> desfile,<br />

reconhece-se <strong>com</strong>o única.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

1º SETOR: MUNDO VIRTUAL<br />

Tripé de Apoio<br />

“BROWSER”<br />

Comissão de Frente<br />

SEGUE OS PASSOS DA EVOLUÇÃO...<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Rogério Dornelles e Lucinha Nobre<br />

LUZ DA CIÊNCIA<br />

Guardiões <strong>do</strong><br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

DOWNLOAD<br />

Robôs Cenográficos<br />

“SENHA DE ACESSO”<br />

Elemento Cenográfico 01:<br />

Tripé<br />

PLACA DE SINAL DIGITAL VIA SATÉLITE<br />

Ala 01 – Cia. de Abertura (Comunidade)<br />

BRILHOU NO CÉU MAIS UM SINAL<br />

Abre-Alas<br />

ÁGUIA, BACKBONE DO ESPAÇO SIDERAL<br />

Destaque <strong>do</strong> Carro: Val Carvalho<br />

Alegoria 01 – Acoplada<br />

RIO DE JANEIRO, PORTAL DIGITAL<br />

Destaque <strong>do</strong> Carro<br />

Carlos Reis e Velha-Guarda Show<br />

É SAMBA, É JAQUEIRA... SOU PORTELA!<br />

Ala 02 – Ala das Baianas<br />

ORLA DIGITAL: INTERNET LIVRE<br />

142


Destaque de Chão<br />

Dodô<br />

MEU PAVILHÃO É MINHA PAIXÃO<br />

Ala 03 – Damas<br />

RAINHA DA PASSARELA<br />

Grupo: Departamento Feminino<br />

LINK COM A NOSSA RAIZ<br />

143<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

2º SETOR: DERRUBANDO FRONTEIRAS DA REALIDADE<br />

Destaque de Chão<br />

Jerônimo da Portela<br />

LIDER DO APARTHEID<br />

Elemento Cenográfico 02:<br />

Tripé<br />

“DESTROYER”<br />

Casal Performático:<br />

Composição Teatral – Destaques de Chão<br />

GUERREIROS DA EXCLUSÃO<br />

Ala 04 – Ala Sambart (Comunidade)<br />

APARTHEID DIGITAL<br />

Ala 05 – Comunidade<br />

EXCLUÍDO 01: ÍNDIO (NÃO FALO)<br />

Destaque de Chão<br />

Vânia Love<br />

CYBER DESTROYER<br />

Ala 06 – Ala da Paz<br />

EXCLUÍDO 02: MENDIGO (NÃO VEJO)<br />

Ala 07 – Ala Tu e Eu<br />

EXCLUÍDO 03: PRESIDIÁRIO<br />

(NÃO OUÇO)<br />

Alegoria 02<br />

CONQUISTANDO LIBERDADE!


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

3º SETOR: e-LEARNING<br />

Ala 08 – Ala da Paz II<br />

NOSSAS VIDAS VÃO SE<br />

TRANSFORMAR<br />

Ala 09 – Ala Explode Coração<br />

SENHA DE UM<br />

AMANHECER MAIS FELIZ<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Jefferson Souza e Kátia Paz<br />

CONHECIMENTO QUE TRANSFORMA<br />

Ala 10 – Ala das Baianinhas<br />

NA REDE: WWW.<br />

Ala 11 – Comunidade<br />

VAI MEU VERSO AO MUNDO ENSINAR<br />

Ala 12 – Ala Mocotó<br />

É PRECISO NAVEGAR!<br />

Ala 13 – Galeria da Velha-Guarda<br />

MESTRES DA SABEDORIA<br />

Alegoria 03<br />

NUM CLIQUE DELETA BARREIRAS...<br />

4º SETOR – O MUNDO NA PALMA DA MÃO<br />

Ala 14 – Ala Mandarim<br />

CÓDIGO BINÁRIO<br />

Ala 15 – Ala da Vitória<br />

TELEFONIA<br />

Ala 16 – Ala de Passistas<br />

ROTEADOR<br />

144


Rainha de Bateria<br />

Juliana Portela<br />

FIBRA ÓTICA<br />

Ala 17 – Ala da Bateria<br />

BIT´S & BYTES<br />

Ala 18 – Comunidade<br />

BLUETOOTH<br />

Destaque de Chão<br />

Patrícia Néri<br />

WIRELESS<br />

Ala 19 – Comunidade<br />

EQUIPAMENTO ELETRÔNICO<br />

Alegoria 04<br />

UPLOAD NA TELECOMUNICAÇÃO<br />

145<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

5º SETOR: MEDICINA TECNOLÓGICA, INTERNET 02<br />

Ala 20 – Ala Estrela da Portela<br />

NANOTECNOLOGIA<br />

Ala 21 – Comunidade<br />

IMPLANTE DE PRÓTESES<br />

Ala 22 – Ala Águia na Folia<br />

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA<br />

Ala 23 – Comunidade<br />

ROBÓTICA<br />

Ala 24 – Ala <strong>do</strong>s Compositores e Vicentina<br />

DOUTORES ONLINE<br />

Destaque de Chão<br />

Danny Carnut<br />

MEDICINA ROBÓTICA


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Alegoria 05<br />

DO VENTRE MAIS UM SER NASCERÁ...<br />

6º SETOR: INCLUSÃO DIGITAL PARA INCLUSÃO SOCIAL<br />

Ala 25 – Alas Impossíveis<br />

e-COMMERCE<br />

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Diogo Conceição e Jeane Conceição<br />

DESPERTA O BEM SOCIAL<br />

Ala 26 – Comunidade<br />

e–TOPIA<br />

Ala 27 – Ala Nós Podemos<br />

CIDADÃO POSITIVO PARA A NAÇÃO<br />

Ala 28 – Ala Raízes da Portela<br />

e–DEMOCRACY<br />

Destaque de Chão<br />

Isaura Finelon<br />

POVOS, RAÇAS EM COMUNHÃO<br />

Alegoria 06<br />

MÃOS UNIDAS PELA INCLUSÃO<br />

7º SETOR: A SENHA DE UM AMANHECER MAIS FELIZ!<br />

Ala 29 – Ala Um Sorriso No Caminho<br />

TECLA DE ATALHO 01:<br />

CRTL + ESC = INICIAR<br />

Ala 30 – Comunidade<br />

TECLA DE ATALHO 02:<br />

F5 = ATUALIZAR<br />

146


Ala 31 – Ala das Letras<br />

TECLA DE ATALHO 03:<br />

SHIFT + F10 = VER ARQUIVO<br />

Destaque de Chão<br />

Aline Bonfim<br />

CRACKER<br />

Ala 32 – Comunidade (Coreografada)<br />

VÍRUS X ANTIVÍRUS<br />

Alegoria 07<br />

RIO DE PAZ PARA VIVER!<br />

Ala 33 – Ala Guanabarino<br />

O DIA DE GRAÇA QUE O<br />

MESTRE CANTOU...<br />

Ala 34 – Ala das Crianças<br />

AMOR DIGITAL<br />

Ala 35 – Comunidade<br />

TECLA DE ATALHO 04:<br />

ALT + DEL + F4 = VENCER!<br />

CONQUISTAR O MUNDO VIRTUAL<br />

147<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

01 ÁGUIA, BACKBONE DO<br />

ESPAÇO SIDERAL<br />

Abre-Alas<br />

01* Acopla<strong>do</strong>:<br />

RIO DE JANEIRO, PORTAL<br />

DIGITAL<br />

148<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A Águia, “Backbone” sideral (Backbone é o termo<br />

utiliza<strong>do</strong> para identificar a rede principal pela qual os<br />

da<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os usuários da Internet passam). É a<br />

espinha <strong>do</strong>rsal da Internet transmissora de da<strong>do</strong>s que<br />

traz, num sobrevôo soberano, o sinal digital via Satélite<br />

<strong>do</strong> espaço sideral ao Rio de Janeiro, possibilitan<strong>do</strong> a<br />

conexão direta <strong>com</strong> o mun<strong>do</strong>... Portanto, a águia será a<br />

responsável por receber e repassar da<strong>do</strong>s, fazen<strong>do</strong> um<br />

“link”, ao longo <strong>do</strong> desfile <strong>com</strong> os demais setores. E<br />

para que essa velocidade de transmissão não seja lenta,<br />

o “backbone” utiliza o sistema “dividir para<br />

conquistar”, pois divide a grande espinha <strong>do</strong>rsal em<br />

várias redes menores, por tal motivo a estrutura da<br />

escultura (águia) estará seccionada, fazen<strong>do</strong> referencia a<br />

elementos cenográficos inspira<strong>do</strong>s em uma nave<br />

espacial.<br />

Destaque: Val Carvalho<br />

Obs.: Conjunto escultórico de edifícios e elementos<br />

da paisagem carioca.<br />

Rio de Janeiro, Portal Digital <strong>do</strong> País. Primeiro local a<br />

disponibilizar, num futuro breve, o acesso gratuito e<br />

sem fio a Internet, em toda cidade, modifican<strong>do</strong> nossa<br />

vida, hábitos, costumes e atitudes... É o Rio tecnológico<br />

numa nova era! Em planta baixa, os <strong>do</strong>is carros<br />

representam o mapa geográfico da cidade <strong>do</strong> RJ,<br />

ressalta<strong>do</strong> pela iluminação e efeitos especiais.<br />

Destaque: Carlos Reis<br />

Destaque 02: Velha-Guarda Show<br />

Composições 01: RJ Digital<br />

Composições 02: Orla Tecnológica<br />

Obs.: Conjunto escultórico de edifícios e elementos da<br />

paisagem carioca.


149<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

02 CONQUISTANDO<br />

LIBERDADE<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Num cenário de paradigmas estabeleci<strong>do</strong>s, mostraremos<br />

a <strong>com</strong>unidade carente, excluída digital e socialmente.<br />

Nesse universo, de momento mágico, através da visão<br />

infantil da criança ao descobrir a “luz” da<br />

transformação, a ferramenta que possibilitará a saída<br />

das trevas, da escuridão. Numa referência metafórica,<br />

essa <strong>com</strong>unidade carente vislumbra novas perspectivas,<br />

através da cobertura <strong>com</strong> sinal gratuito para acesso à<br />

Internet em banda larga, e o acesso à Liberdade!<br />

Surge a Metrópoles, uma nova cidade, um Rio de<br />

Janeiro desconstrutivista, futuro da nação. Inspira<strong>do</strong> nas<br />

formas volumétricas e tecnológicas <strong>do</strong> museu<br />

Guggenheim da Espanha.<br />

Cosmopolita ou cidadão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> (<strong>do</strong> grego<br />

κοσμοπολίτης, e este de κόσμος, "mun<strong>do</strong>", "criação", e<br />

πόλις, "cidade”.<br />

Destaques: Wallace Paz e Monike Cretton<br />

Composições 01: Gangue Pós Apocalipse<br />

(masculino e feminino)<br />

Obs.: Conjunto escultórico de edifícios<br />

desconstrutivistas harmoniza<strong>do</strong>s a elementos<br />

característicos das <strong>com</strong>unidades carentes.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

03 NUM CLIQUE DELETA<br />

BARREIRAS...<br />

150<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

EAD (Educação a Distancia)... É o processo de<br />

ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão<br />

normalmente juntos geograficamente, mas podem estar<br />

conecta<strong>do</strong>s, interliga<strong>do</strong>s por tecnologias avançadas,<br />

principalmente as telemáticas, <strong>com</strong>o a Internet... É bom<br />

lembrar que, educação à distância, ensino a distância e<br />

teleducação são termos utiliza<strong>do</strong>s para expressar o mesmo<br />

processo real. Contu<strong>do</strong>, algumas pessoas ainda confundem<br />

seu significa<strong>do</strong>, esquecen<strong>do</strong> que tele vem <strong>do</strong> grego, que<br />

significa ao longe ou, no nosso caso, à distância. O termo<br />

“e-Learning” é fruto maduro de uma <strong>com</strong>binação<br />

ocorrida entre o ensino <strong>com</strong> auxílio da tecnologia e a<br />

educação à distância. Ambas as modalidades convergiram<br />

para a educação on-line e para o treinamento basea<strong>do</strong> em<br />

Web, que ao final resultou no “e-Learning”.<br />

Sua chegada repentina adicionou novos significa<strong>do</strong>s para<br />

o treinamento e fez explodir as possibilidades para difusão<br />

<strong>do</strong> conhecimento e da informação para os estudantes e, em<br />

um <strong>com</strong>passo acelera<strong>do</strong>, abriu-se um novo mun<strong>do</strong> para a<br />

distribuição e o <strong>com</strong>partilhamento de conhecimento,<br />

tornan<strong>do</strong>-se também uma forma de democratizar o saber<br />

as camadas da população <strong>com</strong> acesso às novas<br />

tecnologias, propician<strong>do</strong> a estas que o conhecimento esteja<br />

disponível a qualquer tempo e hora e em qualquer lugar.<br />

Destaques: Cássia Figueire<strong>do</strong>, Lindalva Lima e Neide<br />

Chavez.<br />

Composições 01: Estudantes online, ead<br />

Composições 02: Viagem Cerebral<br />

Composição 03: Jogo <strong>do</strong> Saber<br />

Obs.: Escultura de estrutura metálica aparente <strong>com</strong><br />

movimento simbolizan<strong>do</strong> os recursos informacionais ajuda<br />

no processo de transformação e conhecimento para o<br />

surgimento de um novo homem.


151<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

04 UPLOAD NA<br />

TELECOMUNICAÇAO<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A ligação entre o “backbone” (sistema central da rede) e<br />

o cliente em sua maioria, ainda, é feita por cabos<br />

metálicos, porém uma tecnologia mais moderna tem<br />

si<strong>do</strong> implantada no merca<strong>do</strong> para melhorar a qualidade<br />

<strong>do</strong>s serviços: As fibras ópticas. Elas podem ser<br />

informalmente entendidas <strong>com</strong>o "encanamentos de luz",<br />

possuem a capacidade de transmissão até 1 milhão de<br />

vezes maior <strong>do</strong> que o cabo metálico, a fibra ótica é hoje<br />

a base das relações de <strong>com</strong>unicação no mun<strong>do</strong>. As redes<br />

de fibra óptica destacam-se pela sua qualidade de<br />

transmissão, versatilidade, grande largura de banda,<br />

<strong>com</strong> um nível baixo de interferência e ruí<strong>do</strong>s. O baixo<br />

nível de ruí<strong>do</strong>s internos e externos faz <strong>com</strong> que os sinais<br />

tenham um alcance maior e trafeguem <strong>com</strong> uma<br />

velocidade maior.<br />

Destaques: Carlos Ribeiro e Patrícia Souza<br />

Composições 01: Velocidade ultra-rápida<br />

Composições 02: Fibra Ótica<br />

Composição 03: Rede de wi-fi<br />

OBS.: “Upload” é a transferência de da<strong>do</strong>s de um<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r local para um servi<strong>do</strong>r. Caso o servi<strong>do</strong>r de<br />

“upload” esteja na Internet, o usuário <strong>do</strong> serviço passa a<br />

dispor de um repositório de arquivos, similar a um disco<br />

rígi<strong>do</strong>, disponível para acesso em qualquer <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r<br />

que esteja na Internet. “Upload” é pareci<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

“Download”, só que em vez de carregar arquivos para a<br />

sua máquina, você os envia para o servi<strong>do</strong>r.<br />

Simbologia de Rede de Tele<strong>com</strong>unicações: Com a<br />

diversidade de oferta de serviços e equipamentos foi<br />

crescen<strong>do</strong> o interesse à volta das questões técnicas por<br />

parte <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res de tele<strong>com</strong>unicações que, em vez<br />

de um mero telefone, dispõem de acesso à Internet,<br />

televisão por cabo, tele móveis, etc.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

05 DO VENTRE MAIS UM SER<br />

NASCERÁ...<br />

152<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Sistema pioneiro que <strong>com</strong>bina <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r, internet e<br />

tecnologia robótica para criar uma nova categoria de<br />

tratamento cirúrgico na atualidade, trata-se de um<br />

equipamento que faz o papel <strong>do</strong>s braços --e não <strong>do</strong><br />

cérebro-- <strong>do</strong> médico durante uma operação, <strong>com</strong><br />

objetivo de tornar os procedimentos cirúrgicos mais<br />

precisos. O robô cirúrgico Da Vinci assemelha-se a um<br />

polvo, <strong>com</strong> quatro braços. Um deles possui uma câmera<br />

e os outros três ficam livres para portar instrumentos<br />

cirúrgicos, <strong>com</strong>o pinças, tesouras e bisturi.<br />

O ato cirúrgico é guia<strong>do</strong> pela introdução da câmera <strong>com</strong><br />

capacidade de ampliar até dez vezes uma imagem,<br />

manten<strong>do</strong> a nitidez e a profundidade sem abertura <strong>do</strong><br />

abdômen ou <strong>do</strong> tórax <strong>do</strong> paciente. O médico não<br />

estan<strong>do</strong> in loco, utiliza a tecnologia da internet para<br />

instrumentar e <strong>com</strong>andar passo-a-passo os<br />

procedimentos cirúrgicos.<br />

O robô Da Vinci é ideal para cirurgias que envolvem<br />

grande detalhamento, além das realizadas em pequenos<br />

espaços e cavidades, tais <strong>com</strong>o: Cirurgia Geral,<br />

Ginecologia, Obstetrícia, Cardiologia, Urologia...<br />

Destaques: Nil D‟Yemonja, Samantha Mattos e Ingrid<br />

Marrone<br />

Composições 01: Grávidas<br />

Composições 02: Médicos<br />

Composições 03: Enfermeiras


153<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

06 MÃOS UNIDAS PELA<br />

INCLUSAO<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

O termo “Sociedade da Informação” é utiliza<strong>do</strong> para descrever uma<br />

sociedade e uma economia que utiliza a melhor forma as<br />

tecnologias de informação e <strong>com</strong>unicação. A revolução industrial<br />

baseada na informação, trazida por estas tecnologias, é de uma<br />

escala <strong>com</strong>parável à revolução <strong>do</strong> século XIX. A Internet<br />

apresenta-se <strong>com</strong>o uma oportunidade valiosa para diminuir o fosso<br />

existente nesse aspecto… Portanto o <strong>com</strong>bate à exclusão social só<br />

será possìvel em caráter imprescindìvel, através dessa “máquina<br />

que transforma”. A desigualdade tecnológica, a falta de acesso à<br />

informação e a pouca infra-estrutura disponível para o<br />

desenvolvimento solidário de conhecimento são fatores que<br />

colaboram para a marginalidade de parcelas da sociedade.<br />

Promover a utilização massiva <strong>do</strong>s recursos das Tecnologias da<br />

Informação e Comunicação <strong>com</strong>o mecanismo de desenvolvimento<br />

social é redesenhar o futuro <strong>do</strong> país... Representa para o nosso<br />

usuário não só o direito de acessar a rede de informações, mas<br />

também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de<br />

disponibilidade de <strong>com</strong>unicação, de acesso físico, de equipamentos<br />

e programas adequa<strong>do</strong>s, de conteú<strong>do</strong> e apresentação da informação<br />

em formatos alternativos. To<strong>do</strong>s nós, cidadãos teremos uma voz<br />

ativa <strong>com</strong> plenos direitos a ter a efetiva participação nos<br />

<strong>com</strong>promissos futuros e no destino da sociedade... Em suma,<br />

micreiros e micreiras... Uni-vos online!<br />

Destaques: Ana Lucia Santos e Waldir Cunha<br />

Composições 01: Second Life<br />

Composições 02: ONG‟s da inclusão<br />

Obs.: O Second Life (também abrevia<strong>do</strong> por SL) é um ambiente<br />

virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e<br />

social <strong>do</strong> ser humano. O nome "second life" significa em inglês<br />

"segunda vida", que pode ser interpreta<strong>do</strong> <strong>com</strong>o uma "vida<br />

paralela", uma segunda vida além da vida "principal", "real". E ter<br />

a perspectiva de vislumbrar outra realidade, a e-Topia.<br />

Acessibilidade consiste na facilidade de acesso e de uso de<br />

ambientes, produtos e serviços por qualquer pessoa e em diferentes<br />

contextos, que cubram as necessidades de diferentes populações,<br />

adaptação, meios alternativos de informação, <strong>com</strong>unicação,<br />

mobilidade e manipulação, produtos e serviços de<br />

apoio/acessibilidade.<br />

A escultura principal simboliza a união e inclusão oriunda da<br />

relação: átomos e bits numa referencia ao afresco Criação de Adão<br />

<strong>do</strong> gênio Michelangelo.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Oliveira e Amauri Santos<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

154<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

07 RIO DE PAZ PARA VIVER! A alegoria é um jogo de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r bastante atual.<br />

Trata-se de uma perseguição e conflito entre o vírus<br />

(mal) e o antivìrus (bem), na versão “high-tech”: policia<br />

e o bandi<strong>do</strong> “encontram-se” e, durante o confronto, o<br />

bem vence o mal e transforma a realidade de mazelas e<br />

violência permitin<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s nós, cidadãos, o direito de<br />

ir e vir. A sociedade civil clama por paz e,<br />

conseqüentemente a Unidade de Policia Pacifica<strong>do</strong>ra<br />

(UPP) traz ao Rio de Janeiro a solução!... A instalação<br />

de postos de policiamento <strong>com</strong>unitário em favelas…<br />

Destaques: Capitã Priscila, Rogéria Meneghel e<br />

Rodrigo Arnett<br />

Composições 01: UPP<br />

Composições 02: Bem X Mal<br />

Obs.: Cenários futuristas, áudios envolventes e acessos<br />

a equipamentos sofistica<strong>do</strong>s <strong>com</strong>pletam esse embate<br />

policial em que acontecem atividades de disputas e<br />

confronto por to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>… E finalmente, imbuí<strong>do</strong>s<br />

nesse espírito de vitória, através <strong>do</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r, o<br />

cidadão descobre a senha de um amanhecer mais feliz…<br />

É o Rio Pacifica<strong>do</strong>!


155<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

Val Carvalho Gestora de Negócios<br />

Carlos Reis Hair Designer<br />

Monike Cretton Empresária<br />

Wallace Paes Comerciante<br />

Valeria Costa Shoe Designer<br />

Leila Matias Gerente Financeira<br />

Cassia Figueire<strong>do</strong> Universitária<br />

Lindalva Lima Funcionaria Pública<br />

Neide Chavez Cozinheira<br />

Karine Ferrari Atriz<br />

Carlos Ribeiro Advoga<strong>do</strong><br />

Samantha Mattos Empresária<br />

Nil D‟ Yemonja Babalorixá<br />

Ana Lucia Santos Empresária<br />

Waldir Cunha Costureiro<br />

Patricia Neri Empresária<br />

Vania Love Modelo<br />

Rogeria Meneghel Atriz<br />

Rodrigo Arnett Estilista<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão nº. 03 – Cidade <strong>do</strong> Samba – Gamboa<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Paulo Anthony e Robson<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

Jorge Otacílio Edson Lima<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Glauco, Glinston e Lael Vandinho<br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Aderbal Jorge Ferreira<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Paulo Brasil e Robson Almeida - Figurinistas<br />

Ionir Geralda Martins - Artista Plástica<br />

Mariana Massotti - Designer Gráfico<br />

Aline Krug e Lenine Lincoln - Arquitetas<br />

Vinicius Vaitsmann - Cenógrafo<br />

Leonar<strong>do</strong> Pennna, Aleksander Santos<br />

e Thiago Pagung<br />

- Designers Gráficos<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Segue os Passos<br />

da Evolução...<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Conectar-se à Internet, ao<br />

mun<strong>do</strong> virtual... Clique no<br />

botão Iniciar, em Painel de<br />

Controle, em Configurar<br />

uma Conexão ou uma rede e,<br />

depois, em Conectar-se à<br />

Internet... Pronto,<br />

naveguemos nesse mun<strong>do</strong><br />

virtual!<br />

Obs.: Elementos decorativos<br />

utiliza<strong>do</strong>s na indumentária:<br />

Fibra ótica misturada à<br />

aplicação de cristais<br />

swarovisk nas próteses.<br />

* Luz da Ciência O primeiro casal de Mestre<br />

Sala e Porta Bandeira da<br />

Portela conduzem o pavilhão<br />

da agremiação <strong>com</strong> a<br />

fantasia: Luz da Ciência. A<br />

nomenclatura que representa<br />

a própria gigantografia deste<br />

símbolo geran<strong>do</strong> um pilar de<br />

luz, entrelaçan<strong>do</strong> dimensões.<br />

Este é um ponto de conexão<br />

<strong>com</strong> a rede.<br />

Material aplica<strong>do</strong>: Pet<br />

espelha<strong>do</strong>... PET é um<br />

polímero termoplástico, que<br />

pode ser reprocessa<strong>do</strong><br />

diversas vezes pelo mesmo<br />

ou por outro processo de<br />

transformação. Quan<strong>do</strong><br />

aqueci<strong>do</strong>s a temperaturas<br />

adequadas, esses plásticos<br />

amolecem, fundem e podem<br />

ser novamente molda<strong>do</strong>s.<br />

156<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comissão de<br />

Frente<br />

Primeiro Casal<br />

de Mestre-Sala<br />

e Porta-<br />

Bandeira:<br />

Lucia Nobre e<br />

Rogério<br />

Dornelles<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Henrique<br />

Talmah<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

Escola 1935


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

157<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

* Download Download (significa sacar<br />

ou baixar, em português), é<br />

a transferência de da<strong>do</strong>s de<br />

um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r remoto<br />

para um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r local:<br />

o inverso de upload.<br />

01 Brilhou no Céu<br />

Mais um Sinal...<br />

02 Orla Digital:<br />

Internet Livre<br />

O uso da tecnologia de<br />

satélites possibilita o acesso<br />

à internet em alta<br />

velocidade e <strong>com</strong> alta<br />

qualidade. A velocidade de<br />

acesso à internet por meio<br />

de satélite pode chegar a<br />

ser 20 vezes mais rápida<br />

que uma conexão discada,<br />

portanto, a fantasia de<br />

abertura da escola<br />

representa a conexão da<br />

Internet, através <strong>do</strong> sinal<br />

digital vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> espaço<br />

sideral...<br />

A infra-estrutura da rede<br />

<strong>com</strong> banda larga para<br />

acesso a Internet será<br />

constituída pelo backbone.<br />

É o Rio de Janeiro digital e<br />

futurista. Apresentaremos a<br />

orla praiana carioca <strong>com</strong><br />

cobertura de sinal Wi-Fi<br />

para acesso a Internet de<br />

forma livre e gratuita.<br />

Material utiliza<strong>do</strong>: Pet<br />

espelha<strong>do</strong>.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Guardiões<br />

<strong>do</strong> Primeiro<br />

Casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

Cia. de<br />

Abertura<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Escola 2005<br />

Marcio Moura 2008<br />

Baianas Jane Carla 1923


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Meu Pavilhão é<br />

Minha Paixão!<br />

03 Rainha da<br />

Passarela<br />

* Link <strong>com</strong> nossa<br />

raiz<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Lenda Viva <strong>do</strong> Carnaval,<br />

Maria das Dores<br />

Rodrigues, Dodô, Sócia<br />

benemérita, Porta-Bandeira<br />

<strong>do</strong> primeiro campeonato da<br />

escola, em 1935, representa<br />

a própria Portela, Portal<br />

cultural <strong>do</strong> pais. Afinal, a<br />

modernidade alimenta a<br />

tradição... E a Portela se<br />

renova a cada década...<br />

Portanto, essas próximas<br />

três fantasias simbolizam a<br />

raiz da escola e suas<br />

funda<strong>do</strong>ras.<br />

Rainha 
 /ra. i.nha/
 da<br />

passarela<br />

1 Soberana de uma nação.<br />

2 A esposa <strong>do</strong> rei.<br />

3 A primeira entre outras.<br />

4 A peça principal... A<br />

Referência a majestade <strong>do</strong><br />

samba! É o resgate da<br />

valorização <strong>do</strong>s segmentos<br />

da escola... Portela, portal<br />

cultura <strong>do</strong> samba!<br />

link 
 /link / /n<br />

1 argola, elo.<br />

2 conexão.<br />

A fantasia é o elo, a<br />

conexão que traduz a<br />

correlação Modernidade X<br />

Tradição.<br />

158<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Destaque de<br />

Chão: Dodô<br />

Damas da<br />

Dodô<br />

Grupo <strong>do</strong><br />

Deptº.<br />

Feminino<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

- -<br />

Dodô 1942<br />

Aldaleia Rosa<br />

Negra<br />

1980


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Líder da<br />

Apartheid<br />

159<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Os limites de acesso das<br />

camadas de baixa renda às<br />

novas tecnologias<br />

aprofundam a exclusão<br />

social. Através <strong>do</strong><br />

chama<strong>do</strong> "apartheid<br />

digital" - um gigantesco e<br />

dramático fosso entre uma<br />

minoria "plugada" no<br />

mun<strong>do</strong> moderno e uma<br />

grande massa de "sem-<br />

Internet". Indumentária<br />

inspirada numa temática<br />

fim de mun<strong>do</strong>, tipo: Mad<br />

Max, simboliza “punkgótico<br />

pós-apocalìptico”,<br />

líder desse submun<strong>do</strong> da<br />

exclusão, de animais<br />

selvagens na escuridão...<br />

Rei das Trevas! Soberano<br />

<strong>do</strong> Mal!<br />

Material: Mix de pecas de<br />

processa<strong>do</strong>r de PC e<br />

faisão <strong>com</strong> cristais.<br />

* Cyber Destroyer Ser oriun<strong>do</strong> das trevas que<br />

luta pela manutenção da<br />

escuridão e aterroriza os<br />

demais excluí<strong>do</strong>s. To<strong>do</strong>s<br />

têm me<strong>do</strong> das mudanças...<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Destaque de<br />

Chão:<br />

Jerônimo da<br />

Portela<br />

Destaque de<br />

Chão: Vânia<br />

Love<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

- -<br />

- -


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Guerreiros da<br />

Exclusão<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Solda<strong>do</strong>s da Exclusão,<br />

guerreiros da “apartheid<br />

digital”. Eles fortalecem<br />

as relações de<br />

subserviência e ignorância<br />

a fim de ab-rogar as<br />

tentativas de<br />

transformação.<br />

04 Apartheid Digital Os Info-excluí<strong>do</strong>s são os<br />

mais pobres e de posição<br />

econômica<br />

desprivilegiada. São<br />

excluí<strong>do</strong>s digitalmente,<br />

pois não tem acesso à<br />

tecnologia de<br />

informação...<br />

Material: Conduites de<br />

Instalação elétrica junto a<br />

materiais clássicos de<br />

carnaval.<br />

05 Excluí<strong>do</strong> 01:<br />

Índio<br />

(Não Falo)<br />

Excluí<strong>do</strong> nº. 01: Índio, ser<br />

“isola<strong>do</strong> tecnológico”.<br />

Ignorante nas trevas 1. Na<br />

Trilogia: Não vejo, não<br />

falo e não ouço! Temos a<br />

representação daquele<br />

excluso que, não<br />

“percebe” a possibilidade<br />

de transformação pelo<br />

acesso a Internet.<br />

160<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Cia. Teatral - -<br />

Sambart Jerônimo da<br />

Portela<br />

1983<br />

Comunidade Jarbas 2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

06 Excluí<strong>do</strong> 02:<br />

Mendigo<br />

(Não Vejo)<br />

07 Excluí<strong>do</strong> 03:<br />

Presidiário<br />

(Não Ouço)<br />

08 Nossas Vidas Vão<br />

se Transformar<br />

161<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Excluí<strong>do</strong> nº. 02: Mendigo,<br />

ser “isola<strong>do</strong> tecnológico”.<br />

Ignorante nas trevas 2.<br />

Manten<strong>do</strong>-se na Trilogia:<br />

Não vejo, não falo e não<br />

ouço! Temos a<br />

representação daquele<br />

excluso que, não “percebe”<br />

a possibilidade de<br />

transformação pelo acesso<br />

a Internet.<br />

Excluí<strong>do</strong> nº. 03:<br />

Presidiário, ser “isola<strong>do</strong><br />

tecnológico”. Ignorante nas<br />

trevas 3. E finalizan<strong>do</strong> a<br />

Trilogia: Não vejo, não falo<br />

e não ouço! Temos a<br />

representação daquele<br />

excluso que, não “percebe”<br />

a possibilidade de<br />

transformação pelo acesso<br />

a Internet.<br />

Descoberta da luz... O fator<br />

mais importante à inclusão<br />

digital é a educação. O<br />

processo de ensino vai<br />

promover a educação<br />

continuada. Note que a<br />

educação é um processo e a<br />

inclusão digital é um<br />

elemento essencial dessa<br />

transformação. É “plugarse”<br />

para transformar-se!<br />

Reciclan<strong>do</strong> o novo homem!<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Paz Ran<strong>do</strong>lfo 1979<br />

Tu e Eu Arielcio 2005<br />

Paz 02 Ran<strong>do</strong>lfo 1979


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

09 Senha de Um<br />

Amanhecer Mais<br />

Feliz...<br />

* Conhecimento<br />

que Transforma<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Login, Palavra-Senha ou<br />

Palavra-passe é uma<br />

seqüência de caracteres<br />

solicita<strong>do</strong>s aos usuários que<br />

necessitam acessar algum<br />

sistema <strong>com</strong>putacional.<br />

Normalmente os sistemas<br />

<strong>com</strong>putacionais solicitam<br />

um “login” e uma senha<br />

para a liberação <strong>do</strong> acesso...<br />

É a possibilidade de<br />

vislumbrar um novo<br />

amanhã...<br />

Teleducação: 
 sfeminino<br />

(tele 1 +educação) Méto<strong>do</strong><br />

educacional que se utiliza<br />

de instituições <strong>com</strong>o<br />

televisão, rádio,<br />

correspondência postal etc.<br />

e que se caracteriza pela<br />

não-presença <strong>do</strong> professor;<br />

educação a distancia (é a<br />

modalidade de ensino que<br />

mais cresce no mun<strong>do</strong>). Ela<br />

disponibiliza, através da<br />

Internet, a Educação a um<br />

enorme grupo de pessoas.<br />

Muitas dessas pessoas não<br />

teriam acesso devi<strong>do</strong> à<br />

distância aos centros<br />

urbanos, as condições de<br />

lo<strong>com</strong>oção ou mesmo as<br />

condições financeiras...<br />

162<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Explode<br />

Coração<br />

O segun<strong>do</strong><br />

Casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Egidio 1998<br />

Escola 2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

163<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

10 Rede: WWW. O “World Wide Web”<br />

(que em português<br />

significa "Rede de<br />

alcance mundial";<br />

também conhecida <strong>com</strong>o<br />

“Web” e WWW) é um<br />

sistema de <strong>do</strong>cumentos<br />

em hipermídia que são<br />

interliga<strong>do</strong>s e executa<strong>do</strong>s<br />

na Internet.<br />

Os <strong>do</strong>cumentos podem<br />

estar na forma de vídeos,<br />

sons, hipertextos e figuras.<br />

Para visualizar a<br />

informação, pode-se usar<br />

um programa de<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r chama<strong>do</strong><br />

navega<strong>do</strong>r para<br />

descarregar informações<br />

(chamadas "<strong>do</strong>cumentos"<br />

ou "páginas") de<br />

servi<strong>do</strong>res “web” (ou<br />

"sítios") e mostrá-los na<br />

tela <strong>do</strong> usuário.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Baianinhas Cirema 2005


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

11 Vai Meu Verso ao<br />

Mun<strong>do</strong> Ensinar<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A Internet acrescenta<br />

novas dimensões ao<br />

sistema de ensinoaprendizagem,<br />

portanto,<br />

na expressão ensino a<br />

distância, a ênfase é dada<br />

ao papel <strong>do</strong> professor<br />

(<strong>com</strong>o alguém que ensina<br />

a distância). A<br />

interligação (conexão) dáse<br />

por meio de<br />

tecnologias,<br />

principalmente as<br />

telemáticas, <strong>com</strong>o a<br />

Internet, em especial as<br />

hipermídias, mas também<br />

pode ser utiliza<strong>do</strong> o<br />

correio, o rádio, a<br />

televisão, o vídeo, o CD-<br />

ROM, o telefone, o<br />

celular, o iPod, o<br />

notebook, entre outras<br />

tecnologias semelhantes…<br />

Sao as tecnologias de<br />

transformação.<br />

164<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Jarbas 2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

12 É Preciso<br />

Navegar!<br />

165<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

É preciso buscar na<br />

internet o que realmente<br />

pode ser útil, selecionan<strong>do</strong><br />

o que ela tem de melhor<br />

para nos oferecer e<br />

utilizan<strong>do</strong> as informações<br />

para o nosso autodesenvolvimento...<br />

A Internet é um<br />

instrumento cultural de<br />

abertura para o mun<strong>do</strong>.<br />

Nas escolas, se for<br />

utilizada de maneira<br />

adequada, abrirá para os<br />

membros da <strong>com</strong>unidade,<br />

seja ele aluno ou<br />

professor, um universo de<br />

informação e serviços<br />

úteis. Uma possibilidade<br />

desse intercâmbio é<br />

permitir a alunos de baixa<br />

renda, a familiarização<br />

<strong>com</strong> o rico acervo de<br />

museus, bibliotecas e<br />

demais centros culturais.<br />

Outro benefício para to<strong>do</strong>s<br />

que dela usufruem é a<br />

assimilação das línguas<br />

estrangeiras, <strong>com</strong>o forma<br />

de proximidade de<br />

pessoas, culturas e<br />

civilizações distantes…<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Mocotó Serginho 1974


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

13 Mestres da<br />

Sabe<strong>do</strong>ria<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Pro. fes.sor
 sm (lat<br />

professore)<br />

1 Homem que professa ou<br />

ensina uma ciência, uma<br />

arte ou uma língua;<br />

mestre. 2 Aquele que é<br />

perito ou muito versa<strong>do</strong><br />

em qualquer das belasartes.<br />

“Mestres da Sabe<strong>do</strong>ria<br />

portelense”, esses dignos<br />

representantes da mais<br />

alta estirpe possuem o<br />

pleno <strong>do</strong>m de transmitir<br />

conhecimento a novas<br />

gerações, conduzin<strong>do</strong> os<br />

aprendizes a uma nova<br />

realidade... Mestres <strong>do</strong><br />

samba, mestres da<br />

sabe<strong>do</strong>ria, mestres <strong>do</strong><br />

viver!<br />

14 Código Binário A informação <strong>com</strong> que os<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res trabalham.<br />

É a <strong>com</strong>binação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

sìmbolos distintos, o “0” e<br />

o “1”, que constituem o<br />

alfabeto utiliza<strong>do</strong><br />

internamente no<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r. É à base da<br />

Tecnologia da Informação<br />

e da Internet<br />

166<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Galeria da<br />

Velha-Guarda<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Marinho 1935<br />

Mandarim André 2002


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

167<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

15 Telefonia A telefonia via Internet é o<br />

transporte de ligações<br />

telefônicas através da rede<br />

mundial. Para este tipo de<br />

telefonia não interessa o<br />

equipamento utiliza<strong>do</strong>. Para<br />

realizar as chamadas, podem<br />

ser utiliza<strong>do</strong>s telefones<br />

normais, <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res<br />

multimídia ou terminais<br />

dedica<strong>do</strong>s.<br />

16 Rotea<strong>do</strong>res Um rotea<strong>do</strong>r “wireless”<br />

(sem-fio) é um dispositivo de<br />

rede, normalmente usa<strong>do</strong> para<br />

criar um acesso a Internet ou<br />

para a conexão entre redes de<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res sem a<br />

necessidade de cabos.<br />

Rotea<strong>do</strong>res “wireless” (sem–<br />

fio) podem ser utiliza<strong>do</strong>s em<br />

lugares públicos para a<br />

conexão sem-fio. É a<br />

Tecnologia de Informação <strong>do</strong>s<br />

novos tempos...<br />

* Fibra Ótica As linhas de fibra ótica se<br />

consolidaram e transformaram<br />

a indústria da telefonia de<br />

longa distância. As fibras<br />

óticas desempenham, também,<br />

um papel fundamental ao<br />

disponibilizar a internet em<br />

to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> a fibra<br />

ótica substitui o cobre em<br />

ligações de longa distância e<br />

no tráfego na Internet, ela<br />

reduz radicalmente os custos.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Vitória Solange 2008<br />

Passistas Nilce Fran e<br />

Valcir Pele<br />

Juliana Portela<br />

(Rainha da<br />

Bateria)<br />

1968<br />

- 2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

17 Bit’s e Bytes O mun<strong>do</strong> da informática é<br />

to<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> nos bits, os<br />

dìgitos “0” e “1”. A<br />

<strong>com</strong>binação destes dígitos<br />

são os responsáveis pela<br />

representação de to<strong>do</strong>s os<br />

símbolos utiliza<strong>do</strong>s no<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r... Tu<strong>do</strong> se<br />

resume a um conjunto<br />

gigantesco de bits “zeros”<br />

bits e “uns”.<br />

Um conjunto de oito bits<br />

constitui um byte, 1024<br />

bytes, um Kbyte,<br />

continuan<strong>do</strong> desta forma.<br />

Aqueles que já usaram<br />

um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r por mais<br />

de cinco minutos,<br />

provavelmente ouviram as<br />

palavras bits e bytes. A<br />

capacidade da memória e<br />

<strong>do</strong> disco rígi<strong>do</strong> (HD) de<br />

um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r, assim<br />

<strong>com</strong>o o tamanho <strong>do</strong>s<br />

arquivos são to<strong>do</strong>s<br />

medi<strong>do</strong>s em bytes. A<br />

Internet pode ser vista<br />

<strong>com</strong>o um grande conjunto<br />

de estradas por onde<br />

passam “Bits” e “Bytes”.<br />

168<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Bateria Nilo Sergio 1923


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

169<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

18 Bluetooth “Bluetooth” é uma<br />

especificação industrial<br />

para redes pessoais sem fio.<br />

O “Bluetooth” provê uma<br />

maneira de conectar e<br />

trocar informações entre<br />

dispositivos <strong>com</strong>o telefones<br />

celulares, “notebooks”,<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, impressoras,<br />

câmeras digitais e consoles<br />

de videogames. Utiliza uma<br />

freqüência de rádio de<br />

curto alcance não<br />

licenciada e segura.<br />

* Wireless Uma rede sem fio<br />

(wireless) é uma rede de<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res que não é<br />

construída <strong>com</strong> uso de<br />

cabos. Esta rede utiliza<br />

equipamentos que usam<br />

<strong>com</strong>unicação via ondas de<br />

rádio ou <strong>com</strong>unicação via<br />

infravermelho.<br />

19 Equipamento<br />

eletrônico<br />

Os fabricantes de PC<br />

passaram a ser responsáveis<br />

pela reciclagem de peças e<br />

materiais que fazem parte<br />

de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res. Os<br />

equipamentos eletrônicos<br />

devem ter um selo “PC<br />

Recycle”.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Jarbas 2005<br />

Destaque de<br />

Chão: Patrícia<br />

Néri<br />

- 2008<br />

Comunidade Jarbas 2005


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

20 Nanotecnologia A nanotecnologia pode ser<br />

a solução para construir<br />

uma internet de altíssima<br />

velocidade inteiramente<br />

baseada na luz. Pode ser<br />

até cem vezes mais<br />

rápidas que a atual. É<br />

especialmente importante<br />

para o futuro uso de redes<br />

de fibras ópticas.<br />

21 Implante de<br />

Próteses<br />

Cirurgia de implante<br />

guiada por <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r: a<br />

nova técnica de cirurgia já<br />

é praticada por vários<br />

médicos. Menos<br />

traumática <strong>do</strong> que a<br />

técnica tradicional, ela<br />

proporciona um pósoperatório<br />

<strong>com</strong> menor<br />

desconforto, além de ser<br />

mais ágil. Afinal antes da<br />

cirurgia ele planeja onde<br />

vão ser coloca<strong>do</strong>s os<br />

implantes e um tipo de<br />

“guia” é confecciona<strong>do</strong>.<br />

Assim, o profissional<br />

consegue ter a<br />

visualização da colocação<br />

da prótese antes da<br />

cirurgia.<br />

170<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Estrela da<br />

Portela<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Aderbal 2001<br />

Comunidade Jarbas 2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

22 Tomografia<br />

Computa<strong>do</strong>rizada<br />

171<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A tomografia<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>rizada (TC) é<br />

um <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de exame<br />

mais confiáveis e seguros<br />

disponíveis atualmente. É<br />

rápida, simples e<br />

totalmente in<strong>do</strong>lor. A TC<br />

utiliza um aparelho de<br />

raios X que gira a sua<br />

volta, fazen<strong>do</strong> radiografias<br />

transversais de seu corpo.<br />

Estas radiografias são<br />

convertidas por um<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r conheci<strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>o cortes tomográficos,<br />

que constroem imagens<br />

internas das estruturas <strong>do</strong><br />

corpo e <strong>do</strong>s órgãos através<br />

de cortes transversais, de<br />

uma série de seções<br />

fatiadas que são<br />

posteriormente montadas<br />

pelo <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r para<br />

formar um quadro<br />

<strong>com</strong>pleto. Portanto, <strong>com</strong> a<br />

TC o interior de seu corpo<br />

pode ser retrata<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

precisão e confiança para<br />

ser depois examina<strong>do</strong>.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Águia na Folia Renato 2002


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

23 Robótica Robótica é um ramo da<br />

tecnologia que engloba<br />

mecânica, eletrônica e<br />

<strong>com</strong>putação, que<br />

atualmente trata de<br />

sistemas <strong>com</strong>postos por<br />

máquinas e partes<br />

mecânicas automáticas e<br />

controladas por<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r.<br />

As máquinas, pode-se dizer<br />

que são vivas, mas ao<br />

mesmo tempo é uma<br />

imitação da vida, pois não<br />

passam de fios uni<strong>do</strong>s a<br />

mecanismos. Isso tu<strong>do</strong><br />

junto concebe um robô.<br />

Cada vez mais nossa<br />

sociedade utiliza robôs em<br />

seu dia-a-dia.<br />

24 Doutores Online Disponibilizar o prontuário<br />

médico de um paciente na<br />

internet é a garantia para<br />

aquele paciente da<br />

continuidade <strong>do</strong> seu<br />

tratamento, acrescentan<strong>do</strong><br />

que "numa situação<br />

emergencial, a<br />

disponibilidade fácil <strong>do</strong><br />

prontuário médico <strong>do</strong><br />

paciente permitirá a oferta<br />

de um tratamento mais<br />

seguro e adequa<strong>do</strong>".<br />

Internet salvan<strong>do</strong> vidas!<br />

172<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Jarbas 2005<br />

Compositores e<br />

Vicentina<br />

Junior<br />

Escafura e Tia<br />

Surica<br />

2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Medicina<br />

Tecnológica<br />

173<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Hoje é possível colocar à<br />

disposição de toda a<br />

<strong>com</strong>unidade médica uma<br />

serie de exames, <strong>com</strong> a<br />

utilização da Internet que,<br />

possibilitará ao medico o<br />

a<strong>com</strong>panhamento a<br />

distância da atuação de<br />

um número de<br />

profissionais para realizar<br />

ações, que ele jamais<br />

poderia conseguir<br />

sozinho, viabilizan<strong>do</strong> os<br />

procedimentos cirúrgicos<br />

e reduzin<strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> pósoperatório.<br />

25 e-Commerce Comércio eletrônico é um<br />

processo de negociação<br />

on-line que utiliza as<br />

facilidades e benefícios da<br />

Internet para gerar<br />

rentabilidade. É o cidadão<br />

utilizan<strong>do</strong> seus deveres e<br />

direitos <strong>com</strong>o parte<br />

integrante da sociedade.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Destaque de<br />

Chão: Danny<br />

Carnut<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

- 2010<br />

Impossíveis Edinho 1978


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Desperta o Bem<br />

Social<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

É difícil pensarmos que<br />

pessoas são excluídas <strong>do</strong><br />

meio social em razão das<br />

características físicas que<br />

possuem, <strong>com</strong>o qualquer<br />

outra, <strong>com</strong>o cor da pele,<br />

cor <strong>do</strong>s olhos, altura, peso<br />

e formação física. Essas<br />

pessoas querem antes de<br />

tu<strong>do</strong> se <strong>com</strong>unicar, trocar,<br />

aprender, ensinar. E<br />

muitas delas querem ser<br />

úteis e contribuir na<br />

solução de problemas,<br />

sem pedir nada em troca a<br />

não ser a satisfação de ter<br />

ajuda<strong>do</strong>. O importante é<br />

unir as <strong>com</strong>unidades em<br />

torno de temas e<br />

preocupações <strong>com</strong>uns,<br />

construir uma<br />

aprendizagem coletiva.<br />

Com essas <strong>com</strong>unidades<br />

em rede, a ação solidária<br />

ganha vida própria, e se<br />

propaga por conta própria.<br />

A internet é sem dúvida<br />

um solo fértil e<br />

privilegia<strong>do</strong> em que este<br />

milagre humano pode ser<br />

realiza<strong>do</strong>.<br />

174<br />

Nome da<br />

Ala<br />

O Terceiro<br />

Casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

- 1978


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

175<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

26 e-Topia Com o advento da<br />

internet, um novo canal de<br />

<strong>com</strong>unicação entre a<br />

população e o governo<br />

surge <strong>com</strong> uma espantosa<br />

velocidade de expansão.<br />

Trata-se da “edemocracy”,<br />

ou “edemocracia”,<br />

nome da<strong>do</strong> a<br />

toda espécie de<br />

participação popular na<br />

política ou no governo de<br />

um país através da rede.<br />

É o sonho, <strong>com</strong> o uso da<br />

força da Internet que,<br />

possibilitara a união <strong>do</strong>s<br />

povos excluí<strong>do</strong>s e<br />

minorias da sociedade.<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Jarbas 2005


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

27 Cidadão Positivo<br />

Para a Nação<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O conceito de cidadania<br />

corresponde à junção das<br />

esferas <strong>do</strong> político e <strong>do</strong><br />

social que cria um modelo<br />

de relações entre o<br />

indivíduo e a coletividade.<br />

Da cidadania decorre toda<br />

a concepção de<br />

organização política e<br />

democrática. É um status<br />

mais ou menos<br />

interioriza<strong>do</strong> em cada<br />

indivíduo pelo processo<br />

de aprendizagem que fixa<br />

as modalidades e as<br />

formas de pertencimento a<br />

um grupo de referência.<br />

As ferramentas básicas da<br />

inclusão a esta cidadania<br />

globalizada passam a ser o<br />

e-mail e os programas de<br />

buscas; “blogs”, “chats”,<br />

sites, fóruns de discussão<br />

e “webcams” criam novas<br />

formas de atuação que,<br />

por vezes, poderá trazer<br />

uma ruptura entre o<br />

público e o priva<strong>do</strong>.<br />

176<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Nós Podemos Hellingthon 2005


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

177<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

28 e-Democracy A internet já demonstra ser<br />

um poderoso meio de<br />

organização e <strong>com</strong>unicação<br />

entre o povo e as entidades<br />

públicas e a tendência é cada<br />

vez mais ganhar força e<br />

influenciar a decisão<br />

política.<br />

* Povos, Raças em<br />

Comunhão<br />

29 Tecla de Atalho<br />

01:<br />

CTRL + ESC=<br />

INICIAR<br />

É impossível falar de<br />

globalização sem considerar<br />

a Internet, que a cada minuto<br />

proporciona uma viagem<br />

pelo mun<strong>do</strong> sem sair <strong>do</strong><br />

lugar. Dentro da rede é<br />

possível conhecer novas<br />

culturas, podemos fazer<br />

amizades <strong>com</strong> pessoas que<br />

moram horas de distância, e<br />

ainda, trabalhar e ainda<br />

podemos nos aperfeiçoan<strong>do</strong><br />

cada vez mais assuntos<br />

liga<strong>do</strong>s a nossa área de<br />

interesses, possibilitan<strong>do</strong>,<br />

ainda, milhões de<br />

relacionamentos... E a<br />

<strong>com</strong>unhão de etnias<br />

diversas.<br />

Representação da tecla de<br />

atalho que, possuem um<br />

determinada função num<br />

jogo. Permite a<br />

transformação da<br />

adversidade em esperança<br />

virtual...Ao iniciar jogo,<br />

clique a seta ao la<strong>do</strong> e vamos<br />

à luta!<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Raízes da<br />

Portela<br />

Destaque de<br />

Chão: Isaura<br />

Finelon<br />

Um Sorriso no<br />

Caminho<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Luciano 1977<br />

- 2008<br />

Ricar<strong>do</strong> 2008


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

30 Tecla de Atalho<br />

02:<br />

F5 = Atualizar<br />

31 Tecla de Atalho<br />

03:<br />

SHIFT + F10 =<br />

Ver Arquivo<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Representação da tecla de<br />

atalho de um jogo, fazen<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong> que os participantes<br />

atualizem seus arquivos<br />

para <strong>com</strong>bate, para capturas<br />

simultâneas.<br />

Representação da tecla de<br />

atalho de um jogo,<br />

acessan<strong>do</strong> o menu <strong>do</strong><br />

objeto foca<strong>do</strong>. É o mesmo<br />

que clicar <strong>com</strong> o botão<br />

direito <strong>do</strong> mouse para<br />

confirmar a disputa...<br />

* Cracker “Cracker” é um vândalo<br />

virtual, alguém que usa<br />

seus conhecimentos para<br />

invadir sistemas, quebrar<br />

travas e senhas, roubar<br />

da<strong>do</strong>s.<br />

32 Vírus X Antivírus Os vírus representam um<br />

<strong>do</strong>s maiores problemas para<br />

usuários de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r.<br />

Consistem em pequenos<br />

programas cria<strong>do</strong>s para<br />

causar algum dano, seja<br />

apagan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s,<br />

capturan<strong>do</strong> informações ou<br />

alteran<strong>do</strong> o funcionamento<br />

normal da máquina. Os<br />

antivírus são “softwares”<br />

projeta<strong>do</strong>s para detectar e<br />

eliminar vírus de<br />

<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r.<br />

178<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Jarbas 2005<br />

Letras Marcelo 2005<br />

Destaque de<br />

Chão: Aline<br />

Bonfim<br />

Comunidade<br />

(coreografada)<br />

- 2010<br />

Marcio Moura 2008


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

33 O Dia de Graça<br />

que o Mestre<br />

Cantou...<br />

179<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A homenagem a Candeia,<br />

através de seus versos, nos<br />

remete a novos horizontes num<br />

Rio de Janeiro utópico... São as<br />

novas perspectivas face às<br />

mudanças ocorridas <strong>com</strong> a<br />

utilização plena da Internet...<br />

”Hoje é manhã de carnaval (ao<br />

esplen<strong>do</strong>r)
 As escolas vão<br />

desfilar<br />

(garbosamente)
 Aquela gente<br />

de cor <strong>com</strong> a imponência de um<br />

rei, vai pisar na passarela<br />

(salve a Portela)
 Vamos<br />

esquecer os desenganos (que<br />

passamos)
 Viver alegria que<br />

sonhamos (durante o<br />

ano)
 Damos o nosso coração,<br />

alegria e amor a to<strong>do</strong>s sem<br />

distinção de cor
 Mas depois<br />

da ilusão, coita<strong>do</strong>
 Negro volta<br />

ao humilde barracão
 Negro<br />

acorda é hora de acordar
 Não<br />

negue a raça
 Torne toda<br />

manhã dia de graça
 Negro<br />

não se humilhe nem humilhe a<br />

ninguém
 Todas as raças já<br />

foram escravas também
 E<br />

deixa de ser rei só na folia e<br />

faça da sua Maria uma rainha<br />

to<strong>do</strong>s os dias
 E cante o samba<br />

na universidade
 E verás que<br />

seu filho será príncipe de<br />

verdade
 Aí então jamais tu<br />

voltarás ao barracão.” Esse<br />

pensamento reflete o espírito <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>... Incluir para crescer e<br />

viver! Esperança de um Rio em<br />

esta<strong>do</strong> de graça!<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Guanabarino Tiãozinho 1960


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Oliveira, Amauri Santos, Paulo Brasil e Robson Alameda<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

34 Amor Digital E a correlação ao<br />

binômio: criança X<br />

Internet, novos<br />

sentimentos e<br />

relacionamentos, a partir<br />

dessa total interação de<br />

cumplicidade...<br />

35 Tecla de Atalho<br />

04:<br />

ALT + DEL + F4=<br />

Vencer!<br />

Conquistar o<br />

Mun<strong>do</strong> Virtual!<br />

Representação da tecla de<br />

atalho de um jogo, fechar<br />

o jogo... Você perdeu e eu<br />

sou vence<strong>do</strong>r! Conquistei<br />

o mun<strong>do</strong> virtual!<br />

180<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Crianças Cirema 2005<br />

Comunidade Jarbas 2005


181<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 03 – Cidade <strong>do</strong> Samba – Gamboa<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Val Carvalho<br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Alessandra Reis Rogério Sampaio<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Rogério Sampaio Gomes<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Rogério Sampaio, Roberto<br />

Abreu e Wellington<br />

Britto - Vime<br />

Paulo e André - Arame<br />

- Chefes de bancada<br />

Alessandra Reis - Figurinos Especiais<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

"Elegância é a arte de se fazer notar, misturada ao cuida<strong>do</strong> sutil de se deixar distinguir"<br />

Pierre Balmain<br />

Conceito:<br />

Novas soluções de arquitetura da roupa e de volumes para os figurinos, privilegian<strong>do</strong> o corpo e o<br />

<strong>com</strong>ponente... Ter diferencial! Ousar para vencer!<br />

Pensar a roupa <strong>com</strong>o parte integrante da narrativa de enre<strong>do</strong>, <strong>com</strong> linguagem plástica de fácil<br />

entendimento e a tecnologia <strong>com</strong>o recurso visual diferencia<strong>do</strong> e, não somente, pensar em fantasias<br />

luxuosas, de rico acabamento.<br />

o Conceito: Vestir tecnologia, ter diferencial!<br />

o Identidade: Estilo Thierry Mugler| Beyonce & Lady Gaga<br />

o Marca: Azul e branco <strong>do</strong> GRES. PORTELA.<br />

o Aliar bom gosto, requinte e sofisticação a teci<strong>do</strong>s ultra modernos.<br />

Pesquisa de Materiais:<br />

Tecnologia em teci<strong>do</strong>s “inteligentes” aliada a matérias primas alternativas e sustentáveis, tais <strong>com</strong>o: Mix<br />

de plásticos de box de banheiro, peças de chips de processa<strong>do</strong>r de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r, piaçava, fios de fibra<br />

ótica, acetato, conduites de instalação elétrica, malhas silkadas <strong>com</strong> estampas exclusivas, cabos de<br />

telefonia... To<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s <strong>com</strong> muita sofisticação, bom gosto, em conjunto <strong>com</strong> paetês, cristais e<br />

passamanarias.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

182<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

Plásticos: Os plásticos são polímeros sintéticos, não são tóxicos e sim inertes. Justamente por esta<br />

qualidade, são amplamente utiliza<strong>do</strong>s para embalar alimentos, bebidas,medicamentos e vestimentas. E<br />

protege a saúde, em aplicações <strong>com</strong>o seringas, bolsas para transfusão de sangue e frascos para soro<br />

fisiológico.<br />

Outra grande vantagem <strong>do</strong>s plásticos é sua leveza, proporcionan<strong>do</strong> grande economia no transporte das<br />

merca<strong>do</strong>rias. As embalagens de plástico descartadas reduzem o peso <strong>do</strong>s resíduos, diminuem o custo de<br />

coleta e destinação final e não apresentam riscos de manuseio.<br />

Finalmente, uma das maiores vantagens <strong>do</strong>s plásticos é que eles são 100% recicláveis. Para se beneficiar<br />

amplamente desta vantagem, a sociedade deve estimular a deposição correta das embalagens após o uso<br />

e aumentar o alcance da coleta seletiva. E a questão de tecnologia aliada à consciência ecológica, são os<br />

novos tempos na criação e execução <strong>do</strong>s croquis de fantasias no carnaval!<br />

Pesquisa de Referência:<br />

Acquastudio: Verão 2009<br />

Plissa<strong>do</strong>s, decotes <strong>com</strong> sobreposição e mix de texturas <strong>com</strong> aplicações de paetês <strong>com</strong> metal (simulan<strong>do</strong><br />

pecas internas de gabinete: chips, micro chips, processa<strong>do</strong>r...)<br />

Gloria Coelho: Verão 2010<br />

Espaço sideral, viagem interplanetária, vesti<strong>do</strong>s de tiras arquitetônicas (Frank Gehry) e sapato- bota.<br />

Lenny: Verão 08<br />

Fragmentação da arquitetura moderna de Niemeyer, formas sinuosas e a beleza <strong>do</strong> conjunto de “sereias<br />

desfilan<strong>do</strong>...<br />

Hussein Chalayan: Paris Outono| Inverno 2010<br />

Estruturação, fundamentação e tecnologia em teci<strong>do</strong>s… Peças da coleção (figurino) que se<br />

transformam...<br />

Pierre Cardin:<br />

Respeita<strong>do</strong> nome da alta costura que, ficou conheci<strong>do</strong> por seu estilo de vanguarda e por seus trabalhos da<br />

Era espacial. Influencia <strong>do</strong>s geométricos minimalistas.<br />

Thierry Mugler (Beyonce e Lady Gaga)<br />

Na década de 80, Mugler foi um <strong>do</strong>s estilistas que realmente abraçou o estilo “ombrão” de ser em peças<br />

estruturadíssimas, bem <strong>com</strong>o o jeitinho futurista nos looks que brincavam <strong>com</strong> brilhos metaliza<strong>do</strong>s e<br />

peças em metal. Estilo Beyonce e Lady Gaga.<br />

Cartela de Cores:<br />

Metálico| Branco| Prata| Ouro| Bronze| Marrom| Degrade de azuis| Lilás| Rosa| Roxo| Cores Flúor<br />

Pantone White| pantone cool Gray | pantone 718 | pantone 110| pantone 725 | pantone Black| pantone<br />

333 | pantone1575 | pantone 2385| pantone 298 | pantone 324| pantone 2707| pantone 245| pantone<br />

2582| pantone 265 | pantone 2783


183<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> Junior Escafura, Ciraninho, Diogo Nogueira, Rafael Santos e Nal<strong>do</strong><br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores Junior Escafura<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so Compositor mais Jovem<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

100<br />

Casquinha<br />

Bruno e Tiago Silva Lima<br />

(cem)<br />

87 anos<br />

(Gêmeos) 15 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Portela segue os passos da evolução... Liberdade!<br />

Num clique deleta barreiras<br />

Derruba fronteiras da realidade<br />

Desperta o bem social<br />

Acessa o amor digital<br />

Faz da criança, um cidadão<br />

Positivo pra nação<br />

Na rede nossas vidas vão se transformar<br />

Do ventre mais um ser nascerá<br />

O Dia de Graça que o “mestre” cantou<br />

Já raiou!<br />

O meu pavilhão é minha paixão!<br />

A luz da Ciência é ela...<br />

É samba, é jaqueira que não vai tombar<br />

Sou Portela!<br />

Mãos unidas pela inclusão<br />

Povos, raças em <strong>com</strong>unhão<br />

Vai meu verso ao mun<strong>do</strong> ensinar<br />

É preciso navegar!<br />

Brilhou no céu mais um sinal<br />

Cruzan<strong>do</strong> o espaço sideral<br />

Portela... Portal cultural de um país<br />

Um “link” <strong>com</strong> a nossa raiz<br />

Rainha da Passarela<br />

Revela um Rio de Paz pra viver<br />

A senha de um amanhecer<br />

Mais feliz.<br />

Minha águia guerreira<br />

Vai voar... viajar!<br />

Pousar no sonho de ganhar o Carnaval<br />

E conquistar o mun<strong>do</strong> virtual<br />

BIS<br />

BIS


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

O Samba-enre<strong>do</strong> é a ilustração poético-melódica <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

184<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

O G.R.E.S. PORTELA traz para o Carnaval 2010, a tradução fiel da proposta pré-concebida ao<br />

tema, através da sinopse elaborada. A letra é interpretativa e apresenta o tema sem fixar-se em<br />

detalhes, mas conten<strong>do</strong> implicitamente as idéias <strong>do</strong>s principais itens da narrativa, numa melodia<br />

versejada, envolvente, alegre e contagiante, características marcantes próprias <strong>do</strong> estilo de desfile da<br />

Escola. O samba une o bom gosto da poética à articulação de uma letra de fácil assimilação,<br />

portanto é de suma importância que a melodia, objetiva e precisa, facilite o canto da escola, pois<br />

assim promoverá o entendimento da letra e a conseqüente resposta positiva <strong>do</strong> publico que cantará<br />

fervorosamente (estilo “queixo alto” - canto <strong>com</strong> sorriso no rosto) tornan<strong>do</strong> o desfile, um espetáculo<br />

único de beleza.<br />

O samba <strong>com</strong>posto pelo quinteto Junior Escafura, Diogo Nogueira, Nal<strong>do</strong>, Ciraninho e Rafael<br />

Santos possibilita cantar o que se vê e, interpretar a cada setor as referências citadas anteriormente,<br />

ajudan<strong>do</strong> a <strong>com</strong>preender o enre<strong>do</strong>...<br />

“Portela segue os passos da<br />

evolução... Liberdade!”<br />

“Num clique deleta barreiras<br />

derruba fronteiras da realidade”<br />

“Desperta o bem social”<br />

“Acessa o amor digital”<br />

“Faz da criança um cidadão<br />

Positivo pra nação”<br />

“Na rede nossas vidas vão se transformar”<br />

Texto decupa<strong>do</strong>:<br />

Convidar as pessoas a acessarem e navegarem<br />

nesse mun<strong>do</strong> desconheci<strong>do</strong>...<br />

Digitar a senha e o login... e- Topia!<br />

É o acesso à internet permitin<strong>do</strong> estar conecta<strong>do</strong><br />

ao mun<strong>do</strong> reduzin<strong>do</strong> espaços fronteiriços da<br />

exclusão.<br />

Possibilidade de promover a inclusão social pela<br />

inclusão digital.<br />

São os sites, Chat, “blogs” e fóruns de discussão<br />

que unem as pessoas.<br />

Nova perspectiva as gerações pós-exclusão darse-ão<br />

no momento da descoberta da luz, pelo<br />

acesso a Internet, forman<strong>do</strong> cidadãos de futuro<br />

promissor.<br />

As redes de tele<strong>com</strong>unicações permitirão a<br />

conexão globalizada nas palmas das mãos...


Outras informações julgadas necessárias<br />

“Do ventre mais um ser nascerá...”<br />

“O Dia de Graça que o “mestre” cantou<br />

Já raiou!”<br />

“O meu pavilhão é minha paixão!<br />

A luz da ciência é ela...”<br />

“É samba, é jaqueira que não vai tombar...<br />

Sou Portela!”<br />

“Mãos unidas pela inclusão<br />

Povos, raças em <strong>com</strong>unhão”<br />

“Vai meu verso ao mun<strong>do</strong> ensinar<br />

É preciso navegar!<br />

“Brilhou no céu mais um sinal<br />

Cruzan<strong>do</strong> o espaço sideral”<br />

“Portela... Portal cultural de um país<br />

Um “link” <strong>com</strong> a nossa raiz<br />

Rainha da Passarela”<br />

“Revela um Rio de Paz pra viver”<br />

185<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Refere-se aos recursos tecnológicos e<br />

equipamentos utiliza<strong>do</strong>s na ciência pertinentes à<br />

medicina robótica.<br />

Fazen<strong>do</strong> alusão ao Mestre Candeia dar-se-á<br />

esperança de dias melhores <strong>com</strong> maior<br />

conhecimento da utilização da maquina que<br />

transforma.<br />

Portela, a luz da ciência traz os benefícios da<br />

Internet conquistan<strong>do</strong> liberdade na navegação<br />

virtual.<br />

Símbolo da resistência cultural, o orgulho da<br />

Portela relaciona<strong>do</strong> à herança africana, a jaqueira<br />

simboliza a fundação e a ancestralidade, ou seja,<br />

mesmo <strong>com</strong> o advento da<br />

modernidade/tecnologia, iremos valorizar nossas<br />

raízes.<br />

To<strong>do</strong>s têm direito a liberdade básica e igualdade<br />

perante a lei... É a inclusão digital para inclusão<br />

social.<br />

A educação a distancia: mola-mestra da<br />

transformação, para o surgimento de um mun<strong>do</strong><br />

melhor.<br />

A tecnologia <strong>do</strong> sinal via satélite será<br />

transmiti<strong>do</strong> pelo “backbone“ sideral.<br />

Exaltar o banco de da<strong>do</strong>s da história da MPB e<br />

<strong>do</strong> samba carioca através da escola que, perpetua<br />

suas tradições, valorizan<strong>do</strong> sua raízes.<br />

Aperfeiçoar um futuro sonha<strong>do</strong> ao vislumbrar a<br />

cidade futurista, tecnológica, igualitária e<br />

pacifica.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

“A senha de um amanhecer<br />

Mais feliz!”<br />

Minha águia guerreira<br />

Vai voar... viajar!<br />

Pousar no sonho de ganhar o Carnaval<br />

E conquistar o mun<strong>do</strong> virtual”<br />

186<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Conectar-se! Digitar a senha que permita<br />

sonhar... Portela.<br />

Águia, “backbone“ <strong>do</strong> espaço sideral:<br />

Rede principal, responsável pelo envio e<br />

recebimento de da<strong>do</strong>s. Transmite o sinal e<br />

repassa, fazen<strong>do</strong> “link” <strong>com</strong> as demais alegorias.<br />

Ala de Compositores da Portela, uma das mais tradicionais, consegue, mesmo <strong>com</strong> o passar <strong>do</strong><br />

tempo, manter sua tradição melódica, adequan<strong>do</strong>-se de forma correta às exigências <strong>do</strong> tempo<br />

presente – o que valoriza ainda mais o talento <strong>do</strong>s autores. Cabe ressaltar que é uma das poucas alas<br />

que mantém “fechada“, isto é, restringe exclusivamente a seus integrantes a responsabilidade da<br />

criação <strong>do</strong> samba-enre<strong>do</strong>, vedan<strong>do</strong> a participação de autores “de fora“. Intensifica a sua renovação,<br />

forman<strong>do</strong> novos valores, contu<strong>do</strong>, através <strong>do</strong> contato de aprendiza<strong>do</strong> <strong>com</strong> os baluartes que sempre a<br />

consagram...


187<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Nilo Sergio<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Bombeiro, Wagner Junior, Eloi, Nilson, Vinicius, Álvaro, Vitor e Vinicius Rato<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

320 (trezentos e vinte) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

13 14 16 0 0<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

110 0 30 0 30<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

03 36 22 0 36<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

* 10 Frigideiras.<br />

Bateria<br />

A bateria é o coração da escola de samba, <strong>com</strong> a cadência e o ritmo <strong>do</strong> samba de forma a contagiar os<br />

passistas, foliões e integrantes da agremiação. Quan<strong>do</strong> entram na Avenida: a pulsação <strong>do</strong>s aparelhos de<br />

percussão, <strong>do</strong> sur<strong>do</strong> de primeira – responsável pela marcação principal; <strong>do</strong> sur<strong>do</strong> de segunda e <strong>do</strong> sur<strong>do</strong> de<br />

terceira; tamborim, prato, repenique chocalho, caixa de guerra, cuíca, agogô, cuíca e frigideira, emocionam a<br />

to<strong>do</strong>s que assistem ao espetáculo, levan<strong>do</strong> animação e, fazen<strong>do</strong> <strong>com</strong> que ninguém consiga ficar para<strong>do</strong>. A<br />

Modernidade alimenta a Tradição... Portanto, “Tabajara <strong>do</strong> Samba”, apresentara inovações rìtmicas alian<strong>do</strong> a<br />

manutenção regular e a sustentação de sua cadência tradicional, a principal bossa desenvolvida pelo mestre<br />

Nilo em consonância <strong>com</strong> o samba enre<strong>do</strong>, que trata de Tecnologia, remete a “batida eletrônica” “e-music”,<br />

na qual movimentos sincroniza<strong>do</strong>s simulam a transmissão <strong>do</strong> sinal da Internet ao rotea<strong>do</strong>r (passistas). Dai<br />

que, a fantasia representa: Bits & bytes, a perfeita conjugação <strong>do</strong>s sons emiti<strong>do</strong>s pelos vários instrumentos<br />

<strong>com</strong> a simbologia da narrativa de desfile. Em contrapartida, face ao resgate das tradições portelenses, a<br />

bateria homenageia seu mestre sau<strong>do</strong>so, Marçal, que introduziu os Tímpanos (Instrumentos musicais cujo<br />

som é obti<strong>do</strong> através da percussão-impacto, raspagem ou agitação, <strong>com</strong> ou sem o auxílio de baquetas) na<br />

década de 1980 e, traz seu filho Marçalzinho, essa posição de destaque.<br />

Rainha da Bateria: JULIANA PORTELA<br />

Figurino: Fibra Ótica<br />

Histórico:<br />

No passa<strong>do</strong> existiu, nos primeiros blocos e ranchos carnavalescos, a figura <strong>do</strong> “apita<strong>do</strong>r”, <strong>com</strong>andan<strong>do</strong> a<br />

bateria e manten<strong>do</strong> seu ritmo. To<strong>do</strong> apita<strong>do</strong>r a frente da bateria possuìa sua “amada” que, para resguardá-la<br />

das investidas de outros marmanjos, determinava um lugar de destaque para ela, próximo dele. Com a<br />

evolução das escolas no carnaval, o apita<strong>do</strong>r virou Mestre de Bateria e sua amada, a famosa Rainha que, tem<br />

a função de apresentar seus súditos e saudar o publico presente, interagin<strong>do</strong> diretamente <strong>com</strong> seu desempenho<br />

coreográfico e/ou evolutivo. No momento em que a bateria apresenta sua “bossa” principal, a Rainha<br />

“transmite” o sinal digital via fibra ótica.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

188<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

Alex FAB, Marcelo Jacob e Junior Escafura<br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

Washington, Edson, Robson, China, Cidinho, André Marins, Hérico, Luiz Alberto, Jaime, Dudu,<br />

Andrézinho, Marcio, Marcos, Balbino, Vavá, Silvio e Zé Luis<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

50 (cinqüenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Interprete – Gilsinho<br />

Auxiliares – Igor Vianna / Emerson / Luiz Paulo / Marquinhos Silva / Edinho / Jacaré / Tiganá<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavaco – Fadigo / Leandro / Júlio Cavaco<br />

Cavaco – Mauro Diniz<br />

Violão – Wladimir<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Durante os ensaios técnicos de canto realiza<strong>do</strong>s, a direção de harmonia procurou objetivar uma<br />

melhor interpretação <strong>do</strong>s versos e desenhos melódicos <strong>do</strong> Samba pelos <strong>com</strong>ponentes em<br />

consonância <strong>com</strong> os intérpretes e os músicos <strong>do</strong> carro de som. “Buscar equilìbrio e a valorização <strong>do</strong><br />

samba, canta<strong>do</strong> <strong>com</strong> a mesma alegria em todas as suas partes, sen<strong>do</strong> fundamental a participação<br />

efetiva e o <strong>com</strong>prometimento de diretores, presidentes de ala e <strong>com</strong>ponentes”.<br />

De forma inova<strong>do</strong>ra realizamos ensaios <strong>com</strong> alguns segmentos tradicionais da escola, sobre a<br />

orientação da professora de musica Eliane Zagni, técnicas de canto <strong>com</strong>o relaxamento e respiração,<br />

no intuito de proporcionar uma melhor projeção, articulação e resistência vocal. A dupla, Marcelo<br />

Jacob e Alex FAB conta <strong>com</strong> a interação <strong>do</strong> presidente da ala <strong>do</strong>s <strong>com</strong>positores, Junior Escafura.<br />

Figurino:<br />

Ritmo e entusiasmo são quesitos fundamentais para o sucesso <strong>do</strong> desfile.<br />

Diretor é <strong>com</strong>o um guerreiro em <strong>com</strong>bate e, para ganhar a batalha, é preciso muito suor...<br />

Esse foi fator decisivo para a criação da fantasia da Harmonia que, representará a Unidade de Policia<br />

Pacifica<strong>do</strong>ra (UPP).


189<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Evolução<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

Alex FAB, Marcelo Jacob e Junior Escafura.<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

Washington, Edson, Robson, China, Cidinho, André Marins, Hérico, Luiz Alberto, Jaime, Dudu,<br />

Andrézinho, Marcio, Marcos, Balbino, Vavá, Silvio e Zé Luis<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

50 (cinqüenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Nilce Fran, Monalisa Souza e Zeyla Victória<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

Valcir Pele, Flavio Pinheiro e Diego Nascimento<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Portela buscou no decorrer de seus ensaios aprimorar a evolução de suas alas, orientan<strong>do</strong>-se pela<br />

espontaneidade e empolgação de seus <strong>com</strong>ponentes. Contu<strong>do</strong>, para facilitar a <strong>com</strong>preensão <strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong>, optamos por criar desenhos coreográficos, objetivan<strong>do</strong> caracterizar diferentes momentos,<br />

dessa narrativa. Entre eles destacamos:<br />

Ala 01: Sinal Via Satélite (1º Setor): Esta ala é formada por oitenta homens. Uma coreografia<br />

forte, que tem <strong>com</strong>o base movimentos seqüenciais, dan<strong>do</strong> ao público o entendimento de um sinal<br />

energético. O primeiro sinal. O Sinal via satélite.<br />

Ala 04: Apartheid Digital (2º Setor): Está ala é formada por 100 <strong>com</strong>ponentes representan<strong>do</strong> os<br />

excluì<strong>do</strong>s digitalmente de um “mun<strong>do</strong> desconheci<strong>do</strong> e imaginário”, tem receios as modificações e<br />

possibilidades de transformação que o conhecimento da luz permite (não tem acesso a tecnologia de<br />

informação). Serão a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong>s por 15 guerreiros da exclusão que fortalecem as relações de<br />

subserviência. Ao qual protegem e interagem <strong>com</strong> os seus lideres (Líder da Apartheid e Cyber<br />

Destroyer).<br />

Ala 18: Equipamento Eletrônico (4º Setor): Robôs tomam conta da avenida! A mistura de<br />

movimentos <strong>com</strong>pacta<strong>do</strong>s <strong>com</strong> movimentos bem humora<strong>do</strong>s é à base desse trabalho na avenida.<br />

Ala 22: Robótica (5º Setor): O figurino, marca<strong>do</strong> pela ousadia, conduz os movimentos<br />

coreográficos, que tem <strong>com</strong>o “objetivo brincar” <strong>com</strong> um assunto tão atual e importante: a medicina<br />

tecnológica.<br />

Ala 32: Vírus e Antivírus (7º Setor): Uma batalha! Assim pode ser definida a coreografia dessa<br />

ala. Um <strong>com</strong>bate coreográfico e de cores em um ciclo que se repete durante toda a avenida.<br />

Coreógrafos responsáveis: Marcio Moura e Jerônimo Portela


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

190<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Vice-Presidente de Carnaval<br />

-<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Nilo Figueire<strong>do</strong>, Val Carvalho, Alex de Oliveira, Amaury Santos, Alex FAB, Marcelo Jacob e<br />

Junior Escafura<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

-<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

Cirema e Cristiano<br />

Total de Componentes da<br />

Ala das Crianças<br />

Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

150<br />

90<br />

60<br />

(cento e cinqüenta)<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

Jane Carla<br />

(noventa)<br />

(sessenta)<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

120<br />

Maria Inês<br />

Luciana Silva<br />

(cento e vinte)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Marinho<br />

80 anos<br />

36 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

82<br />

Dona Amélia<br />

Ana Célia<br />

(oitenta e <strong>do</strong>is)<br />

88 anos<br />

50 anos<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Velha-Guarda da Portela Show, Paulinho da Vila, Zeca Pagodinho, Teresa Cristina, Marisa Monte,<br />

Gabrielzinho de Irajá (Pratas da Casa) Diego Hipólito (Ginasta), Adriana Lessa (Apresenta<strong>do</strong>ra de<br />

TV), Karina Ferrari (Atriz), Kadu Pascoal (Ator) e Petkovic (Joga<strong>do</strong>r).<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Há de se destacar o objetivo principal: a obtenção <strong>do</strong> equilíbrio no desfile em todas as suas formas (visual,<br />

artística, musical, etc.), e em contrapartida, buscar a modernidade, o novo, a ousadia... Recrian<strong>do</strong> e inovan<strong>do</strong>,<br />

alian<strong>do</strong> nova concepção estético-visual ao tradicional, acentua<strong>do</strong> em alguns momentos, tais <strong>com</strong>o:<br />

Alas de passistas (a maior dentre as escolas), ala de baianinhas (renovan<strong>do</strong> para a continuidade), ala das<br />

crianças (o nosso futuro), Velha Guarda (nossa raiz), entre outros.<br />

O nosso lema é: A Modernidade alimenta a Tradição.<br />

A Portela desfilará <strong>com</strong> 4.200 <strong>com</strong>ponentes: Comissão de Frente, 03 casais de Mestre Sala e Porta Bandeira,<br />

35 alas, 07 alegorias e 05 tripés.


Responsável pela Comissão de Frente<br />

Henrique Talmah<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Henrique Talmah<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

191<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

0 15<br />

(quinze)<br />

Comissão de Frente: É linha de frente da escola, primeiro grupamento de integrantes a desfilar,<br />

sen<strong>do</strong> isto uma condição obrigatória <strong>do</strong> regulamento em desfile.<br />

Fantasia: Segue os Passos da Evolução...<br />

Conceito: Assistentes para novas Conexões a Internet. Tripé: Elemento cênico que, representará um<br />

grande robô <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r (browser).<br />

Com a responsabilidade de abrir o desfile da Agremiação, a Comissão de Frente estará<br />

representan<strong>do</strong> a correlação: homem e modernidade. Convite a navegar e conhecer um mun<strong>do</strong> irreal,<br />

novo, mágico, sem fronteiras e <strong>com</strong> acesso a to<strong>do</strong>s os tipos de informações. Utilizan<strong>do</strong> da melhor<br />

maneira, esse equipamento no mun<strong>do</strong> real, de forma mais ética, digna, democrática e mais<br />

transparente, vislumbraremos a transformação, onde to<strong>do</strong>s estarão inclusos digital e socialmente.<br />

A coreografia e o figurino destacarão os meios de acesso a internet, tais <strong>com</strong>o: conexão a cabo<br />

(utiliza<strong>do</strong> tripé <strong>com</strong>o elemento cênico) e conexão sem fio (wireless). Seus 15 integrantes estarão<br />

representan<strong>do</strong> a ficção cientìfica: “homens - maquina”, “homem de cem milhões de dólares” e sua<br />

funcionalidade, por exemplo: a evolução da medicina e seus recursos de equipamentos e tecnologia<br />

possibilitam transformação em partes <strong>do</strong> nosso corpo por próteses mecânicas.<br />

Coreógrafo <strong>com</strong> formação clássica e moderna. Foi premia<strong>do</strong> em diversos festivais de dança no<br />

Brasil e exterior. Coreografou o Balé Bolshoi no Brasil e o Teatro Municipal <strong>do</strong> Rio de Janeiro,<br />

entre outros. Em 2009, coreografou o Balé Hagen na Alemanha. Atualmente, é coreógrafo residente<br />

da Companhia Brasileira de Balé.


Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

192<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

1º Mestre-Sala Idade<br />

Rogério Dornelles 32 anos<br />

1ª Porta-Bandeira Idade<br />

Lucinha Nobre 34 anos<br />

2º Mestre-Sala Idade<br />

Jefferson Souza 29 anos<br />

2ª Porta-Bandeira Idade<br />

Kátia Paz 29 anos<br />

3º Mestre-Sala Idade<br />

Diogo Conceição 18 anos<br />

3ª Porta-Bandeira Idade<br />

Jeane Conceição 17 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A função <strong>do</strong> Mestre-Sala é cortejar a Porta-Bandeira durante toda a apresentação, através de gestos e<br />

posturas elegantes que demonstrem a reverência a sua dama, respeitan<strong>do</strong> e protegen<strong>do</strong> o pavilhão.<br />

Enquanto isso cabe a Porta-Bandeira conduzir e apresentar o pavilhão, desfraldan<strong>do</strong>-o em gestos<br />

graciosos e reverenciosos.<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:<br />

Rogério Dornelles e Lucia Nobre<br />

O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira leva <strong>com</strong> graça e leveza a bandeira, fazem passos<br />

sincroniza<strong>do</strong>s, ro<strong>do</strong>piam, e tem gestos elegantes e desenvoltos. A porta-bandeira desfila <strong>com</strong> graça e<br />

atitude altiva e nobre enquanto o mestre-sala baila <strong>com</strong> toda sua leveza e elegância, afinal, desde<br />

1993 dançam juntos, e estréiam na Portela repletos de energia e empolgação. O conhecimento e<br />

entrosamento possibilitam dançarem <strong>com</strong> segurança, afinidade e sincronia. Alia<strong>do</strong> aos ensaios<br />

freqüentes junto à <strong>com</strong>issão de frente... Lucinha e Rogério ainda contam <strong>com</strong> a assessoria técnica <strong>do</strong><br />

grande mestre Peninha, que traz consigo a tradição da dança clássica tradicional e da bailarina<br />

Camille Salles, auxilian<strong>do</strong> <strong>com</strong> a técnica <strong>do</strong> baila<strong>do</strong> de cortejo e a leveza da dança clássica. Em<br />

função da grande tradição da escola de Madureira, o casal prepara para a avenida uma dança de<br />

resgate da mais perfeita harmonia <strong>do</strong>s grandes casais de outrora que, carregam consigo a<br />

responsabilidade de apresentar o pavilhão da escola...<br />

Localização: 1º Setor<br />

Figurino: Luz da Ciência<br />

Características: Corselete sobreposto em barbatana, anágua estruturada em aço e teci<strong>do</strong>, mix de<br />

borda<strong>do</strong>s <strong>com</strong> canutilho quebra<strong>do</strong> e cristais “swarovisk”, estrutura vazada em formato de espiral,<br />

simbolizan<strong>do</strong> o sinal da luz.


Outras informações julgadas necessárias<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:<br />

Jéferson Souza e Kátia Paz<br />

193<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2010<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

O casal juntos há 05 anos,tem total entrosamento, confiabilidade e primor em sua apresentação,<br />

aliam tradição e inovação à dança clássica, sem deixar de expressar o sentimento <strong>do</strong> amor eterno a<br />

Águia altaneira.<br />

Localização: 3º Setor<br />

Figurino: Conhecimento que Transforma (Simboliza, através da inclusão, a tecnologia<br />

educacional e os recursos informacionais para utilização da educação a distancia).<br />

Materiais: “Pet” espelha<strong>do</strong> e acetato foram utiliza<strong>do</strong>s junto <strong>com</strong> matérias tradicionais de carnaval,<br />

<strong>com</strong>o: paetês, cristais e penas de faisão.<br />

3º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira:<br />

Diogo Conceição e Jeanne Conceição<br />

O casal de a<strong>do</strong>lescentes estréia na Portela ten<strong>do</strong> a responsabilidade de trilhar o caminho de grandes<br />

nomes que conduziram o pavilhão da escola. Celeiro de bambas, a Portela forma e renova seus<br />

“artistas”, através <strong>do</strong> pioneiro Projeto Social: Agente quer Arte, forman<strong>do</strong> sambistas para a vida!<br />

Como 1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da escola mirim, Filhos da Águia, eles iniciaram a<br />

trajetória no carnaval <strong>com</strong>o <strong>com</strong>ponentes apaixona<strong>do</strong>s pelo azul e branco.<br />

Localização: 5º Setor<br />

Figurino: Desperta o bem social (Representa a união <strong>do</strong>s povos e a inclusão social, através da<br />

Internet).<br />

Materiais: Plástico recicla<strong>do</strong> de box de banheiro


G.R.E.S.<br />

ACADÊMICOS DO<br />

GRANDE RIO<br />

PRESIDENTE<br />

HÉLIO RIBEIRO DE OLIVEIRA<br />

195


“Das Arquibancadas ao<br />

Camarote Nº. 1. Um “Grande<br />

Rio” de Emoção na Apoteose <strong>do</strong><br />

seu Coração”<br />

Carnavalesco<br />

CAHÊ RODRIGUES<br />

197


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

199<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Das Arquibancadas ao Camarote Nº. 1. Um “Grande Rio” de Emoção na Apoteose <strong>do</strong> seu Coração.<br />

Carnavalesco<br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues, Hiram Araújo e Lucas Pinto<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Cahê Rodrigues e Equipe de Criação<br />

01 Carnaval, Seis<br />

Milênios de<br />

História<br />

02 A História <strong>do</strong><br />

Carnaval Carioca<br />

03 O livro de Ouro <strong>do</strong><br />

Carnaval Brasileiro<br />

04 As Escolas de<br />

Samba o que,<br />

quem, onde, <strong>com</strong>o,<br />

quan<strong>do</strong> e porque<br />

05 As Escolas de<br />

Samba <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro<br />

06 Carnaval da<br />

Redentora à Praça<br />

<strong>do</strong> Apocalipse<br />

Livro Autor Editora<br />

07 Praça Onze – no<br />

meio <strong>do</strong> caminho<br />

tinha as meninas <strong>do</strong><br />

mangue<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Hiram Araújo Griphus 2003 Todas<br />

Eneida de Moraes Record 1958 Todas<br />

Felipe Ferreira Ediouro 2005 Todas<br />

Sérgio Cabral Funarte 1974 Todas<br />

Sergio Cabral Lumiar 1996 Todas<br />

Roberto M. Moura Jorge Zahar 1986 Todas<br />

Roberto M. Moura Prefeitura RJ-<br />

Relume-Domará<br />

1999 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

200<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Das Arquibancadas ao Camarote Nº. 1. Um “Grande Rio” de Emoção na Apoteose <strong>do</strong> seu Coração.<br />

Carnavalesco<br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues, Hiram Araújo e Lucas Pinto<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Cahê Rodrigues e Equipe de Criação<br />

08 Salgueiro: 50 anos<br />

de Glória<br />

Livro Autor Editora<br />

09 100 anos de<br />

Carnaval <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro<br />

10 O Brasil é um luxo-<br />

trinta carnavais de<br />

Joãozinho Trinta<br />

11 Meu Carnaval<br />

Brasil<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Harol<strong>do</strong> Costa Record 2003 Todas<br />

Harol<strong>do</strong> Costa Record<br />

Fabio Gomes e<br />

Estela Vilares<br />

Paulo Torres-<br />

Felipe Ferreira-<br />

Ricar<strong>do</strong> Cravo<br />

Alvim e Sergio<br />

Cabral<br />

CBPC – Centro<br />

Brasileiro de<br />

Produção<br />

Cultural – Axis<br />

Produções e<br />

Comunicações<br />

Aprazível<br />

Edições<br />

12 As Escolas de LAN Harol<strong>do</strong> Costa Reedição Revista<br />

e ampliada –<br />

prefácio de<br />

Arthur da Távola<br />

e Texto de<br />

Harol<strong>do</strong> Costa<br />

Editora Lumiar<br />

2001 Todas<br />

2008 Todas<br />

2008/2009 Todas<br />

2002 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

201<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Das Arquibancadas ao Camarote Nº. 1. Um “Grande Rio” de Emoção na Apoteose <strong>do</strong> seu Coração.<br />

Carnavalesco<br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Cahê Rodrigues, Hiram Araújo e Lucas Pinto<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Cahê Rodrigues e Equipe de Criação<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

* Vídeos de desfiles das Escolas de Samba nos específicos enre<strong>do</strong>s:<br />

“Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia”<br />

“Yes, nós temos Braguinha”<br />

“O mun<strong>do</strong> é uma bola”<br />

“Kizomba, a festa da raça”<br />

“Tupnicópolis”<br />

“Liberdade, Liberdade”<br />

“Peguei um Ita no norte”<br />

“A magia da sorte chegou”<br />

“Chuê, Chuá, as águas vão rolar”<br />

“Ziriguidum 2001”<br />

“Catarina de Médicis na corte <strong>do</strong>s Tupinambôs e Tabajarés”<br />

“ Mais vale um jegue que me carregue <strong>do</strong> que um camelo que me derrube, lá no Ceará”<br />

“Eu sou da Lira, não posso negar”.<br />

* DVD DOCUMENTÁRIO DOS 20 ANOS DA LIESA.<br />

* Entrevistas <strong>com</strong> Fernan<strong>do</strong> Pamplona, Maria Augusta, Max Lopes, Antonio Lemos, Carlos<br />

Cezar Ribeiro, Hiram Araújo, Oscar Niemeyer, João Trinta, Harol<strong>do</strong> Costa, Chiquinho<br />

(empresário – ex- Diretor de Carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel), Maria<br />

Helena (ex-porta-bandeira) e Vilma Nascimento (ex-porta-bandeira).


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

O G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio oferece a oportunidade de assistir, no placo<br />

da folia, o maior e mais emocionante espetáculo que, anualmente é organiza<strong>do</strong> no<br />

planeta Terra.<br />

Vamos viver um arco imaginário das arquibancadas ao camarote número 1, um<br />

grande rio de emoção na apoteose de seu coração, uma festa de cores, alegria,<br />

fantasias e ilusões.<br />

Chegou a hora de deixar a emoção tomar conta de to<strong>do</strong>s nós. E, de braços abertos<br />

recebermos mais uma vez, o povo para assistirmos o maior espetáculo da terra.<br />

Por aqui já passaram verdadeiros reis e rainhas, príncipes e princesas, autoridades de<br />

vários países, astros hollywoodianos, grandes celebridades <strong>do</strong> jet-set nacional e<br />

internacional.<br />

Em to<strong>do</strong>s esses anos de desfiles vimos foliões ficarem admira<strong>do</strong>s <strong>com</strong> a energia e a<br />

animação mostra<strong>do</strong>s desde as primeiras arquibancadas até os movimenta<strong>do</strong>s<br />

camarotes existentes no sambódromo <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

E, para revivermos os principais momentos <strong>do</strong>s inesquecíveis desfiles e os fatos<br />

<strong>histórico</strong>s que deram origem ao planejamento e construção <strong>do</strong> sambódromo,<br />

esperamos você, no grande camarote de folia, o número 1, e juntos faremos um brinde<br />

em homenagem, às grandes emoções já sentidas e as que sentiremos agora.<br />

Da explosão de alegria <strong>do</strong> setor 01, que é ouvi<strong>do</strong> e repeti<strong>do</strong> até os setores 06 e 13, o<br />

coração bate mais forte. Num passe de mágica os pés se soltam <strong>do</strong> chão e a mente<br />

<strong>com</strong>eça a girar: somos loucos, gênios, artistas, reis e rainhas desse mun<strong>do</strong> encanta<strong>do</strong><br />

de folia.<br />

Então pegue sua fantasia e venha conosco brincar o carnaval.<br />

DA PRAÇA XI À PRAÇA DA APOTEOSE<br />

Em tempos primitivos os espaços das ruas e avenidas eram insuficientes para a<br />

grandiosidade <strong>do</strong>s desfiles, que já <strong>com</strong>eçavam a provocar emoções em nossos<br />

interiores.<br />

202


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Por isso vários lugares foram experimenta<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s nas proximidades da área <strong>do</strong> cais<br />

<strong>do</strong> porto onde se localizam os mais antigos bairros da cidade.<br />

Partin<strong>do</strong> da idéia de que no carnaval tu<strong>do</strong> <strong>com</strong>eça pelo desenho, assim também<br />

<strong>com</strong>eça a ser costura<strong>do</strong> o pensamento de que o espaço <strong>do</strong>s desfiles jamais fugiria da<br />

área <strong>do</strong> Porto, onde se localizam os mais antigos bairros da cidade.<br />

Em 1984, conseguimos a passarela <strong>do</strong>s desfiles, na Marques de Sapucaí, resulta<strong>do</strong> da<br />

visão premonitória de Amaury Jório; a concepção antropológica de Darci Ribeiro e os<br />

traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer. Finalmente a passarela <strong>do</strong> samba aconteceu,<br />

abrin<strong>do</strong> um grande rio de emoções que deságuam em nossos corações festeiros, no<br />

governo de Leonel de Moura Brizola.<br />

MENTES LOUCAS E BRILHANTES<br />

Fernan<strong>do</strong> Pamplona, professor de Belas Artes, presente no júri oficial de 1959, ficou<br />

vivamente impressiona<strong>do</strong> <strong>com</strong> a revolução cenográfica implantada por Dirceu e Marie<br />

Louise Nery no enre<strong>do</strong> <strong>do</strong> Salgueiro, Debret, em 1959. No ano seguinte ao ser<br />

convida<strong>do</strong> para assumir o carnaval dessa escola montou uma equipe brilhante,<br />

destacan<strong>do</strong>-se além <strong>do</strong> casal Nery, Arlin<strong>do</strong> Rodrigues, Rosa Magalhães, Max Lopes,<br />

João Trinta, Renato Lage, entre tantos ocasionan<strong>do</strong> uma verdadeira revolução estética<br />

nos desfiles.<br />

As artes plásticas que já vinham se aperfeiçoan<strong>do</strong>, <strong>com</strong> a introdução de materiais<br />

modernos em substituição aos primitivos pós de xadrez que enfeitavam os simples<br />

bonecos feitos <strong>com</strong> papel carne seca que se desmanchavam facilmente <strong>com</strong> a chuva,<br />

sob a orientação de Fernan<strong>do</strong> Pamplona <strong>com</strong>eçaram a ser substituí<strong>do</strong>s por novos<br />

materiais <strong>com</strong>o o isopor, a lã de vidro, p brocal e a purpurina.<br />

Os precários carros quadra<strong>do</strong>s de madeiras movimenta<strong>do</strong>s por rodas de bilhas saíram<br />

<strong>do</strong> cenário e foram substituí<strong>do</strong>s por chassis arma<strong>do</strong>s por longarinas de ferro, soldas<br />

elétricas e rodas de borracha (pneus). A equipe de Pamplona inventou ainda os tripés<br />

e os quadripés.<br />

João Trinta em 1974 para evitar congestionamento de pistas <strong>com</strong> os vagarosos<br />

destaques de caudas longas, colocou-os em cima <strong>do</strong>s carros alegóricos.<br />

Os carros abre-alas que tinham a finalidade de dar o impacto inicial, fazen<strong>do</strong> o “efeito<br />

halo” foram substituí<strong>do</strong>s pelas Comissões de Frente.<br />

Fernan<strong>do</strong> Pamplona ainda introduziu os temas africanos nos enre<strong>do</strong>s.<br />

203


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

OPERÁRIOS GUERREIROS DA FOLIA<br />

A arte é um <strong>do</strong>m de Deus, que vem <strong>do</strong> inconsciente coletivo <strong>do</strong>s povos. Frutos dessa<br />

alquimia extraída de um exército de mãos de obra traduzem em realidade os sonhos<br />

da criação.<br />

Os produtos finais encobertos por milhares de varetas, soldas, pregos, blocos de<br />

isopor, tintas, pincéis, quilômetros de fios e linhas, varia<strong>do</strong>s tipos de teci<strong>do</strong>s, colas,<br />

plumas, vácuo-forming, forman<strong>do</strong> uma verdadeira sinfonia carnavalesca não só<br />

sonhada por apenas uma mente, mas por uma <strong>com</strong>petente equipe.<br />

Em suas máquinas, as costureiras, muitas das próprias <strong>com</strong>unidades, <strong>com</strong>eçam a dar<br />

vida aos figurinos, facilitan<strong>do</strong> a leitura plástica <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

Se um dia eu fui pobre, vim de um “barracão”, hoje moro num con<strong>do</strong>mìnio de luxo<br />

<strong>com</strong> todas as mor<strong>do</strong>mias que um operário da folia merece. De ilumina<strong>do</strong>s visionários<br />

entre os quais destacamos especialmente Ailton Guimarães Jorge e Aniz Abraão<br />

David nasceu uma cidade, a Cidade <strong>do</strong> Samba, uma grande e fantástica fábrica de<br />

sonhos e fantasias.<br />

MOMENTOS INESQUECÍVEIS<br />

Na concentração, <strong>com</strong>o um jogo de da<strong>do</strong>s desafian<strong>do</strong> a inteligência, as peças <strong>do</strong>s<br />

enre<strong>do</strong>s até então presas nas imaginações <strong>do</strong>s carnavalescos, vão se encaixan<strong>do</strong><br />

metamorfosean<strong>do</strong>-se em realidades o que antes eram apenas ficções.Na concentração<br />

todas as escolas de samba se consideram campeãs.<br />

Na armação as Escolas de Samba ultimam os preparativos para os desfiles, que se<br />

iniciam <strong>com</strong> o soar <strong>do</strong> terceiro toque da sirene.<br />

Na pista <strong>do</strong>s desfiles, os julga<strong>do</strong>res, nas cabines de julgamento, espalhadas por toda<br />

sua área de extensão, dão notas às Escolas de Samba, de acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> que apresentam.<br />

Canto, dança, harmonia, conjunto, cores, movimentos, simpatia e <strong>com</strong>petência<br />

artística, decidem as campeãs.<br />

Uma espera angustiante aguarda as aberturas <strong>do</strong>s envelopes na quarta feira de cinzas.<br />

Não sen<strong>do</strong> o julgamento <strong>do</strong>s desfiles uma questão matemática, os resulta<strong>do</strong>s ficam na<br />

dependência das interpretações mais subjetivas <strong>do</strong>s 10 quesitos.<br />

204


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Em 1984 o numero excessivo de Escolas de Samba em desfile determinaram no<br />

primeiro ano de <strong>com</strong>petição, uma campeã de sába<strong>do</strong> e outra no <strong>do</strong>mingo para<br />

decidirem no sába<strong>do</strong> seguinte a supercampeã <strong>do</strong> ano.<br />

De desfiles inesquecíveis lembramos de Braguinha, depois, “Contos de Areia”; a<br />

seguir, o inesquecível "Ziriguidum 2001"; a Vila vestida de palha kizombar; o nu<br />

“samban<strong>do</strong>” em to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s, entre outros.<br />

Em 1989 a União da Ilha, <strong>com</strong> sua festa profana, permitiu Enoli Lara desfilar nua e,<br />

em conseqüência, o nu foi proibi<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong> a proibição mais explicita nos anos<br />

seguintes: “não se pode desfilar <strong>com</strong> a genitália desnudada, decorada e ou pintada”.<br />

Vimos ainda mendigos brincarem; a Mocidade passar em “Vira, virou”; o Ita,<br />

salgueirar; a Vira<strong>do</strong>uro, incendiar e até um homem voar.<br />

No Carnaval de 1989, a Uni<strong>do</strong>s da Tijuca <strong>com</strong> o enre<strong>do</strong> “E o Borel descobriu....<br />

Navegar é Preciso”, a ala de baianas colocou entre os seus <strong>com</strong>ponentes homens, <strong>com</strong><br />

enormes bigodes juntamente <strong>com</strong> mulheres. A direção da LIESA não gostou da<br />

brincadeira, achan<strong>do</strong> um desrespeito. No ano seguinte, fez constar no Regulamento<br />

<strong>do</strong>s desfiles a proibição: não podiam desfilar pessoas <strong>do</strong> sexo masculino na ala das<br />

Baianas, exceto diretores, desde que não estejam fantasia<strong>do</strong>s de baianas.<br />

A VOZ DO MORRO, SIM SENHOR!<br />

Silas de Oliveira, Donga, Ismael Silva, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola, Candeia,<br />

Xangô, Nelson Sargento, Beto sem Braço, João Nogueira, Paulo César Car<strong>do</strong>so,<br />

Arol<strong>do</strong> Melodia, Didi, Clara Nunes, Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho,<br />

Martinho da Vila, Paulinho da viola, Monarco, Walter alfaiate, Arlin<strong>do</strong> Cruz entre<br />

outros são as verdadeiras raízes <strong>do</strong> samba carioca. Sem esquecer as vozes <strong>do</strong> morro,<br />

sim senhor, na maioria das vezes, fora da mídia e por isso sem oportunidade<br />

profissional desde os tempos em que eram desrespeitosamente rotula<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o bocas<br />

de ferro e puxa<strong>do</strong>res de samba e não interpretes <strong>com</strong>o afirmava Jamelão: “ Não sou<br />

puxa<strong>do</strong>r coisa nenhuma, sou simplesmente cantor.”<br />

PLANETA CARNAVAL – O FUTURO É NOSSO<br />

A maior festa popular <strong>do</strong> Brasil conquista o mun<strong>do</strong> em 2010. Esse sonho de felicidade<br />

carioca representa<strong>do</strong> pela Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio fará através <strong>do</strong>s 25 anos de<br />

existência da Passarela definitiva <strong>do</strong> samba, <strong>com</strong>pleta<strong>do</strong>s em 2009, uma homenagem<br />

ao carnaval carioca, reviven<strong>do</strong> momentos que marcaram época, sem esquecer <strong>do</strong>s<br />

desbrava<strong>do</strong>res que abriram os caminhos para a construção <strong>do</strong> maior palco de<br />

espetáculo a céu aberto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

205


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Em 1985, vale lembrar, Fernan<strong>do</strong> Pinto sonhou <strong>com</strong> um carnaval nas estrelas<br />

imaginan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o seria o carnaval no futuro. Estamos em 2010 e muita coisa mu<strong>do</strong>u,<br />

mas ainda não fomos parar nas estrelas. Quem sabe no ano 3000?<br />

Personagens populares <strong>do</strong> carnaval ganham nova versão para representar a folia<br />

carioca.<br />

Sonho? Realidade? Onde vamos parar? Como estará o sambódromo no ano 3000?<br />

Enfim vamos relaxar, pois o carnaval nos permite sonhar e viajar nesse mun<strong>do</strong> que de<br />

faz-de-conta não tem nada. Um mun<strong>do</strong> material onde a realidade toma conta de to<strong>do</strong>s<br />

nós. Embala<strong>do</strong>s pela magia <strong>do</strong> samba transformamos a realidade em fantasias.<br />

Neste momento em que a imaginação faz a diferença e transforma o carnaval num<br />

planeta festeiro elegemos <strong>com</strong>o porta voz dessa mensagem o gari mais famoso <strong>do</strong><br />

Brasil, Renato Sorriso, símbolo da alegria popular; da força e determinação das<br />

<strong>com</strong>unidades, gente pura e simples que aproveita o carnaval para protestar sem<br />

rancor, apenas <strong>com</strong> sorrisos, da maneira que faz a diferença, demonstran<strong>do</strong> a sua<br />

importância <strong>com</strong>o protagonista que é desse seu espetáculo, de to<strong>do</strong>s nós, na verdade<br />

de quem esta perto; de quem está longe; de quem assiste a tu<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s camarotes, a<br />

<strong>com</strong>eçar pelo numero 1 sem <strong>com</strong>parações, o mais anima<strong>do</strong>, a testemunhar sempre<br />

presentes de que esta é a maior e melhor de todas as festas artísticas populares.<br />

Simplesmente o carnaval <strong>do</strong> carioca feito para mim, para você, para to<strong>do</strong>s nós...<br />

Quan<strong>do</strong> eu passar acenan<strong>do</strong> para você, reconheça em mim, a felicidade, o orgulho de<br />

ser brasileiro; enfim, eu me <strong>com</strong>pleto em você.<br />

Deixe-nos, portanto, nos envolver nesse campo magnético dessa “nave apoteótica”,<br />

rumo ao futuro viajar ao encontro das estrelas.<br />

206


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

O enre<strong>do</strong> da Grande Rio no carnaval de 2010 cumpre o dever de, através de um arco<br />

fictício <strong>com</strong>preendi<strong>do</strong> desde as arquibancadas aos camarotes, homenagear o carnaval<br />

carioca nos 25 anos de passarela <strong>do</strong> samba.<br />

O fato de ser o número 1 é o mesmo que ser o centro das atenções (uma vez que ele<br />

<strong>com</strong>põe o próprio abre-alas da escola), de ser a própria notoriedade, o sambista, o<br />

torce<strong>do</strong>r, o guerreiro que defende sua bandeira nesta passarela que transforma o<br />

espetáculo num grande rio de emoções que desaguará numa explosão apoteótica de<br />

prazer em nossos corações.<br />

Esse carnaval é dedica<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s que por esse arco (fictício) passaram. Aos foliões,<br />

aos ilustres, a você Yayá, amor de carnaval, canta<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s desde os tempos da<br />

Praça XI, sem esquecer é claro, da importância <strong>do</strong>s visionários idealistas de<br />

transformar o sonho de um espaço para o sambista em realidade. Realidade esta, onde<br />

estamos neste exato momento. Sonhos, projetos, planejamentos, educação, cultura,<br />

dedicação, <strong>com</strong>prometimento, divulgação foram os elementos mais importantes para<br />

que esse arco fictício tomasse forma simbólica em meios aos símbolos das<br />

agremiações.<br />

E, se os traços de Niemeyer se eternizam na construção de concreto, é nos traços <strong>do</strong>s<br />

artistas que esse cinza ganha cor. São as mentes loucas e brilhantes <strong>do</strong>s carnavalescos<br />

que nos barracões transformam sonhos em realidades através de suas mãos, e pelas<br />

mãos <strong>do</strong>s artesãos. É um momento em que poderemos ver essa homenagem aos<br />

estilos marcantes desses artistas e, num instante maior, o grande transforma<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

carnaval que da pobreza fez o luxo, <strong>do</strong> luxo o lixo e de tu<strong>do</strong>, o nada, o Sr. João Jorge<br />

Trinta.<br />

Mas, nas loucuras desses artesãos também moram a lógica, a precisão. E se to<strong>do</strong>s têm<br />

direito a sua homenagem, cabem aqui também àqueles que cuidam da construção <strong>do</strong><br />

sonho: os ferreiros, os carpinteiros, os escultores, os pintores, costureiros e tu<strong>do</strong> vira<br />

fantasia. Até o gari que varre as cinzas e as mazelas tem nesse enre<strong>do</strong> o seu podium<br />

de homenagea<strong>do</strong>. Ele é a estrela <strong>do</strong> espetáculo. È o intervalo entre um som e outro,<br />

um ritmo e outro, uma batida e outra.<br />

Nessa passarela, prestamos nossas justas homenagens a alguns momentos das escolas<br />

de samba que marcaram nossas mentes, fossem elas campeãs, ou não, mas que, <strong>com</strong><br />

certeza mexeram <strong>com</strong> as nossas emoções, nos fizeram delirar, cantar...Cantar <strong>com</strong> as<br />

vozes que fizeram a história dessa passarela...vozes que encantam e encantaram,<br />

vozes que representam o canto dessa cidade e que ficarão eternizadas <strong>com</strong>o a <strong>do</strong><br />

grande Jamelão.<br />

207


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Nesse momento, em que a união faz a diferença e transforma o carnaval nesse planeta<br />

mundial, elegemos <strong>com</strong>o o arauto dessa união, Renato Sorriso, o gari mais famoso <strong>do</strong><br />

Brasil, símbolo <strong>do</strong> nosso povo e que surge em meio ao povo, exemplo da força das<br />

<strong>com</strong>unidades, dessa gente que faz a diferença <strong>com</strong> toda a humildade, mas mostran<strong>do</strong><br />

seu valor <strong>com</strong>o protagonistas desse espetáculo e que <strong>com</strong>o to<strong>do</strong> brasileiro <strong>com</strong>emora<br />

e acredita no futuro.<br />

Esse enre<strong>do</strong> é a prova maior da humildade dessa agremiação, por vezes, taxada <strong>com</strong>o<br />

escola de elite e artistas. E realmente ela o é, e nesse enre<strong>do</strong>, os artistas maiores são<br />

todas, todas as escolas, to<strong>do</strong> sambista, to<strong>do</strong> Rei e Rainha, to<strong>do</strong> presidente, toda a<br />

imprensa, to<strong>do</strong>s os famosos e famosas e principalmente o carnaval. Deixem-se,<br />

portanto, envolver-se no campo magnético dessa nave apoteótica rumo ao futuro e<br />

viajar ao encontro das estrelas.<br />

Afinal,<br />

Como será o amanhã?<br />

A passarela definitiva <strong>do</strong>s desfiles<br />

208<br />

Por Hiram Araújo<br />

Nos tempos contemporâneos, o carnaval deixa de ser apenas uma grande festa em que<br />

as principais ruas e praças se convertiam em palcos e a cidade se tornava num imenso<br />

teatro, sem paredes, nos quais os habitantes eram ao mesmo tempo atores e<br />

especta<strong>do</strong>res (modelos clássicos), para se enquadrarem na velocidade <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

O carnaval não podia deixar de sofrer a influência da “dromologia” (<strong>do</strong> grego dromos,<br />

corrida e logos, ciência), por isso se transformou em paradas-desfiles-espetáculos.<br />

Não é sem motivos que o estádio, ícone <strong>do</strong> carnaval contemporâneo passou a ser<br />

conheci<strong>do</strong> internacionalmente, <strong>com</strong>o sambódromo.<br />

O carnaval contemporâneo encontra sua máxima expressão no ato da palavra desfileespetáculo,<br />

usan<strong>do</strong> inclusive os recursos da queima de fogos de artifício.<br />

O carnaval enquadra nessa visão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pós-moderno que, segun<strong>do</strong> Maffesoli<br />

renasce hoje em dia <strong>com</strong> a BARROQUIZAÇÃO <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Em nenhuma parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> chegou-se, entretanto, a grandiosidade <strong>do</strong>s desfiles das<br />

Escolas de Samba <strong>do</strong> Grupo Especial, na Passarela Definitiva <strong>do</strong> Samba, que<br />

<strong>com</strong>pletou em 2009, 25 anos de existência.<br />

Vamos a<strong>com</strong>panhar o processo de evolução das Escolas de Samba até os seus desfiles<br />

se transformarem no maior show business <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

As primitivas sementes das Escolas de Samba foram implantadas no útero <strong>do</strong> novo<br />

modelo <strong>do</strong> carnaval carioca – empresa, em 1935 por ocasião <strong>do</strong> reconhecimento<br />

oficial das Escolas de Samba, passan<strong>do</strong> a desenvolver, seus desfiles, na área histórica<br />

<strong>do</strong> Porto (Saúde, Gamboa, Santo Cristo) onde o samba inseriu suas raízes.<br />

O primeiro local <strong>do</strong>s desfiles foi na Praça Onze, onde permaneceu até 1942. Após<br />

percorrer outros lugares nas proximidades, os desfiles foram para o TABLADO, em<br />

1952, (estrutura tubular <strong>com</strong> 1 metro de altura e 60 metros de extensão, na Avenida<br />

Presidente Vargas, entre a Rua Uruguaiana e Avenida Rio Branco, em frente à Escola<br />

Pública Rivadávia Correa onde ficavam os jura<strong>do</strong>s) e lá <strong>com</strong>pletaram suas espinhas<br />

<strong>do</strong>rsais, ganhan<strong>do</strong> identidades próprias.<br />

Em 1957, as escolas de samba vão desfilar no palco nobre <strong>do</strong> carnaval carioca, na<br />

Avenida Rio Branco.<br />

Em 1963, os desfiles ganhem suas características próprias, delimitadas por<br />

arquibancadas <strong>com</strong>ercializadas na, Avenida Presidente Vargas. Neste momento, os<br />

olhares <strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res se tornam de cima para baixo, valorizan<strong>do</strong> mais as artes<br />

plásticas, sobre as artes <strong>do</strong> samba, crian<strong>do</strong> o visual, super espetáculo. Os desfiles das<br />

Escolas de Samba assumem o carro chefe das empresas carnaval – carioca.<br />

A ausência de uma intelligentzia <strong>do</strong> carnaval carioca não permitiu que esta nova<br />

realidade favorecesse aos <strong>do</strong>nos <strong>do</strong> espetáculo, desvian<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o lucro <strong>do</strong><br />

empreendimento para a indústria subsidiária predatória <strong>do</strong> monta e desmonta.<br />

Somente em 1972, Amaury Jório, da Imperatriz Leopoldinense, ao assumir a<br />

presidência da Associação das Escolas de Samba, <strong>com</strong>eçou a denunciar as ações<br />

economicamente lesivas <strong>do</strong> monta e desmonta, conquistan<strong>do</strong> adeptos para sua causa.<br />

Em 1976 o então presidente da Associação das Escolas de Samba consegue substituir<br />

o ama<strong>do</strong>rismo da subvenção pelo profissionalismo <strong>do</strong> Contrato de Prestação de<br />

Serviços, reajusta<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong>, automaticamente, to<strong>do</strong>s os anos. O primeiro<br />

Contrato de Prestação de Serviço foi de 427 UFERJ. Um fator inespera<strong>do</strong>, a inflação,<br />

desvalorizou a UFERJ.<br />

209


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

A primeira renovação <strong>do</strong> Contrato de Prestação de Serviço, em 1979 sofreu um<br />

pequeno reajuste de 555 UFERJ.<br />

Em 1980, Amaury Jório faleceu, deixan<strong>do</strong> uma lacuna difícil de ser preenchida.<br />

A relação profissional <strong>com</strong> o merca<strong>do</strong> implantada por Amaury Jório despertou a<br />

capacidade de luta das Escolas de Samba.<br />

Quan<strong>do</strong> o governo Brizola foi negociar o terceiro Contrato da Prestação de Serviços,<br />

tomou um susto.<br />

As Escolas de Samba pediram um reajuste de 555 para 1000 UFERJ, impossível de<br />

ser atendi<strong>do</strong>.<br />

Jamil Haddad, então Prefeito ainda tentou contornar a negociação mas não conseguiu.<br />

Formou uma equipe para preparar o carnaval de 1984. O tempo foi escoan<strong>do</strong> e<br />

próximo ao carnaval o governa<strong>do</strong>r Leonel Brizola chamou o vice-governa<strong>do</strong>r, o<br />

professor Darcy Ribeiro e entregou o problema a ele. O professor Darcy Ribeiro<br />

nomeou o então verea<strong>do</strong>r Carlos Imperial, grande conhece<strong>do</strong>r de Escolas de Samba,<br />

portelense, <strong>com</strong> o cargo de Coordena<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> Sambódromo. Chamou o grande<br />

arquiteto Oscar Niemeyer que construiu o <strong>com</strong>plexo educacional, estádio <strong>do</strong>s desfiles<br />

no tempo real de 120 dias. Carlos Imperial formou sua equipe <strong>com</strong>:<br />

Antonio Lemos – Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s desfiles.<br />

Carlos César Ribeiro – Coordena<strong>do</strong>r de dispersão<br />

Hiram Araújo – Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Jura<strong>do</strong>s.<br />

Amaury Jório – o grande herói da Passarela Definitiva <strong>do</strong>s Desfiles, não tem sequer<br />

uma placa de reconhecimento, ten<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> à historia <strong>com</strong>o o Moises divino que<br />

morreu sem entrar na terra da promissão. Aí, o dinheiro <strong>com</strong>eçou a aparecer, e o<br />

Sambódromo foi pago em 2 anos. O desfile <strong>com</strong>eçou a ser auto-financia<strong>do</strong>.<br />

O texto acima é um <strong>do</strong>cumento-depoimento da<strong>do</strong> pelo próprio Dr. Hiram Araújo<br />

para a <strong>com</strong>posição deste enre<strong>do</strong>.<br />

210


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

Comissão de Frente<br />

O RITMO QUE CONTAGIA<br />

(Elemento Cenográfico)<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Sidclei e Squel<br />

EXPLOSÃO DE ALEGRIA<br />

Guardiões <strong>do</strong><br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

GUARDIÕES DA ALEGRIA<br />

Destaque de Chão<br />

Suzana Vieira<br />

MUSA INSPIRADORA<br />

Grupo Show<br />

GUERREIRO DA FOLIA<br />

Destaque de Chão<br />

David Brasil<br />

O ANIMADOR DA TORCIDA<br />

Alegoria 01 – Abre-Alas<br />

DAS ARQUIBANCADAS AO GRANDE<br />

CAMAROTE DA FOLIA<br />

(Alegoria Acoplada)<br />

Ala 01 – Comunidade<br />

PRAÇA ONZE<br />

Wilma Nascimento e Bagdá<br />

Maria Helena e Chiquinho<br />

MOMENTO ESPECIAL – ILUSTRES CASAIS<br />

Ala 02 – Comunidade<br />

PROTAGONISTAS DO ESPETÁCULO<br />

211


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Ala 03 – Big Big<br />

MECENAS DO SAMBA<br />

Ala 04 – Raízes<br />

A IMPRENSA DA FOLIA<br />

Ala 05 – Comunidade<br />

DESENHANDO O SONHO – OSCAR<br />

NIEMEYER<br />

Estandartes<br />

CONSTRUINDO SONHOS<br />

Destaque de Chão<br />

Ana Hickmann<br />

APOTEOSE DE OURO<br />

Alegoria 02<br />

AS PROTAGONISTAS DO ESPETÁCULO<br />

Ala 06 – Tuiuiú<br />

A EXPLOSÃO BARROCA DE<br />

ARLINDO E ROSA<br />

Ala 07 – Comunidade<br />

O TROPICALISMO<br />

DE FERNANDO PINTO<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Jorge Luis e Renata Silva<br />

A ALEGRIA COLORIDA DE<br />

MARIA AUGUSTA<br />

Destaques de Chão<br />

Latino e Mirela Santos<br />

ASAS DA IMAGINAÇÃO<br />

Ala 08 – Comunidade<br />

O MAGO DAS CORES – MAX LOPES<br />

212


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Ala 09 – Amizade<br />

O HIGH TECH DE RENATO LAGE<br />

Destaque de Chão<br />

Milton Cunha<br />

A IRREVERÊNCIA EM PESSOA<br />

Ala 10 – Amar é<br />

A IRREVERÊNCIA DE MILTON CUNHA<br />

Ala 11 – Baianas<br />

AS DAMAS DO LIXO<br />

Destaque de Chão<br />

Zé Reinal<strong>do</strong><br />

O TRIBUTO À JESUS HENRIQUE<br />

Ala 12 – Ala <strong>do</strong>s Artistas<br />

MENDIGOS<br />

Destaque de Chão<br />

Ana Paula Mizhay<br />

DO LIXO AO LUXO<br />

Alegoria 03<br />

A GENIALIDADE DE JOÃO TRINTA<br />

Ala 13 – Comercial<br />

ALA DA FORÇA<br />

Ala 14 – Casanova<br />

FERREIROS<br />

Ala 15 – Comunidade<br />

CARPINTEIROS<br />

Rainha de Bateria<br />

Paola Oliveira<br />

MUSA DOS GARIS<br />

213


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Complemento<br />

Lateral de Ala<br />

BOLA<br />

Ala 16 – Bateria<br />

OPERÁRIOS DA FOLIA<br />

Destaque de Chão<br />

Tatiana Feiticeira<br />

LIMPANDO GERAL<br />

Ala 17 – Passistas<br />

VARRENDO A TRISTEZA<br />

Ala 18 – Young Flu<br />

ARMADOS PARA PINTAR<br />

Ala 19 – Comunidade<br />

COSTURANDO A FOLIA<br />

Destaque de Chão<br />

Fernanda Lima<br />

MODELANDO A FOLIA<br />

Alegoria 04<br />

FÁBRICA DE SONHOS<br />

Ala 20 – Comigo Ninguém Pode<br />

BRAGUINHA – O SUPER<br />

CAMPEONATO<br />

Elemento Alegórico<br />

BOLA<br />

Ala 21 – Chega Mais<br />

O MUNDO É UMA BOLA<br />

Ala 22 – Comunidade<br />

KIZOMBA DA VILA<br />

Elemento Alegórico<br />

KIZOMBA<br />

214<br />

Complemento<br />

Lateral de Ala<br />

BOLA


Destaque de Chão<br />

Carla Prata<br />

O GELO<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Estandartes<br />

KIZOMBA<br />

Destaque de Chão<br />

Isabelita <strong>do</strong>s Patins<br />

A GRANDE IRREVERÊNCIA MUTANTE<br />

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Luis Felipe e Jéssica Barreto<br />

TUPINICÓPOLIS<br />

Destaque de Chão<br />

Bruna Petronave<br />

LIBERDADE, LIBERDADE<br />

Ala 23 – Grupo Show<br />

A IMPERATRIZ DA PASSARELA<br />

Ala 23 – Paulo 10<br />

NAVEGANDO COM O SALGUEIRO<br />

Destaque de Chão<br />

Regina Velaskes<br />

DNA DA FOLIA<br />

Ala 24 – Comunidade<br />

O CORPO EM MOVIMENTO DE<br />

PAULO BARROS<br />

Elemento Alegórico<br />

TORRE DO DNA<br />

Alegoria 05<br />

MOMENTOS INESQUECÍVEIS<br />

215<br />

Destaque de Chão<br />

Iris Stefanelli<br />

O FOGO


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Complemento<br />

Lateral da Ala<br />

RAÍZES DO<br />

SAMBA<br />

Ala 25 – Amor à Arte<br />

SILAS DE OLIVEIRA – AQUARELA<br />

BRASILEIRA<br />

Ala 26 – Comunidade<br />

EU SOU O SAMBA – A VOZ<br />

DO MORRO<br />

Destaque de Chão<br />

Roberta Campos<br />

SAMBISTA DE PRIMEIRA<br />

Ala 27 – Comercial<br />

SOU SAMBISTA Nº. 1<br />

Destaque de Chão<br />

Alicinha Cavalcanti<br />

MUSA DOS POETAS<br />

Ala 28<br />

COMPOSITORES<br />

Ala 29<br />

VELHA-GUARDA<br />

Destaque de Chão<br />

Antonia Fontenelle<br />

O CANTO DO POVO<br />

Alegoria 06<br />

AO MESTRE COM CARINHO<br />

Ala 30 – Comunidade<br />

ZIRIGUIDUM 2001<br />

Ala 31 – Nobre<br />

MALANDRO ESPACIAL<br />

216<br />

Complemento<br />

Lateral da Ala<br />

RAÍZES DO<br />

SAMBA


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Destaque de Chão<br />

Amanda Pinheiro<br />

A ESTRELA DA FOLIA<br />

Ala 32<br />

Projeto Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mirim<br />

BAILADO NAS ESTRELAS<br />

Ala 33 – Comunidade<br />

ARLEQUINANDO A AVENIDA<br />

Destaque de Chão<br />

Wanda Ghandi<br />

COLOMBINA SIDERAL<br />

Alegoria 07<br />

CARNAVAL DAS ESTRELAS<br />

Elemento Alegórico<br />

VOANDO PARA O FUTURO<br />

217


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

01 DAS ARQUIBANCADAS<br />

AO GRANDE CAMAROTE<br />

DA FOLIA<br />

02 AS PROTAGONISTAS DO<br />

ESPETÁCULO<br />

218<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A alegoria <strong>com</strong> <strong>do</strong>is módulos representa bem a proposta<br />

<strong>do</strong> titulo <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. O primeiro módulo simula o<br />

conjunto das eufóricas e animadas arquibancadas<br />

emoldurada por um grande arco que interliga os <strong>do</strong>is<br />

módulos. O segun<strong>do</strong> módulo simula em três andares um<br />

grande camarote de alegria, ou seja, o camarote Nº 1,<br />

ou, o primeiro camarote em forma de alegoria. No topo<br />

desse grande camarote, repousa o malandro rodan<strong>do</strong> seu<br />

pandeiro e sen<strong>do</strong> corteja<strong>do</strong> por suas Yayás. A decoração<br />

em si é um mix de arlequinadas inspiradas nas<br />

decorações de rua e <strong>do</strong>s grandes bailes de salão.<br />

A Avenida Marques de Sapucaí transforma-se na<br />

grande passarela <strong>do</strong> samba popularmente conheci<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>o Sambódromo. Por ela desfilam atualmente <strong>do</strong>ze<br />

agremiações representadas por seus símbolos e<br />

premiadas <strong>com</strong> o titulo de especiais. No carnaval de<br />

2010 recebem a homenagem em nossa segunda<br />

alegoria, as escolas de samba Vila Isabel, Imperatriz<br />

Leopoldinense, Grande Rio, Portela, Beija-Flor de<br />

Nilópolis, Mocidade Independente de Padre Miguel,<br />

Salgueiro, Mangueira, Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Vira<strong>do</strong>uro, União da<br />

Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r, Porto da Pedra e Uni<strong>do</strong>s da Tijuca.<br />

Ao fun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s símbolos das escolas está a representação<br />

<strong>do</strong> arco da apoteose em termino de construção e que<br />

também faz fun<strong>do</strong> para as esculturas de Oscar<br />

Niemeyer, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola que estão na<br />

traseira da alegoria. É importante deixar aqui<br />

registra<strong>do</strong>s que os três homens acima cita<strong>do</strong>s foram os<br />

principais responsáveis por tornar real a luta de Amaury<br />

Jório.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

03 A GENIALIDADE DE<br />

JOÃO TRINTA<br />

219<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Ratos e Urubus larguem minha fantasia estabeleceu um<br />

intermezzo no carnaval carioca. Houve um “que” de<br />

perplexidade na apresentação <strong>do</strong> desfile.<br />

Proibições impostas pela igreja e opiniões divididas<br />

sobre a obra apresentada, dariam nome e consagração a<br />

genialidade de Joãozinho Trinta. Inspirada em ratos e<br />

urubus foi criada a alegoria número 03 onde, numa<br />

grande homenagem, João é eleito <strong>com</strong>o Rei da<br />

genialidade <strong>do</strong> carnaval: <strong>com</strong> direito a um trono entre os<br />

personagens que intitulam o enre<strong>do</strong>, numa grande<br />

montanha de lixo sob o vôo de um grande urubu. A<br />

traseira <strong>do</strong> carro <strong>com</strong> grandes cavalos ricamente<br />

a<strong>do</strong>rna<strong>do</strong>s tem um tratamento de grande luxo<br />

contrapon<strong>do</strong> a totalidade plástica. Viriato Ferreira<br />

considera<strong>do</strong> <strong>com</strong>o “Erté” <strong>do</strong> carnaval por seus belos<br />

desenhos, recebe uma homenagem por sua participação<br />

no desenvolvimento artístico dessa obra.<br />

04 FÁBRICA DOS SONHOS A mente <strong>do</strong> carnavalesco é livre e voa... seu projeto<br />

registra-se <strong>com</strong>o uma máquina que assimila, registra,<br />

deleta, <strong>com</strong>o uma grande engrenagem. Suas idéias se<br />

expandem em informações que giram através <strong>do</strong><br />

pensamento simboliza<strong>do</strong>s por engrenagens que giram<br />

em movimentos constantes. Suas informações vão se<br />

repassan<strong>do</strong> aos departamentos que criam nas pranchetas<br />

e que nelas mesmo se transformam na construção. São<br />

operários da folia que produzem, sobem e descem<br />

diariamente escadas, soldam, martelam, esculpem,<br />

pintam, forram e constroem o carnaval dia-a-dia. Seus<br />

trabalhos muitas das vezes são tão fortes que<br />

permanecem em nossas mentes ou até mesmo em<br />

registros que se eternizam em imagens <strong>com</strong>o o joga<strong>do</strong>r<br />

de vídeo-game da mocidade, o preto velho <strong>do</strong> salgueiro,<br />

a mangueira fazen<strong>do</strong> sombra para Braguinha e o Cristo<br />

da Beija-Flor que MESMO PROIBIDO, NÃO<br />

DEIXOU DE BRILHAR.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

* Elemento Alegórico<br />

BOLA<br />

* Elemento Alegórico<br />

KIZOMBA<br />

* Elemento Alegórico<br />

TORRE DO DNA<br />

220<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A Beija-Flor não foi a campeã. Em meio a um<br />

aguaceiro <strong>do</strong> inicio ao fim <strong>do</strong> desfile a escola passou<br />

<strong>com</strong> água pelo joelho emocionan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s.<br />

O carro abre-alas era uma imensa bola e o enre<strong>do</strong> era “o<br />

mun<strong>do</strong> é uma bola” de Joãozinho Trinta que mostrava o<br />

futebol em todas as civilizações (chinesas, egípcias,<br />

gregas). Mesmo <strong>com</strong> um segun<strong>do</strong> lugar, a imagem ficou<br />

guardada para sempre para quem viu... e para quem não<br />

viu, aí vai a homenagem nesse elemento alegórico.<br />

A escultura <strong>do</strong> pensa<strong>do</strong>r símbolo da república de angola<br />

foi uma referencia marcante <strong>do</strong> desfile. A união da pele,<br />

da palha, <strong>do</strong>s dentes de elefantes e <strong>do</strong> suave brilho deu<br />

às alegorias da Vila Isabel uma leitura que agra<strong>do</strong>u a<br />

to<strong>do</strong>s naquele ano, sen<strong>do</strong> essa a estética reproduzida no<br />

tripé apresenta<strong>do</strong>.<br />

Paulo Barros em seu enre<strong>do</strong> na Uni<strong>do</strong>s da Tijuca cita<br />

que o DNA é a antiga tentativa <strong>do</strong> homem de alcançar a<br />

imortalidade. Essa alegoria de desenho original, porém<br />

majestoso fez a Uni<strong>do</strong>s da Tijuca deixar sua marca não<br />

só nos 25 anos da passarela <strong>do</strong> samba <strong>com</strong>o nas páginas<br />

<strong>do</strong> New York Times. Ela aqui é representada por um<br />

elemento alegórico cuja forma remete a idéia original<br />

onde, as pessoas aqui substituídas por esculturas em<br />

tamanho natural misturam-se aos integrantes<br />

pertencentes a ala.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

05 MOMENTOS<br />

INESQUECÍVEIS<br />

221<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Existem momentos inesquecíveis no Sambódromo e,<br />

<strong>com</strong> certeza, sempre haverá. Para homenagear to<strong>do</strong>s<br />

esses momentos, o carro numero 05 não poderia deixar<br />

de trazer de volta uma releitura <strong>do</strong> carro da Sibéria <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong> “A magia da sorte chegou”, que ficou marca<strong>do</strong><br />

na história <strong>do</strong> carnaval carioca <strong>com</strong>o o carro da geleira<br />

onde os cães siberianos deram toda a tônica da alegoria<br />

pela proximidade <strong>do</strong> real e, quan<strong>do</strong> lamentavelmente<br />

não realizaria o sonho <strong>do</strong> término de desfile da<strong>do</strong> ao<br />

incêndio que o destruiu na sua totalidade. Mais <strong>do</strong> que<br />

reproduzir a alegoria, o carro possibilita que seu cria<strong>do</strong>r<br />

– o carnavalesco Max Lopes – cruze a avenida junto a<br />

obra que ficou eternizada na memória visual <strong>do</strong>s<br />

desfiles. Na traseira da alegoria, num misto de infinito e<br />

eternidade, a arte de Renato Lage em criar um feto<br />

dentro de um globo terrestre no planeta das águas<br />

povoa<strong>do</strong>s por sereias no enre<strong>do</strong> “Chuê Chuá, as águas<br />

vão rolar”, na Mocidade Independente de Padre Miguel,<br />

ganha releitura.<br />

06 AO MESTRE COM CARINHO A Alegoria presta uma homenagem à José Bispo<br />

Clementino <strong>do</strong>s Santos, o Jamelão. Personalidade <strong>do</strong><br />

samba carioca, sua figura está intimamente associada às<br />

tradições <strong>do</strong> G.R.E.S. Estação Primeira da Mangueira.<br />

Além de músico, foi intérprete de vários sambas,<br />

canções e sambas canções. No mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> samba lutou<br />

pela dignidade <strong>do</strong>s interpretes das Agremiações<br />

rotula<strong>do</strong>s por “bocas de ferro” ou “puxa<strong>do</strong>res de<br />

samba”, elevan<strong>do</strong>-os à condição de intérpretes <strong>com</strong>o diz<br />

na própria letra <strong>do</strong> samba da Grande Rio quan<strong>do</strong> cita o<br />

protesto de Jamelão ... saudade, da linda voz que se<br />

calou. Eu sou cantor, eu sou cantor, no seu protesto<br />

nunca foi um puxa<strong>do</strong>r”... Para tal, a alegoria apresenta<br />

um céu de instrumentos musicais onde o mestre repousa<br />

entre flores cerca<strong>do</strong> por vôos de borboletas e partituras<br />

de flores e notas musicais.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

222<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

07 CARNAVAL DAS ESTRELAS A alegoria apresenta uma nave pilotada por um<br />

arlequim espacial que voa rumo ao futuro fazen<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

que a Grande Rio também acredite que o carnaval é<br />

eterno e que, <strong>com</strong> certeza, irá rumo as estrelas. Quem<br />

sabe no ano 3000 já estaremos desfilan<strong>do</strong> no espaço?<br />

É <strong>com</strong>o o próprio enre<strong>do</strong> diz: Deixe-nos portanto,<br />

envolvermo-nos nesse campo magnético dessa “nave<br />

apoteótica”, rumo ao futuro viajar ao encontro das<br />

estrelas.<br />

* Elemento Alegórico<br />

VOANDO PARA O FUTURO<br />

No samba diz que o homem pode voar e, <strong>com</strong> certeza,<br />

voará relembran<strong>do</strong> esse momento que ficou marca<strong>do</strong> na<br />

história <strong>do</strong> sambódromo. Dessa vez por um tempo<br />

maior. Por essa razão, a presença desse elemento<br />

alegórico.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

223<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Simone Oliveira Empresária<br />

Zeca Pagodinho Cantor<br />

Bruna Dias Empresária<br />

Beth Lago Atriz<br />

Luiza Legey Empresária<br />

Danilo Gayer (1º. Destaque) Empresário<br />

Beth Andrade Empresária<br />

João 30 Carnavalesco<br />

Marcio Brasil Estilista<br />

Monica Carvalho Atriz<br />

Alaor Empresário<br />

Claudia Marques Atriz<br />

Adriana Lessa Atriz e Apresenta<strong>do</strong>ra<br />

Lucilia Diniz Empresária<br />

Enoque Diretor-Secretária de Cultura - Maranhão<br />

Max Lopes Carnavalesco<br />

Carina Torrealba Empresária<br />

Claudia Bertini Empresária<br />

Renato Sorriso Gari<br />

Zé Reinal<strong>do</strong> Coreógrafo e Visagista<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rivadávia Corrêa, 60 – Barracão 04 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade <strong>do</strong> Samba<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Paulo Macha<strong>do</strong> e Tavinho<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

Zeli e Devalci Sérgio<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Marina Vergara, Gilberto França e Rossi Paulo Mauricio, Filé<br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Formiga João<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Núcleo de Criação:<br />

Leandro Vieira - Pintor e Supervisão de Arte<br />

Júnior Barata - Figurinista<br />

Fábio - Designer Gráfico<br />

Marcelo Haidar - Assistente <strong>do</strong> Carnavalesco<br />

Lucas Pinto - Supervisão das Fantasias e Defesa <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Evania Maria de Almeida - Compras e Almoxarifa<strong>do</strong><br />

André Cristal, Wellington, Luiz - Equipe de Decoração<br />

Claudio e Claudinho<br />

Nilson e Renato - Equipe Fibra<br />

Gaúcho - Equipe Espuma<br />

Sr. Antonio - Placas<br />

Alegorias


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Guardiões da<br />

Alegria<br />

* Guerreiro da<br />

Folia<br />

01 Praça Onze<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Eles <strong>com</strong> seus adereços de<br />

mão em forma de máscaras,<br />

e suas fantasias inspiradas<br />

em arlequins, anunciam e<br />

dão inicio ao conjunto<br />

estético que <strong>com</strong>põe o<br />

primeiro setor da escola<br />

ten<strong>do</strong> <strong>com</strong>o função<br />

específica, a proteção <strong>do</strong><br />

espaço para a apresentação<br />

<strong>do</strong> primeiro casal.<br />

Esse grupo faz uma<br />

homenagem a to<strong>do</strong> àquele<br />

que se entende <strong>com</strong>o folião.<br />

O verdadeiro guerreiro da<br />

folia. O da rua ou da<br />

arquibancada. O que torce, o<br />

que vibra, canta,<br />

homenageia, aplaude, grita, e<br />

que, <strong>com</strong> suas mãos,<br />

desenvolvem inspiradas<br />

coreografias improvisadas.<br />

A ala nas cores da<br />

agremiação traz à cena<br />

figuras tradicionais <strong>do</strong><br />

carnaval carioca, quer sejam<br />

<strong>do</strong>s grandes salões <strong>do</strong>s bailes<br />

de carnaval - <strong>com</strong>o a trilogia<br />

amorosa <strong>do</strong> pierrot,<br />

colombina e arlequim - ou as<br />

figuras de rua <strong>com</strong>o a nega<br />

maluca e os bate-bolas,<br />

além, das baianinhas<br />

símbolo da origem <strong>do</strong><br />

carnaval carioca.<br />

224<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Guardiões <strong>do</strong><br />

casal de<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Escola 2009<br />

Grupo Show Escola 2009<br />

Comunidade Escola 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Momento Especial<br />

Ilustres Casais<br />

02 Protagonistas <strong>do</strong><br />

Espetáculo<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Uma das primeiras, justas e<br />

honrosas homenagens que<br />

esse enre<strong>do</strong> se propõe, é<br />

feita à essas duas divas da<br />

passarela e seus respectivos<br />

pares, que motivaram uma<br />

legião de jovens à<br />

sonharem <strong>com</strong> o posto por<br />

eles ocupa<strong>do</strong>s.<br />

As apresentações de Maria<br />

Helena e Chiquinho, estão<br />

marcadas na memória <strong>do</strong>s<br />

desfiles das escolas de<br />

samba carioca, bem <strong>com</strong>o,<br />

o casal Vilma Nascimento<br />

e Bagdá.<br />

A Bandeira de uma<br />

agremiação é tu<strong>do</strong> que<br />

existe em uma escola de<br />

samba. Ela é eterna! Tu<strong>do</strong> e<br />

to<strong>do</strong>s passam e ela<br />

permanece. Suas portabandeiras<br />

e seus mestressala<br />

alcançam a<br />

notoriedade por ocuparem<br />

essas funções.<br />

Nessa ala, acontece uma<br />

homenagem a to<strong>do</strong>s os<br />

pavilhões que nessas mais<br />

de duas décadas, desfilaram<br />

na Passarela <strong>do</strong> Samba no<br />

desfile <strong>do</strong> Grupo Especial.<br />

225<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Casais<br />

Convida<strong>do</strong>s<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Escola 2009<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

03 Mecenas <strong>do</strong><br />

Samba<br />

04 A Imprensa da<br />

Folia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A fundação da Liga das<br />

Escolas de Samba foi um<br />

marco na evolução da<br />

apresentação das<br />

agremiações cariocas. A<br />

ala em questão faz<br />

referencia ao primeiro<br />

homem a assumir a<br />

presidência <strong>do</strong> novo<br />

órgão: Castor de Andrade.<br />

Mítico personagem, sua<br />

figura está associada à<br />

elegância no trajar-se e à<br />

escola cujo o mesmo<br />

aju<strong>do</strong>u, a consolidar: A<br />

Mocidade Independente<br />

de Padre Miguel.<br />

A imprensa teve e tem um<br />

grande papel na história<br />

<strong>do</strong> carnaval carioca, quer<br />

seja pela transmissão via<br />

Rádio, Televisão, Jornal e<br />

Revistas ou via Internet. A<br />

imprensa cumpre um<br />

papel de não só divulgar e<br />

registrar o desfile, <strong>com</strong>o<br />

também, a divulgação de<br />

matérias jornalísticas que<br />

antecedem o carnaval<br />

carioca.<br />

226<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Ala Big Big Pedrinho<br />

Naval<br />

Ala Raízes Carlos<br />

Roberto<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1989<br />

1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

05 Desenhan<strong>do</strong> o<br />

Sonho – Oscar<br />

Niemeyer<br />

* Estandartes<br />

“Construin<strong>do</strong><br />

sonhos”<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O Sambódromo <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro não foi somente<br />

uma obra para abrigar um<br />

espetáculo. Foi muito<br />

mais que isso. Foi uma<br />

possibilidade de<br />

reurbanização que já<br />

acontecia naquela área.<br />

Dessa forma, sob o traço<br />

talentoso de Oscar<br />

Niemeyer e num prazo<br />

recorde de 120 dias,<br />

concretiza-se a construção<br />

da grande passarela <strong>do</strong><br />

carnaval carioca.<br />

Grupo forma<strong>do</strong> por seis<br />

homens que conduzem os<br />

estandartes que trazem a<br />

imagem <strong>do</strong>s homens que<br />

tornariam em realidade a<br />

possibilidade de um<br />

carnaval organiza<strong>do</strong> tal<br />

<strong>com</strong>o sonhou Amaury<br />

Jório. São eles: Jamil<br />

Haddad, Amaury Jório,<br />

Carlos Imperial, Antonio<br />

Lemos, Carlos César<br />

Ribeiro e Hiram Araújo.<br />

227<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 1989<br />

Estandartes –<br />

Comunidade<br />

Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

06 A Explosão<br />

Barroca de<br />

Arlin<strong>do</strong> e Rosa<br />

07 O Tropicalismo de<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Arlin<strong>do</strong> Rodrigues foi um<br />

<strong>do</strong>s primeiros<br />

carnavalescos da história<br />

<strong>do</strong> carnaval. Seu estilo<br />

barroco cobriu de luxo e<br />

requinte o carnaval<br />

carioca. O tratamento<br />

rococó acabou por criar<br />

uma escola de segui<strong>do</strong>res<br />

nesse estilo <strong>com</strong>o a<br />

carnavalesca Rosa<br />

Magalhães, que deu ao<br />

barroco um tratamento<br />

próprio.<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto foi um <strong>do</strong>s<br />

carnavalescos cuja marca<br />

maior foi o tropicalismo.<br />

Seu estilo despoja<strong>do</strong><br />

deixou marcas de<br />

saudades. Sua linha<br />

estética marcante pode ser<br />

considerada única e sua<br />

escola, aparentemente<br />

fácil, sem sombra de<br />

dúvidas é uma das mais<br />

difíceis de serem seguidas,<br />

pois é coberta de um vôo<br />

de liberdade simples e<br />

<strong>com</strong> excesso de requintes<br />

e lógica.<br />

228<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Ala Tuiuiú Joaquim 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

08 O Mago das Cores<br />

– Max Lopes<br />

09 O High Tech de<br />

Renato Lage<br />

10 A Irreverência de<br />

Milton Cunha<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ala apresentada faz<br />

alusão ao titulo concedi<strong>do</strong><br />

pela critica ao carnavalesco<br />

Max Lopes – o Mago da<br />

Cores. Max é a própria<br />

palheta de cores. Ele usa<br />

<strong>com</strong>posições ricas em cores<br />

misturadas <strong>com</strong> o requinte<br />

<strong>do</strong> luxo.<br />

Renato Lage consagrou-se<br />

<strong>com</strong>o o carnavalesco das<br />

formas modernas e<br />

futuristas. Sua marca High<br />

Tech originou-se da leitura<br />

<strong>do</strong> futurismo<br />

des<strong>com</strong>promissa<strong>do</strong> de<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto, tornan<strong>do</strong>se<br />

uma característica<br />

particular que deu inicio a<br />

uma escola seguida por<br />

muitos.<br />

O Pavão <strong>com</strong>o uma ave<br />

misteriosa – o fênix, que<br />

sempre renasce das cinzas,<br />

pode representar o estilo<br />

assumi<strong>do</strong> por Milton Cunha<br />

que cobre sua imagem<br />

pessoal por uma<br />

irreverência forte e pela<br />

brincadeira <strong>com</strong> o<br />

imaginário popular através<br />

de suas colocações muitas<br />

vezes até, usan<strong>do</strong> a<br />

androginia.<br />

229<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 1989<br />

Ala Amizade San<strong>do</strong>val 1989<br />

Ala Amar é Antonio 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

11 As Damas <strong>do</strong> Lixo<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

As baianas de uma escola de<br />

samba carregam a história da<br />

origem <strong>do</strong> carnaval carioca.<br />

Elas trazem consigo a<br />

imagem respeitosa de nossas<br />

mães e avós.<br />

Importante ala <strong>do</strong> desfile,<br />

para ela ficou a<br />

responsabilidade em<br />

homenagear uma das mais<br />

loucas e brilhantes mentes<br />

<strong>do</strong> carnaval: a mente de João<br />

Jorge Trinta.<br />

Desfile memorável de 1989,<br />

“Ratos e urubus larguem<br />

minha fantasia”, foi um<br />

marco na plasticidade <strong>do</strong><br />

carnaval. O ápice da<br />

genialidade de Joãozinho<br />

Trinta se deu à medida em<br />

que a ousadia plástica <strong>do</strong><br />

artista alcançou níveis<br />

inimagináveis ao lançar<br />

junto a abertura <strong>do</strong> desfile da<br />

agremiação Nilopolitana, um<br />

visual que negava o luxo e<br />

fazia <strong>do</strong> lixo, a grande<br />

matéria visual para a<br />

construção de uma abertura<br />

apoteótica. É esse o conceito<br />

que veste as baianas da<br />

Grande Rio para o carnaval<br />

2010. Cobri-las de lixo é a<br />

concepção desse figurino<br />

que associa beleza plástica e<br />

ousadia.<br />

230<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Baianas Marilene 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

11 As Damas <strong>do</strong> Lixo<br />

(Continuação)<br />

12 Mendigos<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Um da<strong>do</strong> muito importante<br />

neste desfile é o fato de que<br />

essa ala no carnaval de 2009<br />

representou a Dama mais<br />

luxuosa da historia <strong>do</strong> luxo<br />

na indumentária que foi<br />

Maria Antonieta e, por<br />

vontade das próprias<br />

baianas, elas no carnaval de<br />

2010 ousam mudar<br />

radicalmente de dama <strong>do</strong><br />

luxo para a dama <strong>do</strong> lixo,<br />

despin<strong>do</strong>-se de toda a<br />

vaidade numa homenagem<br />

paralela, ao estilo extremo<br />

de João.<br />

Ainda no contexto <strong>do</strong><br />

desfile de 1989, a figura<br />

<strong>do</strong> mendigo assumiu<br />

destaque de grande<br />

importância nessa<br />

apresentação. Inspira<strong>do</strong> no<br />

espetáculo Les<br />

Miserables, a ala de<br />

mendigos transcendeu<br />

to<strong>do</strong>s os estilos. Há quem<br />

diga que naquela ala havia<br />

mendigos de verdade<br />

desfilan<strong>do</strong> entre os<br />

<strong>com</strong>ponentes e até mesmo<br />

socialites. Um momento<br />

revivi<strong>do</strong> nessa ala.<br />

231<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Baianas Marilene 1989<br />

Ala <strong>do</strong>s<br />

Artistas<br />

Escola 2009


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

13 Ala da Força<br />

14 Ferreiros<br />

15 Carpinteiros<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Se algum profissional é<br />

anônimo no carnaval, esse<br />

se chama o <strong>do</strong> serviço<br />

geral. Durante a construção<br />

das alegorias, eles<br />

desenvolvem vários tipos<br />

de funções dentro de um<br />

barracão, já se<br />

acostuman<strong>do</strong> que, serão<br />

eles que terão que fazer<br />

aquilo rodar. Anônimos,<br />

mas verdadeiros foliões<br />

entre uma parada e outra da<br />

alegoria, eles aproveitam<br />

para cair na folia.<br />

A ala representa os homens<br />

responsáveis pela<br />

construção em ferro das<br />

estruturas que <strong>com</strong>põem os<br />

elementos alegóricos<br />

através de uma releitura<br />

poética de seus uniformes e<br />

ferramentas típicas de<br />

trabalho.<br />

Seguin<strong>do</strong> o processo de<br />

ferragem, podemos colocar<br />

que a madeira é a segunda<br />

etapa de uma alegoria. A<br />

ala representa os<br />

funcionários que dão forma<br />

ao carnaval através de sua<br />

aptidão <strong>com</strong> o manuseio da<br />

madeira e de suas<br />

ferramentas próprias.<br />

232<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comercial Escola 1989<br />

Ala Casanova Venilton 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

16 Operários da<br />

Folia<br />

17 Varren<strong>do</strong> a<br />

Tristeza<br />

18 Arma<strong>do</strong>s para<br />

Pintar<br />

19 Costuran<strong>do</strong> a<br />

Folia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A bateria por ser móvel, está<br />

aqui colocada em desfile em<br />

função <strong>do</strong> som. Porém, esse<br />

conjunto de fantasias,<br />

cumprirá a função da<br />

homenagem a mágica que o<br />

carnaval é capaz de produzir,<br />

transforman<strong>do</strong> um simples<br />

gari, num astro de um<br />

grande espetáculo <strong>com</strong>o é o<br />

caso de Renato Sorriso, e de<br />

to<strong>do</strong>s que, num “varrer de<br />

vassouras”, fecham e abrem<br />

a cortina para o novo<br />

espetáculo.<br />

Ainda no contexto de<br />

homenagem aos homens e<br />

mulheres que varrem a<br />

avenida, a ala de passistas<br />

vem dar continuidade a essa<br />

homenagem.<br />

A roupa reproduz os pintores<br />

que, <strong>com</strong> suas tintas e<br />

pincéis, cobrem de cores os<br />

elementos apresenta<strong>do</strong>s no<br />

desfile.<br />

Enquanto no barracão, as<br />

alegorias vão sen<strong>do</strong><br />

finalizadas, nos ateliês de<br />

costura, entre carretéis de<br />

linha e agulhas, vão sen<strong>do</strong><br />

da<strong>do</strong>s os últimos retoques<br />

nas fantasias que<br />

representarão o enre<strong>do</strong>.<br />

233<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Bateria Mestre Ciça 1989<br />

Passistas Rosangela e<br />

Avelino<br />

1989<br />

Ala Young Flu Sandra 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

20 Braguinha – O<br />

Super<br />

Campeonato<br />

21 O Mun<strong>do</strong> é Uma<br />

Bola<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

E a mangueira sagrou-se<br />

super campeã no desfile<br />

que inaugurava o<br />

sambódromo, fazen<strong>do</strong> a<br />

homenagem a um <strong>do</strong>s<br />

maiores <strong>com</strong>positores de<br />

marchinhas de carnaval -<br />

Braguinha. Pela primeira<br />

vez foi usa<strong>do</strong> o lilás junto<br />

ao verde e rosa<br />

tradicional, coloração que<br />

privilegiamos, para a<br />

construção da fantasia<br />

apresentada.<br />

A ala traz uma<br />

homenagem ao desfile “o<br />

mun<strong>do</strong> é uma bola” numa<br />

relação entre futebol e<br />

samba. O Brasil sonhava<br />

<strong>com</strong> o titulo da décima<br />

terceira copa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

que aconteceria no<br />

México (as bolas que<br />

ladeiam a ala) naquele<br />

ano. Embora a Beija-Flor<br />

tenha desfila<strong>do</strong> nesse ano<br />

<strong>com</strong> água até o joelho<br />

(representa<strong>do</strong> na fantasia),<br />

a <strong>com</strong>unidade nilopolitana<br />

não perdeu o “pique”, e<br />

nem deixou de encabeçar<br />

a tal “corrente pra frente”.<br />

234<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala Comigo<br />

Ninguém Pode<br />

Ala Chega<br />

Mais<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Denise 1989<br />

Cátia 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

* Bola Inspira<strong>do</strong> na bola que<br />

ocupava destaque central<br />

no abre-alas,<br />

apresentamos<br />

<strong>com</strong>ponentes que<br />

contornam a ala em<br />

<strong>com</strong>posição <strong>com</strong> o<br />

elemento alegórico.<br />

22 Kizomba da Vila<br />

Em 1988, as escolas<br />

explodiam em luxo.<br />

Martinho da Vila teria<br />

viaja<strong>do</strong> para Angola e<br />

presencia<strong>do</strong> uma grande<br />

festa que clamava o fim<br />

de uma luta de segregação<br />

racial, denominada<br />

Apartheid. Martinho<br />

trouxe a idéia que foi<br />

desenvolvida pela Vila<br />

Isabel. No ano em que as<br />

escolas <strong>com</strong>emoraram o<br />

centenário da abolição,<br />

entre escolas exuberantes<br />

em luxo, surge uma escola<br />

totalmente construída na<br />

palha, impressionan<strong>do</strong><br />

tanto que acabou levan<strong>do</strong><br />

o campeonato.<br />

235<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Complemento<br />

Lateral da Ala<br />

21<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Escola 2009<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

* Estandartes<br />

Kizomba<br />

* A Imperatriz da<br />

Passarela<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Da mesma maneira <strong>com</strong>o foi<br />

apresenta<strong>do</strong> no desfile da Vila<br />

Isabel, esses seis estandartes<br />

que apresentamos ilustram a<br />

figura de alguns lideres cujo<br />

nome está marca<strong>do</strong> na luta<br />

contra o preconceito racial e a<br />

consagração <strong>do</strong> negro no<br />

âmbito artístico. São eles:<br />

Martin Luther King, Barack<br />

Obama, Nelson Mandela,<br />

Clementina de Jesus, Grande<br />

Othelo e Anastácia.<br />

Um momento inesquecível<br />

que aconteceu nesses 25 anos<br />

de sambódromo foi a grande<br />

mudança ocorrida nas<br />

<strong>com</strong>issões de frente. Isso se<br />

deu graças à criatividade da<br />

carnavalesca Rosa Magalhães<br />

que, colocan<strong>do</strong> elementos de<br />

evolução e maquian<strong>do</strong> seus<br />

integrantes no intuito de dar a<br />

eles uma unidade, modificou a<br />

estética de apresentação das<br />

<strong>com</strong>issões de frente, deixan<strong>do</strong><br />

marcada na história visual <strong>do</strong>s<br />

desfiles das agremiações<br />

cariocas as antológicas<br />

<strong>com</strong>issões <strong>do</strong>s carnavais de<br />

1994, “Catarina de Médicis na<br />

corte <strong>do</strong>s Tupinambôs e<br />

Tabajarés” – 1995, “Mais vale<br />

um jegue que me carregue,<br />

que um camelo que me<br />

derrube... lá no Ceará” –<br />

1997, “Eu sou da lira não<br />

posso negar”.<br />

236<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Comunidade Escola 2009<br />

Grupo Show Escola 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

23 Navegan<strong>do</strong> <strong>com</strong> o<br />

Salgueiro<br />

24 O Corpo em<br />

Movimento de<br />

Paulo Barros<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ala apresentada faz<br />

referencia, através da<br />

reprodução de elementos<br />

conti<strong>do</strong>s no desfile <strong>do</strong><br />

Salgueiro que em 1993<br />

apresentou um enre<strong>do</strong><br />

calca<strong>do</strong> na história de um<br />

navio chama<strong>do</strong> ITA que<br />

partia de Belém <strong>do</strong> Pará<br />

passan<strong>do</strong> pelo nordeste e<br />

transportan<strong>do</strong> os<br />

nordestinos para o Rio de<br />

Janeiro <strong>com</strong> simplicidade<br />

e contan<strong>do</strong> <strong>com</strong> um refrão<br />

de grande força que dá o<br />

titulo ao Salgueiro.<br />

No ano de 2006, o<br />

Sambódromo presenciou a<br />

leitura <strong>do</strong> DNA feita pelo<br />

carnavalesco Paulo Barros<br />

na Uni<strong>do</strong>s da Tijuca <strong>com</strong><br />

parceira da dupla de<br />

coreógrafos Marcelo<br />

Sandryni e Roberta<br />

Nogueira.<br />

Uma nova leitura é<br />

apresentada pelo<br />

coreógrafo Fábio Costa<br />

numa homenagem ao<br />

momento inesquecível na<br />

avenida.<br />

237<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Ala Paulo 10 Paulo 10 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

25 Silas de Oliveira –<br />

Aquarela<br />

Brasileira<br />

26 Eu Sou o Samba –<br />

a Voz <strong>do</strong> Morro<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ala apresentada<br />

homenageia o sambista<br />

Silas de Oliveira ao<br />

reproduzir a idéia patriótica<br />

de enaltecer as belezas<br />

nacionais contida em seu<br />

mais popular samba<br />

enre<strong>do</strong>: a antológica obra<br />

“Aquarela Brasileira”.<br />

A ala faz uma homenagem<br />

ao ritmo e as vozes que<br />

embalam muitas gerações<br />

de sambistas.<br />

* Raízes <strong>do</strong> Samba Um grupo <strong>com</strong>posto por 20<br />

<strong>com</strong>ponentes ladeia a ala<br />

acima citada apresentan<strong>do</strong><br />

as imagens de sambistas<br />

consagra<strong>do</strong>s.<br />

27 Sou Sambista<br />

Nº. 1<br />

Sou sambista e não sou<br />

sambeiro... Sou folião,<br />

carioca, guerreiro e faceiro.<br />

Camisa listrada, chapéu<br />

panamá, sorriso no rosto,<br />

brilho no olhar. A ala faz<br />

uma homenagem ao<br />

sambista basean<strong>do</strong>-se na<br />

figura <strong>do</strong> malandro<br />

enquanto símbolo da<br />

cultura carioca e pela<br />

valorização de seus<br />

elementos característicos.<br />

238<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala Amor a<br />

Arte<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Ximenes 1989<br />

Comunidade Escola 1989<br />

Composição<br />

Complementar<br />

Lateral da Ala<br />

26<br />

Escola<br />

2009<br />

Comercial Escola 1989


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

28 Compositores<br />

29 Velha-Guarda<br />

30 Ziriguidum 2001<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

... “Eu sou o samba, a voz<br />

<strong>do</strong> morro sou eu mesmo,<br />

sim senhor. Quero mostrar<br />

ao mun<strong>do</strong> que tenho valor.<br />

Eu sou o rei <strong>do</strong>s<br />

terreiros”...<br />

A ala <strong>com</strong>posta pelos<br />

<strong>com</strong>positores da Grande<br />

Rio fazem uma autohomenagem,<br />

além de<br />

homenagear a to<strong>do</strong>s os<br />

<strong>com</strong>positores de sambaenre<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e <strong>do</strong><br />

presente.<br />

... “Já foi passista, dançou<br />

em ala. Dizem que foi um<br />

grande amor de um mestresala”...<br />

A velha guarda esta<br />

localizada nesse setor, para<br />

receber a homenagem em<br />

função de seus serviços<br />

presta<strong>do</strong>s a manutenção da<br />

historia da tradição <strong>do</strong><br />

samba.<br />

A ala relembra nessa<br />

fantasia esse momento<br />

futurista <strong>do</strong> carnavalesco<br />

Fernan<strong>do</strong> Pinto. O<br />

elemento <strong>do</strong> saiote em<br />

forma de disco voa<strong>do</strong>r<br />

relembra peças soltas no<br />

mesmo formato colocadas<br />

no desfile na época.<br />

239<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Compositores Licinho Je 1989<br />

Velha-Guarda Dailton 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Cahê Rodrigues<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

31 Malandro<br />

Espacial<br />

32 Baila<strong>do</strong> nas<br />

Estrelas<br />

33 Arlequinan<strong>do</strong> a<br />

Avenida<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

E, se o carnaval voa rumo<br />

ao espaço, <strong>com</strong> ele vai seu<br />

principal cicerone na<br />

figura <strong>do</strong> malandro<br />

espacial. Com toda a<br />

modernidade que o poderá<br />

cercar, sua marca de<br />

camisa listrada e chapéu<br />

permanecerão até mesmo<br />

na lua.<br />

Da mesma maneira que o<br />

carnaval é eterno, muito<br />

mais que eternas são as<br />

bandeiras das<br />

agremiações. Com isso,<br />

eternizam-se também a<br />

figura <strong>do</strong> casal de mestresala<br />

e porta-bandeira que<br />

rumam <strong>com</strong> o carnaval em<br />

direção ao espaço sideral.<br />

E nesse sonho futurista <strong>do</strong><br />

carnaval habitará um<br />

arlequim <strong>com</strong> seu amor<br />

libertino e que<br />

constantemente se<br />

posicionará entre a<br />

Colombina e o Pierrot.<br />

240<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Ala Nobre Sônia 1989<br />

Projeto<br />

Mestre-Sala e<br />

Porta-Bandeira<br />

Mirim<br />

Catarina 1989<br />

Comunidade Escola 1989


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Rivadávia Correa, 60 – Barracão 04 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade <strong>do</strong> Samba<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Paulo Macha<strong>do</strong><br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Equipe Costura Chapelaria Rio Branco<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Equipe Aderecistas Sr. José<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

241<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

Ateliê Fantasias:<br />

Fernan<strong>do</strong> Magalhães, Sandrinho, Wal, Cafu, Ricar<strong>do</strong> Mesquita, Rogério, Mauro, Sr. Augusto,<br />

Teresinha, Catarina<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Grande Rio concentra 70% da escala de produção no seu barracão diminuin<strong>do</strong> assim: o custo<br />

de mão-de-obra, desperdício de material, para garantir a qualidade no resulta<strong>do</strong> final.<br />

Destaques de Chão:<br />

PRIMEIRO DESTAQUE DE CHÃO – MUSA INSPIRADORA – Suzana Vieira<br />

Ela é a musa inspira<strong>do</strong>ra. A que nos impulsiona e nos dá garra. Seu valor não é propriamente o <strong>do</strong><br />

estético ou o <strong>do</strong> moderno e sim o da garra, da tradição e da historia da agremiação.<br />

SEGUNDO DESTAQUE DE CHÃO – O ANIMADOR DA TORCIDA – David Brasil<br />

Ele homenageia aquele que na multidão torna-se líder conseguin<strong>do</strong> desencadear grandes evoluções,<br />

o aplauso ritma<strong>do</strong>, a “OLA”, entre tantos.<br />

TERCEIRO DESTAQUE DE CHÃO– APOTEOSE DE OURO – Ana Hickmann<br />

Ana Hickmann representa <strong>com</strong> sua fantasia “Apoteose de Ouro”, a importância de vitória para o<br />

sambista.<br />

QUARTO DESTAQUE DE CHÃO – ASAS DA IMAGINAÇÃO – Mirela Santos e Latino<br />

A mente <strong>do</strong> carnavalesco está em constante vôo, sua imaginação é livre, solta e não tem limites.<br />

QUINTO DESTAQUE DE CHÃO – MILTON CUNHA<br />

O próprio vem receber a homenagem diante da ala que traduz sua irreverência.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

242<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

SEXTO DESTAQUE DE CHÃO – TRIBUTO A JESUS HENRIQUE – Zé Reinal<strong>do</strong><br />

Um <strong>do</strong>s personagens que dá titulo ao enre<strong>do</strong> de Joãozinho Trinta, o já cita<strong>do</strong> “ratos e urubus”, ganha<br />

visão performática nas mãos <strong>do</strong> coreógrafo Zé Reinal<strong>do</strong> que homenageia os destaques <strong>do</strong> carnaval<br />

carioca na figura de Jesus Henrique, ao vestir a fantasia que o mesmo incorporou no desfile de 1989.<br />

SETIMO DESTAQUE DE CHÃO – DO LIXO AO LUXO – Ana Paula Mizhay<br />

João Jorge Trinta, popularmente conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o Joãozinho Trinta é <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de tamanha genialidade<br />

incapaz de se prender a um estilo. Pelo contrário, toda vez que tentaram classificar seus trabalhos ele<br />

mesmo os contestou. Certa vez ele colocou que quem gostava de pobreza era intelectual e que o<br />

povo gostava de luxo mudan<strong>do</strong> totalmente a estética <strong>do</strong> carnaval da época. Mais tarde em resposta<br />

as cobranças de estilo ele responde <strong>com</strong> “ratos e urubus, larguem minha fantasia”. Essa transição <strong>do</strong><br />

lixo ao luxo é a própria representação da fantasia de Ana Paula Mizhay.<br />

OITAVO DESTAQUE DE CHÃO – LIMPANDO GERAL – Tatiana Feiticeira<br />

Esse varrer de vassouras, representa<strong>do</strong>s no abrir e fechar de cortina para o novo espetáculo a ser<br />

apresenta<strong>do</strong>, também está na mente <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r que repousa de um show para outro.<br />

NONO DESTAQUE DE CHÃO – MODELANDO A FOLIA – Fernanda Lima<br />

A fantasia usada por Fernanda Lima representa to<strong>do</strong> o projeto executa<strong>do</strong> na construção das<br />

fantasias, sejam elas a de um simples operário de avenida à mais luxuosa e detalhada fantasia de<br />

destaque.<br />

DÉCIMO DESTAQUE DE CHÃO – A GRANDE IRREVERENCIA MUTANTE – Isabelita <strong>do</strong>s<br />

Patins<br />

Para representar a grande irreverência que Fernan<strong>do</strong> Pinto causou <strong>com</strong> Tupinicópolis colocan<strong>do</strong><br />

índios <strong>com</strong> patins a Grande Rio convi<strong>do</strong>u para seu desfile para interagir <strong>com</strong> o terceiro casal e<br />

apresentar essa transformação que se propunha o enre<strong>do</strong>, o ex-integrante <strong>do</strong> espetáculo Holiday On<br />

Ice e Drag Queen argentino-brasileiro, Jorge Osmar Iglesias conheci<strong>do</strong> popularmente <strong>com</strong>o Isabelita<br />

<strong>do</strong>s Patins.<br />

DÉCIMO PRIMEIRO DESTAQUE DE CHÃO – LIBERDADE, LIBERDADE! ABRE AS ASAS<br />

SOBRE NÓS – Bruna Petronave<br />

A fantasia de Bruna Petronave representa o enre<strong>do</strong> campeão da Imperatriz Leopoldinense no ano de<br />

1989, ano esse, que celebrava o centenário da Proclamação da República.<br />

DECIMO SEGUNDO DESTAQUE DE CHÃO – DNA DA FOLIA – Regina Velaskes<br />

O samba tem seu DNA... ele não precisa ser visto através de um microscópio. Um sambista mostra<br />

seu DNA através de seu amor e paixão pelo carnaval e é no pé e no sorriso que mostra sua<br />

descendência.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

243<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

DÉCIMO TERCEIRO DESTAQUE DE CHÃO – O GÊLO – Carla Prata<br />

No ano de 1992, a Vira<strong>do</strong>uro em seu segun<strong>do</strong> ano no Grupo Especial num enre<strong>do</strong> sobre os ciganos<br />

intitula<strong>do</strong> “E A MAGIA DA SORTE CHEGOU” desenvolvi<strong>do</strong> pelos carnavalescos Max Lopes e<br />

Mauro Quintaes, contagiou o Sambódromo. Um <strong>do</strong>s mais belos momentos se reportava aos ciganos<br />

na Rússia sen<strong>do</strong> aqui representa<strong>do</strong> por Simone Soares <strong>com</strong> a fantasia “O Gelo”.<br />

DECIMO QUARTO DESTAQUE DE CHÃO – O FOGO – Iris Stefanelli<br />

Nesse desfile, a Vira<strong>do</strong>uro fazia um desfile perfeito. Era aplaudida e ovacionada <strong>com</strong>o uma escola<br />

campeã mesmo em desfile. Um incêndio provoca<strong>do</strong> por um curto no carro da Rússia acabou por<br />

modificar um resulta<strong>do</strong> que parecia já ter si<strong>do</strong> sacramenta<strong>do</strong>. O momento é relembra<strong>do</strong> por Íris<br />

Stefanelli <strong>com</strong> a fantasia “O Fogo”.<br />

DÉCIMO QUINTO DESTAQUE DE CHÃO – SAMBISTA DE PRIMEIRA – Roberta Campos<br />

A fantasia Sambista de Primeira representa a beleza e a graça da mulher brasileira que ama o<br />

carnaval.<br />

DECIMO SEXTO DESTAQUE DE CHÃO – MUSA DOS POETAS – Alicinha Cavalcanti<br />

Lenda ou verdade, há quem diga que to<strong>do</strong> <strong>com</strong>positor tem sua Musa inspira<strong>do</strong>ra. Muitas vezes essa<br />

musa pode ser uma figura humana outras vezes um pouco mais subjetivo. Na letra <strong>do</strong> samba da<br />

Grande Rio percebe-se que os autores dirigem-se à sua musa inspira<strong>do</strong>ra a quem chamam de Yayá<br />

aqui representada pela fantasia Musa <strong>do</strong>s Poetas.<br />

DÉCIMO SÉTIMO DESTAQUE DE CHÃO – O CANTO DO POVO – Antonia Fontenelle<br />

A fantasia de Antonia Fontenelle representa a resposta popular que uma <strong>com</strong>posição recebe na<br />

avenida. Já aconteceu muitas vezes o fato de que um samba que não agra<strong>do</strong>u no CD ou até mesmo<br />

na apuração <strong>do</strong>s concursos de escolhas de samba nas quadras das escolas, acontecer na avenida<br />

<strong>com</strong>o um grande sucesso na boca <strong>do</strong> povo<br />

DÉCIMO OITAVO DESTAQUE DE CHÃO – A ESTRELA DA FOLIA – Amanda Pinheiro<br />

Rumo ao futuro também estará a musa que inspira o sambista. Sua Yayá <strong>do</strong> futuro<br />

é resplandecente <strong>com</strong>o Dalva – a estrela que a<strong>com</strong>panha o sambista nas primeiras horas da noite e o<br />

a<strong>com</strong>panha até a madrugada.<br />

DÉCIMO NONO DESTAQUE DE CHÃO – COLOMBINA SIDERAL – Wanda Grandi Rezinsky<br />

A fantasia de Colombina Sideral usada por Wanda fecha a trilogia amorosa <strong>do</strong> arlequim, <strong>do</strong> pierrot e<br />

da colombina que, sem solução, se projetará rumo ao futuro.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

244<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> Barbeirinho, Mingau, G. Martins, Arlin<strong>do</strong> Cruz, Emerson Dias, Levi<br />

Dutra, Carlos Sena, Chico da Vila, Da Lua, Isaac, Rafael Ribeiro e Juares<br />

Pantoja<br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores Ulisses Guimarães Dias Junior<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so Compositor mais Jovem<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

100 (cem) Adão Conceição – 75 anos Rafael Ribeiro – 27 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Amor é hora, não demora<br />

A minha energia vai contagiar<br />

O Yayá é o samba que manda na minha cidade<br />

E no despertar de um folião<br />

Tem o esplen<strong>do</strong>r de um barracão<br />

Onde o sonho vira realidade<br />

Num simples toque das mãos<br />

Depois de um vendaval de alegria<br />

Minha fantasia pra lá de suada<br />

Lágrimas, sorrisos, fazem parte desse visual<br />

De um paraíso de beleza sem igual<br />

Meu coração vai a mil<br />

Quan<strong>do</strong> a sirene tocar<br />

A Passarela tremer o homem pode voar<br />

De ratos e urubus veio a transformação<br />

Quero mais que nota trinta pro talento <strong>do</strong> João<br />

No Ita Salgueiran<strong>do</strong> lá vou eu<br />

Ouvin<strong>do</strong> a sereia cantar<br />

Festa da raça, Kizomba a liberdade no ar<br />

Daqui pra lá, de lá pra cá de Braguinha<br />

Fez o mun<strong>do</strong> inteiro delirar<br />

No templo <strong>do</strong>s bambas, raízes <strong>do</strong> samba<br />

A arte se consoli<strong>do</strong>u, saudade<br />

Da linda voz que se calou, eu sou cantor!<br />

Eu sou cantor!<br />

No seu protesto, nunca foi um puxa<strong>do</strong>r...<br />

Será que no terceiro milênio haverá<br />

Festa cigana na Avenida<br />

O Amanhã <strong>com</strong>o será? DNA, princípio da vida<br />

E o sambista <strong>com</strong> sorriso divinal<br />

Na Apoteose <strong>do</strong> Planeta Carnaval<br />

Grande Rio eu sou guerreiro<br />

Sou brasileiro e faço meu ziriguidum<br />

Vibra arquibancada, explode!<br />

O camarote nº. 1<br />

BIS<br />

BIS


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

245<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Mestre Ciça<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Dugás, Tuca, Peixe, Romil<strong>do</strong>, Marquinho, Serginho, Ulisses, Daniel e Wagninho<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

300 (trezentos) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

11 11 16 0 0<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

120 0 44 0 20<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

0 24 24 0 30<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Bateria<br />

NUM SIMPLES TOQUE DAS MÃOS os garis, ao intervalo de cada escola preparam a pista da<br />

Passarela <strong>do</strong> Samba para a passagem <strong>do</strong>s desfilantes.<br />

Na Grande Rio, estes serão os nossos 300 ritmistas, “OPÉRARIOS DA FOLIA”, que sob o<br />

<strong>com</strong>an<strong>do</strong> <strong>do</strong> “GUERREIRO”, Mestre CIÇA, exemplo digno de nosso enre<strong>do</strong>, estarão sustentan<strong>do</strong><br />

a cadencia em manutenção regular, numa perfeita conjugação de sons. O TEMPLO DOS<br />

BAMBAS, será o palco onde a criatividade e a versatilidade de nossa bateria será mostrada. Ao<br />

<strong>com</strong>an<strong>do</strong> <strong>do</strong> “Guerreiro”, nossos ritmistas RAIZES DO SAMBA, se esmeraram em ensaios quase<br />

que permanentes, onde a busca pela perfeição foi o objetivo principal, o que permite ao grupo<br />

pretender alcançar muitos mais que a nota “30”, referência ao talento <strong>do</strong> João, alcançar a nota<br />

1.000!


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

246<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

Dudu Azeve<strong>do</strong><br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

Russo, Leo, Carlinhos Professor, Rodrigo, Germano, Paulinho Bombeiro, Vilma, Lucimar, Carlos<br />

Gomes, Jorginho, Robson, Borret, Alexandre C.B. Paraíba, Antonio, José Luiz, Paulinho Santos,<br />

Leotomóvel, Cláudio, Jerônimo, Amaury, Rosangela, Chico, Alexandre, Djalminha, Jorge Ramos,<br />

Hélio, Leitão, Ailton, Jairi, Luiz, Rogério, Joel, Wilson, Zeca, Batata, Marcos DJ, Fazio, Pedro<br />

Paulo, Vareta, Limão, Simone, Cristiane, Rufino, Procópio, Pastinha, Caca, Vitor, Mauro Tito,<br />

Jamanta, Guilhermo e Beto<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

49 (quarenta e nove) <strong>com</strong>ponentes<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Wantuir (intérprete oficial), Emerson Dias, Hamilton Camaleão, Flavio Martins, Zé Paulo,<br />

Braguinha, Ricardinho, Lissandra Oliveira, Rosilene e Pamela<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavaco – Mingau, Dedé e Vicente<br />

Violão – Rafael<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

AMOR É HORA, NÃO DEMORA, A MINHA ENERGIA VAI CONTAGIAR. Esta frase<br />

define o que será o quesito HARMONIA no desfile da Grande Rio. E para chegarmos a esta<br />

definição, sob o <strong>com</strong>an<strong>do</strong> de DUDU AZEVEDO, to<strong>do</strong> departamento de harmonia, em Julho de<br />

2009, deu inicio “aos trabalhos” para traçar metas e objetivos que permitissem o perfeito<br />

entrosamento <strong>do</strong> ritmo e o canto da Escola. A partir de Agosto <strong>com</strong>eçaram as reuniões <strong>com</strong> os<br />

<strong>com</strong>ponentes e os ensaios de canto e técnicos, shows e eventos que permitiram que em Outubro se<br />

confirmasse a frase, de pura poesia que consta no nosso samba-enre<strong>do</strong>: AMOR É HORA!...<br />

È certo que a importância <strong>do</strong> quesito se dá, principalmente, pelo grau de dificuldade de que<br />

qualquer Escola possa reunir a totalidade de seus <strong>com</strong>ponentes para ensaiá-los no mesmo dia. Tal<br />

<strong>com</strong>plexidade é que levou a Direção da Grande Rio a não medir esforços e se esmerar na quantidade<br />

de ensaios que nos permitisse acreditar que podemos alcançar o aperfeiçoamento necessário ao que<br />

o quesito exige.<br />

O amor pela causa ficou demonstra<strong>do</strong> pelos <strong>com</strong>ponentes da Escola e será mostra<strong>do</strong> num desfile<br />

harmonioso e <strong>com</strong> muita energia, que contagiará to<strong>do</strong> o publico. Acreditar na nota máxima, é muito<br />

mais que um sonho, é prenuncio de realidade, pois de verdade, AMOR, É HORA!!!...


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

247<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Evolução<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

Milton Perácio<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

Tavinho, Banana, Walmir, W. Barbosa, Doutor, L. Negão, C. Fiscal. Pintinho, Tuil, Jorge Pezão,<br />

Serginho, Ednei, Neia, Arruda, P.Naval, Clayton, Marinal<strong>do</strong>, Laury Villar, Laurency, Sérgio,<br />

Helenice, Sergio Reis, Xaropinho, Irener, Heloisa, Irene, Heloisa, Ana Nilza, Geronimo, Dionei,<br />

Claudinho, Chicão, Maria Solange, Iracema, Titoneli, Edma, Enila, Luiz <strong>do</strong>s Santos Café,<br />

Rosangela, Maria Aparecida, Conceição, Paula, Rosenilton, P. Roberto, Denaide, Maria Helena,<br />

Tunico, Joana D‟arc, Karla Maria, Jairo, Edson, Evelen, Walter 59, Andréia, Miltinho, Naeli, Davi,<br />

Paulo, Apocalipse, Beto da Vi, Cristina da Vi, Dimas, Pablito, Fife, Jacy, Anderson, Vandete,<br />

Edméia, Anselmo, Cafu, Ailton Fiscal, Jacaré, Gil Negão, Luiz Macha<strong>do</strong> e Carlão<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

85 (oitenta e cinco) <strong>com</strong>ponentes<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Marisa, Daniele, Rose Claudia, Tati, Feiticeira, Santinha, Gilcimara e Maria de Fátima<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

Avelino, Ivo, Ligeirinho, André e Thiago<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Evolução da Escola será marcante e estará claramente estampada no rosto <strong>do</strong>s SAMBISTAS<br />

da Grande Rio <strong>com</strong> UM SORRISO DIVINAL. Quan<strong>do</strong> nossos <strong>com</strong>ponentes pisarem na<br />

APOTEOSE DO PLANETA CARNAVAL, veremos um desfile <strong>com</strong> evolução espontânea, coesa<br />

e alegre, que contribuirá para que o conjunto da obra seja perfeito, numa integração que nos leve a<br />

UM PARAISO DE BELEZA SEM IGUAL.<br />

O quesito defini<strong>do</strong> nos movimentos elegantes e simultâneos da dança foi alvo de muita atenção<br />

da Direção da Escola, através de trabalhos realiza<strong>do</strong>s <strong>com</strong> to<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes. Das alas,<br />

passistas, destaques de chão, enfim, to<strong>do</strong>s os segmentos, exigiu-se criatividade nos movimentos<br />

contínuos, cadencia, regularidade, e progressão, elementos básicos que dão unidade ao longo <strong>do</strong><br />

desfile.<br />

Nos ensaios, a Escola reuniu o maior número de pessoas, cuja assiduidade reflete o bom trabalho<br />

realiza<strong>do</strong>, que será expresso, na Passarela <strong>do</strong> Samba, através da alegria e a integração <strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>ponentes, que evoluirão cumprin<strong>do</strong> as normas definidas no quesito.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

248<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Vice-Presidente de Carnaval<br />

Milton Perácio<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Milton Perácio<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

Cafu, Sergio, Horacio, Chicão, Gil, Walmir, Paulo Banana e Walter 59.<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

Catarina Valle <strong>do</strong>s Santos<br />

Total de Componentes da<br />

Ala das Crianças<br />

Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

32<br />

16<br />

16<br />

(trinta e duas)<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

Marilene <strong>do</strong>s Anjos<br />

(dezesseis)<br />

(dezesseis)<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

110<br />

Izaura<br />

Estefani<br />

(cento e dez)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Dailton<br />

75 anos<br />

18 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

100<br />

(cem)<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Maria Helena, Vilma Nascimento, Max Lopes, Milton Cunha, Joãozinho Trinta, Suzana Vieira, Ana<br />

Hickmann, Latino, Mirela, Beth Andrade, Machine, Renato Sorisso, Serginho <strong>do</strong> Pandeiro, Beth Lago,<br />

Isabelita <strong>do</strong>s Patins, Carlinhos (Mendigo <strong>do</strong> Pânico), Fernanda Lima, Suzana Werner, Cris Viana,<br />

Aparecida Petrovics, Paola Oliveira, Antonia Fontenelle, Zeca Pagodinho, Hiram Araújo, Carlos Lemos<br />

e Iris Stefanelli<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

As frases textualizadas no refrão <strong>do</strong> samba enre<strong>do</strong> refletem bem o que se verá na Passarela <strong>do</strong> Samba durante<br />

o desfile da Grande Rio. Serão <strong>com</strong>ponentes <strong>com</strong> muito ZIRIGUIDUM e lindas fantasias, integran<strong>do</strong> um<br />

conjunto alegórico de fácil descrição e que farão vibrar as arquibancadas, camarotes e to<strong>do</strong>s aqueles que<br />

estarão assistin<strong>do</strong> ao desfile.<br />

A visão <strong>do</strong> to<strong>do</strong> se dará através <strong>do</strong> quesito conjunto, <strong>com</strong> beleza, sequência e coesão. Estes elementos foram<br />

“cobra<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os setores da Escola” para que se alcance o melhor desempenho. A importância <strong>do</strong><br />

quesito exigiu assiduidade aos ensaios, de to<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes e da Direção da Escola, o que nos dá a<br />

certeza de uma grande performance, <strong>com</strong> um conjunto de belo visual e técnica.


Responsável pela Comissão de Frente<br />

Renato Vieira<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Renato Vieira<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

249<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

01<br />

(uma)<br />

14<br />

(quatorze)<br />

ELEMENTO ALEGORICO DA COMISSÃO DE FRENTE E A COMISSÃO DE FRENTE.<br />

Quan<strong>do</strong> se fala em carnaval e samba, nossas mentes encaminham-se para a visão da dança da mulata<br />

faceira coberta de sedução e malineza menean<strong>do</strong>-se ao som <strong>do</strong> pandeiro que recebe to<strong>do</strong> o tipo de<br />

movimento <strong>do</strong> passista que se envolve no tempero da mulata a quem trata <strong>com</strong> to<strong>do</strong> o carinho digno<br />

de um mestre de cerimônias. A esse passista atribui-se a imagem <strong>do</strong> bom malandro, o da boemia,<br />

das casas de bamba e de capoeira. O pandeiro é o palco e a mulata é a musa , a Iaiá a qual a letra <strong>do</strong><br />

samba se refere,<br />

Histórico <strong>do</strong> Coreógrafo: Renato Vieira <strong>com</strong>emora seu nono carnaval <strong>com</strong>o coreógrafo da <strong>com</strong>issão<br />

de frente <strong>do</strong> G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio. O coreógrafo se distingue pela multiplicidade de<br />

sua atuação: além da sua <strong>com</strong>panhia Renato é diretor artístico da Companhia de Dança de São José<br />

<strong>do</strong>s Campos. Já criou obras para a <strong>com</strong>panhia de balé da cidade de Niterói, para o Teatro Guaira,<br />

para o Theatro Municipal <strong>do</strong> Rio de Janeiro, entre outros, e está entre os pioneiros na direção de<br />

movimento para o teatro, cinema e televisão. Ele traz no currículo coreografias em musicais de<br />

sucesso <strong>com</strong>o Beatles – num céu <strong>com</strong> diamantes, Sassarican<strong>do</strong>, Cole Porter – Ele nunca disse que<br />

me amava, Company, South American Way, Cristal Bacharah, La<strong>do</strong> a La<strong>do</strong> <strong>com</strong> Sondheim, de<br />

diretores <strong>com</strong>o Miguel Falabella, Claudio Botelho, Charles Möeller, Cacá Mourthé, Bernar<strong>do</strong><br />

Jablonsky. Pelo conjunto de sua obra, Renato foi premia<strong>do</strong> e ganhou da Icatu Holding, uma<br />

residência artística de seis meses em Paris. Sua formação múltipla o leva a desenvolver uma síntese<br />

entre os diversos vocabulários, e a construir em seus espetáculos um ambiente entre o erudito e o<br />

popular que culminam em uma cena contemporânea.


Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

250<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

1º Mestre-Sala Idade<br />

Sidclei Santos 33 anos<br />

1ª Porta-Bandeira Idade<br />

Squel Jorgea 27 anos<br />

2º Mestre-Sala Idade<br />

Jorge Luis Valle <strong>do</strong>s Santos 32 anos<br />

2ª Porta-Bandeira Idade<br />

Renata Silva de Carvalho 29 anos<br />

3º Mestre-Sala Idade<br />

Luis Felipe da Rosa 18 anos<br />

3ª Porta-Bandeira Idade<br />

Jéssica Barreto da Silva 20 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Defesa Fantasia 1º. Casal:<br />

Ela é tradicionalmente, e de direito, a primeira dama da escola pois a ela é conferida a honra de<br />

portar o pavilhão oficial da Agremiação.Em seu baila<strong>do</strong> gracioso e elegante, expressa no sorriso, o<br />

prazer de ocupar aquela função. Ele, o mestre de cerimônia, cumpre o dever de proteger o pavilhão.<br />

Em seu baila<strong>do</strong> em torno da porta-bandeira ele a protege e apresenta a to<strong>do</strong>s o pavilhão aberto para<br />

que to<strong>do</strong>s lhes rendam as devidas homenagens. Ambas as fantasias trazem <strong>com</strong>o elemento principal,<br />

o desenrolar de uma serpentina multicolorida ricamente trabalhada em pedras que marca o inicio <strong>do</strong><br />

desfile numa grande explosão de alegria que contagia o sambódromo carioca através <strong>do</strong>s fogos de<br />

artifício ludicamente representa<strong>do</strong>s por plumas brancas terminadas por pontas coloridas.<br />

MEU CORAÇÃO VAI A MIL, QUANDO A SIRENTE TOCAR ....!!!!<br />

Sim, os corações irão a mil, quan<strong>do</strong> SIDCLEY e SQUEL, adentrarem a pista da Passarela,<br />

ricamente vesti<strong>do</strong>s respectivamente <strong>com</strong> a fantasia – EXPLOSÃO DE ALEGRIA.<br />

Entrosamento perfeito, baila<strong>do</strong> suave e elegantes gestos, é fruto de ensaios constantes, <strong>do</strong>utrina e<br />

dedicação de 10 anos. Tu<strong>do</strong> isto faz <strong>com</strong> que o casal tenha o equilíbrio e a experiência necessária<br />

que só os consagra<strong>do</strong>s casais podem alcançar. SIDCLEY e SQUEL entendem que o que diferencia a<br />

atuação de cada casal na Passarela <strong>do</strong> Samba é a perfeita e variada coreografia, definida na execução<br />

<strong>do</strong>s passos que determinam a importância de cada especialista e isto o casal reflete na sua dança.<br />

O carisma, a postura e os passos mágicos de SIDCLEY e SQUEL, refletem o trabalho incansável<br />

em ensaios na quadra, academia e também na Passarela <strong>do</strong> Samba. Por tu<strong>do</strong> isso, tenham certeza:<br />

OS CORAÇÕES IRÃO A MIL..!!!


Outras informações julgadas necessárias<br />

SEGUNDO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA BANDEIRA<br />

A ALEGRIA COLORIDA DE MARIA AUGUSTA<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Grande Rio – Carnaval/2010<br />

251<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Coberta de uma genialidade de cores harmoniosamente <strong>com</strong>pleta, Maria Augusta criou uma escola<br />

cuja alegria das cores tem marcas joviais, soltas e livres. Essa liberdade de contagiar e emocionar<br />

através da alegria das cores puderam ser vistas em carnavais marcantes <strong>com</strong>o “Domingo” e “Uni,<br />

Duni, Te” representada aqui pelo segun<strong>do</strong> casal de Mestre-Sala e Porta- Bandeira.<br />

TERCEIRO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – TUPINICÓPOLIS<br />

O enre<strong>do</strong> de Tupinicópolis desenvolvi<strong>do</strong> por Fernan<strong>do</strong> Pinto na Mocidade Independente de Padre<br />

Miguel no ano de 1987 apresenta uma metrópole indígena sob a modernidade da civilização branca.<br />

Essa mistura de progresso <strong>com</strong> os costumes indígenas nos confere um irreverente quadro de índios<br />

de óculos <strong>com</strong> modelo de modernidade da época. Apesar de ser considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s enre<strong>do</strong>s mais<br />

lin<strong>do</strong>s já apresenta<strong>do</strong>s no sambódromo, Tupinicópolis conquistou apenas um segun<strong>do</strong> lugar,<br />

merecen<strong>do</strong> porem, uma releitura apresentada através de elementos originais <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> na fantasia<br />

que <strong>com</strong>põe o terceiro casal da escola.


G.R.E.S.<br />

UNIDOS DE<br />

VILA ISABEL<br />

PRESIDENTE<br />

WILSON VIEIRA ALVES<br />

253


“Noël:<br />

A Presença <strong>do</strong> Poeta da Vila”<br />

Carnavalesco<br />

ALEX DE SOUZA


255


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Noël: A Presença <strong>do</strong> “Poeta da Vila”<br />

Carnavalesco<br />

Alex de Souza<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex Varela, Alex de Souza e Martinho da Vila<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex Varela<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Alex Varela e Alex de Souza<br />

01 Noël Rosa: uma<br />

Biografia<br />

02 No Tempo de Ari<br />

Barroso<br />

03 No Tempo de<br />

Almirante. Uma<br />

História <strong>do</strong> Rádio e<br />

da MPB<br />

04 As Escolas de<br />

Samba <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro<br />

Livro Autor Editora<br />

05 Estratégias de<br />

Sobrevivência: o<br />

Surgimento das<br />

Escolas de Samba<br />

no Brasil de Getúlio<br />

Vargas<br />

MÁXIMO, João;<br />

DIDIER, Carlos.<br />

256<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

UnB 1990 Todas<br />

CABRAL, Sérgio. Lumiar Editora S/d. Todas<br />

CABRAL, Sérgio. Lumiar Editora 2005 Todas<br />

CABRAL, Sérgio. Lumiar Editora 1996 Todas<br />

FERREIRA, Felipe.<br />

In: PONTES Jr.,<br />

Geral<strong>do</strong>;<br />

PEREIRA, Victor<br />

Hugo Adler. (Orgs.)<br />

O Velho, o Novo, o<br />

Reciclável Esta<strong>do</strong><br />

Novo.<br />

De Letras 2008 201 – 214


Enre<strong>do</strong><br />

Noël: A Presença <strong>do</strong> “Poeta da Vila”<br />

Carnavalesco<br />

Alex de Souza<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex Varela, Alex de Souza e Martinho da Vila<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Alex Varela<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Alex Varela e Alex de Souza<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Livro Autor Editora<br />

06 Lenço no Pescoço,<br />

Samba no bolso. In:<br />

Revista de História<br />

da Biblioteca<br />

Nacional<br />

07 Noel Rosa de<br />

Costas Para o Mar.<br />

In: A Construção<br />

<strong>do</strong> Samba<br />

VALENTE<br />

JUNIOR,<br />

Valdemar.<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

257<br />

SABIN<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Fevereiro<br />

de 2009<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

58 – 61<br />

CALDEIRA, Jorge. Mameluco 1997 109 – 180<br />

Gostaríamos de agradecer as sugestões <strong>do</strong>s jornalistas João Máximo e Sérgio Cabral para o<br />

processo de elaboração <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

1910. Ano marca<strong>do</strong> por grandes transformações, prenunciadas <strong>com</strong> a passagem<br />

<strong>do</strong> Cometa de Halley. Entre outros fatos: a Revolta da Chibata, liderada pelo<br />

“Almirante Negro”, João Cândi<strong>do</strong>, cujo motim ameaçou bombardear o Rio de<br />

Janeiro, e o nascimento de Noël de Medeiros Rosa, popularmente conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o<br />

Noël Rosa, em 11 de dezembro. A partir deste dia, a música popular brasileira nunca<br />

mais seria a mesma.<br />

O pai era um amante da cultura francesa. Pela proximidade <strong>com</strong> o perío<strong>do</strong> das<br />

festas natalinas deu ao filho o nome de Noël, termo que equivale a Natal entre os<br />

franceses. Também era tradição no bairro de Vila Isabel, no perío<strong>do</strong> natalino, passar o<br />

rancho, quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s iam ouvir o canto das “Pastorinhas”.<br />

Desde sua infância, Noël se revelava irreverente. Ele era da rua. Na escola,<br />

gostava das piadas proibidas e das brincadeiras obscenas. Começou estudan<strong>do</strong> numa<br />

escola pública, e depois se transferiu para o tradicional São Bento, onde imperavam<br />

os rigores educacionais.<br />

A rua e os seus tipos eram a sua grande paixão. “Poeta-cronista” da cidade;<br />

cidade que cabia em Vila Isabel. Bairro síntese <strong>do</strong>s personagens cariocas: os pequenos<br />

burgueses, o bicheiro, os malandros, o seresteiro, o sinuqueiro, o cartea<strong>do</strong>r, o<br />

mendigo, o vigarista, o proxeneta, o valentão, entre tantos outros.<br />

Noël preferia a luz das estrelas à luz solar. Ele a<strong>com</strong>panhava os cantores da<br />

madrugada <strong>com</strong> o seu inseparável violão. Ficou conheci<strong>do</strong> pelo bairro. No ano de<br />

1929, um grupo forma<strong>do</strong> por jovens de classe média <strong>do</strong> conjunto musical Flor <strong>do</strong><br />

Tempo o convi<strong>do</strong>u para formar um novo grupo: o Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Tangarás, grupo<br />

<strong>com</strong>posto por Almirante, Braguinha, Henrique Brito e Alvinho. O conjunto se<br />

dedicou à moda da época: a música nordestina; emboladas; sambas <strong>com</strong> tempero <strong>do</strong><br />

nordeste, embora seus trajes e sotaques mais pareciam de caipiras. A indústria e o<br />

<strong>com</strong>ércio fonográfico cresciam bastante no Rio de Janeiro, quan<strong>do</strong> foram convida<strong>do</strong>s<br />

para gravar pela Parlophon, subsidiária da Odeon.<br />

A inserção no Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Tangarás abriu o caminho para Noël iniciar sua<br />

carreira <strong>com</strong>o <strong>com</strong>positor popular. Ainda em 1929, ele escreveu a sua primeira<br />

<strong>com</strong>posição, uma embolada, intitulada “Minha Viola”.<br />

258


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Noël Rosa tinha grande admiração por Sinhô, freqüenta<strong>do</strong>r assíduo da Casa da<br />

Tia Ciata, localizada na Praça Onze, onde os batuques <strong>do</strong> samba, influencia<strong>do</strong> pelo<br />

maxixe, ecoavam livremente. O “Poeta da Vila”, contu<strong>do</strong>, se integrou a outro tipo de<br />

samba, que veio <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Estácio, onde vivia Ismael Silva, e se espalhou pelos<br />

morros da cidade <strong>com</strong>o Salgueiro, Mangueira, Favela, Saúde, Macacos. Noël subiu o<br />

morro e se integrou aos sambistas que lá viviam e <strong>com</strong>pôs <strong>com</strong> alguns deles, <strong>com</strong>o<br />

Cartola, <strong>do</strong> morro da Mangueira, e Canuto e Antenor Gargalhada, <strong>do</strong> Salgueiro. O<br />

“poeta” e Francisco Alves (que juntos fizeram parceria no grupo Ases <strong>do</strong> Samba)<br />

foram os maiores responsáveis pela consagração de diversos <strong>com</strong>positores negros de<br />

samba.<br />

O tipo de samba que veio <strong>do</strong> Estácio, mais marchea<strong>do</strong> e a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> por<br />

instrumentos de percussão, era aquele toca<strong>do</strong> nos blocos, <strong>com</strong>o o “Deixa Falar”, que<br />

deu origem à primeira “Escola de Samba”.<br />

Desde a a<strong>do</strong>lescência, Noël a<strong>do</strong>rava as serenatas e serestas. O local favorito das<br />

noitadas era o cruzamento <strong>do</strong> Ponto <strong>do</strong>s Cem Réis, em Vila Isabel, onde os bondes<br />

“mudavam de seção”, ponto de botequins e esquinas. Era ali que se reunia <strong>com</strong> os<br />

amigos e tomava a sua cerveja preferida, a Cascatinha. No Café Vila Isabel, ele<br />

<strong>com</strong>pôs a maior parte das suas <strong>com</strong>posições. De bar em bar, em “Conversa de<br />

Botequim”, e de amores em amores, <strong>com</strong>o o que sentia por Fina, para quem fez “Os<br />

Três Apitos”, teceu suas canções. Freqüentava também os prostìbulos <strong>do</strong> Mangue, e<br />

era fascina<strong>do</strong> pelos malandros, homens que exploravam as mulheres, minas ou<br />

mariposas, e viviam da jogatina. Na Lapa chegou a conhecer o famoso Madame Satã,<br />

<strong>com</strong>o também Ceci, a sua “Dama <strong>do</strong> Cabaré”.<br />

No carnaval de Vila Isabel havia <strong>do</strong>is blocos: o Cara de Vaca, organiza<strong>do</strong>, <strong>com</strong><br />

<strong>com</strong>ponentes seleciona<strong>do</strong>s e cerca<strong>do</strong>s por um cordão de isolamento, e o Faz<br />

Vergonha, <strong>com</strong>posto por populares e <strong>com</strong> sambas improvisa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> qual fazia parte<br />

Noël Rosa. As batalhas de confete no Boulevard eram o ponto alto <strong>do</strong> desfile de<br />

blocos.<br />

O ano de 1930 mu<strong>do</strong>u a história <strong>do</strong> Brasil e a vida de Noël Rosa. Na política<br />

nacional, Getúlio Vargas assumiu a presidência <strong>do</strong> país por meio da chamada<br />

Revolução de 30. Nosso “Poeta” gravou o seu primeiro samba de sucesso: “Com que<br />

Roupa?”, que fazia alusão, de forma humorada, a um Brasil de tanga, ilha<strong>do</strong> em<br />

pobreza, a fome e a miséria alastran<strong>do</strong>-se <strong>com</strong>o praga, conseqüência imediata da crise<br />

da bolsa de Nova York que abalou o mun<strong>do</strong> inteiro. O samba conquistou a cidade. A<br />

<strong>com</strong>posição de sucesso passou a integrar o programa de diversas peças <strong>do</strong> teatro de<br />

Revista, todas encenadas nos palcos da Praça Tiradentes, que vivia dias de fulgor e<br />

esplen<strong>do</strong>r. No mesmo ano, conseguiu ser aprova<strong>do</strong> no vestibular para a Faculdade de<br />

Medicina. Contu<strong>do</strong>, ficou insatisfeito <strong>com</strong> o curso e aban<strong>do</strong>nou-o. Ainda assim<br />

259


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

<strong>com</strong>pôs “Coração”, conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o “um samba anatômico”. O “novo regime” de<br />

Vargas e suas medidas governamentais também não passariam desapercebidas pelo<br />

<strong>com</strong>positor, ganhan<strong>do</strong> tons de críticas bem humoradas nas letras de alguns de seus<br />

sambas <strong>com</strong>o “O Pulo da Hora” ou “Que Horas São?” sobre a criação <strong>do</strong> horário de<br />

verão; “Psilone” <strong>com</strong>posto em função da nova reforma ortográfica; “Samba da Boa<br />

Vontade”, sobre o pedi<strong>do</strong> de Vargas aos brasileiros para manter o sorriso, mesmo<br />

num momento de crise; e, ainda “Tenentes...<strong>do</strong> Diabo”, samba jocoso quanto aos<br />

tenentes getulistas, rivais <strong>do</strong>s “Democratas”.<br />

No <strong>com</strong>eço de 1934 teve início a famosa polêmica envolven<strong>do</strong> os <strong>com</strong>positores<br />

Noël Rosa e Wilson Batista. Este último <strong>com</strong>pôs “Lenço no Pescoço”. Noël rebateu<br />

<strong>com</strong> “Rapaz Folga<strong>do</strong>”. Em resposta, Wilson <strong>com</strong>pôs “Mocinho da Vila”. Ainda no<br />

mesmo ano, no perío<strong>do</strong> da primavera, Noël <strong>com</strong>pôs “Feitiço da Vila”, uma<br />

homenagem para a rainha primaveril de Vila Isabel, Lela Casatle. Samba que colocou<br />

Noël em evidência, uma vez que o Brasil inteiro cantou a <strong>com</strong>posição. A polêmica<br />

deu uma trégua e reacendeu no ano seguinte. O sucesso <strong>do</strong> “Filósofo <strong>do</strong> Samba”<br />

in<strong>com</strong>o<strong>do</strong>u Wilson Batista, que gravou “Conversa Fiada”. Noël reagiu <strong>com</strong> “Palpite<br />

Infeliz”. Wilson respondeu <strong>com</strong> <strong>do</strong>is novos sambas: “Frankestein da Vila” e “Terra de<br />

Cego”.<br />

Os anos trinta foram a chamada Era <strong>do</strong> Rádio, consagrada <strong>com</strong> a criação da<br />

Rádio Nacional. Em pouco tempo, o país inteiro ouviria suas rádio-novelas, seus<br />

programas de auditório e veria surgir muitas estrelas da nossa música, as chamadas<br />

cantoras <strong>do</strong> rádio. Aracy de Almeida e Marília Baptista foram as maiores intérpretes<br />

das canções de Noël. Este também atuou no rádio. No Programa <strong>do</strong> Casé, de Adhemar<br />

Casé, na Rádio Philips, Noël cantava e trabalhava <strong>com</strong>o contra-regra. E, em 1935,<br />

Almirante conseguiu-lhe um emprego na Rádio Clube <strong>do</strong> Brasil, trabalhan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o<br />

libretista no programa “Como se as óperas célebres <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> houvessem nasci<strong>do</strong><br />

aqui no Rio”. Escreveu o libreto da ópera “O Barbeiro de Niterói”, uma paródia ao<br />

“Barbeiro de Sevilha”. Fez também as revistas radiofônicas “Ladrão de Galinhas” e a<br />

“Noiva <strong>do</strong> Condutor”. As <strong>com</strong>posições de Noël também foram utilizadas no cinema.<br />

Em Alô, Alô, Carnaval (1936), <strong>com</strong>pôs “Pierrot Apaixona<strong>do</strong>”, em parceria <strong>com</strong><br />

Heitor <strong>do</strong>s Prazeres. Para o filme Cidade Mulher (1936), ele <strong>com</strong>pôs seis músicas,<br />

dentre as quais “Tarzan, Filho <strong>do</strong> Alfaiate”, em parceria <strong>com</strong> Vadico.<br />

No ano de 1937, os céus <strong>do</strong> Brasil foram atravessa<strong>do</strong>s pelo <strong>com</strong>eta de Hermes.<br />

Os <strong>com</strong>etas inspiraram durante milénios profun<strong>do</strong>s temores na humanidade, que os<br />

consideravam sinais divinos de maus presságios. O me<strong>do</strong> persistia. Foi assim <strong>com</strong> o<br />

<strong>com</strong>eta de Halley naquele ano de 1910 e voltou a ser vinte sete anos depois. E, de<br />

fato, realmente foi. Na noite <strong>do</strong> dia 04 de maio, no mesmo chalé onde nasceu na rua<br />

Theo<strong>do</strong>ro da Silva, em Vila Isabel, faleceu Noël Rosa, a<strong>com</strong>eti<strong>do</strong> pelo “mal <strong>do</strong><br />

século”.<br />

260


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Da mesma forma que nasceu num ano turbulento, Noël disse “Adeus” num ano<br />

de grandes transformações, cumprin<strong>do</strong> assim um ciclo de mudanças. Ele mu<strong>do</strong>u a<br />

história da música popular brasileira. As serestas e serenatas aqui na Terra não seriam<br />

mais as mesmas sem a sua presença. Uma outra “Festa no Céu” faria ele entre anjos e<br />

arcanjos. Para sua felicidade, não viu a instalação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Novo, <strong>com</strong> seu caráter<br />

repressivo e censura<strong>do</strong>r, nem mesmo a chegada <strong>do</strong> “Tio Sam”. Não viu também a<br />

vida boêmia da Lapa ser susbtituída pelas boates chiques de Copacabana, onde Aracy<br />

de Almeida o imortalizou. Também não teve o prazer de ver a fundação <strong>do</strong> G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel, Agremiação carnavalesca <strong>do</strong> bairro que tanto cantou. No<br />

firmamento <strong>do</strong> samba, assim <strong>com</strong>o a estrela Dalva, a estrela de Noël, finalmente, no<br />

céu despontou e jamais se apagou. Foi o seu “Último Desejo”. Por isso, cantamos:<br />

“Quem nasce lá na Vila, nem sequer vacila, ao abraçar o samba”. Saudades de ti,<br />

Noël!!!<br />

Autores <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong>:<br />

Alex de Souza, Alex Varela (historia<strong>do</strong>r) e Martinho da Vila.<br />

261


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

262<br />

Pelo Historia<strong>do</strong>r Alex Varela<br />

O G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel tem <strong>com</strong>o tema <strong>do</strong> seu enre<strong>do</strong>, para o<br />

Carnaval 2010, o centenário de nascimento <strong>do</strong> músico e <strong>com</strong>positor Noël de Medeiros<br />

Rosa (1910-1937), popularmente conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o Noël Rosa.<br />

Noël Rosa já foi cita<strong>do</strong> e menciona<strong>do</strong> em diversos enre<strong>do</strong>s e sambas de enre<strong>do</strong>.<br />

Contu<strong>do</strong>, um enre<strong>do</strong> biográfico sobre o personagem ainda não foi desenvolvi<strong>do</strong>.<br />

Portanto, a missão de homenageá-lo na Marquês de Sapucaí caberá à Agremiação <strong>do</strong><br />

bairro de Vila Isabel, local onde o poeta nasceu, viveu e tanto cantou em seus versos.<br />

O primeiro setor intitula<strong>do</strong> O Nascimento de Noël mostrará os principais<br />

acontecimentos <strong>do</strong> ano de 1910, quan<strong>do</strong> o personagem veio ao mun<strong>do</strong>: <strong>com</strong>eta de<br />

Halley; eleição para presidente <strong>do</strong> Brasil (Hermes da Fonseca x Rui Barbosa); a<br />

Revolta da Chibata; e, o perío<strong>do</strong> natalino, pois Noël nasceu em dezembro, próximo <strong>do</strong><br />

Natal. Seu pai era um francófilo. Daí, o nome <strong>do</strong> personagem ter si<strong>do</strong> registra<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

uma trema, termo que equivale a Natal entre os franceses.<br />

O segun<strong>do</strong> setor Um Bom Tangará: Nasce o Compositor Popular retratará<br />

três etapas da vida de Noël. A primeira delas, a infância <strong>do</strong> personagem em Vila<br />

Isabel. Era tradição no bairro a passagem <strong>do</strong> rancho, no perío<strong>do</strong> das festas natalinas,<br />

quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s iam ouvir o cantar das “pastorinhas”. Estas inspiraram Noël e<br />

Braguinha a <strong>com</strong>por uma música, no ano de 1934, chamada “Linda Pequena”, que<br />

depois, no ano de 1937, passou a se chamar “As Pastorinhas”. A segunda etapa é a<br />

formação de Noël no Colégio São Bento, tradicional instituição de ensino religioso. E,<br />

por fim, a inserção <strong>do</strong> personagem no Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Tangarás, grupo que se dedicava à<br />

música de moda nordestina. Foi o momento inicial da sua carreira <strong>com</strong>o <strong>com</strong>positor<br />

popular, gravan<strong>do</strong> inclusive a sua primeira <strong>com</strong>posição, “Minha Viola”, uma<br />

embolada.<br />

O terceiro setor chama<strong>do</strong> de Noël Sobe o Morro mostrará a sua admiração por<br />

Sinhô, frequenta<strong>do</strong>r assíduo da casa da Tia Ciata, onde ecoavam os batuques de um<br />

samba maxixa<strong>do</strong>. E, num segun<strong>do</strong> momento, a sua integração <strong>com</strong> os <strong>com</strong>positores<br />

negros sambistas <strong>do</strong>s morros da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Nos morros havia outro<br />

tipo de samba, que veio <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Estácio de Sá, local de origem <strong>do</strong> bloco “Deixa<br />

Falar”, que deu origem à primeira escola de samba. Noël subiu o morro e <strong>com</strong>pôs<br />

<strong>com</strong> muitos <strong>do</strong>s <strong>com</strong>positores que lá viviam, <strong>com</strong>o Cartola, da Mangueira.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

O quarto setor intitula<strong>do</strong> Noël e os Prazeres da Noite mostrará a paixão <strong>do</strong><br />

poeta pela vida noturna, quan<strong>do</strong> participava de serestas e serenatas. A vida boêmia lhe<br />

fascinava. Ele vivia de bar em bar. Na Lapa, ele era freqüenta<strong>do</strong>r assíduo <strong>do</strong>s cabarés,<br />

onde conheceu um <strong>do</strong>s seus amores, a bailarina Ceci, e bastante próximo da<br />

malandragem carioca típica <strong>do</strong>s anos trinta, que vivia, sobretu<strong>do</strong>, da jogatina.<br />

O Carnaval no Bairro de Vila Isabel é o título <strong>do</strong> quinto setor <strong>do</strong> desfile.<br />

Lembraremos da batalha de confetes no Boulevard, <strong>do</strong> desfile <strong>do</strong>s corsos e <strong>do</strong> bonde<br />

lota<strong>do</strong> de foliões. O bloco “Faz Vergonha” era a agremiação carnavalesca à qual Noël<br />

se integrava, de caráter popular e <strong>com</strong>posições improvisadas.<br />

O sexto setor <strong>do</strong> desfile chama-se Noël Rosa e a Revolução de Trinta. Nesta<br />

parte mostraremos o contexto <strong>do</strong>s anos trinta na trajetória de vida <strong>do</strong> personagem.<br />

Primeiramente, a sua entrada para a Faculdade de Medicina, logo aban<strong>do</strong>nada. Em<br />

segun<strong>do</strong> lugar, a sua primeira música de sucesso “Com que Roupa?” (1930), que logo<br />

foi integrada a diversos programas de peças de teatro de Revista, todas encenadas na<br />

Praça Tiradentes. E, por fim, as músicas jocosas que lhe serviam para criticar as<br />

medidas <strong>do</strong> Presidente da República, Getúlio Vargas, tomadas logo depois que<br />

assumiu o poder.<br />

O Duelo Musical de Noël Rosa e Wilson Batista, e a Expansão da Cultura<br />

de Massa é o título <strong>do</strong> sétimo setor <strong>do</strong> desfile. Neste momento mostraremos a famosa<br />

polêmica musical envolven<strong>do</strong> o “poeta da Vila” e Wilson Batista, que rendeu ótimos<br />

sambas <strong>com</strong>o “Feitiço da Vila”, de Noël, e “Frankenstein da Vila”, de Wilson. Num<br />

segun<strong>do</strong> momento, a integração de Noël à chamada cultura de massa, interlocutor das<br />

multidões. A massa geral ouvia rádio, por onde ecoavam as canções <strong>do</strong> <strong>com</strong>positor. O<br />

sucesso das músicas o mantinha no ar, proporcionan<strong>do</strong> a venda de discos, que lhe<br />

possibilitava ganhar dinheiro e assim mantê-lo no merca<strong>do</strong>. Diversos sambas <strong>do</strong> poeta<br />

também foram integra<strong>do</strong>s na trilha sonora de <strong>do</strong>is filmes (Cidade Mulher & Alô, Alô,<br />

Carnaval), conquistan<strong>do</strong> assim as multidões <strong>do</strong> cinema. O samba, antes restrito ao<br />

colégio <strong>do</strong> morro, pairava no coração da sociedade. Nascia o artista moderno da<br />

música popular.<br />

E, por fim, A “Breve” Despedida de Noël, é o título <strong>do</strong> último setor. Neste<br />

mostraremos que o <strong>com</strong>positor ainda se faz presente no bairro de Vila Isabel, seja pela<br />

lembrança das suas belas canções, seja pelas calçadas de notas musicais que aparecem<br />

por to<strong>do</strong> o bairro. Sua despedida foi similar ao seu aparecimento aqui na Terra: ele<br />

veio na cauda <strong>do</strong> <strong>com</strong>eta Halley e partiu na <strong>do</strong> <strong>com</strong>eta Hermes. Por aqui, deixou<br />

Saudades!!! Contu<strong>do</strong>, <strong>com</strong>o diz um <strong>do</strong>s versos <strong>do</strong> nosso samba-enre<strong>do</strong>: “Está presente<br />

em nosso laurel”.<br />

263


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

Comissão de Frente<br />

“O SAMBA DESCE O MORRO”<br />

1º SETOR – “O NASCIMENTO DE NOËL”<br />

1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira<br />

Julio César e Rute Alves<br />

“A DANÇA DO COMETA”<br />

Ala 01 – Comunidade<br />

“JOYEUX NOËL”<br />

Alegoria 01<br />

“1910 – NASCEU NOËL!!!<br />

(COMETA DE HALLEY, REVOLTA DA<br />

CHIBATA E TEMPOS NATALINOS)”<br />

2º SETOR – UM BOM TANGARÁ: NASCE O COMPOSITOR POPULAR<br />

Ala 02 – Comunidade<br />

“AS PASTORINHAS”<br />

Ala 03 – Comunidade<br />

“SÃO BENTO”<br />

Destaque de Chão<br />

“EMBOLADA (INFLUÊNCIA<br />

NORDESTINA)”<br />

Ala 04 – Comunidade<br />

“MINHA VIOLA”<br />

Ala 05 – Baianas<br />

“TANGARÁS”<br />

Alegoria 02<br />

“UM BANDO DE PÁSSAROS”<br />

264


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

3º SETOR – NOËL SOBE O MORRO<br />

Ala 06 – Comunidade<br />

“A PEQUENA ÁFRICA” – ENCANTOS E<br />

RECANTOS DE TIA CIATA<br />

Destaque da Ala 07<br />

“PORTA-ESTANDARTE DO DEIXA FALAR”<br />

Ala 07 – Comunidade<br />

“DEIXA FALAR”<br />

Ala 08 – Compositores<br />

“POETAS DO MORRO”<br />

Ala 09 – Compositores<br />

“O SAMBA PEDE PASSAGEM”<br />

Destaque de Chão<br />

“AS ROSAS NÃO FALAM”<br />

Alegoria 03<br />

“O MORRO TEM VEZ!!!”<br />

4º SETOR – NOËL E OS PRAZERES DA NOITE<br />

Ala 10 – Comunidade<br />

“SERENATA SOB A LUZ DAS<br />

ESTRELAS”<br />

Ala 11 – Comunidade<br />

“CERVEJA CASCATINHA”<br />

Ala 12 – Passistas<br />

“MULATO BAMBA E<br />

MULATA FUZARQUEIRA<br />

Rainha da Bateria<br />

Gracyanne Barbosa<br />

“A RAINHA DA NOITE”<br />

265


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Ala 13 – Bateria<br />

“OS REIS DA NOITE”<br />

Ala 14 – Comunidade<br />

“REIS DA JOGATINA”<br />

Destaque de Chão<br />

“A DAMA DA LAPA E O MALANDRO”<br />

Ala 15 – Comunidade<br />

“DAMA DO CABARÉ”<br />

Alegoria 04<br />

“A PAIXÃO DE NOËL PELA NOITE<br />

E PELA VIDA BOÊMIA”<br />

5º SETOR – O CARNAVAL DO BAIRRO DE VILA ISABEL<br />

Ala 16 – Comunidade<br />

“FOLIÕES DO BOULEVARD”<br />

Destaque de Chão<br />

“FOLIA”<br />

Ala 17 – Comunidade<br />

“FOLIA NA VILA”<br />

Ala 18 – Comunidade<br />

BLOCO “FAZ VERGONHA”<br />

Alegoria 05<br />

“O BONDE DE FOLIÕES, O CORSO E A<br />

BATALHA DE CONFETES NO BOULEVARD”<br />

6º SETOR – NOËL E A REVOLUÇÃO DE 1930<br />

Ala 19 – Comunidade<br />

“CORAÇÃO”<br />

(SAMBA ANATÔMICO)<br />

266


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Ala 20 – Comunidade<br />

“O PULO DA HORA”<br />

2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira<br />

Phelipe Lemos e Rafaela Theo<strong>do</strong>ro<br />

“COISAS NOSSAS”<br />

Ala 21 – Comunidade<br />

“TENENTES... DO DIABO”<br />

Ala 22 – Comunidade<br />

“COM QUE ROUPA?”<br />

Alegoria 06<br />

“THEATRO REPÚBLICA – O BRASIL EM<br />

REVISTA”<br />

7º SETOR – O DUELO MUSICAL DE NOËL ROSA E WILSON BATISTA, E<br />

A EXPANSÃO DA CULTURA DE MASSA<br />

Ala 23 – Comunidade<br />

PRIMAVERA EM VILA ISABEL –<br />

“FEITIÇO DA VILA”<br />

Ala 24 – Comunidade<br />

“FRANKENSTEIN DA VILA”<br />

Tripé<br />

“NOËL, O “FRANKENSTEIN DA VILA”,<br />

VERSUS WILSON BATISTA, “RAPAZ<br />

FOLGADO”<br />

Ala 25 – Comunidade<br />

“DISCO”<br />

Ala 26 – Comunidade<br />

“CINEMA”<br />

Ala 27 – Comunidade<br />

“PIERROT APAIXONADO”<br />

267


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Destaque de Chão<br />

“CIDADE MULHER”<br />

Alegoria 07<br />

“MÚSICA NO RÁDIO E NO CINEMA PARA AS<br />

MULTIDÕES – A CULTURA DE MASSA”<br />

8º SETOR – A “BREVE” DESPEDIDA DE NOËL<br />

Ala 28 – Velha Guarda<br />

“UMA ROSA PARA NOËL”<br />

Ala 29 – Comunidade<br />

“FITA AMARELA”<br />

Destaque de Chão<br />

“NOTAS MUSICAIS”<br />

Ala 30 – Comunidade<br />

“CALÇADAS MUSICAIS – A PRESENÇA<br />

DE NOËL”<br />

Ala 31 – Comunidade<br />

“ADEUS"<br />

Alegoria 08<br />

“UMA OUTRA “FESTA NO CÉU”<br />

268


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

01 1910 – NASCEU NOËL!!!<br />

(COMETA DE HALLEY,<br />

REVOLTA DA CHIBATA E<br />

TEMPOS NATALINOS)<br />

269<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A alegoria tem <strong>com</strong>o tema o nascimento de Noël de<br />

Medeiros Rosa no dia 11 de dezembro de 1910. Na<br />

língua francesa, Noël significa NATAL. Seu pai, por ser<br />

um francófilo, registrou o filho <strong>com</strong> este nome.<br />

Serão mostra<strong>do</strong>s artisticamente os principais<br />

acontecimentos que se processaram no menciona<strong>do</strong> ano,<br />

dentre os quais mencionaremos: a Revolta da Chibata; a<br />

eleição <strong>do</strong> Marechal Hermes da Fonseca para Presidente<br />

da República; a derrota <strong>do</strong> candidato oposicionista Rui<br />

Barbosa; a passagem <strong>do</strong> <strong>com</strong>eta de Halley; e, o<br />

nascimento <strong>do</strong> “poeta da Vila”.<br />

A alegoria apresenta um cenário natalino, constituí<strong>do</strong><br />

por anjos malandrinhos, <strong>com</strong> chapéu panamá e tocan<strong>do</strong><br />

violão (principal instrumento de Noël nas serestas e<br />

serenatas realizadas sob a luz das estrelas); cartões<br />

natalinos contan<strong>do</strong> os principais acontecimentos<br />

<strong>histórico</strong>s <strong>do</strong> ano de 1910, <strong>com</strong> movimento de abrir e<br />

fechar; laços, bolas, caixas de presente também fazem<br />

parte <strong>do</strong> cenário.<br />

Lembran<strong>do</strong> a Revolta da Chibata haverá proas de navios<br />

<strong>com</strong> marinheiros e canhões.<br />

A coroa, símbolo da Agremiação de Vila Isabel, se<br />

transforma no <strong>com</strong>eta de Halley. Ela também representa<br />

a estrela guia, <strong>com</strong> efeitos de iluminação em neon e<br />

outros efeitos especiais.<br />

Na parte frontal da alegoria, haverá caixas de presentes<br />

natalinos.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

270<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

02 UM BANDO DE PÁSSAROS A segunda alegoria retrata a inserção de Noël Rosa no grupo<br />

Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Tangarás, em maio de 1929. Foi o início da sua<br />

carreira <strong>com</strong>o <strong>com</strong>positor popular.<br />

O Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Tangarás se dedicou à moda da época: a música<br />

nordestina; emboladas; sambas <strong>com</strong> tempero <strong>do</strong> nordeste.<br />

Daí, as decorações tipicamente nordestinas que se<br />

apresentam na alegoria, <strong>com</strong>o rendas estilizadas, fitas e<br />

balões.<br />

Na parte frontal da alegoria observamos uma grande<br />

escultura de Noël Rosa, de chapéu de palha e lenço no<br />

pescoço, e <strong>com</strong> seu violão. Ainda que se dedicassem à<br />

música nordestina, os integrantes apresentavam trajes e<br />

sotaques que mais pareciam de caipiras. O fato de ser um<br />

exímio toca<strong>do</strong>r de violão credenciou Noël a ser convida<strong>do</strong><br />

para integrar o grupo. Registra-se também que a mencionada<br />

escultura tem <strong>com</strong>o base a única imagem em vídeo que existe<br />

sobre o <strong>com</strong>positor.<br />

Os Tangarás, cujo habitat típico é o nordeste, vivem em<br />

ban<strong>do</strong> de quatro ou cinco. No caso <strong>do</strong> grupo musical, ele era<br />

forma<strong>do</strong> por: Almirante, Braguinha, Henrique Britto, Noel<br />

Rosa e Alvinho. No centro da alegoria, nas laterais esquerda<br />

e direita, observam-se duas imagens das mencionadas aves.<br />

03 O MORRO TEM VEZ!!! A terceira alegoria tem <strong>com</strong>o tema a integração de Noël Rosa<br />

aos <strong>com</strong>positores <strong>do</strong> morro. O “poeta da Vila” subia os<br />

morros da cidade para <strong>com</strong>por <strong>com</strong> os produtores de samba<br />

que lá vivam. Como por exemplo, o morro da Mangueira,<br />

ganhan<strong>do</strong> destaque a sua parceria <strong>com</strong> Cartola, e o morro <strong>do</strong><br />

Estácio, <strong>com</strong> o parceiro Ismael Silva. As imagens <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

“poetas” aparecem nos estandartes que se observam na<br />

alegoria.<br />

A alegoria apresenta, num primeiro momento, típicos<br />

instrumentos de percussão <strong>do</strong> novo tipo de samba cria<strong>do</strong><br />

pelos sambistas <strong>do</strong> Estácio, oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> “Deixa Falar”,<br />

embrião das Escolas de Samba, <strong>com</strong>o o sur<strong>do</strong>, o pandeiro, o<br />

tamborim, e, na parte traseira, um bongô, instrumento que<br />

remete às origens africanas <strong>do</strong> samba. Num segun<strong>do</strong><br />

momento, o cenário se transforma numa típica favela carioca,<br />

<strong>com</strong> seus barracões de telha<strong>do</strong>s de zinco.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

04 A PAIXÃO DE NOËL PELA<br />

NOITE E PELA VIDA<br />

BOÊMIA<br />

05 O BONDE DE FOLIÕES, O<br />

CORSO E A BATALHA DE<br />

CONFETES NO BOULEVARD<br />

271<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A quarta alegoria tem <strong>com</strong>o tema a paixão de Noël pela<br />

vida boêmia.<br />

Na parte frontal observam-se imagens <strong>do</strong> jogo de da<strong>do</strong>s e<br />

<strong>do</strong> jogo de cartas (figura <strong>do</strong> rei), típicos jogos <strong>do</strong>s<br />

malandros boêmios.<br />

Nas laterais o bar, local onde Noël <strong>com</strong>pôs a maioria das<br />

suas músicas, transforma-se nos Arcos da Lapa, típico<br />

local boêmio <strong>do</strong>s anos trinta carioca. Observam-se<br />

também imagens de violões, instrumentos <strong>do</strong>s seresteiros<br />

que tocavam sob a luz das estrelas, <strong>com</strong>o Noël; e pernas<br />

de mulheres que dançavam nos cabarés.<br />

Na parte de cima, um típico cenário de bar, onde mesas de<br />

sinuca transformam-se em mesas de bar. O bar e a jogatina<br />

expressavam a vida boemia carioca da década de trinta.<br />

Na parte traseira observa-se a imagem de um coração<br />

simbolizan<strong>do</strong> a paixão de Noël pela noite e mulheres.<br />

A quinta alegoria tem <strong>com</strong>o tema os carnavais realiza<strong>do</strong>s<br />

no Boulevard 28 de setembro, em Vila Isabel, na década<br />

de trinta.<br />

No carnaval <strong>do</strong> bairro, os blocos eram de balançar o<br />

coreto. Era difícil saber o melhor: "Cara de Vaca" ou "Faz<br />

Vergonha". Noël Rosa se vinculava ao último.<br />

As batalhas de confetes nos bondes (escultura na parte<br />

centra frontal) e nas ruas eram inenarráveis.<br />

E o desfile <strong>do</strong>s corsos era um colosso!!! Nos automóveis<br />

(laterais da alegoria), os foliões fantasia<strong>do</strong>s percorriam as<br />

ruas <strong>do</strong> bairro, toman<strong>do</strong> champagne e atiran<strong>do</strong> confete e<br />

serpentina uns nos outros.<br />

Belas eram as decorações de carnaval das ruas <strong>do</strong> bairro,<br />

repletas de máscaras (elementos decorativos da parte<br />

traseira), de inspiração art deco, estilo arquitetônico que<br />

pre<strong>do</strong>minava na década de trinta.<br />

Por toda a alegoria observam-se elementos decorativos<br />

multicolori<strong>do</strong>s que remetem à batalha de confetes e<br />

serpentinas.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

06 THEATRO REPÚBLICA – O<br />

BRASIL EM REVISTA<br />

* TRIPÉ – NOËL, O<br />

“FRANKENSTEIN DA VILA”,<br />

VERSUS WILSON BATISTA,<br />

“RAPAZ FOLGADO”<br />

272<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A sexta alegoria tem <strong>com</strong>o tema a inserção da música<br />

<strong>com</strong>posta por Noël Rosa no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> teatro musical.<br />

O sucesso <strong>do</strong> samba Com que Roupa? Foi tão grande<br />

que o mesmo foi incluí<strong>do</strong> na revista Deixa Essa Mulher<br />

Chorar (1931), estrelada por Aracy Cortes e<br />

Mesquitinha, e encenada no Theatro Recreio. Logo<br />

depois, o mesmo samba deu o título à outra revista,<br />

Com que Roupa? (1931), encenada no Theatro<br />

República. Essas duas peças abriram, para Noël Rosa,<br />

as portas <strong>do</strong> teatro de revistas, que estava em alta<br />

naqueles anos trinta, ocupan<strong>do</strong> o palco de diversos<br />

teatros da Praça Tiradentes.<br />

O artista buscou representar o Theatro República <strong>com</strong> a<br />

encenação de uma revista <strong>com</strong> suas vedetes.<br />

O tripé retrata o duelo musical entre os <strong>com</strong>positores<br />

Noël Rosa e Wilson Batista.<br />

Da corneta <strong>do</strong> gramofone é emiti<strong>do</strong> o som das canções<br />

que marcaram o duelo entre os <strong>do</strong>is <strong>com</strong>positores, e são<br />

transformadas em imagens. Observa-se a imagem <strong>do</strong><br />

Frankenstein da Vila (1935), música de Wilson Batista<br />

ten<strong>do</strong> <strong>com</strong>o referência a pouca beleza <strong>do</strong> “poeta da<br />

vila”. Por sua vez, nas mãos <strong>do</strong> Frankenstein aparece o<br />

Rapaz Folga<strong>do</strong>, <strong>com</strong>o assim chamou Noël Rosa em sua<br />

canção a Wilson Batista. Este é seguro pelo “lenço no<br />

pescoço”, relembran<strong>do</strong> a música jocosa de Wilson que<br />

satirizava a malandragem.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

07 MÚSICA NO RÁDIO E NO<br />

CINEMA PARA AS<br />

MULTIDÕES – A CULTURA<br />

DE MASSA<br />

273<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A sétima alegoria mostra a inserção das músicas de Noël<br />

Rosa nos meios de <strong>com</strong>unicação de massa <strong>com</strong>o o rádio e o<br />

cinema.<br />

Noël cantou e trabalhou em programas de rádio e suas<br />

músicas chegavam aos lares brasileiros por meio desse<br />

veículo de <strong>com</strong>unicação. No Programa <strong>do</strong> Casé, de Adhemar<br />

Casé, na Rádio Philips, Noel cantava e trabalhava <strong>com</strong>o<br />

contra-regra. E, em 1935, Almirante conseguiu-lhe um<br />

emprego na Rádio Clube <strong>do</strong> Brasil, trabalhan<strong>do</strong> <strong>com</strong>o<br />

libretista no programa “Como se as óperas célebres <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> houvessem nasci<strong>do</strong> aqui no Rio”. Escreveu o libreto<br />

da ópera “O Barbeiro de Niterói”, e fez também as revistas<br />

radiofônicas, “Ladrão de Galinhas” e a “Noiva <strong>do</strong> Condutor”.<br />

A referência ao rádio aparece no cenário em estilo art deco<br />

que reconstitui um auditório de uma estação de rádio, onde<br />

aparecem as palavras RÁDIO - NO AR., e uma encenação <strong>do</strong>s<br />

cantores <strong>do</strong> rádio, relembran<strong>do</strong> o tempo áureo da Era <strong>do</strong><br />

Rádio, nos anos trinta a cinqüenta <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>.<br />

Gravou discos, a<strong>com</strong>panhan<strong>do</strong> o crescimento da indústria<br />

fonográfica. Daí, o artista ter cria<strong>do</strong> o chão da alegoria em<br />

formato de disco.<br />

As <strong>com</strong>posições de Noël também foram utilizadas no cinema<br />

<strong>com</strong>pon<strong>do</strong> a trilha sonora de <strong>do</strong>is filmes. Daí os diversos<br />

elementos cenográficos que aparecem na alegoria que<br />

remetem ao cinema, <strong>com</strong>o o rolo <strong>do</strong> filme, o projetor. O local<br />

de exibição <strong>do</strong>s filmes se passa no Cine Vila.<br />

Para o filme Alô, Alô, Carnaval (1936), <strong>com</strong>pôs “Pierrot<br />

Apaixona<strong>do</strong>”, em parceria <strong>com</strong> Heitor <strong>do</strong>s Prazeres. O artista<br />

criou uma escultura em que Noel aparece <strong>com</strong>o o pierrot<br />

apaixona<strong>do</strong>. Da gola <strong>do</strong> pierrot saem vários corações, a<br />

paixão de Noël por suas várias “colombinas”, a inspiração<br />

de muitas das suas músicas.<br />

Para o filme Cidade Mulher (1936), ele <strong>com</strong>pôs seis músicas,<br />

dentre as quais „Tarzan, Filho <strong>do</strong> Alfaiate”, em parceria <strong>com</strong><br />

Vadico. A referência a este filme aparece na fantasia <strong>do</strong><br />

destaque central baixo, conforme indica<strong>do</strong> na relação <strong>do</strong>s<br />

destaques.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Alex de Souza<br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

08 UMA OUTRA “FESTA NO<br />

CÈU”<br />

274<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

A oitava alegoria mostra a abertura <strong>do</strong>s portais <strong>do</strong> céu<br />

para a outra “Festa” que faria Noël entre querubins ao<br />

despedir-se da Terra no ano de 1937, sob os auspícios<br />

<strong>do</strong> <strong>com</strong>eta de Hermes (elemento alegórico nas laterais<br />

da alegoria).<br />

Os querubins são aqueles parceiros que sentaram nos<br />

bares e botequins <strong>com</strong> Noël para <strong>com</strong>por sambas.<br />

Dentre eles podemos citar Braguinha, Vadico,<br />

Almirante, Cartola, Lamartine Babo e Ari Barroso<br />

(to<strong>do</strong>s representa<strong>do</strong>s em esculturas). Agora to<strong>do</strong>s estão<br />

no cèu <strong>com</strong>emoran<strong>do</strong> o centenário <strong>do</strong> “poeta da Vila”,<br />

toman<strong>do</strong> aquela cervejinha.<br />

No centro da alegoria observa-se a mesma escultura que<br />

há logo no início <strong>do</strong> Boulevard 28 de setembro, em Vila<br />

Isabel, em homenagem ao “poeta” <strong>do</strong> bairro.<br />

Aqui na Terra, Araci de Almeida foi a principal<br />

responsável por manter viva a obra musical de Noël<br />

Rosa. Ela virá representada por uma destaque conforme<br />

está informa<strong>do</strong> na ficha técnica <strong>do</strong>s mesmos.<br />

A obra musical de Noel também está registrada nas<br />

calçadas musicais presente por to<strong>do</strong> bairro.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

Alegoria 01<br />

Destaque: Rita de Cássia<br />

Fantasia: Sob os Auspícios <strong>do</strong> Cometa<br />

Alegoria 02<br />

Destaque Central Alto: Ednelson<br />

Fantasia: O Vôo <strong>do</strong> Tangará<br />

Alegoria 03<br />

Destaque Central Alto: Edilson Santos<br />

Fantasia: Alvorada Lá no Morro<br />

Destaque: Bruno Farias<br />

Fantasia: Nöel Rosa<br />

Alegoria 04<br />

Destaque Central Alto: Jorge Braz<br />

Fantasia: Encantos da Noite<br />

Destaque Frontal (localiza<strong>do</strong> encima da escultura<br />

<strong>do</strong> Rei <strong>do</strong> Cartea<strong>do</strong>): Norton<br />

Fantasia: Madame Satã<br />

Alegoria 05<br />

Destaque Central Alto: João Helder<br />

Fantasia: Mascara<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Boulevard<br />

Alegoria 06<br />

Destaque Central Alto: Amaro Sérgio<br />

Fantasia: O Grande Theatro de Revista<br />

275<br />

FICHA TÉCNICA<br />

1ª Dama e Diretora <strong>do</strong> Ateliê <strong>do</strong><br />

G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel<br />

Psicólogo e<br />

Analista de Relações Internacionais<br />

Empresário<br />

Ator<br />

Secretário Executivo<br />

Cabeleireiro<br />

Médico Cirurgião<br />

Radiologista<br />

Alegorias


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

Alegoria 07<br />

Destaque Central Baixo: Herbert<br />

Fantasia: Tarzan, o Filho de Alfaiate<br />

Destaque Central Alto: Paulo Santi<br />

Fantasia: Paixões de um Pierrot<br />

Alegoria 08<br />

Destaque Central Alto: Jorge Kleber<br />

Fantasia: Hermes, o Cometa<br />

Destaque: Beta<br />

Fantasia: Araci de Almeida<br />

Destaque: Rafael Raposo<br />

Fantasia: Nöel Rosa<br />

276<br />

Decora<strong>do</strong>r<br />

Cura<strong>do</strong>r de Exposições<br />

Cabeleireiro<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Administra<strong>do</strong>ra da Quadra <strong>do</strong><br />

G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel<br />

Ator<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rua Rivadávia Corrêa, nº. 60 – Barracão nº. 05 – Cidade <strong>do</strong> Samba – Gamboa<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Valdeci Claudino de Barros<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

Romário Washington<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Flavinho Polycarpo Rossi Marinho Amoe<strong>do</strong><br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Paulinho Paulo Ferraz<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Natalia Louise - Assessora de Imprensa<br />

André Rodrigues e Renato Silva - Assistentes <strong>do</strong> Carnavalesco<br />

Julio César Cerqueira Elias - Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Aderecistas<br />

Claudinho - Fibra<br />

Anderson Big e Rita - Coreógrafos das Alas e das Alegorias<br />

Rossi - Movimento<br />

Alegorias


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

01 “Joyeux Noël”<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Noël nasceu no dia 11 de<br />

dezembro de 1910, bem<br />

próximo ao perío<strong>do</strong><br />

natalino. A fantasia<br />

apresenta diversas<br />

referências natalinas <strong>com</strong>o<br />

a árvore de natal, anjo<br />

estiliza<strong>do</strong>, e a estrela de<br />

Belém. A expressão<br />

“Joyeux Noël” significa<br />

Feliz Natal em francês,<br />

língua e cultura que<br />

fascinava o pai <strong>do</strong> nosso<br />

Poeta, e que deu origem<br />

ao seu nome de batismo.<br />

02 “As Pastorinhas” Noël <strong>com</strong>pôs a música<br />

“Linda Pequena” (1934),<br />

em parceria <strong>com</strong><br />

Braguinha. Este último a<br />

modificou para “As<br />

Pastorinhas” (1937), ten<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>o inspiração as<br />

pastoras que, nas vésperas<br />

<strong>do</strong> natal, <strong>com</strong>eçavam a<br />

desfilar pelas ruas de<br />

alguns bairros cariocas,<br />

entre eles Vila Isabel.<br />

Neste último desfilava<br />

sempre no dia de reis. Era<br />

o momento de<br />

encerramento <strong>do</strong>s festejos<br />

natalinos.<br />

277<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

03 São Bento O “poeta da Vila” estu<strong>do</strong>u<br />

no Colégio São Bento,<br />

estabelecimento de ensino<br />

liga<strong>do</strong> ao Mosteiro de<br />

mesmo nome. A fantasia<br />

apresenta elementos que<br />

remetem aos hábitos <strong>do</strong>s<br />

freis e aos estu<strong>do</strong>s.<br />

04 “Minha Viola” A primeira <strong>com</strong>posição<br />

escrita por Noël, no ano<br />

de 1929, para o Ban<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

Tangarás. Como o<br />

conjunto musical se<br />

dedicou à música<br />

nordestina, a fantasia<br />

apresenta detalhes<br />

decorativos dessa região<br />

<strong>do</strong> Brasil.<br />

05 Tangarás A fantasia foi inspirada<br />

nos tangarás, pássaros<br />

“canta<strong>do</strong>res” e<br />

“dançarinos” que, sempre<br />

em grupo de cinco -<br />

quatro forman<strong>do</strong> roda e o<br />

quinto no centro -<br />

saltitan<strong>do</strong>, cantam e<br />

dançam alegremente. A<br />

revoada deu nome ao<br />

famoso conjunto musical<br />

organiza<strong>do</strong> no Rio de<br />

Janeiro em 1929, o Ban<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s Tangarás.<br />

278<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Baianas G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

2010


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

06 “A Pequena<br />

África” –<br />

Encantos e<br />

recantos de Tia<br />

Ciata<br />

* Porta-Estandarte<br />

<strong>do</strong> Deixa Falar<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O traje apresenta<br />

elementos africanos <strong>do</strong>s<br />

terreiros de Tia Ciata,<br />

localiza<strong>do</strong>s na região<br />

conhecida <strong>com</strong>o “pequena<br />

África”, que englobava os<br />

bairros da Saúde, Gamboa<br />

e Santo Cristo, no centro<br />

<strong>do</strong> Rio, onde nasceu o<br />

samba.<br />

A fantasia representa<br />

um traje clássico<br />

de uma Porta Bandeira,<br />

homenagem a Iraci Seixas<br />

Ferreira, mais conhecida<br />

<strong>com</strong>o Ceci, a primeira a<br />

desfilar na função no<br />

carnaval de 1929.<br />

279<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Destaque da<br />

Ala 07<br />

G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

07 Deixa Falar O Deixa Falar, Agremiação<br />

que deu origem à primeira<br />

“escola de samba”, era um<br />

bloco carnavalesco (e, mais<br />

tarde, um rancho). Ele teve<br />

<strong>com</strong>o um <strong>do</strong>s seus<br />

funda<strong>do</strong>res Ismael Silva.<br />

Localizava-se no bairro <strong>do</strong><br />

Estácio, e foi responsável<br />

por criar um novo tipo de<br />

samba mais marchea<strong>do</strong> e<br />

a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> por<br />

instrumentos de percussão.<br />

Noël foi amigo e parceiro<br />

de Ismael Silva, e seus<br />

sambas já traziam a marca<br />

da música feita pelo<br />

pessoal <strong>do</strong> Deixa Falar. A<br />

fantasia representa um traje<br />

clássico de um Mestre Sala,<br />

uma homenagem a Juvenal<br />

Lopes, o Nanal <strong>do</strong> Estácio,<br />

o primeiro a desfilar pelo<br />

Deixa Falar no carnaval de<br />

1929 na referida função.<br />

08 Poetas <strong>do</strong> Morro Homenagem aos grandes<br />

<strong>com</strong>positores negros que<br />

viviam nos morros da<br />

cidade, <strong>com</strong>o Salgueiro,<br />

Favela, Mangueira, entre<br />

outros. Estes <strong>com</strong>positores<br />

inspiraram Noël Rosa a<br />

<strong>com</strong>por os mais belos<br />

sambas.<br />

280<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Compositores G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

09 O Samba Pede<br />

Passagem<br />

10 Serenata Sob a<br />

Luz das Estrelas<br />

11 Cerveja<br />

Cascatinha<br />

12 Mulato Bamba e<br />

Mulata<br />

Fuzarqueira<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O morro <strong>com</strong> seus<br />

barracões inspiram a<br />

fantasia, que é<br />

a<strong>com</strong>panhada por um<br />

estandarte nas cores verde e<br />

rosa, <strong>do</strong> G.R.E.S. Estação<br />

Primeira de Mangueira, e<br />

uma caricatura de Cartola,<br />

outro grande <strong>com</strong>panheiro<br />

de Noël.<br />

A fantasia faz uma alusão à<br />

noite e à vida boêmia,<br />

paixões de Noël. À luz <strong>do</strong><br />

Luar e das estrelas, o<br />

“poeta da Vila” participava<br />

das várias serestas e<br />

serenatas, sempre<br />

a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu<br />

violão.<br />

O garçom traz de bandeja a<br />

Cascatinha, a cerveja<br />

preferida de Noël.<br />

Duas das canções de Noel<br />

intitulam de forma brejeira<br />

o casal de passistas.<br />

13 Os Reis da Noite A fantasia representa a<br />

malandragem carioca das<br />

décadas de trinta e<br />

quarenta, personificada na<br />

ginga e na bossa de nossos<br />

batuqueiros.<br />

281<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Compositores Adilsom<br />

Sardinha<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

2010<br />

Passistas Cheila Rangel 2010<br />

Bateria Átila 2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

14 Reis da Jogatina A fantasia faz uma alusão a<br />

uma das atividades<br />

preferidas <strong>do</strong>s malandros<br />

cariocas, ganhan<strong>do</strong><br />

destaque neste traje o jogo<br />

de da<strong>do</strong>s e o cartea<strong>do</strong>.<br />

15 Dama <strong>do</strong> Cabaré A fantasia representa a<br />

dança de salão <strong>do</strong>s cabarés,<br />

simulada <strong>com</strong> bonecas,<br />

deixan<strong>do</strong> assim<br />

transparecer o charme e a<br />

sensualidade das pistas. O<br />

título é uma citação à<br />

música <strong>do</strong> mesmo nome<br />

que Noël <strong>com</strong>pôs para sua<br />

amada Ceci no ano de<br />

1936.<br />

16 Foliões<br />

<strong>do</strong> Boulevard<br />

A fantasia representa um<br />

folião mascara<strong>do</strong> que<br />

participava das batalhas de<br />

confetes no Boulevard. A<br />

máscara foi inspirada no<br />

estilo art deco, típico <strong>do</strong>s<br />

carnavais <strong>do</strong>s anos 30.<br />

17 Folia na Vila A fantasia representa um<br />

folião fantasia<strong>do</strong> de<br />

arlequim estiliza<strong>do</strong>,<br />

multicolori<strong>do</strong>, que<br />

participava da grande<br />

batalha de confetes e<br />

serpentinas no Boulevard.<br />

282<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

2010<br />

2010


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

18 Bloco<br />

“Faz Vergonha”<br />

19 “Coração”<br />

(Samba<br />

Anatômico)<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A fantasia homenageia o<br />

bloco carnavalesco de<br />

Vila Isabel, cuja marca era<br />

a total irreverência. Noël<br />

desfilava neste bloco nos<br />

dias de carnaval.<br />

Fantasia que faz alusão ao<br />

samba <strong>com</strong>posto por Noel<br />

no ano de 1931, um<br />

“Samba Anatômico” na<br />

própria expressão <strong>do</strong><br />

autor, que relembra a<br />

meteórica passagem <strong>do</strong><br />

poeta pela Faculdade de<br />

Medicina <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro, quan<strong>do</strong> assistiu a<br />

algumas aulas de<br />

fisiologia, histologia e<br />

anatomia.<br />

20 “O Pulo da Hora” Fantasia que faz alusão ao<br />

samba <strong>com</strong>posto por Noël,<br />

no ano de 1931, que<br />

ironizava a medida<br />

decretada pelo presidente<br />

Getúlio Vargas de<br />

adiantamento em sessenta<br />

minutos de to<strong>do</strong>s os<br />

relógios <strong>do</strong> país, causan<strong>do</strong><br />

uma grande confusão na<br />

vida <strong>do</strong>s cidadãos<br />

brasileiros.<br />

283<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

21 “Tenentes... <strong>do</strong><br />

Diabo”<br />

22 “Com que<br />

Roupa?”<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Fantasia que faz alusão ao<br />

samba <strong>com</strong>posto por Noel,<br />

no ano de 1932, que<br />

ironizava os Tenentes da<br />

política pró Getúlio<br />

Vargas. Neste samba,<br />

Noel de forma jocosa<br />

confunde os Tenentes<br />

getulistas <strong>com</strong> os Tentes<br />

<strong>do</strong> Diabo, sociedade<br />

carnavalesca da época.<br />

Fantasia que faz alusão ao<br />

primeiro samba de<br />

sucesso <strong>com</strong>posto por<br />

Noel, no ano de 1930, que<br />

fazia alusão, de forma<br />

humorada, a um Brasil de<br />

tanga, ilha<strong>do</strong> em pobreza,<br />

a fome a miséria<br />

alastran<strong>do</strong>-se <strong>com</strong>o praga,<br />

conseqüência imediata da<br />

crise da bolsa de Nova<br />

York que abalou o mun<strong>do</strong><br />

inteiro. Trajes da época<br />

desfilam suspensos por<br />

cabides que formam<br />

pontos de interrogação.<br />

284<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

23 Primavera em<br />

Vila Isabel –<br />

“Feitiço da Vila”<br />

24 “Frankenstein da<br />

Vila”<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Fantasia que representa<br />

uma borboleta, inseto típico<br />

da estação da primavera, e<br />

também <strong>com</strong>posta por<br />

diversas flores. A prefeitura<br />

da época quis fazer <strong>do</strong><br />

início da primavera uma<br />

festividade a mais no<br />

calendário, assim <strong>com</strong>o o<br />

carnaval; festas juninas;<br />

festa da Penha (na época);<br />

Natal. Lela Casatle foi<br />

eleita a rainha da Primavera<br />

de 1934. A ela foi dedica<strong>do</strong><br />

Feitiço da Vila.<br />

Fantasia que representa<br />

uma das músicas que<br />

surgiram fruto <strong>do</strong> duelo<br />

musical trava<strong>do</strong> entre os<br />

<strong>com</strong>positores Noel Rosa e<br />

Wilson Batista. Este último<br />

<strong>com</strong>pôs Frankenstein da<br />

Vila (1935) <strong>com</strong>o uma<br />

provocação a Noel por sua<br />

feiúra.<br />

25 Disco A fantasia representa o<br />

crescimento da indústria<br />

fonográfica, que levou aos<br />

lares da multidão de<br />

brasileiros, os grandes<br />

sucessos <strong>do</strong>s <strong>com</strong>positores,<br />

inclusive os de Noël.<br />

285<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

26 Cinema A fantasia faz uma alusão<br />

ao surgimento <strong>do</strong> cinema<br />

fala<strong>do</strong> no final <strong>do</strong>s anos<br />

20, inspiran<strong>do</strong> a canção<br />

“Não tem tradução”, que<br />

revelava os novos tempos.<br />

27 “Pierrot<br />

Apaixona<strong>do</strong>”<br />

28 Uma Rosa para<br />

Noël<br />

A fantasia representa a<br />

música <strong>com</strong>posta por<br />

Noel, em parceria <strong>com</strong><br />

Heitor <strong>do</strong>s Prazeres, no<br />

ano de 1935. A música foi<br />

escolhida para ser parte da<br />

trilha <strong>do</strong> filme Alô, Alô<br />

Carnaval (1936).<br />

Homenagem da velha<br />

guarda <strong>do</strong> GRES Uni<strong>do</strong>s<br />

de Vila Isabel ao “Poeta<br />

da Vila”.<br />

29 “Fita Amarela” Fantasia que faz<br />

referências à música Fita<br />

Amarela <strong>com</strong>posta por<br />

Noel no ano de 1932. Na<br />

canção, o verso “quero<br />

uma fita amarela gravada<br />

<strong>com</strong> o nome dela” é<br />

representada no traje <strong>com</strong><br />

o nome de muitos de seus<br />

amores.<br />

286<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010<br />

Velha Guarda Aladyr 2010<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

2010


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Alex de Souza<br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

30 Calçadas Musicais<br />

– a Presença de<br />

Noël<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Sob os pés <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res<br />

de Vila Isabel estão<br />

registradas nas calçadas<br />

<strong>do</strong> bairro as notas<br />

musicais de alguns de<br />

nossos grandes<br />

<strong>com</strong>positores. Em<br />

particular fica perpetuada<br />

uma das obras <strong>do</strong> nosso<br />

homenagea<strong>do</strong>.<br />

31 “Adeus” Ala coreografada que faz<br />

alusão a um <strong>do</strong>s inúmeros<br />

sucessos de Noël, Adeus,<br />

<strong>com</strong>posta no ano de 1931.<br />

A fantasia representa um<br />

malandro <strong>com</strong> asas de<br />

anjo, que carrega consigo<br />

uma típica cadeira de<br />

botequim <strong>do</strong>s anos trinta.<br />

O traje encerra o desfile. É<br />

o “Último Adeus” para o<br />

“poeta” da Vila.<br />

287<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Comunidade G.R.E.S.<br />

Uni<strong>do</strong>s de<br />

Vila Isabel<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

2010<br />

2010


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Rua Rivadavia Corrêa, 60 – Barracão N.º 5 – Cidade <strong>do</strong> Samba – Gamboa<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Rita de Cássia Alves<br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Rita de Cássia / Ana Claudia Rita de Cássia / Ana Cláudia<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Rita de Cássia / Ana Claudia Gomes & Márcio<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

288<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

Rita de Cássia, esposa <strong>do</strong> Presidente “Moisés”, chefia o ateliê das fantasias, <strong>com</strong> determinação,<br />

segurança e conhecimento, pois opera na área de confecção, já há algum tempo. To<strong>do</strong>s os<br />

funcionários <strong>do</strong> atelier: costureiras, aderecistas, chapeleiros, assistentes, acabamento e outras<br />

funções são mora<strong>do</strong>res da <strong>com</strong>unidade <strong>do</strong> Morro <strong>do</strong>s Macacos.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

289<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> Martinho da Vila<br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores Adilsom Sardinha<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so Compositor mais Jovem<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

100 (cem) Geral<strong>do</strong> da Silva – 80 anos Miguel Bedê – 25 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias:<br />

Se um dia na orgia me chamassem<br />

Com saudades perguntassem<br />

Por onde anda Noël<br />

Com toda minha fé responderia<br />

Vaga na noite e no dia<br />

Vive na Terra e no Céu<br />

Seus sambas muito curti<br />

Com a cabeça ao léu<br />

Sua presença senti<br />

No ar de Vila Isabel<br />

Com o sedutor não bebi<br />

Nem fui <strong>com</strong> ele a bordel<br />

Mas sei que está presente<br />

Com a gente neste laurel<br />

Veio ao planeta <strong>com</strong> os auspícios de um <strong>com</strong>eta<br />

Naquele ano da Revolta da Chibata<br />

A sua vida foi de notas musicais<br />

Seus lin<strong>do</strong>s sambas animavam carnavais<br />

Brincava em blocos <strong>com</strong> boêmios e mulatas<br />

Subia morros sem preconceitos sociais<br />

BIS<br />

(Foi um grande!)<br />

Foi um grande chororô<br />

Quan<strong>do</strong> o gênio descansou<br />

To<strong>do</strong> o samba lamentou ô ô ô<br />

Que enorme dissabor<br />

Foi-se o nosso professor<br />

A Lindaura soluçou<br />

E a “Dama <strong>do</strong> Cabaré” não dançou<br />

Fez a passagem pro espaço sideral<br />

Mas está vivo neste nosso carnaval<br />

Também presentes Cartola<br />

Araci e Os Tangarás<br />

Lamartine, Ismael e outros mais<br />

E a fantasia que se usa<br />

Pra sambar <strong>com</strong> o menestrel<br />

Tem a energia da nossa Vila Isabel BIS


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

290<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Bateria<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Átila <strong>do</strong>s Santos Gomes – Mestre Átila<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Mariozinho, Cassiano, Julinho Cativeiro, Jorge Pedro, Wallan, Luis Paulo, Pedrinho Ferreira,<br />

Marcos Aguiar, Cristiano, Robson, Eduar<strong>do</strong>, Renan, Leila e Marcio<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

255 (duzentos e cinqüenta e cinco) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

12 12 16 01 0<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

76 30 30 01 28<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

03 - 22 01 22<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

** 01 Frigideira<br />

MESTRE ÁTILA<br />

No ano de 1981, Mestre Átila integrou-se à bateria <strong>do</strong> G.R.E.S. Império Serrano <strong>com</strong>o<br />

<strong>com</strong>ponente. Seus mestres principais foram Natalino Costa e Aimuricy Lopes de Lima. No ano de<br />

1991, ele foi promovi<strong>do</strong> ao cargo de diretor de bateria. O aprimoramento de percussão ocorreu por<br />

meio de um curso na Escola Villa-Lobos. O cargo de mestre de bateria foi assumi<strong>do</strong> no ano de 2003.<br />

Nos anos de 2004, 2007 e 2009 recebeu o prêmio Estandarte de Ouro, <strong>do</strong> Jornal O <strong>Globo</strong>. E, nos<br />

anos de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008, Átila conseguiu todas as notas máximas para a bateria<br />

imperiana.<br />

Além de atuar numa Escola de Samba, Átila também leciona, to<strong>do</strong>s os anos, percussão em<br />

diversos países europeus <strong>com</strong>o Alemanha (Berlim), França (Nice) e Suíça (Berna), nas<br />

universidades locais.<br />

RAINHA DA BATERIA: GRACYANNE BARBOSA.<br />

FANTASIA: A RAINHA DA NOITE


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

291<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

Décio da Silva Bastos Junior<br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

Edmilsom, Carlão, Eloísa, Julio César, Magrão, PH, Paulinho Igreja, Alexandre Popó, entre outros<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

35 (trinta e cinco) <strong>com</strong>ponentes<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Anderson <strong>do</strong>s Santos, o popular “Tinga” (intérprete oficial)<br />

Os intérpretes auxiliares são: Márcio Alexandre, Pepe, Gustavo, Lico Monteiro, André Diniz e Tito<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavaco – Vitor e Douglas<br />

Violão – Rafael<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

O primeiro intérprete “Tinga” é oriun<strong>do</strong> da Escola Mirim Herdeiros da Vila. Ele tornou-se o<br />

intérprete oficial da Agremiação no ano de 2004, sen<strong>do</strong>, portanto, este o seu sétimo ano <strong>com</strong>o a voz<br />

maior da Vila. Mora<strong>do</strong>r da <strong>com</strong>unidade <strong>do</strong> Morro <strong>do</strong>s Macacos, Tinga conduzirá de forma<br />

esplen<strong>do</strong>rosa o samba na Marquês de Sapucaí.<br />

Diretor responsável pelo carro de som: Bocão.<br />

Outras informações:<br />

Apoian<strong>do</strong> o trabalho de direção de harmonia/evolução, há:<br />

Presidentes e representantes de alas, <strong>com</strong>ponentes das alas <strong>do</strong>s <strong>com</strong>positores e integrantes da<br />

diretoria executiva.<br />

To<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes participaram de palestras e informações abordan<strong>do</strong> os mais diversos aspectos<br />

aptos ao desfile da Escola.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

292<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

Décio da Silva Bastos Junior<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

Augusto, Nina, Bete, Joelma, Luis Carlos, Cadinho, Va<strong>do</strong>, Marli, Silvinha, Sheila, entre outros<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

35 (trinta e cinco) <strong>com</strong>ponentes<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Nina, Aline, Silvana, Guiomar, Cláudia Regina, Maria Cláudia, entre outras<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

Edson, Odimar, entre outros<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Evolução<br />

Décio da Silva Bastos Junior, 48 anos, é o diretor geral de Harmonia <strong>do</strong> GRES Uni<strong>do</strong>s de Vila<br />

Isabel pelo quarto ano consecutivo. Sua atuação no universo das escolas de samba ficou marcada<br />

pela sua participação durante vinte e três anos <strong>com</strong>o integrante de <strong>com</strong>issão de frente em diversas<br />

Agremiações, <strong>com</strong>o a União da Ilha, Caprichosos de Pilares, Império Serrano, Acadêmicos da<br />

Rocinha, Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel e Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra. No carnaval de 2005, Décio foi<br />

convida<strong>do</strong> pelo diretor geral de carnaval da Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Porto da Pedra, Ricar<strong>do</strong> Fernandes, para<br />

integrar o grupo <strong>do</strong>s diretores de harmonia da Agremiação. No carnaval de 2006, integrou a<br />

vitoriosa equipe de diretores de harmonia da Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel. No carnaval de 2010, terá a<br />

missão de zelar pelo bom andamento <strong>do</strong> desfile da Escola de Noel.


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

293<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Vice-Presidente de Carnaval<br />

-<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Comissão de Carnaval constituída por: Wilson da Silva Alves, Evandro Bocão, Amauri Oliveira e<br />

Décio da Silva Bastos Junior<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

-<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

-<br />

Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

Ala das Crianças<br />

-<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

Lucimar Moreira<br />

- -<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

110<br />

Elza Matos<br />

Kiane<br />

(cento e dez)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Aladyr Francisco Xavier<br />

80 anos<br />

15 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

80<br />

Joel da Silva Costa Tânia Regina de Sousa Botelho<br />

(ostenta)<br />

84 anos<br />

50 anos<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Martinho da Vila e Gracyanne Barbosa<br />

Outras informações julgadas necessárias


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

Responsável pela Comissão de Frente<br />

Marcelo Misailidis<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Marcelo Misailidis<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

294<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

0 15<br />

(quinze)<br />

Nome da Fantasia: O Samba Desce o Morro<br />

O Que Representa: Recriar a atmosfera social e cotidiana na qual estava inseri<strong>do</strong> o “poeta da Vila”<br />

é a proposta da <strong>com</strong>issão de frente para o Carnaval 2010.<br />

A partir das características irreverentes e bem humoradas de Noël Rosa, a <strong>com</strong>issão de frente buscou<br />

<strong>com</strong>o ponto de partida os negros vistos pelas caricaturas de Lan, para retratar e satirizar o mo<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

que Noël via a sociedade em que vivia e traduzia em canções. Os quinze integrantes da <strong>com</strong>issão de<br />

frente retratarão os negros sambistas <strong>do</strong> morro, <strong>com</strong> um toque de malandragem típico <strong>do</strong>s anos vinte<br />

e trinta. Esses mulatos anônimos <strong>do</strong> morro a serem representa<strong>do</strong>s são os <strong>com</strong>positores a quem Noël<br />

se integrou e <strong>com</strong> eles <strong>com</strong>pôs.<br />

Os integrantes vivenciarão o cotidiano boêmio de Noël, através de um passeio pelos locais mais<br />

visita<strong>do</strong>s pelo <strong>com</strong>positor <strong>com</strong>o os bares e cabarés, a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> sempre <strong>do</strong> seu fiel <strong>com</strong>panheiro: o<br />

violão. Os elementos artísticos na montagem coreográfica utilizam recursos de danças populares e<br />

de teatralidade.<br />

Apresentação <strong>do</strong> Coreógrafo e Diretor da Comissão de Frente:<br />

MARCELO MISALIDIS<br />

Um <strong>do</strong>s maiores nomes <strong>do</strong> ballet brasileiro, Marcelo Misailidis formou-se sob a orientação da<br />

mestra Eugênia Feo<strong>do</strong>rova e Al<strong>do</strong> Lotufo.<br />

Sua carreira profissional teve início na Associação de Ballet <strong>do</strong> Rio de Janeiro sob a orientação de<br />

Dalal Achcar, onde trabalhou <strong>com</strong> o renoma<strong>do</strong> professor Desmond Doyle, <strong>do</strong> Royal Ballet de<br />

Londres.<br />

Foi convida<strong>do</strong>, no ano de 1991, a integrar o corpo de baile <strong>do</strong> BALLET DO THEATRO<br />

MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO <strong>com</strong>o Bailarino Principal, participan<strong>do</strong> de todas as<br />

temporadas desde então.


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

295<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Como Guest Artist, apresentou-se em <strong>com</strong>panhias no exterior, e nas mais importantes <strong>com</strong>panhias<br />

brasileiras, protagonizan<strong>do</strong> os grandes ballets de repertório tais <strong>com</strong>o Dom Quixote, O Lago <strong>do</strong>s<br />

Cisnes, Giselle, Coppélia, entre outros. Realizou ainda especiais para a televisão, e <strong>com</strong>o ator<br />

estrelou no cinema um Curta Metragem <strong>do</strong> diretor Alberto Salvá.<br />

Ocupou o cargo de Regente <strong>do</strong> Ballet <strong>do</strong> Teatro Municipal <strong>do</strong> Rio de Janeiro no perío<strong>do</strong> de 2006 a<br />

2008.<br />

No Carnaval, Misailidis iniciou a sua trajetória <strong>com</strong>o coreógrafo de Comissão de Frente na Uni<strong>do</strong>s<br />

da Tijuca. Na Agremiação <strong>do</strong> Borel, ele atuou por cinco anos (1998-2002). No Carnaval de 2003,<br />

foi contrata<strong>do</strong> pelo G.R.E.S. Acadêmicos <strong>do</strong> Salgueiro, onde também atuou por um perío<strong>do</strong> de cinco<br />

anos (2003-2007), realizou excelentes trabalhos e alcançou a nota máxima por vários desfiles<br />

segui<strong>do</strong>s.<br />

Para o Carnaval de 2008, Misailidis foi contrata<strong>do</strong> pelo G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel, onde se<br />

mantém <strong>com</strong>o coreógrafo.<br />

O Carnaval de 2010 será o décimo segun<strong>do</strong> atuan<strong>do</strong> na Marquês de Sapucaí <strong>com</strong>o coreógrafo de<br />

<strong>com</strong>issão de frente. Durante a década conquistou o público e a crítica de Carnaval, e arrebatou<br />

várias premiações <strong>com</strong>o o prêmio de Melhor Comissão de Frente da<strong>do</strong> pelo juri <strong>do</strong> Estandarte de<br />

Ouro nos anos de 2002, 2003, 2005 e 2009.<br />

- Assistente Técnico <strong>do</strong> Coreógrafo e Diretor da Comissão de Frente: Dani Marie e Zeca Taveira<br />

- Figurinos: Ney Madeira<br />

- Maquiagem: Vavá Torres


Abre-Alas – G.R.E.S. Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel – Carnaval/2010<br />

296<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre Sala e Porta Bandeira<br />

1º Mestre Sala Idade<br />

Julio César da Conceição Nascimento 34 anos<br />

1ª Porta Bandeira Idade<br />

Rute Alves Noronha 30 anos<br />

2º Mestre Sala Idade<br />

Phelipe Lemos Guedes 19 anos<br />

2ª Porta Bandeira Idade<br />

Rafaela Theo<strong>do</strong>ro de Souza 16 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

O carnaval de 2010 será o terceiro que Rute e Julinho terão a honra de defender o pavilhão da azul e<br />

branco de Vila Isabel. No carnaval passa<strong>do</strong>, o casal contagiou a to<strong>do</strong>s <strong>com</strong> uma dança bela e<br />

envolvente, fato que se <strong>com</strong>provou nas excelentes notas dadas pelos julga<strong>do</strong>res.<br />

Nome da Fantasia <strong>do</strong> Primeiro Casal: A Dança <strong>do</strong> Cometa<br />

Representação: Noël chegou ao planeta Terra sob os auspícios <strong>do</strong> <strong>com</strong>eta Halley. O casal da Vila<br />

bailará conforme a rota <strong>do</strong> <strong>com</strong>eta, anuncian<strong>do</strong> a homenagem que a Agremiação prestará ao seu<br />

poeta maior no ano <strong>do</strong> seu centenário.<br />

Nome da Fantasia <strong>do</strong> Segun<strong>do</strong> Casal: “Coisas Nossas”<br />

Representação: Fantasia inspirada na música <strong>com</strong>posta por Noël Rosa, no ano de 1932, buscan<strong>do</strong><br />

exaltar o que era realmente nosso, genuinamente brasileiro, inserida no tom verde e amarelo <strong>do</strong><br />

discurso getulista. O artista inspirou-se nas cores da bandeira brasileira para criar o traje.<br />

- CONFECÇÃO DA ROUPA DO PRIMEIRO E DO SEGUNDO CASAL DE MESTRE SALA<br />

E PORTA BANDEIRA: Edmilsom Lima


297


G.R.E.S.<br />

ESTAÇÃO<br />

PRIMEIRA DE<br />

MANGUEIRA<br />

PRESIDENTE<br />

IVO MEIRELLES


299


“Mangueira é música <strong>do</strong><br />

Brasil”<br />

Carnavalescos<br />

COMISSÃO DE CARNAVAL<br />

Presidente da Comissão<br />

NILCEMAR NOGUEIRA


301


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

302<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil<br />

Carnavalescos<br />

Comissão de Carnaval – Nilcemar Nogueira (Presidente), Rafael Pinheiro, Reinal<strong>do</strong> Oliveira,<br />

Wilker Filho, Jorge Caribé e Jaime Cezário<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Ivo Meirelles<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Comissão de Carnaval<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Nilcemar Nogueira, Rafael Pinheiro, Willian Alves e Raphael Homem<br />

01 500 anos da Música<br />

Popular Brasileira<br />

02 81 Temas da<br />

Música Popular<br />

Brasileira<br />

03 A era <strong>do</strong>s festivais:<br />

uma parábola<br />

04 A MPB na Era <strong>do</strong><br />

Rádio<br />

05 Almanaque <strong>do</strong><br />

Rock<br />

06 Anos 70: ainda<br />

sobre a tempestade<br />

07 Bossa Nova<br />

08 Brock: o rock<br />

brasileiro <strong>do</strong>s anos<br />

80<br />

Livro Autor Editora<br />

Marília Trindade<br />

Barboza da Silva<br />

(Coordenação<br />

Geral)<br />

Luiz Américo<br />

Lisboa Junior<br />

Zuza Homen de<br />

Melo<br />

Editorial<br />

MIS/FAPERJ<br />

Gráfica Agora -<br />

Itabuna/Bahia<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

2001 Todas<br />

2000 Todas<br />

Editora 34 2003 Todas<br />

Sergio Cabral Editora Moderna 1996 Todas<br />

Kid Vinil Ediouro 2008 Todas<br />

Adauto Novaes Aeroplano e<br />

Senac Rio<br />

2005 Todas<br />

Artur da Távola Toca <strong>do</strong> Vinícius 2002 Todas<br />

Arthur Dapieve Editora 34 1995 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

303<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil<br />

Carnavalescos<br />

Comissão de Carnaval – Nilcemar Nogueira (Presidente), Rafael Pinheiro, Reinal<strong>do</strong> Oliveira,<br />

Wilker Filho, Jorge Caribé e Jaime Cezário<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Ivo Meirelles<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Comissão de Carnaval<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Nilcemar Nogueira, Rafael Pinheiro, Willian Alves e Raphael Homem<br />

09 Da Bossa Nova à<br />

Tropicália<br />

Livro Autor Editora<br />

10 Dicionário de<br />

termos e expressões<br />

da música<br />

11 Dicionário <strong>do</strong><br />

Folclore Brasileiro<br />

12 Do Samba Canção<br />

à Tropicália<br />

13 Enciclopédia da<br />

Música Brasileira<br />

14 Estação Brasil:<br />

conversan<strong>do</strong> <strong>com</strong><br />

músicos brasileiros<br />

15 Figuras e coisas da<br />

Música Popular<br />

Brasileira<br />

Santuza Cambraia<br />

Naves<br />

Henrique Autran<br />

Doura<strong>do</strong><br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Jorge Zahar Ed. 2004 Todas<br />

Editora 34 2008 Todas<br />

Câmara Cascu<strong>do</strong> Ediouro 1972 Todas<br />

Paulo Sergio Duarte<br />

e Santuza Cambraia<br />

Naves(Org.)<br />

Marcos Antonio<br />

Marcondes (org.)<br />

Violeta<br />

Weinschelbaum;<br />

tradução de Chico<br />

Mattoso<br />

Relume/Dumará<br />

(FAPERJ)<br />

2003 Todas<br />

Art Editora 1998 Todas<br />

Editora 34 2006 Todas<br />

Jota Efegê Funarte 1978 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

304<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil<br />

Carnavalescos<br />

Comissão de Carnaval – Nilcemar Nogueira (Presidente), Rafael Pinheiro, Reinal<strong>do</strong> Oliveira,<br />

Wilker Filho, Jorge Caribé e Jaime Cezário<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Ivo Meirelles<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Comissão de Carnaval<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Nilcemar Nogueira, Rafael Pinheiro, Willian Alves e Raphael Homem<br />

16 Livro de Ouro <strong>do</strong><br />

Carnaval Brasileiro<br />

17 Meio Século de<br />

Música Popular<br />

Brasileira - O que<br />

fiz, o que vi<br />

18 Música Popular –<br />

um tema em debate<br />

19 Música Popular: O<br />

ensaio é no jornal<br />

20 Notas Musicais<br />

Cariocas<br />

21 O livro de ouro da<br />

MPB<br />

Livro Autor Editora<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Felipe Ferreira Ediouro 2004 Todas<br />

Pedro Caetano Sociedade<br />

Gráfica Vida<br />

Doméstica<br />

José Ramos<br />

Tinhorão<br />

J.R.Tinhorão Editorial<br />

MIS/FAPERJ<br />

João Batista<br />

M.Vargens (Org.)<br />

Ricar<strong>do</strong> Cravo<br />

Albim<br />

22 O século da canção Luiz Tatiy Ateliê Editorial<br />

23 Pequena História da<br />

Música<br />

Mário de Andrade Livraria Martins<br />

Editora S/A<br />

1984 Todas<br />

Editora 34 1997 Todas<br />

2001 Todas<br />

Vozes 1986 Todas<br />

Ediouro 2003 Todas<br />

Todas<br />

1980 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

305<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil<br />

Carnavalescos<br />

Comissão de Carnaval – Nilcemar Nogueira (Presidente), Rafael Pinheiro, Reinal<strong>do</strong> Oliveira,<br />

Wilker Filho, Jorge Caribé e Jaime Cezário<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Ivo Meirelles<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Comissão de Carnaval<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Nilcemar Nogueira, Rafael Pinheiro, Willian Alves e Raphael Homem<br />

Livro Autor Editora<br />

24 Pequena História da<br />

Música Popular - da<br />

Modinha à Canção<br />

de Protesto<br />

25 Rio Bossa Nova um<br />

roteiro líteromusical<br />

26 81 Temas da<br />

Música Popular<br />

Brasileira<br />

27 A era <strong>do</strong>s festivais:<br />

uma parábola<br />

29 A MPB na Era <strong>do</strong><br />

Rádio<br />

31 Almanaque <strong>do</strong><br />

Rock<br />

32 Anos 70: ainda<br />

sobre a tempestade<br />

José Ramos<br />

Tinhorão<br />

Ano da<br />

Edição<br />

Páginas<br />

Consultadas<br />

Vozes LTDA 1974 Todas<br />

Ruy Castro Casa da Palavra 2005 Todas<br />

Luiz Américo<br />

Lisboa Junior<br />

Zuza Homen de<br />

Melo<br />

Gráfica Agora -<br />

Itabuna/Bahia<br />

2000 Todas<br />

Editora 34 2003 Todas<br />

Sérgio Cabral Editora Moderna 1996 Todas<br />

Kid Vinil Ediouro 2008 Todas<br />

Adauto Novaes Aeroplano e<br />

Senac Rio<br />

2005 Todas


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

306<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Enre<strong>do</strong><br />

Enre<strong>do</strong><br />

Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil<br />

Carnavalescos<br />

Comissão de Carnaval – Nilcemar Nogueira (Presidente), Rafael Pinheiro, Reinal<strong>do</strong> Oliveira,<br />

Wilker Filho, Jorge Caribé e Jaime Cezário<br />

Autor(es) <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Ivo Meirelles<br />

Autor(es) da Sinopse <strong>do</strong> Enre<strong>do</strong><br />

Comissão de Carnaval<br />

Elabora<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Roteiro <strong>do</strong> Desfile<br />

Nilcemar Nogueira, Rafael Pinheiro, Willian Alves e Raphael Homem<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Parte da pesquisa feita pela internet:<br />

- http://www.maxpressnet.<strong>com</strong>.br/e/iphan/ipfrevo.htm<br />

- http://www.dicionariompb.<strong>com</strong>.br/verbete<br />

- http://www.super.abril.<strong>com</strong>.br/.../sumario-edicao-234.shtml<br />

- http://www.projetodida.org/<br />

Letras de Música utilizadas nas defesas:<br />

- A BANDA (Chico Buarque)<br />

- A VOLTA DO MALANDRO (Chico Buarque)<br />

- ALEGRIA GERAL (Germano Meneguel)<br />

- ALEGRIA, ALEGRIA (Caetano Veloso)<br />

- APESAR DE VOCÊ (Chico Buarque)<br />

- ARRASTÃO (Edu Lobo / Vinicius de Moraes)<br />

- ASA BRANCA (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)<br />

- BAIÃO (Luíz Gonzaga)<br />

- BANHO DE LUA (P. de Filippi / F. Migliacci - Versão: Fred Jorge)<br />

- BICHO GRILO - Regis Delaor<br />

- BOI DA ESTRELA (Alex Pontes / Mailzon Mendes /Alceu Anselmo)<br />

- CÁLICE (Chico Buarque)<br />

- CANÇÃO DO SUBDESENVOLVIDO (Carlos Lyra / Chico de Assis)<br />

- CANTO PRO MAR (Carlinhos Brown)<br />

- CARCARÁ (João <strong>do</strong> Vale / José Cândi<strong>do</strong>)<br />

- CEROL NA MÃO (Bonde <strong>do</strong> Tigrão)<br />

- CHEGA DE SAUDADE (Tom Jobim / Vinícius de Moraes)<br />

- COPACABANA (João de Barro e Alberto Ribeiro)<br />

- DEMÔNIO COLORIDO (Sandra de Sá)<br />

- DOMINGO NO PARQUE (Gilberto Gil)<br />

- É PROIBIDO FUMAR (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)<br />

- ESTÚPIDO CUPIDO (Greenfield / Neil Sedaka - Versão: Fred Jorge)<br />

- GLAMOUROSA (MC Marcinho)


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

307<br />

FICHA TÉCNICA<br />

- GOTHAN CITY (Jards Macalé / Capinam)<br />

- MALUCO BELEZA (Cláudio Roberto / Raul Seixas)<br />

- MANGUETOWN (Chico Science / Lúcio Maia / Dengue)<br />

- MARACATU ATÔMICO (Jorge Mautner / Nelson Jacobina)<br />

- MARCHA Nº 1 DO CLUBE VASSOURINHAS (Matias da Rocha / Joana Batista)<br />

- MOSCA NA SOPA (Raul Seixas)<br />

- NEGRO GATO (Getúlio Côrtes)<br />

- NOTÍCIAS DO BRASIL (OS PÁSSAROS TRAZEM)(Milton Nascimento/ Fernan<strong>do</strong> Brant)<br />

- O BÊBADO E A EQUILIBRISTA (João Bosco e Aldir Blanc)<br />

- O CALHAMBEQUE (Gwen Loudermilk / John Loudermilk - Versão: Erasmo Carlos)<br />

- O SOL NASCERÁ (Cartola / Elton Medeiros)<br />

- O VIRA (João Ricar<strong>do</strong> / Luli)<br />

- ÓCULOS (Hebert Viana)<br />

- PAREI NA CONTRAMÃO (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)<br />

- PARTIDO ALTO (Chico Buarque)<br />

- PELADOS EM SANTOS (Dinho)<br />

- PIANO NA MANGUEIRA (Tom Jobim / Chico Buarque)<br />

- PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (Geral<strong>do</strong> Vandré)<br />

- QUÍMICA (Renato Russo)<br />

- RÁDIO PIRATA (Luiz Schiavon / Paulo Ricar<strong>do</strong>)<br />

- RAP DA FELICIDADE (Cidinho e Doca)<br />

- REQUEBRE QUE EU DOU UM DOCE (Dorival Caymmi)<br />

- ROBOCOP GAY (Dinho / Júlio Rasec)<br />

- SALA DE RECEPÇÃO (Carola)<br />

- SAMBA DO AVIÃO (Tom Jobim)<br />

- SEI LÁ MANGUEIRA (Paulinho da Viola / Hermínio Bello de Carvalho)<br />

- SEMPRE MANGUEIRA (Nelson Cavaquinho / Geral<strong>do</strong> Queiroz)<br />

- SONHO DOURADO (Toquinho/ M. Fabrízio/ G. Morra)<br />

- VERMELHO (Chico da Silva)<br />

- VIOLA CAIPIRA (Gian e Giovani)<br />

- VITAL E SUA MOTO (Hebert Viana)<br />

- WAVE (Tom Jobim)<br />

Elaboração pesquisa:<br />

Departamento Cultural GRESEP Mangueira:<br />

Vice-Presidente Cultural: Nilcemar Nogueira<br />

Diretores Culturais: Wellington Pessanha<br />

Alexandre Medeiros<br />

Lucy Pinto Ribeiro<br />

Colabora<strong>do</strong>res: Raphael Homem<br />

Moacir Barreto<br />

Enre<strong>do</strong>


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

HISTÓRICO DO ENREDO<br />

A maior qualidade da música brasileira é a sua diversidade. É o nosso melhor, mais<br />

bem acaba<strong>do</strong> e mais <strong>com</strong>petitivo produto de exportação. E na nossa História não há<br />

história mais bonita, mais rica, mais emocionante e mais vitoriosa <strong>do</strong> que a de nossa<br />

música popular. E para contar esta história de paixão e glória nenhum formato<br />

poderia ser mais adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> que o enre<strong>do</strong> de uma escola de samba. É o que a<br />

Mangueira vai cantar no Carnaval.” (Nelson Motta)<br />

Com o seu sur<strong>do</strong> de marcação de primeira, lá vem Mangueira, Estação<br />

Primeira... e apresenta o seu enre<strong>do</strong>: “A Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil” .<br />

Tanta vida, tantas histórias... “Mangueira teu passa<strong>do</strong> de glória está grava<strong>do</strong> na<br />

história” e nos sambas-enre<strong>do</strong>s que enaltecem a sua linda trajetória. Mangueira que<br />

nasceu da humildade, da união, de cada amanhecer , das musas da inspiração. É ela<br />

quem passa altiva, garbosa, alegre e faceira. Proclama em seus versos que seus<br />

barracos são castelos, seu morro é o senhor e o samba sua raiz.<br />

“A Mangueira é tão grande, que até o portelense Paulinho da Viola fez<br />

música para ela. E chegou a vez desta árvore fron<strong>do</strong>sa abarcar a música<br />

brasileira <strong>com</strong>o um to<strong>do</strong>. Afinal, muitos de seus frutos vieram das raízes<br />

plantadas pela Estação Primeira.” (Tárik de Souza)<br />

Lá vem Mangueira... Exaltan<strong>do</strong> a Música Brasileira. Entre “cantos imortais” e<br />

“inesquecìveis carnavais”, ecoam <strong>do</strong>s “frutos sagra<strong>do</strong>s” da Estação Primeira: Cartola,<br />

Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Jamelão, Padeirinho, Nelson Sargento, Hélio<br />

Turco, Tantinho, Alcione, Beth Carvalho, Leci Brandão, Emílio Santiago, Rosemary<br />

e muitos mais.<br />

Suas obras inspiram as novas gerações a <strong>com</strong>porem e a cantarem novas canções que<br />

enaltecem seu manto verde e rosa, e que guardamos em nossos corações.<br />

Mangueira, fonte de inspiração <strong>do</strong>s artistas, é o berço <strong>do</strong> samba e a alma <strong>do</strong>s<br />

sambistas!<br />

Nessa troca musical, em seu cenário abençoa<strong>do</strong> pela natureza, muitos poetas foram<br />

homenagea<strong>do</strong>s, e seus sambas-enre<strong>do</strong>s imortaliza<strong>do</strong>s em memoráveis desfiles, <strong>com</strong>o<br />

Braguinha, Dorival Caymmi , Tom Jobim e Chico Buarque.<br />

308


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Lá vem Mangueira, cheia de bossa, na qual o Tom é verde e rosa. Sem jamais<br />

desmerecer a riqueza musical <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, abre sua pauta nesse carnaval, <strong>com</strong> a Bossa<br />

Nova, que da Zona Sul carioca, sob influências jazzísticas, aparece <strong>com</strong>o um novo<br />

estilo, uma nova forma de se tocar e cantar o samba brasileiro.<br />

Transforma<strong>do</strong> pelo toque criativo de jovens músicos, no final <strong>do</strong>s anos 50, a Bossa<br />

Nova revoluciona, rompe fronteiras e leva o novo som <strong>do</strong> Brasil aos quatro cantos <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>.<br />

Na linha <strong>do</strong> tempo, Mangueira apresenta mais um momento musical, que em mea<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s anos 60, explode no Brasil <strong>com</strong> uma nova sonoridade, batizada de “som <strong>do</strong> iê-iêiê”.<br />

A Jovem Guarda influenciou a juventude nacional <strong>com</strong>o jamais ocorrera na<br />

história cultural <strong>do</strong> país.<br />

Liderada pelo “Rei” Roberto Carlos – seu maior expoente –, pelo “Tremendão”<br />

Erasmo Carlos e pela “Ternurinha” Wanderléia, a Jovem Guarda <strong>com</strong> os hits “Parei<br />

na Contramão”, “O Calhambeque” e “É Proibi<strong>do</strong> Fumar” escreveu um <strong>do</strong>s capìtulos<br />

fundamentais da história <strong>do</strong> pop brasileiro.<br />

A partir de 1965, os Festivais da Canção revelam novos talentos e a sigla MPB passa<br />

a identificar a canção urbana brasileira rompen<strong>do</strong> <strong>com</strong> regionalismo, projetan<strong>do</strong><br />

nacionalmente sucessos <strong>com</strong>o “Disparada”, “Ponteio”, “A Banda”, “Roda Viva” e<br />

“Arrastão”.<br />

Em seguida, as canções “Alegria, Alegria” e “Domingo no Parque” lançam sementes<br />

<strong>do</strong> Tropicalismo, um movimento de ruptura que “revolucionou” o ambiente da<br />

música popular e incorporou elementos <strong>do</strong> rock, <strong>do</strong>s ritmos estrangeiros e da cultura<br />

de massa à MPB.<br />

Já no final <strong>do</strong>s anos 60 caminhavam e cantavam seguin<strong>do</strong> a canção... sob os sombrios<br />

anos de ditadura, a música brasileira soube driblar os rigores da censura de forma<br />

criativa, afirman<strong>do</strong> cada vez mais o seu papel de porta-voz da liberdade democrática<br />

em canções intituladas Músicas de Protesto.<br />

Nos anos 80 a Música Popular Brasileira alcança êxito expressan<strong>do</strong> variedades de<br />

gêneros e fusão de estilos <strong>com</strong>o, por exemplo, o samba-canção e o pop. Marca essa<br />

época a interpretação de Sandra de Sá em “Demônio Colori<strong>do</strong>”, incorporan<strong>do</strong><br />

elementos da música erudita de vanguarda, <strong>do</strong> reggae e <strong>do</strong> funk. Este perío<strong>do</strong> teve<br />

<strong>com</strong>o ícone, Tim Maia.<br />

309


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

O Rock Brasil mostra a sua cara! Os sons eletrizantes das guitarras dão o tom ao Rock<br />

Nacional. Em letras e melodias, jovens roqueiros e bandas que saíam das garagens,<br />

assumiam um papel importante no cenário musical brasileiro. Com um “som”<br />

diverti<strong>do</strong>, exagera<strong>do</strong>, irônico e até ingênuo, o rock firma-se no merca<strong>do</strong> <strong>com</strong> Rita Lee<br />

(que <strong>com</strong>eçou na Tropicália mas virou a mãe <strong>do</strong> rock brasileiro), Raul Seixas, Marina<br />

Lima, Lobão e as bandas Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Os Paralamas <strong>do</strong> Sucesso,<br />

Ultraje a Rigor e Legião Urbana. O rock <strong>do</strong>s anos 80 trouxe variadas influências, <strong>do</strong><br />

new wave ao punk.<br />

A música <strong>do</strong> povo brasileiro transcende a um princípio de unidade geral. No ecoar de<br />

to<strong>do</strong>s os cantos tem sertanejo, tem baião, tem axé, tem toada e até eletrônico. A<br />

música <strong>do</strong> Brasil é isso: uma mistura de ritmos.<br />

“O público <strong>do</strong> Sambódromo e da televisão será testemunha de um fato<br />

marcante <strong>do</strong> Carnaval de 2010: a escola de samba mais cantada pela<br />

música popular brasileira cantará a própria música popular brasileira.<br />

A Mangueira e a nossa música se abraçarão <strong>com</strong>o <strong>do</strong>is seres que se<br />

amam e se amarão sempre. Imperdível.” (Sérgio Cabral)<br />

Aplausos! Mangueira, Estação Primeira, é a voz <strong>do</strong> samba, é a voz <strong>do</strong> gueto! O som<br />

<strong>do</strong> que vem das ruas é samba-reggae que ecoa lá <strong>do</strong> Curuzu. É Timbalada, é o ritmo<br />

<strong>do</strong> Olodum, é Manguebeat! É AfroReggae! É Funk‟n‟ Lata! Da Black Rio ao Funk<br />

Carioca, <strong>do</strong> Charme ao Hip-Hop. É o som da Galera!<br />

“A história da MPB é o retrato mais fiel da alma <strong>do</strong> Brasil. O grande<br />

caldeirão onde crepita a miscigenação das três raças, capazes de<br />

produzir o mais belo conjunto de gêneros musicais e de <strong>com</strong>positores<br />

populares de que o mun<strong>do</strong> tem notícia. A Mangueira – tão íntima dessa<br />

história de que ela mesma é personagem desde Cartola e Jamelão – vai<br />

reproduzir na Avenida em 2010 a maior paixão <strong>do</strong>s brasileiros. E – sem<br />

dúvida – a melhor e mais estimulante de suas histórias, a da música<br />

popular.” (Ricar<strong>do</strong> Cravo Albin).<br />

O carnaval é o show! Os sambas-enre<strong>do</strong> são um espetáculo à parte na história da<br />

Música Popular Brasileira, e a Estação Primeira de Mangueira, tão cantada e exaltada<br />

na nossa música, foi e ainda é fonte de inspiração de inúmeras <strong>com</strong>posições. Citada<br />

em enre<strong>do</strong>s de diversas agremiações, estende seu manto verde e rosa neste encontro<br />

mágico e universal chama<strong>do</strong> Carnaval.<br />

Comissão de Carnaval<br />

Colaboração texto (trechos): Tárik de Souza; Nelson Motta; Sérgio Cabral, Ricar<strong>do</strong> Cravo Albin.<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO ENREDO<br />

“Em Mangueira a poesia<br />

feito um mar se alastrou”<br />

(SEI LÁ MANGUEIRA - Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho)<br />

A Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, que se aproxima <strong>com</strong> a sua<br />

marcação de primeira, está trazen<strong>do</strong> em seu enre<strong>do</strong> Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil:<br />

uma história que ela conhece <strong>com</strong> absoluta intimidade, já que se trata de um tema em<br />

que ela, mais <strong>do</strong> que ser personagem de grande destaque, protagonista mesmo, é<br />

cria<strong>do</strong>ra e criatura.<br />

Afinal, quem tem mais autoridade para abordar a música popular brasileira <strong>do</strong> que a<br />

Estação Primeira? É a escola de samba que reuniu, em seu seio, nomes <strong>com</strong>o os de<br />

Cartola, Carlos Cachaça, Zé Com Fome, Nélson Cavaquinho, Nélson Sargento,<br />

Padeirinho, Hélio Turco, Tantinho, Alcione, Beth Carvalho, Leci Brandão, Emílio<br />

Santiago, Rosemary e muitos outros.<br />

É a escola de samba que recebia frequentemente o maestro Heitor Villa-Lobos, quase<br />

sempre a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong> de figuras ilustres da música universal, para as quais ele queria<br />

mostrar a verdadeira música popular <strong>do</strong> Brasil. Era uma relação tão fraterna que, no<br />

carnaval de 1966, a Mangueira emocionou a Avenida <strong>com</strong> o seu enre<strong>do</strong> “Exaltação a<br />

Villa-Lobos” em homenagem ao imortal Maestro. Aliás, a intimidade da Estação<br />

Primeira <strong>com</strong> a nossa música permitiu que a escola a escolhesse <strong>com</strong>o enre<strong>do</strong> nos<br />

carnavais de 1960 (“Glória ao samba”), 1968 (“Samba, festa de um povo”), 1984<br />

(“Yes, nós temos Braguinha”), 1985 (“Abram alas que eu quero passar – Chiquinha<br />

Gonzaga”), 1986 (“Caymmi mostra ao mun<strong>do</strong> o que a Bahia e a Mangueira têm”),<br />

1992 (“Se to<strong>do</strong>s fossem iguais a você – Antônio Carlos Jobim”), 1994 (“Atrás da<br />

verde e rosa só não vai quem já morreu – Maria Bethania, Caetano Veloso, Gilberto<br />

Gil e Gal Costa”), 1998 (“Chico Buarque da Mangueira”) e 1999 (“O Século <strong>do</strong><br />

Samba”). Cantar a música brasileira é um hábito da Escola de Samba Estação<br />

Primeira.<br />

Os <strong>com</strong>positores, músicos e cantores homenagea<strong>do</strong>s pela Mangueira através <strong>do</strong>s<br />

anos chamam a atenção não só pelo talento, mas também pela diversidade de estilos.<br />

E são esse talento e esses estilos que caracterizam a música popular brasileira e que<br />

estão refleti<strong>do</strong>s no enre<strong>do</strong> que ora a Estação Primeira nos apresenta. Por isso, além<br />

<strong>do</strong> samba, estão aqui o baião, a bossa nova, que mu<strong>do</strong>u a nossa música e a projetou<br />

para o mun<strong>do</strong> inteiro, a revolução da Jovem Guarda, liderada pelo “Rei” Roberto<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Carlos, pelo “Tremendão” Erasmo Carlos e por Wanderléia, a “Ternurinha”. A<br />

chamada MPB, que surgiu na década de 1960 incorporan<strong>do</strong> recursos da Bossa Nova<br />

a várias formas de música brasileira, os festivais, que também marcaram os anos<br />

1960, a música de protesto, a incorporação da música pop internacional, o reggae, o<br />

funk, o rock brasileiro, o axé da Bahia, a música sertaneja e o hip-hop.<br />

Definitivamente, MANGUEIRA É MÚSICA DO BRASIL<br />

Sérgio Cabral (Sérgio Cabral Santos)<br />

Jornalista. Crítico Musical. Produtor Musical. Pesquisa<strong>do</strong>r. Escritor. Compositor<br />

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DOS SETORES<br />

1º SETOR - “EU SOU A MPB - MANGUEIRA UM MAR DE POESIA”<br />

Muitos talvez se perguntem <strong>com</strong>o fez o poeta:<br />

“Habitada por gente simples e tão pobre<br />

Que só tem o sol que a to<strong>do</strong>s cobre<br />

Como podes Mangueira, cantar?... 1<br />

Porém esse mesmo poeta, o grande Mangueirense Cartola se apressou em responder.<br />

...Pois então saiba que não desejamos mais nada<br />

A noite, a lua prateada<br />

Silenciosa, ouve as nossas canções...” 2<br />

Embalada pela poesia de seus <strong>com</strong>positores que ecoa nos seus becos, vielas, casas e<br />

tem sua apoteose no Palácio <strong>do</strong> Samba, a Estação Primeira de Mangueira inicia seu<br />

desfile apresentan<strong>do</strong> o Samba - maior identidade musical brasileira - e nos leva a<br />

caminhar, reviver e sonhar <strong>com</strong> sua poesia e enre<strong>do</strong>s imortais que exaltaram<br />

<strong>com</strong>positores da música popular e a própria música brasileira.<br />

2º SETOR – MANGUEIRA CHEIA DE BOSSA<br />

Grande tronco da MPB, o samba gerou deriva<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o o samba-canção, samba de<br />

breque, samba-enre<strong>do</strong> e a Bossa Nova - eterna batida sincopada que o mun<strong>do</strong> inteiro<br />

encantou. De suas origens sincréticas e miscigenadas <strong>com</strong>o o nosso povo – a Bossa<br />

Nova é por muitos considerada a cara <strong>do</strong> Rio. Surge <strong>com</strong>o uma modernização <strong>do</strong><br />

samba “abolera<strong>do</strong>” <strong>do</strong>s fins <strong>do</strong>s anos 50, que tinha <strong>com</strong>o tema normalmente assuntos<br />

tristes, “de fossa”. A zona sul <strong>do</strong> Rio, principalmente o bairro de Copacabana, foi o<br />

centro <strong>do</strong>s acontecimentos. Com o surgimento da Bossa Nova, características até<br />

então marcantes de nossa tradição sonora sofreram alterações radicais. Percussão e<br />

cavaquinho foram suprimi<strong>do</strong>s – o violão sozinho dava conta <strong>do</strong> a<strong>com</strong>panhamento.<br />

O encontro de Nara Leão <strong>com</strong> Cartola e outros sambistas e as famosas rodas de samba<br />

<strong>do</strong> Opinião simbolizam a união da Bossa Nova <strong>com</strong> o samba <strong>do</strong> Morro. Essa união<br />

estabeleceu uma via de mão dupla na qual o morro chega à zona sul e a zona sul<br />

descobre a poesia da gente <strong>do</strong>s morros. Fez <strong>com</strong> que a música de classe média<br />

chegasse à classe popular e o fruto maior <strong>do</strong> morro, alcançasse to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>,<br />

provan<strong>do</strong> que, para a música, não há barreiras. Fonte de inspiração para Tom Jobim e<br />

Chico Buarque em sua música “Piano na Mangueira”, que exaltava o encontro <strong>do</strong><br />

morro <strong>com</strong> o asfalto:<br />

1 SALA DE RECEPÇÃO - Cartola<br />

2 SALA DE RECEPÇÃO - Cartola<br />

313


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

”Mangueira<br />

Estou aqui na plataforma<br />

Da Estação Primeira<br />

O Morro veio me chamar<br />

De terno branco e chapéu de palha<br />

Vou me apresentar<br />

Já mandei subir meu piano prá Mangueira<br />

A minha música não é de levantar poeira<br />

Mas pode entrar no barracão...” 3<br />

3º SETOR - AO SOM DO IÊ-IÊ-IÊ<br />

Após a era da Bossa Nova, o universo musical brasileiro abriu-se para novas<br />

experiências – O SOM DO IÊ-IÊ-IÊ - atingiu os jovens da época que não estavam tão<br />

liga<strong>do</strong>s aos acontecimentos políticos. Mas, apesar de serem considera<strong>do</strong>s por muitos<br />

<strong>com</strong>o alheios ao momento que o Brasil enfrentava, seus personagens da Jovem<br />

Guarda proporcionaram uma mudança de hábitos e costumes de nossos jovens.<br />

Grande parte das músicas falava de assuntos ingênuos.<br />

4º SETOR - A CENSURA E AS MÚSICAS DE PROTESTO<br />

As artes em geral e a música em particular formaram na linha de frente da luta pelo<br />

retorno <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Direito em nosso país. Essa resistência gerou uma insatisfação<br />

nos governantes e fez <strong>com</strong> que tantos artistas fossem presos, exila<strong>do</strong>s ou incluí<strong>do</strong>s na<br />

nefasta lista de desapareci<strong>do</strong>s políticos, caso <strong>do</strong> pianista Francisco Tenório Júnior,<br />

pego por orgãos de repressão quan<strong>do</strong> a<strong>com</strong>panhava a turnê de Vinícius e Toquinho,<br />

na Argentina. Como nos mostrou o grande Chico Buarque, essa foi uma época que<br />

podemos classificar <strong>com</strong>o “Página infeliz de nossa história”, mas, ao mesmo tempo,<br />

podemos considerá-la <strong>com</strong>o um <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s mais férteis e produtivos para a nossa<br />

música. Grandes nomes se consolidam no cenário musical <strong>do</strong> Brasil. Da mistura <strong>do</strong><br />

samba de morro <strong>com</strong> a batida sincopada da Bossa Nova e a descoberta <strong>do</strong> universo<br />

musical nordestino surge a verdadeira Música Popular Brasileira. Cabe aqui um<br />

especial destaque para Tereza Rachel, organiza<strong>do</strong>ra da famosa Roda de Samba <strong>do</strong><br />

Teatro Opinião.<br />

5º SETOR – MANGUEIRA CANTA A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA<br />

Com os espaços de encontros e discussão cada vez mais restritos em função <strong>do</strong><br />

momento político, os Festivais de Música fundamentais na consolidação da emergente<br />

MPB e também da televisão <strong>com</strong>o o grande veículo de <strong>com</strong>unicação de massa. Após a<br />

primeira experiência feita na TV Excelsior de São Paulo, no ano de 1965, vieram<br />

inúmeros outros festivais <strong>com</strong>o o da TV Record - a Bienal <strong>do</strong> Samba - e os Festivais<br />

Internacionais da Canção (FIC).<br />

3 PIANO NA MANGUEIRA – Tom Jobim e Chico Buarque<br />

314


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Esses espetáculos uniram em seus palcos artistas já consagra<strong>do</strong>s da Era <strong>do</strong> Rádio<br />

<strong>com</strong>o, por exemplo, Elizeth Car<strong>do</strong>so, Elza Soares, Emilinha Borba e Marlene <strong>com</strong> os<br />

jovens talentos que <strong>do</strong>minariam o cenário musical brasileiro <strong>com</strong>o Elis Regina, Chico<br />

Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes e Jair Rodrigues entre tantos<br />

excelentes artistas. Os festivais de Música Popular demonstraram a capacidade de<br />

nossa gente reverter situações adversas, pois em um momento em que se dizia que<br />

mais de duas pessoas conversan<strong>do</strong> já era um processo de subversão, a música reunia<br />

milhares de pessoas e muitas vezes conseguia passar mensagens <strong>com</strong> alto conteú<strong>do</strong><br />

polìtico, <strong>com</strong>o por exemplo, a canção “Prá não Dizer que Não Falei de Flores”<br />

(Caminhan<strong>do</strong> e Cantan<strong>do</strong>) de Geral<strong>do</strong> Vandré.<br />

Deve ser destaca<strong>do</strong> ainda que tal fenômeno <strong>do</strong>s festivais fez surgir uma enorme<br />

quantidade de festivais universitários e estudantis que da mesma forma que os<br />

grandes eventos nacionais permitiram o surgimento de novos talentos e foram a<br />

possibilidade de expressão <strong>do</strong>s jovens.<br />

Os artistas da Tropicália são exemplos <strong>do</strong>s que se utilizaram <strong>do</strong>s festivais para<br />

divulgar suas obras e se lançar no emergente merca<strong>do</strong> da música.<br />

6º SETOR - ROCK BRASIL MOSTRA A SUA CARA<br />

A televisão acabava de entrar na era <strong>do</strong>s vídeo-clips e as bandas de sucesso tocavam<br />

na rádio Fluminense e no Circo Voa<strong>do</strong>r, ambos no Rio de Janeiro, e apresentavam-se<br />

em programas de auditório <strong>com</strong>o o Cassino <strong>do</strong> Chacrinha, da Rede <strong>Globo</strong>. Rolava de<br />

tu<strong>do</strong>: Miquinhos Amestra<strong>do</strong>s, Abóboras Selvagens, Kid Abelha, Kid Vinil, Absyntho,<br />

Herva Doce, Sempre Livre, Camisa de Vênus.<br />

O Rock in Rio I, ocorri<strong>do</strong> em janeiro de 1985, aju<strong>do</strong>u a consolidar o BRock <strong>com</strong>o<br />

algo rentável para as grava<strong>do</strong>ras e, por consequência, disseminou o surgimento de<br />

bandas que apareciam por todas as bandas, de qualidade ou não. Mesmo não fazen<strong>do</strong><br />

parte de suas atrações, os grupos Titãs, Legião Urbana, Ultraje a Rigor e RPM<br />

alcançaram um maior destaque após o festival, o qual aju<strong>do</strong>u, também, a alavancar a<br />

carreira de grupos que já se destacavam <strong>com</strong>o Kid Abelha, Blitz, Paralamas <strong>do</strong><br />

Sucesso e Barão Vermelho.<br />

Suas letras falam de amores perdi<strong>do</strong>s ou bem sucedi<strong>do</strong>s, não deixan<strong>do</strong> de abordar<br />

algumas temáticas sociais. O grande diferencial das bandas deste perío<strong>do</strong> era a<br />

capacidade de falar sobre estes assuntos sem dar à música um peso exageradamente<br />

emocional ou político. Outra característica marcante <strong>do</strong> movimento era a capacidade<br />

que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tu<strong>do</strong> <strong>com</strong> um tom de ironia,<br />

Além disso, criaram o visual próprio da época; cabelos arma<strong>do</strong>s ou bastante curtos<br />

para as meninas, gel, roupas coloridas e extravagantes para os meninos, num visual<br />

andrógino, herança direta <strong>do</strong> Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus<br />

discípulos, <strong>com</strong>o o Kiss e The Cure.<br />

315


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

7º SETOR - O CANTO FORTE DO BRASIL<br />

Um olhar sem preconceitos, um Brasil sem barreiras. Um olhar para nossas mais<br />

remotas estâncias. O Frevo, o Sertanejo, o Baião, a Toada aqui se unem, provan<strong>do</strong><br />

que a Música acontece também fora <strong>do</strong>s eixos de divulgação de massa. Mostra que a<br />

música brasileira sobrepõe-se: é mutável, flexível, rica e diversa. Estilos musicais<br />

regionais encontram-se <strong>com</strong> o pagode e o samba, na Estação Primeira de Mangueira.<br />

Como nos mostrou, <strong>com</strong> a sutileza mineira a dupla Milton Nascimento e Fernan<strong>do</strong><br />

Brant “Aqui vive um povo que merece mais respeito/ Sabe, belo é o povo <strong>com</strong>o é belo<br />

to<strong>do</strong> amor/ Aqui vive um povo que é mar e que é rio/ E seu destino é um dia se juntar/<br />

O canto mais belo será sempre mais sincero/ Sabe, tu<strong>do</strong> quanto é belo será sempre de<br />

espantar/ Aqui vive um povo que cultiva a qualidade/ Ser mais sábio que quem o quer<br />

governar” 4<br />

8º SETOR - MANGUEIRA É A VOZ DO GUETO<br />

“Eu só quero é ser feliz<br />

Andar tranqüilamente<br />

Na favela onde eu nasci<br />

É...<br />

E poder me orgulhar<br />

E ter a consciência<br />

Que o pobre tem seu lugar” 5<br />

Canção da dupla Cidinho e Doca, considerada por muitos uma espécie de hino da<br />

<strong>com</strong>unidade funk, retrata a motivação de to<strong>do</strong> o movimento. O funk carioca, deriva<strong>do</strong><br />

direto <strong>do</strong> Miami Bass, ganhou popularidade nos morros <strong>do</strong> Rio de Janeiro, por ser de<br />

letra simples e melodia repetitiva, depois conquistan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os espaços da cidade e<br />

<strong>do</strong> país.<br />

Da mesma forma que o samba de outrora, o funk representa a resistência da música<br />

popular <strong>do</strong>s guetos, assim <strong>com</strong>o a Timbalada, o Olodum, o Manguebeat e o Hip-Hop,<br />

representantes de outros recantos <strong>do</strong> Brasil.<br />

4 Notícias <strong>do</strong> Brasil (Os Pássaros Trazem) – Milton Nascimento/ Fernan<strong>do</strong> Brant<br />

5 Rap da Felicidade – Cidinho e Doca<br />

316<br />

Comissão de Carnaval


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

ROTEIRO DO DESFILE<br />

Comissão de Frente<br />

UM BRASIL QUE DANÇA,<br />

CANTA E É FELIZ<br />

1º SETOR – “EU SOU A MPB – MANGUEIRA UM MAR DE POESIA”<br />

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Raphael e Marcella<br />

CARTOLA E SUA MUSA MAIOR – A<br />

POESIA<br />

1º Quadripé<br />

MANGUEIRA PEDE PASSAGEM<br />

Ala 01 – Comunidade<br />

SAMBAS ANTOLÓGICOS<br />

Alegoria 01 – Abre-Alas<br />

NOSSOS BARRACOS SÃO CASTELOS<br />

Velha-Guarda<br />

Ala 02 – Comunidade<br />

O SOL NASCERÁ<br />

Ala 03 – Baianas Tradicionais<br />

EU SOU A MPB – MANGUEIRA UM<br />

MAR DE POESIA<br />

Passistas<br />

Índio e Juliana<br />

MANGUEIRA É MÚSICA DO BRASIL<br />

317


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

2º SETOR – MANGUEIRA CHEIA DE BOSSA<br />

2º Quadripé<br />

PIANO NA MANGUEIRA<br />

Destaque de Chão<br />

ACORDES DISSONANTES<br />

Ala 04 – Comunidade<br />

CHEGA DE SAUDADE<br />

Ala 05 – Baianinhas<br />

COPACABANA<br />

Ala 06 – Ala Embaixa<strong>do</strong>res e<br />

Ala Brasinhas & Brasões<br />

SAMBA DO AVIÃO<br />

Passistas<br />

Fernanda e Anderson<br />

A BOSSA NO SAMBA<br />

Alegoria 02<br />

BOSSA NOVA<br />

3º SETOR – AO SOM DO IÊ-IÊ-IÊ<br />

Ala 07 – Comunidade<br />

BANHO DE LUA<br />

Ala 08 – Coreografada<br />

ESTÚPIDO CUPIDO<br />

Destaque de Chão<br />

BROTO LEGAL<br />

Ala 09 – Ala Mimosas e<br />

Ala Depois Eu Digo<br />

NA ONDA DO IÊ-IÊ-IÊ<br />

318


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Ala 10 – Ala Baianas Granfinas e<br />

Ala Vendaval<br />

NEGRO GATO<br />

Passistas<br />

Cinthia e Cleiton<br />

BANHO DE LUA E ESTÚPIDO CUPIDO<br />

Alegoria 03<br />

O CALHAMBEQUE – JOVEM GUARDA<br />

4º SETOR – A CENSURA E AS MÚSICAS DE PROTESTO<br />

Ala 11 – Comunidade<br />

PRA NÃO DIZER QUE NÃO<br />

FALEI DAS FLORES<br />

Ala 12 – Ala Acauã e<br />

Ala Amigos de Embalo<br />

OS MORCEGOS DE GOTHAN CITY<br />

Rainha de Bateria<br />

A MÚSICA BRASILEIRA É CENSURADA<br />

Ala 13 – Bateria<br />

MÚSICOS CENSURADOS<br />

Ala 14 – Passistas<br />

DEPORTADOS<br />

Ala 15 – Comunidade<br />

CARCARÁ<br />

Ala 16 – Comunidade<br />

CANÇÃO DO SUBDESENVOLVIDO<br />

Passistas<br />

Evelyn e Renan<br />

REPRESSÃO CULTURAL<br />

319


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Alegoria 04<br />

CENSOLANGE<br />

5º SETOR – MANGUEIRA CANTA A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA<br />

Ala 17 – Ala Carcará e<br />

Ala Estrela Iluminada<br />

ARRASTÃO<br />

Ala 18 – Comunidade<br />

A BANDA<br />

Ala 19 – Ala Au..., Au... Au e Ala Moana<br />

ALEGRIA, ALEGRIA<br />

Ala 20 – Comunidade<br />

SECOS E MOLHADOS<br />

Ala 21 – Ala Alia<strong>do</strong>s e Ala Caprichosas<br />

CLUBE DA ESQUINA<br />

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Matheus e Débora<br />

NOVOS BAIANOS<br />

Ala 22 – Vem Comigo<br />

DEMÔNIO COLORIDO<br />

Passistas<br />

Claudiene e Mario<br />

MORO NO PA-TRO-PI<br />

Alegoria 05<br />

OS FESTIVAIS E A TROPICÁLIA<br />

6º SETOR – ROCK BRASIL MOSTRA A SUA CARA!<br />

Ala 23 – Seresteiros<br />

MALUCO BELEZA<br />

320


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Ala 24 – Comunidade<br />

JOÃO PENCA E<br />

OS MIQUINHOS AMESTRADOS<br />

Ala 25 – Ala Gatinhas & Gatões e<br />

Ala Impossíveis<br />

RPM<br />

Ala 26 – Crianças<br />

KID ABELHA E<br />

OS ABÓBORAS SELVAGENS<br />

Ala 27 – Comunidade<br />

PARALAMAS DO SUCESSO<br />

Ala 28 – Comunidade<br />

MAMONAS ASSASSINAS<br />

Passistas<br />

Flavia e Felipe<br />

BROCK<br />

Alegoria 06<br />

ROCK BRASIL<br />

7º SETOR – O CANTO FORTE DO BRASIL<br />

Ala 29 – Ala Realidade e Ala Panteras<br />

SERTANEJO<br />

Destaque de Chão<br />

ASA BRANCA<br />

Ala 30 – Ala Eles & Elas e<br />

Ala Nós Somos Assim<br />

BAIÃO<br />

Ala 31 – Comunidade<br />

FREVO<br />

321


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Ala 32 – Ala Tropicana e Ala Opção<br />

TOADA<br />

Passistas<br />

Livia e Fabio<br />

FREVANÇA<br />

Alegoria 07<br />

CANTA BRASIL<br />

8º SETOR – MANGUEIRA É A VOZ DO GUETO<br />

Ala 33 – Comunidade<br />

SAMBA-REGGAE<br />

Ala 34 – Comunidade<br />

TIMBALADA<br />

Ala 35 – Comunidade<br />

MANGUEBEAT<br />

Ala 36 – Comunidade<br />

HIP-HOP<br />

Destaque de Chão<br />

TCHUTCHUCA<br />

3º Quadripé<br />

BATIDÃO<br />

Ala 37 – Comunidade<br />

OS FUNKEIROS<br />

Passistas<br />

Queila e Celso<br />

FUNK CARIOCA<br />

Alegoria 08<br />

BONDE DA MANGUEIRA<br />

322


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

01 NOSSOS BARRACOS SÃO<br />

CASTELOS<br />

323<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

“...Os versos de Mangueira são modestos<br />

Mas há sempre força de expressão<br />

Nossos barracos são castelos<br />

Em nossa imaginação...”<br />

(SEMPRE MANGUEIRA – Nelson Cavaquinho e<br />

Geral<strong>do</strong> Queiroz)<br />

O carro é uma alusão a um <strong>do</strong>s maiores celeiros de<br />

bambas da Música Popular Brasileira - o Morro de<br />

Mangueira. Uma homenagem aos nossos poetas<br />

mangueirenses e a outros que a Mangueira inspirou.<br />

Lembra ainda grandes enre<strong>do</strong>s desenvolvi<strong>do</strong>s pela<br />

Escola, exalta artistas da nossa MPB já canta<strong>do</strong>s pela<br />

Estação Primeira. Nossos baluartes e toda a<br />

<strong>com</strong>unidade, raiz dessa nação, se orgulham em mostrar<br />

que Mangueira é Música <strong>do</strong> Brasil.<br />

Destaque: Tânia Índio <strong>do</strong> Brasil – Mangueira, teu<br />

cenário é uma beleza (Samba Exaltação)<br />

Semi-destaque: Nanana da Mangueira – Meu coração é<br />

Verde e Rosa<br />

Composição Feminina: Musa Inspira<strong>do</strong>ra<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

* PIANO NA MANGUEIRA<br />

(QUADRIPÉ)<br />

324<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

”Mangueira<br />

Estou aqui na plataforma<br />

Da Estação Primeira<br />

O Morro veio me chamar<br />

De terno branco e chapéu de palha<br />

Vou me apresentar<br />

À minha nova parceira<br />

Já mandei subir meu piano prá Mangueira”<br />

(PIANO NA MANGUEIRA- Tom Jobim / Chico<br />

Buarque)<br />

O encontro de Nara Leão <strong>com</strong> Cartola e outros<br />

sambistas e as famosas rodas de samba <strong>do</strong> Teatro<br />

Opinião simbolizam a união da Bossa Nova <strong>com</strong> o<br />

samba <strong>do</strong> Morro. Estabeleceu uma via de mão dupla, na<br />

qual o morro chega à zona sul e a zona sul descobre a<br />

poesia da gente <strong>do</strong>s morros, e fez <strong>com</strong> que a música de<br />

classe média chegasse à classe popular e o fruto maior<br />

<strong>do</strong> morro, alcançou to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, provan<strong>do</strong> que para a<br />

música não há barreiras. E foi fonte de inspiração para<br />

Tom Jobim e Chico Buarque brindar-nos <strong>com</strong> sua<br />

música Piano na Mangueira, que exaltava o encontro <strong>do</strong><br />

morro <strong>com</strong> o asfalto:<br />

DESTAQUE CENTRAL: Marlene Campelo -<br />

Mangueira cheia de bossa


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

325<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

02 BOSSA NOVA O “Poetinha” Vinicius de Moraes, a “Princesinha <strong>do</strong><br />

Mar”, o violão de João Gilberto, a Garota de Ipanema e o<br />

eterno Beco das Garrafas foram os elementos de<br />

inspiração para criação desta alegoria. Considerada uma<br />

nova forma de tocar samba, a Bossa Nova apesar de<br />

criticada pela forte influência norte-americana, traduzida<br />

nos acordes dissonantes <strong>com</strong>uns ao jazz, abriu as portas<br />

para a divulgação de nossa música no mun<strong>do</strong>.<br />

03 O CALHAMBEQUE - JOVEM<br />

GUARDA<br />

Destaque: Eduar<strong>do</strong> Leal - Wave<br />

Composição: Samba de uma Nota Só<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s<br />

“-"Bem! Vocês me desculpem<br />

Mas agora eu vou-me embora<br />

Existem mil garotas<br />

Queren<strong>do</strong> passear <strong>com</strong>igo<br />

Mas é por causa<br />

Desse Calhambequ, mora?<br />

Bye! Eh! Bye! Bye!"Arrãããããããããmmmm!”<br />

(O CALHAMBEQUE - Gwen Loudermilk / John<br />

Loudermilk - Versão : Erasmo Carlos)<br />

Quem na juventude, na década de 60, não sonhava dar<br />

uma volta no famoso Calhambeque canta<strong>do</strong> por Roberto<br />

Carlos? O calhambeque da Mangueira dá uma carona para<br />

to<strong>do</strong> o público embarcar na onda da Jovem Guarda, que é<br />

uma brasa, mora?<br />

Nesta alegoria homenageamos seus principais ícones.<br />

Destaque Central Alto: Santinho - Negro Gato<br />

Destaque Central Baixo: Ludmila Aquino - Rainha <strong>do</strong><br />

Iê-iê-iê<br />

Composição Feminina: Ternurinha<br />

Composição Masculina: Tremendão<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

326<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

04 CENSOLANGE Anos de Chumbo. A repressão política ganhou força e a tortura<br />

acontecia nos porões <strong>do</strong> regime e havia a Censura aos meios de<br />

Comunicação e às formas de expressão artísticas, sobretu<strong>do</strong> no<br />

teatro e na música era tentativa de “fazer a cabeça” <strong>do</strong> nosso<br />

povo.<br />

Esse carro retrata o horror causa<strong>do</strong> pela Censura. Faz alusão às<br />

trevas em que o Brasil mergulhou.<br />

Uma gaiola aprisiona uma figura humana representan<strong>do</strong> os<br />

censores e que está sen<strong>do</strong> carregada por um enorme monstro<br />

que assombra a consciência desses censores.<br />

À sua frente uma carruagem repleta de <strong>com</strong>positores censura<strong>do</strong>s<br />

é puxada por centauros– artistas que resistiram à violência da<br />

censura e mesmo <strong>com</strong> a força das mordaças, continuaram a<br />

produzir suas obras. Lutan<strong>do</strong> para que a afirmação de Chico se<br />

concretizasse<br />

Apesar de Você<br />

Amanhã há de ser outro dia<br />

...<br />

Como vai proibir<br />

Quan<strong>do</strong> o galo insistir em cantar<br />

(APESAR DE VOCÊ- Chico Buarque)<br />

Controlan<strong>do</strong> essa carroça, um palhaço, que ao mesmo tempo<br />

simboliza a necessidade de maquiagem das músicas e o uso de<br />

pseudônimo <strong>com</strong>o saída para escapar da censura.<br />

Também representa a cara <strong>com</strong> que devem ter fica<strong>do</strong> os<br />

censores ao descobrir, por exemplo, que Julinho da Adelaide era<br />

o “terrìvel” Chico Buarque que cantou em sua obra Acorda<br />

Amor as desventuras de tantos brasileiros “sequestra<strong>do</strong>s” em<br />

suas casas pelo aparelho repressor ou quan<strong>do</strong> descobriram que o<br />

neologismo batuqueiro <strong>do</strong>s versos de Parti<strong>do</strong> Alto “Na barriga<br />

da miséria nasci batuqueiro” apenas camuflava a palavra<br />

brasileiro.<br />

Hoje é a liberdade de expressão quem manda. E a Mangueira<br />

pergunta: onde estão escondi<strong>do</strong>s desta enorme euforia?<br />

Destaque: Sérgio Ribeiro – Monstro da Censura<br />

Composição: Carrascos da Censura<br />

Composição: Compositores censura<strong>do</strong>s<br />

Composição: Solange Hernandez<br />

Composição: Anos de Chumbo<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

05 OS FESTIVAIS E A<br />

TROPICÁLIA<br />

"Juliana giran<strong>do</strong><br />

Oi giran<strong>do</strong>!<br />

Oi, na roda gigante<br />

Oi, giran<strong>do</strong>!<br />

Oi, na roda gigante<br />

Oi, giran<strong>do</strong>!<br />

O amigo João (João)..."<br />

(DOMINGO NO PARQUE – Gilberto Gil)<br />

327<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

O carro apresenta elementos que fazem referência direta<br />

à Era <strong>do</strong>s Festivais. A canção escolhida para simbolizar<br />

esse perío<strong>do</strong> foi Domingo no Parque de Gilberto Gil,<br />

apresentada por ele e Os Mutantes no III Festival de<br />

Música Popular Brasileira, da TV Record , em 1967.<br />

Essa canção juntamente <strong>com</strong> Alegria, Alegria de<br />

Caetano Veloso foi um marco no surgimento <strong>do</strong><br />

movimento Tropicalista. Destaca-se nessa alegoria o<br />

Galo símbolo maior <strong>do</strong>s Festivais Internacionais da<br />

Canção (FIC) inicia<strong>do</strong>s em 1967 na TV Rio passan<strong>do</strong><br />

para a TV <strong>Globo</strong> no ano seguinte.<br />

Para representar o grande número de artistas que<br />

ganharam popularidade, neste perío<strong>do</strong> estão presentes<br />

no carro esculturas de Gilberto Gil, Caetano Veloso e<br />

Rita Lee.<br />

Destaque Central: Beni – Tropicália<br />

Destaque Central Baixo: Nabil – Nei Matogrosso<br />

Destaque Lateral Direito: Talita (Luisinho 28) – Sabiá<br />

Destaque Lateral Esquer<strong>do</strong>: Luciano<br />

Composição: País Tropical (masculino e feminino)<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

328<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

06 ROCK BRASIL Foi nos anos 80 que ocorreu a massificação <strong>do</strong> rock no<br />

Brasil, provocan<strong>do</strong> o surgimento de várias bandas e<br />

cantores, que criaram uma forma bem brasileira,<br />

geran<strong>do</strong> o rótulo “BRock”.<br />

A alegoria faz referência às várias bandas e cantores <strong>do</strong><br />

Rock “made in” Brasil, ao sucesso cinematográfico da<br />

época “Rock Estrela” e aos instrumentos mais<br />

marcantes: a bateria e a guitarra.<br />

Destaque Central: José Neto - Rock Brasil<br />

Composição: Rock Estrela<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s<br />

07 CANTA BRASIL O carro faz referência à diversidade musical <strong>do</strong> país,<br />

ressaltan<strong>do</strong> alguns <strong>do</strong>s movimentos que mais se<br />

destacaram no circuito nacional, deixan<strong>do</strong> de ser<br />

considera<strong>do</strong>s "música regional" para integrar o elenco<br />

da grande MPB: o Frevo, o Baião, a Toada aqui<br />

recepciona<strong>do</strong>s pelo pagode <strong>do</strong> Cacique de Ramos,<br />

homenagean<strong>do</strong> sua madrinha Beth Carvalho,<br />

responsável pela revelação de tantos <strong>com</strong>positores.<br />

Destaques Central Alto – Edmilson Araújo – Canta<br />

Brasil<br />

Destaque Central baixo: Fábio Silva - O pagode e o<br />

Cacique de Ramos<br />

Composição: Hoje eu vou caciquear<br />

Composição: Vassourinhas<br />

Composição: O som vin<strong>do</strong> da Amazônia<br />

Composição: Salve Luiz Gonzaga!<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r das Alegorias (Cenógrafo)<br />

Jaime Cezário, Jorge Caribe e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº Nome da Alegoria O que Representa<br />

* QUADRIPÉ<br />

BATIDÃO<br />

329<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Alegorias<br />

Neste quadripé, o coreógrafo Fly relembra seus tempos<br />

de integrante <strong>do</strong> grupo You Can Dance quan<strong>do</strong> animava<br />

as músicas de funk nos programas de auditório da TV<br />

<strong>Globo</strong>, veículo que contribuiu para a difusão <strong>do</strong> funk no<br />

Brasil.<br />

08 BONDE DA MANGUEIRA “Quer dançar, quer dançar<br />

O Tigrão vai te ensinar<br />

...<br />

Então martela, martela, martela o martelão<br />

Levante a mãozinha, na palma da mão<br />

É o Bonde <strong>do</strong> Tigrão...”<br />

(CEROL NA MÃO- Dj's Da Pipo's/Tigrão/Antônio<br />

Carlos/Rita Marques)<br />

Repetin<strong>do</strong> quase um século depois o mesmo processo de<br />

aceitação que ocorreu <strong>com</strong> o samba carioca, o Funk deixou o<br />

gueto e ganhou as altas rodas. Representan<strong>do</strong> a força da<br />

música <strong>do</strong> gueto no carro “Bonde da Mangueira”, os<br />

"funkeiros" encontram-se <strong>com</strong> a diversidade de ritmos <strong>do</strong>s<br />

guetos <strong>do</strong> Brasil.<br />

Glamourosa, rainha <strong>do</strong> funk<br />

Poderosa, olhar de diamante<br />

Nos envolve, nos fascina, agita o salão<br />

Balança gostoso requebran<strong>do</strong> até o chão<br />

(GLAMOUROSA – MC Marcinho)<br />

O carro traz elementos que remetem ao cenário <strong>do</strong>s bailes<br />

funk: caixas de som emparedadas, mulheres conhecidas<br />

<strong>com</strong>o popozadas, dançan<strong>do</strong>. Presta ainda uma homenagem<br />

por meio de uma escultura a um <strong>do</strong>s grandes ícones <strong>do</strong> funk<br />

carioca, Claudinho.<br />

Destaque Central: Ednelson Pereira - Batidão Funk<br />

Destaque Lateral Esquer<strong>do</strong>: Allan - Samba-Reggae<br />

Destaque Lateral Direito: Timbalada<br />

Composição: Funkeiros e as Popozudas <strong>do</strong> Funk<br />

Composição: Glamourosas – As Rainhas <strong>do</strong> Funk<br />

* Artistas Convida<strong>do</strong>s


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Nomes <strong>do</strong>s Principais Destaques Respectivas Profissões<br />

330<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Tânia Índio <strong>do</strong> Brasil (Abre-Alas) Funcionária pública<br />

Marlene Campelo (Quadripé) Empresária<br />

Eduar<strong>do</strong> Leal (Alegoria 02) Estudante<br />

Santinho (Alegoria 03) Estilista<br />

Ludmilla de Aquino (Alegoria 03) Assessora de Imprensa<br />

Sérgio Ribeiro (Alegoria 04) Administra<strong>do</strong>r de Empresas<br />

Beni (Alegoria 05) Empresária<br />

Nabil Habib (Alegoria 05) Agente de viagens<br />

Luciano (Alegoria 05) Maquia<strong>do</strong>r da <strong>Globo</strong><br />

Talita (Alegoria 05) Empresária<br />

José Neto (Alegoria 06) Empresário<br />

Edmilson Araújo (Alegoria 07) Empresário<br />

Fábio Lima (Alegoria 07) Empresário<br />

Ednelson Pereira (Alegoria 08) Empresário<br />

Local <strong>do</strong> Barracão<br />

Rua Rivadávia Correa nº 60 – Galpão 13 - Cidade <strong>do</strong> Samba<br />

Diretor Responsável pelo Barracão<br />

Roberto Benevides<br />

Diretor Responsável pelas Alegorias<br />

Reinal<strong>do</strong> Oliveira<br />

Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe<br />

João Oliveira Moura Wilson Caetano da Silva<br />

Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe<br />

Gilberto Saverio Leandro<br />

Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe<br />

Beto Kaiser e Sidney Silva Aldecir Ramos da Rocha (Astronauta)<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

João Thomas de Aquino - Fibra de vidro<br />

Manoel Alexandre - Empastelação<br />

Sérgio Lopes - Escultor(a) Chefe em Espuma<br />

Cássio Carvalho, Luciana Castilho,<br />

Maria das Graças Lima e Olga<br />

Vianna<br />

- Aderecistas Chefes de Equipe<br />

Beto Kaiser - Ilumina<strong>do</strong>r<br />

Cairo Souza - Efeitos Especiais<br />

Alegorias


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

01 Sambas<br />

Antológicos<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A ala traz em destaque o<br />

casal mais representativo <strong>do</strong><br />

Samba Carioca - o malandro<br />

e a mulata cujos figurinos<br />

exaltam os sambas imortais<br />

da Estação Primeira,<br />

destacan<strong>do</strong>-se aqui grandes<br />

homenagea<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o, por<br />

exemplo, Braguinha, que<br />

cantou “Ai mulata, cor de<br />

canela!/Salve salve salve<br />

salve salve ela!” (A Mulata é<br />

a Tal) e Chico Buarque que<br />

em suas músicas nos trás de<br />

volta muitos malandros “Eis<br />

o malandro na praça outra<br />

vez/ Caminhan<strong>do</strong> na ponta<br />

<strong>do</strong>s pés/ Como quem pisa<br />

nos corações” (A Volta <strong>do</strong><br />

Malandro)<br />

02 O Sol Nascerá “Finda tempestade<br />

O sol nascerá”<br />

(Cartola e Elton Medeiros)<br />

O samba, outrora tão<br />

persegui<strong>do</strong> e marginaliza<strong>do</strong>,<br />

conquistou seu lugar ao sol e<br />

se constituiu no maior<br />

símbolo da música<br />

brasileira, reconheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>o<br />

patrimônio cultural <strong>do</strong><br />

Brasil. Ao raiar <strong>do</strong> dia,<br />

Mangueira orgulhosa<br />

homenageia aqueles que<br />

lutaram para dar ao samba a<br />

sua identidade.<br />

331<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

João <strong>do</strong> CIEP 1987<br />

Iolanda 1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

03 Eu sou a MPB -<br />

Mangueira Um<br />

Mar de Poesia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Lá vem as matriarcas da<br />

Estação Primeira!.. Tal<br />

qual um mar de emoção,<br />

adentra a Sapucaí nossas<br />

tradicionais tias e suas<br />

jovens aprendizes e nos<br />

remetem ao passa<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> o samba e a<br />

religião de matriz africana<br />

eram persegui<strong>do</strong>s. As<br />

grandes matriarcas<br />

cultivaram a semente <strong>do</strong><br />

samba em seus terreiros e<br />

hoje, a Estação Primeira<br />

de Mangueira presta-lhes<br />

uma homenagem. As<br />

baianas sintetizam o<br />

enre<strong>do</strong> e reforçam a<br />

propriedade <strong>com</strong> que a<br />

Mangueira o retrata: notas<br />

musicais e o brasão da<br />

escola anunciam que a<br />

Mangueira tratará de um<br />

assunto tão simples e ao<br />

mesmo tempo tão diverso,<br />

que é a música popular <strong>do</strong><br />

Brasil.<br />

332<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala das<br />

Baianas<br />

Tradicionais<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Seu Nego 1958


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

04 Chega de Saudade<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

... Chega, de saudade<br />

a realidade, é que sem ela<br />

não há paz,<br />

não há beleza...<br />

(CHEGA DE SAUDADE -<br />

Tom Jobim e Vinícius)<br />

A canção escrita por<br />

Vinícius de Moraes e Tom<br />

Jobim foi gravada pela<br />

primeira vez na voz de<br />

Elizeth Car<strong>do</strong>so, <strong>com</strong> os<br />

arranjos <strong>do</strong> próprio Tom e<br />

o in<strong>com</strong>parável toque <strong>do</strong><br />

violão de João Gilberto.<br />

Esta antológica gravação<br />

entrou para a história da<br />

Música Brasileira, <strong>com</strong>o o<br />

marco inicial da Bossa<br />

Nova. Essa canção<br />

certamente ilustra o que<br />

nossos poetas disseram no<br />

samba enre<strong>do</strong> para este<br />

carnaval “Vem me trazer<br />

a canção/ Pro mun<strong>do</strong> se<br />

encantar”<br />

A música brasileira ganha<br />

o mun<strong>do</strong> e ecoa <strong>com</strong>o<br />

uma ode ao amor pedin<strong>do</strong><br />

a ela para que regresse<br />

porque nossos poetas não<br />

podem mais sofrer.<br />

333<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Eliane 1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

05 Copacabana ...Copacabana, princesinha <strong>do</strong><br />

mar<br />

Pelas manhãs tu és a vida a<br />

cantar...<br />

(COPACABANA - João de<br />

Barro e Alberto Ribeiro)<br />

Berço da Bossa Nova,<br />

gestada nos encontros<br />

musicais no apartamento<br />

de Nara Leão, na Avenida<br />

Atlântica a Princesinha <strong>do</strong><br />

Mar talvez seja,<br />

juntamente <strong>com</strong> o Morro<br />

de Mangueira os locais<br />

mais canta<strong>do</strong>s e<br />

homenagea<strong>do</strong>s por<br />

músicas. Em Copacabana<br />

a Bossa Nova tomou<br />

forma e se desenvolveu.<br />

334<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala das<br />

Baianinhas<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Jurema<br />

Gaspar<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1997


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

06<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Samba <strong>do</strong> Avião<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

...Rio, seu mar<br />

Praia sem fim<br />

(SAMBA DO AVIÃO - Tom<br />

Jobim)<br />

Uma das mais conhecidas<br />

<strong>com</strong>posições de Tom Jobim<br />

em homenagem ao Rio de<br />

Janeiro. Com versos<br />

simples e hipnóticos, a<br />

música retrata toda a beleza<br />

da “Cidade Maravilhosa”,<br />

vista <strong>do</strong> alto de um avião,<br />

chegan<strong>do</strong> ao Galeão, hoje<br />

justamente rebatiza<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>o Antonio Carlos<br />

Jobim. Simboliza que o<br />

mais genuíno <strong>do</strong>s ritmos<br />

produzi<strong>do</strong>s pela tradição<br />

musical brasileira ganhou o<br />

mun<strong>do</strong> e aqui recepciona<br />

to<strong>do</strong>s aqueles que chegam a<br />

nossa cidade , ainda hoje, a<br />

principal porta de entrada<br />

<strong>do</strong> turismo internacional<br />

em nosso país.<br />

“Este samba é só porque<br />

Rio, eu gosto de você<br />

A morena vai sambar<br />

Seu corpo to<strong>do</strong> balançar<br />

Rio de sol, de céu, de mar”<br />

(SAMBA DO AVIÃO - Tom<br />

Jobim)<br />

335<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala<br />

Embaixa<strong>do</strong>res<br />

e<br />

Ala Brasinhas<br />

& Brasões<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Brandão<br />

e<br />

Léa<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1953<br />

e<br />

1966


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

07 Banho de Lua Tomo um banho de lua, fico<br />

branca <strong>com</strong>o a neve<br />

Se o luar é meu amigo,<br />

censurar ninguém se atreve<br />

É tão bom sonhar contigo, oh!<br />

Luar tão cândi<strong>do</strong><br />

Sob um banho de lua, numa<br />

noite de esplen<strong>do</strong>r...<br />

(BANHO DE LUA - P. de<br />

Filippi/F. Migliacci - Versão:<br />

Fred Jorge)<br />

Sucesso de Celly Campello,<br />

versão de Fred Jorge para<br />

Tintarella Di Luna, ainda hoje<br />

é executada em festas e bailes,<br />

mostran<strong>do</strong> a força que as<br />

canções da Jovem Guarda<br />

ainda têm, justamente por sua<br />

simplicidade de mensagem e<br />

romantismo.<br />

08 Estúpi<strong>do</strong> Cupi<strong>do</strong> ... A flecha <strong>do</strong> amor<br />

Só trás Angústia e a <strong>do</strong>r<br />

(Oh! oh! Cupi<strong>do</strong>!)...<br />

(ESTÚPIDO CUPIDO -<br />

Greenfield / Neil Sedaka -<br />

Versão: Fred Jorge)<br />

Mais uma versão de Fred<br />

Jorge, a canção Estúpi<strong>do</strong><br />

Cupi<strong>do</strong> fala sobre o amor<br />

ingênuo, de uma juventude<br />

que optava por passar alheia<br />

aos conflitos políticos e<br />

sociais da época. Retrata o<br />

principal mote das canções: o<br />

amor não correspondi<strong>do</strong>.<br />

336<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala<br />

Coreografada<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Rossane<br />

Meirelles<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1987<br />

Esther 2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

09 Na Onda <strong>do</strong><br />

Iê-iê-Iê<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Iê-Iê-Iê foi <strong>com</strong>o a mídia da<br />

época denominou o<br />

rock'n'roll brasileiro da<br />

década de 1960. A<br />

popularidade aumentou<br />

muito em função <strong>do</strong><br />

programa Jovem Guarda,<br />

exibi<strong>do</strong> aos <strong>do</strong>mingos na TV<br />

Record. A fantasia faz<br />

alusão a três <strong>do</strong>s maiores<br />

sucessos:<br />

(PAREI NA<br />

CONTRAMÃO - Roberto<br />

Carlos e Erasmo Carlos); (É<br />

PROIBIDO FUMAR -<br />

Roberto Carlos / Erasmo<br />

Carlos); (O<br />

CALHAMBEQUE - Gwen<br />

Loudermilk / John<br />

Loudermilk - Versão :<br />

Erasmo Carlos)<br />

10 Negro Gato Eu sou um Negro Gato<br />

de arrepiar<br />

Essa minha história<br />

é mesmo de amargar...<br />

(NEGRO GATO - Getúlio<br />

Cortes)<br />

Composta por Getúlio<br />

Cortes, a canção é um <strong>do</strong>s<br />

maiores sucessos de Roberto<br />

Carlos. Seu sucesso ainda<br />

hoje nos remete a ideia que<br />

assim <strong>com</strong>o o gato, a música<br />

tem sete vidas e perdura<br />

durante várias gerações.<br />

337<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala das<br />

Mimosas<br />

e<br />

Ala Depois Eu<br />

Digo<br />

Ala das<br />

Baianas<br />

Granfinas<br />

e<br />

Ala Vendaval<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Chininha<br />

e<br />

Derli<br />

Tidinha<br />

e<br />

Clarice<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1963<br />

e<br />

1964<br />

1952<br />

e<br />

1982


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

11 Pra Não Dizer<br />

Que Não Falei das<br />

Flores<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Caminhan<strong>do</strong> e cantan<strong>do</strong> e<br />

seguin<strong>do</strong> a canção<br />

Somos to<strong>do</strong>s iguais braços<br />

da<strong>do</strong>s ou não<br />

Nas escolas nas ruas,<br />

campos, construções<br />

Caminhan<strong>do</strong> e canta<strong>do</strong> e<br />

seguin<strong>do</strong> a canção...<br />

(PRA NÃO DIZER QUE<br />

NÃO FALEI DAS<br />

FLORES - Geral<strong>do</strong><br />

Vandré)<br />

Canção escrita e interpretada<br />

por Geral<strong>do</strong> Vandré, que<br />

obteve o 2º lugar no Festival<br />

Internacional da Canção da<br />

TV <strong>Globo</strong> de 1968, também<br />

conhecida <strong>com</strong>o<br />

“Caminhan<strong>do</strong>” , essa canção<br />

tinha letra marcada por um<br />

forte tom de protesto. De<br />

maneira explícita são<br />

trata<strong>do</strong>s temas tão presentes<br />

a época <strong>com</strong>o por exemplo<br />

“Pelos campos há fome em<br />

grandes plantações” ou “A<br />

solda<strong>do</strong>s arma<strong>do</strong>s/ ama<strong>do</strong>s<br />

ou não/ Quase to<strong>do</strong>s<br />

perdi<strong>do</strong>s/ de armas na mão”<br />

338<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Aninha<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1987


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

12 Os Morcegos de<br />

Gothan City<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

...Cuida<strong>do</strong>! Há um morcego na<br />

porta pricipal<br />

Cuida<strong>do</strong>! Há um abismo na<br />

porta pricipal<br />

No céu de Gothan City há um<br />

sinal...<br />

(GOTHAN CITY -<br />

Jards Macalé / Capinam)<br />

Teoricamente falan<strong>do</strong> de<br />

um <strong>do</strong>s mais famosos<br />

personagens da TV e <strong>do</strong>s<br />

Quadrinhos a fina ironia<br />

da canção de Jards Macalé<br />

faz valer da metáfora para<br />

denunciar e protestar<br />

contra os males que<br />

assolavam o Brasil. O<br />

morcego na porta<br />

principal simboliza a<br />

censura, sempre pronta a<br />

mutilar as obras <strong>do</strong>s<br />

artistas e a limitar a<br />

capacidade de expressão.<br />

339<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala Acauã<br />

e<br />

Ala Amigos <strong>do</strong><br />

Embalo<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Nilcemar<br />

e<br />

Regina<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1984<br />

e<br />

1974


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

13 Músicos<br />

Censura<strong>do</strong>s<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

A roupa de presidiário,<br />

carimba<strong>do</strong> no peito Censura<strong>do</strong><br />

(ritmistas) simboliza não<br />

somente os presos pelo regime<br />

ditatorial, mas acima disso, a<br />

resistência que a música<br />

apresentou durante to<strong>do</strong> esse<br />

difícil perío<strong>do</strong>. Mesmo presos<br />

(quem não se lembra <strong>do</strong>s<br />

versos maravilhosos de<br />

Caetano na música Terra<br />

“Quan<strong>do</strong> eu me encontrava<br />

preso/ Na cela de uma cadeia/<br />

Foi que eu vi pela primeira<br />

vez/ As tais fotografias/ em<br />

que apareces inteira), ou<br />

buscan<strong>do</strong> driblar a censura<br />

<strong>com</strong> criatividade, utilizan<strong>do</strong> a<br />

inteligência <strong>com</strong>o arma contra<br />

os que cultuavam a violência<br />

(“Se eu demorar uns meses/<br />

Convém, às vezes, você sofrer/<br />

Mas depois de um ano eu não<br />

vin<strong>do</strong>/ Ponha a roupa de<br />

<strong>do</strong>mingo/ E pode me<br />

esquecer” <strong>com</strong>posição de<br />

Leonel Paiva e Julinho da<br />

Adelaide, que vinha a ser nada<br />

mais nada menos que o nosso<br />

bom Chico Buarque,<br />

protegi<strong>do</strong> por um<br />

pseudônimo). Como vimos<br />

mesmo nos momentos mais<br />

difíceis a música nunca<br />

deixou de ser produzida e<br />

muitas vezes foi a crônica de<br />

seu tempo, passan<strong>do</strong> em sua<br />

letra as agruras vividas.<br />

340<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Bateria Mestre<br />

Jaguara<br />

Filho<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1932


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

14 Deporta<strong>do</strong>s ...Meu Brasil!...<br />

Que sonha <strong>com</strong> a volta<br />

Do irmão <strong>do</strong> Henfil.<br />

Com tanta gente que partiu<br />

Num rabo de foguete<br />

Chora!<br />

A nossa Pátria<br />

Mãe gentil...<br />

(O BÊBADO E A<br />

EQUILIBRISTA - João Bosco<br />

e Aldir Blanc)<br />

A Música <strong>com</strong>eça a ousar e<br />

falar o que não era permiti<strong>do</strong><br />

à nação, in<strong>com</strong>odan<strong>do</strong>, <strong>com</strong><br />

isso, o regime militar. A<br />

deportação passou a ser a<br />

forma da ditadura <strong>com</strong>bater<br />

a música de protesto.<br />

15 Carcará ...Carcará, pega, mata e <strong>com</strong>e<br />

Carcará, num vai morrer de<br />

fome<br />

Carcará, mais coragem <strong>do</strong><br />

que home<br />

Carcará, pega, mata e <strong>com</strong>e...<br />

(CARCARÁ - João <strong>do</strong> Vale /<br />

José Candi<strong>do</strong>)<br />

Sucesso maior <strong>do</strong> “Show<br />

Opinião”, retrata o<br />

descontentamento <strong>com</strong> a<br />

censura, que pega, mata e<br />

<strong>com</strong>e, fazen<strong>do</strong> uma alusão<br />

direta à tortura, as mortes e o<br />

sumiço de diversos<br />

militantes.<br />

341<br />

Nome da<br />

Ala<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Passistas Tânia<br />

Bisteka<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1967<br />

Terezinha 1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

16 Canção <strong>do</strong><br />

Subdesenvolvi<strong>do</strong><br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

...O Brasil é uma terra de<br />

amores,<br />

Alcatifada de flores,<br />

Onde a brisa fala amores,<br />

Nas lindas tardes de abril.<br />

Correi pras bandas <strong>do</strong> Sul.<br />

Debaixo de um céu de anil,<br />

Encontrareis um gigante<br />

deita<strong>do</strong>:<br />

Santa Cruz, hoje o Brasil...<br />

(CANÇÃO DO<br />

SUBDESENVOLVIDO -<br />

Carlos Lyra & Chico de<br />

Assis)<br />

Composição bem humorada e<br />

debochada que criticava a<br />

dependência cultural, política e<br />

econômica <strong>do</strong> país desde o<br />

Descobrimento. A música<br />

lançada em um <strong>com</strong>pacto<br />

juntamente <strong>com</strong> o Hino da<br />

União Nacional <strong>do</strong>s Estudantes<br />

(UNE) fez enorme sucesso<br />

entre os jovens da época, sen<strong>do</strong><br />

censurada depois <strong>do</strong> golpe de<br />

64.<br />

17 Arrastão Eh! tem jangada no mar<br />

Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão<br />

Eh! To<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pescar...<br />

(ARRASTÃO - Edu Lobo e<br />

Vinicius de Moraes)<br />

Em sua primeira edição, o<br />

Festival de Música Popular<br />

Brasileira teve <strong>com</strong>o vence<strong>do</strong>ra<br />

a canção Arrastão, <strong>com</strong>posta<br />

por Edu Lobo e Vinícius de<br />

Moraes. A antológica<br />

interpretação da jovem cantora<br />

Elis Regina aju<strong>do</strong>u a consolidar<br />

os Festivais no cenário cultural<br />

brasileiro.<br />

342<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Alas<br />

Caracará<br />

e<br />

Estrela<br />

Iluminada<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Jorge 1987<br />

Rafael<br />

e<br />

Isabel<br />

1992<br />

e<br />

2009


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

18 A Banda ...O meu amor me chamou<br />

Pra ver a banda passar<br />

Cantan<strong>do</strong> coisas de amor<br />

A minha gente sofrida<br />

Despediu-se da <strong>do</strong>r...<br />

(A BANDA - Chico Buarque)<br />

O cantor <strong>com</strong>positor<br />

Chico Buarque de<br />

Holanda revelou-se ao<br />

público brasileiro quan<strong>do</strong><br />

ganhou o Festival de<br />

Música Popular Brasileira,<br />

em 1966, <strong>com</strong> esta<br />

música, interpretada por<br />

Nara Leão.<br />

19 Alegria, Alegria Caminhan<strong>do</strong> contra o vento<br />

Sem lenço, sem <strong>do</strong>cumento<br />

No sol de quase dezembro<br />

Eu vou...<br />

(ALEGRIA, ALEGRIA -<br />

Caetano Veloso)<br />

Composição de Caetano<br />

Veloso, esta música é um<br />

<strong>do</strong>s marcos iniciais <strong>do</strong><br />

movimento Tropicalista.<br />

Caetano quis <strong>com</strong>por uma<br />

marcha que ao mesmo<br />

tempo fosse uma música<br />

contemporânea e pop, que<br />

pudesse lidar <strong>com</strong><br />

elementos da cultura de<br />

massa e <strong>com</strong> a guitarra<br />

<strong>do</strong>s Beatles.<br />

343<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala Au...,<br />

Au..., Au<br />

e<br />

Ala Moana<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Francisco<br />

Espineira<br />

Guezinha<br />

e<br />

Paulo Ramos<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1987<br />

1986<br />

e<br />

1980


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

20 Secos e Molha<strong>do</strong>s O gato preto cruzou a estrada<br />

Passou por debaixo da escada<br />

E lá no fun<strong>do</strong> azul<br />

Na noite da floresta<br />

A lua iluminou<br />

A dança, a roda, a festa<br />

Vira, vira, vira homem, vira<br />

Vira, vira, lobisomen, vira...<br />

(O VIRA - João Ricar<strong>do</strong> / Luli)<br />

A banda que surgiu no<br />

início <strong>do</strong>s anos 70<br />

apresentava um som<br />

(<strong>com</strong>o se costumava dizer<br />

na época) <strong>com</strong>pletamente<br />

diferente <strong>do</strong> seu tempo..<br />

Com sua maquiagem<br />

pesada a marcante<br />

performance de Ney<br />

Matogrosso, a banda foi<br />

um fenômeno musical <strong>do</strong><br />

Brasil baten<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

recordes de vendagens de<br />

discos e público nos anos<br />

70.<br />

344<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Nelson<br />

Teo<strong>do</strong>ro<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1987


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

21<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Clube da Esquina<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

...Não me pren<strong>do</strong> a ninguém<br />

Sei que nada é pra sempre<br />

E que o novo sempre vem<br />

Eu vou, pro litoral, viver<br />

caiçara<br />

Bicho grilo da paz...<br />

(BICHO GRILO - Regis<br />

Delaor)<br />

Movimento musical<br />

nasci<strong>do</strong> em Belo<br />

Horizonte. Surgiu da<br />

grande amizade entre<br />

Milton Nascimento e os<br />

irmãos Borges (Marilton,<br />

Márcio e Lô). Este grupo<br />

de jovens, conheci<strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>o “bicho-grilo”,<br />

chamou a atenção <strong>do</strong> país<br />

inteiro pelas <strong>com</strong>posições<br />

engajadas, a miscelânea<br />

de sons e riqueza poética<br />

de suas canções que<br />

tinham claramente uma<br />

influência <strong>do</strong> movimento<br />

hippie, que já <strong>com</strong>eçava a<br />

desembarcar em nosso<br />

país.<br />

345<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala <strong>do</strong>s<br />

Alia<strong>do</strong>s<br />

e<br />

Ala das<br />

Caprichosas<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Nilza Doria<br />

e<br />

Iracema<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1958<br />

e<br />

1955


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

22<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Demônio Colori<strong>do</strong><br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

... Seus olhos ao invés de<br />

verdes<br />

Deveriam ser vermelhos<br />

incandescentes<br />

Na mão ao invés de uma rosa<br />

Você deveria ter um<br />

tridente... (DEMÔNIO<br />

COLORIDO - Sandra de Sá)<br />

A chegada <strong>do</strong>s anos 80 traz<br />

novos ares para a Música<br />

Brasileira. E foi no festival<br />

MPB 80, da TV <strong>Globo</strong>, que<br />

Sandra de Sá, uma cantora<br />

negra <strong>do</strong> subúrbio carioca,<br />

conheceu o sucesso. Cantan<strong>do</strong><br />

Demônio Colori<strong>do</strong> ficou entre<br />

as 10 finalistas e a música<br />

obteve repercussão nacional.<br />

23 Maluco Beleza ...Controlan<strong>do</strong> a minha<br />

maluquez<br />

Misturada <strong>com</strong> minha<br />

lucidez...<br />

Vou ficar<br />

Ficar <strong>com</strong> certeza<br />

Maluco beleza<br />

Eu vou ficar...<br />

(MALUCO BELEZA -<br />

Cláudio Roberto / Raul<br />

Seixas)<br />

Maluco Beleza é, sem dúvida, a<br />

canção mais famosa de Raul<br />

Seixas. A fantasia faz<br />

referência ao Pai <strong>do</strong> Rock<br />

também por remeter a "Mosca<br />

na Sopa", outra canção de<br />

grande sucesso, que ultrapassou<br />

gerações e ainda hoje é cantada.<br />

346<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala<br />

Vem Comigo<br />

Ala <strong>do</strong>s<br />

Seresteiros<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Miriam 1991<br />

Deisy 1973


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

24 João Penca e os<br />

Miquinhos<br />

Amestra<strong>do</strong>s<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Com a explosão <strong>do</strong> Rock no<br />

início <strong>do</strong>s anos 80, uma série<br />

de bandas brotaram no<br />

cenário musical brasileiro e<br />

uma das mais divertidas e<br />

irreverentes surgiram <strong>com</strong><br />

uma descontração<br />

tipicamente carioca. O João<br />

Penca e seus Miquinhos<br />

Amestra<strong>do</strong>s tinha o bom<br />

humor de suas letras <strong>com</strong>o<br />

característica principal, além<br />

das roupas e topetes<br />

inspira<strong>do</strong>s no movimento<br />

“Rockabilly” <strong>do</strong>s anos 50 e<br />

na “Surf-music”.<br />

25 RPM Abordar navios mercantes<br />

Invadir, pilhar<br />

Tomar o que é nosso<br />

Pirataria nas ondas <strong>do</strong><br />

rádio...<br />

(RÁDIO PIRATA - Luiz<br />

Schiavon / Paulo Ricar<strong>do</strong>)<br />

A banda Revoluções por<br />

Minuto (conhecida somente<br />

por RPM) foi um <strong>do</strong>s grupos<br />

mais bem sucedi<strong>do</strong>s da<br />

história <strong>do</strong> Rock Brasil. A<br />

fantasia é inspirada na<br />

música Rádio pirata, que<br />

deu título <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> disco<br />

<strong>do</strong> grupo e transformou o<br />

RPM em uma das bandas de<br />

maior vendagem na história<br />

da indústria fonográfica<br />

nacional.<br />

347<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala Gatinhas &<br />

Gatões<br />

e<br />

Ala <strong>do</strong>s<br />

Impossíveis<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Roberto<br />

Antunes<br />

Zélia<br />

e<br />

Caçula<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1987<br />

1974<br />

e<br />

1960


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

26 Kid Abelha e os<br />

Abóboras<br />

Selvagens<br />

27 Paralamas <strong>do</strong><br />

Sucesso<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

O Kid Abelha é um grupo<br />

vocal-instrumental carioca<br />

que mais aju<strong>do</strong>u a firmar o<br />

pop-rock brasileiro. Com uma<br />

música leve e letras<br />

despretensiosas, era uma<br />

banda <strong>com</strong> grande penetração<br />

entre os a<strong>do</strong>lescente <strong>do</strong>s anos<br />

80 e 90.<br />

Corria e viajava era sensacional<br />

A vida em duas rodas era tu<strong>do</strong> que<br />

ele sempre quis...<br />

(VITAL E SUA MOTO - Hebert<br />

Viana )<br />

Se as meninas <strong>do</strong> Leblon<br />

Não olham mais pra mim (Eu uso<br />

óculos)<br />

E volta e meia<br />

Eu entro <strong>com</strong> meu carro pela<br />

contramão (Eu tô sem óculos)...<br />

(ÓCULOS - Hebert Viana)<br />

...Não saco nada de Física<br />

Literatura ou Gramática<br />

Só gosto de Educação Sexual<br />

E eu odeio Química, Química<br />

Química...<br />

(QUÍMICA - Renato Russo)<br />

Banda que faz parte <strong>do</strong><br />

chama<strong>do</strong> “quarteto sagra<strong>do</strong>”<br />

<strong>do</strong> Rock brasileiro <strong>do</strong>s anos<br />

80, juntamente <strong>com</strong> o Barão<br />

Vermelho, Titãs e Legião<br />

Urbana. No início a banda<br />

misturava rock <strong>com</strong> reggae,<br />

posteriormente passaram a<br />

agregar instrumentos de sopro<br />

e ritmos latinos. Grandes<br />

sucessos da banda <strong>com</strong> Vital e<br />

sua moto, Óculos e Química<br />

são as referencias musicais<br />

encontradas nesta fantasia.<br />

348<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala das<br />

Crianças<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Dalcimar 1928<br />

Laura 1987


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

28 Mamonas<br />

Assassinas<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

Mina, seus cabelo é da hora<br />

Seu corpo é um violão<br />

(PELADOS EM SANTOS Dinho)<br />

Última explosão de sucesso<br />

<strong>do</strong> Rock Brasil, Os Mamonas<br />

Assassinas, banda de rock<br />

cômico <strong>com</strong> influências de<br />

vários gêneros musicais.<br />

Tornou-se um grande sucesso<br />

<strong>com</strong> seu humor escracha<strong>do</strong>. A<br />

fantasia faz referência as<br />

músicas Pela<strong>do</strong>s em Santos<br />

(Brasília Amarela) e Robocop<br />

gay.<br />

29 Sertanejo Viola caipira no meio <strong>do</strong><br />

sertão<br />

O povo se admira o violeiro<br />

canta mais uma cançao<br />

Viola caipira espanta a<br />

solidao<br />

E o meu peito invade e traz<br />

felicidade pro meu coração...<br />

(VIOLA CAIPIRA - Gian e<br />

Giovani)<br />

A música conhecida <strong>com</strong>o<br />

sertaneja ou caipira, é aquela<br />

oriunda das zonas rurais ou <strong>do</strong><br />

campo e tem suas raízes na<br />

antiga moda de viola. Os<br />

caipiras ou sertanejos, às<br />

vezes duplas ou solo,<br />

utilizavam instrumentos<br />

artesanais e típicos <strong>do</strong> Brasilcolônia,<br />

<strong>com</strong>o viola, acordeão<br />

e gaita. Ela se caracteriza pela<br />

melodia simples e<br />

melancólica.<br />

349<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala Realidade<br />

e<br />

Ala Panteras<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Almir Ramos 1987<br />

Perci<br />

e<br />

Guanaíra<br />

1986<br />

e<br />

1978


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

30 Baião Eu vou mostrar pra vocês<br />

Como se dança um baião<br />

E quem quiser aprender<br />

É favor prestar atenção...<br />

(BAIÃO - Luíz Gonzaga)<br />

Ritmo popular da região<br />

Nordeste, deriva<strong>do</strong> de um<br />

tipo de Lundu,<br />

denomina<strong>do</strong> "Baiano" (daí<br />

a corruptela Baião).<br />

Consagrou-se <strong>com</strong>o<br />

gênero musical de sucesso<br />

através de Luiz Gonzaga.<br />

31 Frevo Somos nós os Vassourinhas<br />

To<strong>do</strong>s nós em borbotão<br />

Vamos varrer a cidade Com<br />

cuida<strong>do</strong> e precisão...<br />

(MARCHA Nº 1 DO CLUBE<br />

VASSOURINHAS - Matias da<br />

Rocha / Joana Batista)<br />

O ritmo pernambucano é<br />

deriva<strong>do</strong> da marcha, <strong>do</strong><br />

maxixe e da capoeira.<br />

Surgi<strong>do</strong> no Recife,<br />

caracteriza-se pelo ritmo<br />

extremamente acelera<strong>do</strong>,<br />

muito executa<strong>do</strong> durante o<br />

carnaval. O Frevo é<br />

reconheci<strong>do</strong>, assim <strong>com</strong>o<br />

o Samba, <strong>com</strong>o<br />

Patrimônio Cultural <strong>do</strong><br />

Brasil.<br />

350<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala Eles &<br />

Elas<br />

e<br />

Ala Nós Somos<br />

Assim<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Gilberto<br />

e<br />

Nilda<br />

Laura<br />

Thalyta<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1985<br />

e<br />

1967<br />

1987


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

32 Toada ...Meu coração é vermelho<br />

Hei! Hei! Hei!<br />

De vermelho vive o coração<br />

He Ho! He Ho!<br />

Tu<strong>do</strong> é garanti<strong>do</strong><br />

Após a rosa vermelhar...<br />

(VERMELHO - Chico da<br />

Silva)<br />

Boi da Estrela<br />

Tambores estremecem<br />

Enaltece a grande festa<br />

Porque Meu Boi já chegou...<br />

(BOI DA ESTRELA - Alex<br />

Pontes / Mailzon Mendes /<br />

Aleceo Anselmo)<br />

Por muito tempo as toadas<br />

eram músicas cujas letras<br />

exaltavam principalmente<br />

os personagens <strong>do</strong> boibumbá<br />

e cultura cabocla<br />

parintinense.<br />

Atualmente, explora a<br />

temática indígena e <strong>com</strong> a<br />

projeção <strong>do</strong> Festival<br />

Folclórico de Parintins a<br />

toada passa a ser a<strong>do</strong>tada<br />

<strong>com</strong>o um <strong>do</strong>s símbolos da<br />

cultura amazonense,<br />

ganhan<strong>do</strong> visibilidade no<br />

Brasil e no mun<strong>do</strong>.<br />

351<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala Tropicana<br />

e<br />

Ala Opção<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Zenaide<br />

e<br />

Eval<strong>do</strong><br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

1982<br />

e<br />

1990


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

33 Samba-Reggae Olodum tá hippie, Olodum tá<br />

pop<br />

Olodum tá reggae, Olodum tá<br />

rock<br />

O Olodum pirou de vez<br />

E canta, canta Salva<strong>do</strong>r, canta,<br />

canta<br />

Canta meu amor, canta, canta<br />

Olodum <strong>do</strong> Pelô ...<br />

(ALEGRIA GERAL -<br />

Germano Meneguel)<br />

"O ritmo único e que é a cara<br />

da Bahia", assim é defini<strong>do</strong> o<br />

Samba-Reggae. Ele tem<br />

expressão sintetizada nas<br />

figuras <strong>do</strong> Bloco-Afro Olodum<br />

(expressão que em iorubá quer<br />

dizer "Deus <strong>do</strong>s Deuses") e da<br />

Banda-Afro Didá.<br />

34 Timbalada Vou na Timbalada oyá<br />

Canto pro<br />

mar,mar,mar,mar(...)<br />

Vou na Timbalada oyá<br />

Canto pro ar,ar,ar,ar...<br />

(CANTO PRO MAR -<br />

Carlinhos Brown)<br />

Caracteriza<strong>do</strong> pela batida <strong>do</strong>s<br />

timbales (tambores de madeira<br />

e fibra sintética, antes restritos<br />

aos terreiros de can<strong>do</strong>mblé), o<br />

grupo criou um ritmo diferente,<br />

<strong>com</strong> acentuada influência<br />

africana. O la<strong>do</strong> estético é<br />

também muito marca<strong>do</strong>, e os<br />

timbaleiros, <strong>com</strong>o são<br />

chama<strong>do</strong>s seus integrantes,<br />

apresentam grande preocupação<br />

<strong>com</strong> o visual, que inclui corpos<br />

pinta<strong>do</strong>s <strong>com</strong> motivos tribais.<br />

352<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Geisa Ketty 1987<br />

Onésio 1987


Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

35 Manguebeat ...da lama da Manguetown (...)<br />

Fui no mangue catá lixo<br />

Pegar caranguejo<br />

Conversar <strong>com</strong> urubu.<br />

(MANGUETOWN - Chico<br />

Science / Lúcio Maia / Dengue)<br />

...Quem segura o portaestandarte<br />

Tem a arte, tem a arte<br />

E aqui passa <strong>com</strong> raça<br />

eletrônico maracatu atômico...<br />

(MARACATU ATÔMICO<br />

- Jorge Mautner / Nelson<br />

Jacobina)<br />

O lema principal de Chico<br />

Science, líder <strong>do</strong><br />

movimento, era “colocar<br />

uma parabólica no<br />

mangue”, de forma que<br />

pudesse irradiar a cultura<br />

pernambucana por todas<br />

as partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e a<br />

música pudesse interferir<br />

e sofrer interferências. Por<br />

isso a mescla de ritmos<br />

tradicionais<br />

pernambucanos, <strong>com</strong>o o<br />

coco e o maracatu, <strong>com</strong><br />

elementos <strong>do</strong> rock e<br />

musica eletrônica.<br />

353<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

João Angelo 1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Cria<strong>do</strong>r(es) das Fantasias (Figurinistas)<br />

Figurinistas: Nilton, Luciano, Marcílio e André Macha<strong>do</strong><br />

Nº<br />

Nome da<br />

Fantasia<br />

D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S<br />

O que<br />

Representa<br />

36 Hip-Hop Gênero musical norteamericano<br />

no Brasil desde<br />

os anos 80, busca<br />

retratar os mais diversos<br />

problemas de ordem social<br />

enfrenta<strong>do</strong>s pelas camadas<br />

menos favorecidas <strong>com</strong>o<br />

pobreza, violência,<br />

racismo, trafico de drogas,<br />

carência de infra-estrutura e<br />

de educação entre outros.<br />

37 Os Funkeiros Gênero musical norteamericano<br />

que se<br />

transformou nas favelas e<br />

morros <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

Com o passar <strong>do</strong>s anos<br />

subdividiu-se em: "Funk<br />

Melody", "Proibidão" e<br />

"Batidão". E que através de<br />

seus representantes tais<br />

<strong>com</strong>o: Tati Quebra<br />

Barraco, MC Catra, Bonde<br />

<strong>do</strong> Tigrão entre outros,<br />

deixou o gueto e ganhou as<br />

altas rodas. Repetin<strong>do</strong><br />

quase<br />

um século depois o mesmo<br />

processo de aceitação que<br />

ocorreu <strong>com</strong> o samba<br />

carioca.<br />

Mangueira termina o<br />

desfile <strong>com</strong> um grande<br />

baile funk, celebran<strong>do</strong> a<br />

música <strong>do</strong> gueto.<br />

354<br />

Nome da<br />

Ala<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

Ala da<br />

Comunidade<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Responsável<br />

pela Ala<br />

Fantasias<br />

Ano de<br />

Criação<br />

Luzinete 1987<br />

Lacir 1987


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

355<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Fantasias<br />

Local <strong>do</strong> Atelier<br />

Rua Rivadávia Correa nº 60 – Cidade <strong>do</strong> Samba – Galpão 13 – 4º andar<br />

Diretor Responsável pelo Atelier<br />

Wilker Filho<br />

Atelier nº. 01: Lucia Alves (Luluka); Atelier nº. 02: Wellington Luciano; Atelier nº. 03: Jussara<br />

Oliveira; Atelier nº. 04: Alice Lopes; Atelier nº. 05: Martins Pedro (Tito); Atelier nº. 06: Mônica<br />

da Silva; Atelier nº. 08: Edson de Queiroz; Atelier nº. 09: Jorge Alexandre; Atelier nº. 10: Nete<br />

Pereira.<br />

Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe<br />

Lúcia Alves (Luluca)<br />

Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe<br />

Atelier nº. 01: Lucia Alves (Luluka); Atelier nº. Gomes<br />

02: Wellington Luciano; Atelier nº. 03: Jussara<br />

Oliveira; Atelier nº. 04: Leandro Siqueira;<br />

Atelier nº. 05: Martins Pedro (Tito); Atelier nº.<br />

06: Mônica da Silva; Atelier nº. 08: Rodrigo<br />

Montes; Atelier nº. 09: Jorge Alexandre;<br />

Atelier nº. 10: Adenilcio Luiz.<br />

Outros Profissionais e Respectivas Funções<br />

Atelier nº. 07 - Escultura em Espuma<br />

Sergio Lopes - Responsável pelo Atelier<br />

Sergio Lopes - Pintura de Arte<br />

Antonio Hassid - Aderecista<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Atelier nº. 01: Sheila Conceição; Atelier nº. 02: Rosangela Felix; Atelier nº. 03: Sônia Maria; Atelier nº.<br />

04: Alice Lopes; Atelier nº. 05: Rosangela Costa; Atelier nº. 06: Shirley Barbosa; Atelier nº. 08: Ed Silva;<br />

Atelier nº. 09: Cleuza Barbosa; Atelier nº. 10: Nete Pereira.<br />

Atelier nº. 01: Lucia Alves (Luluka); Atelier nº. 02: Lúcio Barbosa; Atelier nº. 03: Olajide de Oliveira;<br />

Atelier nº. 04: Leandro Siqueira; Atelier nº. 05: Douglas Pacheco; Atelier nº. 06: Renata Macha<strong>do</strong>; Atelier<br />

nº. 08: Aenderson de Souza; Atelier nº. 09: Monique Barbosa; Atelier nº. 10: Eduar<strong>do</strong> Fernandes e Aldair<br />

Costa.<br />

No Barracão da Cidade <strong>do</strong> Samba, sob responsabilidade de profissionais contrata<strong>do</strong>s pela agremiação, foram<br />

desenvolvidas as fantasias de diversas alas, tais <strong>com</strong>o – Alas da Comunidade, Alas da Escola, Bateria, Ala<br />

das Baianas Tradicionais, Guardiões da Ala das Baianas Tradicionais, Ala das Baianinhas, Ala das Crianças e<br />

Composições de Carros. As demais alas, de forma autônoma, confeccionam suas fantasias em ateliês próprios<br />

ou contratam os serviços de terceiros. Toda a confecção de fantasias é a<strong>com</strong>panhada pela Comissão de<br />

Carnaval, que tem a responsabilidade de assegurar que os protótipos sejam reproduzi<strong>do</strong>s fielmente.


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

356<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Autor(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong> Renan Brandão, Macha<strong>do</strong>, Paulinho Ban<strong>do</strong>lim e Rodrigo Carioca<br />

Presidente da Ala <strong>do</strong>s Compositores William de J. Melo (Partidinho)<br />

Total de Componentes da Compositor mais I<strong>do</strong>so Compositor mais Jovem<br />

Ala <strong>do</strong>s Compositores<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

50<br />

(cinquenta)<br />

Nelson Mattos<br />

(Nelson Sargento)<br />

86 anos<br />

Bernar<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong><br />

26 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

“Vai passar”<br />

Nessa Avenida mais um samba popular<br />

Mangueira até “parece um céu no chão”<br />

É música vestida de emoção<br />

Com notas e acordes refletiu<br />

Em suas cores o orgulho <strong>do</strong> Brasil<br />

Nas ondas <strong>do</strong> rádio, de Norte a Sul viajei<br />

No sonho <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> embarquei<br />

Parece magia!<br />

Vai, minha inspiração<br />

“Num <strong>do</strong>ce balanço a caminho <strong>do</strong> mar”<br />

Vem me trazer a canção<br />

Pro mun<strong>do</strong> se encantar<br />

Tantas emoções na Verde-e-Rosa<br />

Brilham as estrelas imortais<br />

“Bate outra vez” uma saudade<br />

Lembro <strong>do</strong>s antigos carnavais<br />

Um verso me levou<br />

Do rock à Jovem Guarda<br />

Fui caminhan<strong>do</strong> e cantan<strong>do</strong> ao luar<br />

“Com a Tropicália no olhar”<br />

Atrás <strong>do</strong> trio eu quero ver<br />

O baile <strong>com</strong>eçar e a noite a<strong>do</strong>rmecer<br />

“O sol nascerá”, as cortinas irão se fechar<br />

“Folhas secas” virão e o show vai continuar<br />

Meu coração é verde e rosa<br />

Descen<strong>do</strong> o morro, eu vou<br />

A música, alegria <strong>do</strong> povo<br />

Chegou, a Mangueira chegou<br />

BIS<br />

BIS


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

JUSTIFICATIVA DO SAMBA<br />

357<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

“O público <strong>do</strong> Sambódromo e da televisão será testemunha de um fato marcante <strong>do</strong> Carnaval de 2010:<br />

a escola de samba mais cantada pela música popular brasileira cantará a própria música popular<br />

brasileira. A Mangueira e a nossa música se abraçarão <strong>com</strong>o <strong>do</strong>is seres que se amam e se amarão<br />

sempre. Imperdível.” (Sérgio Cabral)<br />

"VAI PASSAR"<br />

NESSA AVENIDA MAIS UM SAMBA POPULAR<br />

A música <strong>do</strong> Brasil vai desfilar. E é a Verde-e-Rosa que pede passagem e anuncia: Vai passar nessa<br />

avenida mais um samba popular. Inspirada na canção “Vai Passar”, <strong>do</strong> ilustre mangueirense Chico<br />

Buarque, nossa abertura remete ao carnaval de 1998 e faz referência, também, a outros sambas que se<br />

tornaram muito populares em outros desfiles em que a música popular brasileira esteve presente (Villa<br />

Lobos em 1966 / Chiquinha Gonzaga em 1985 / Caymmi em 1986 / Tom Jobim em 1992 / Os <strong>do</strong>ces<br />

Bárbaros em 1994 etc.). Coincidência ou não, “Vai Passar” foi lançada em 1984, ano <strong>do</strong><br />

supercampeonato da Mangueira, cujo tema homenageou Braguinha.<br />

“Nessa troca musical, muitos, em teu cenário abençoa<strong>do</strong> pela natureza, foram homenagea<strong>do</strong>s <strong>com</strong><br />

sambas-enre<strong>do</strong>s e imortaliza<strong>do</strong>s em memoráveis desfiles, entre eles: Braguinha, Dorival Caymmi e<br />

Chico Buarque.” (sinopse <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>)<br />

MANGUEIRA ATÉ "PARECE UM CÉU NO CHÃO"<br />

É MÚSICA VESTIDA DE EMOÇÃO<br />

Mangueira, a Escola de Samba mais popular e querida <strong>do</strong> planeta! Os versos de “Sei Lá, Mangueira”<br />

(Paulinho da Viola / Hermínio Bello de Carvalho), explicam que Mangueira não cabe explicação.<br />

Mangueira, que nasceu humilde, faz, de cada amanhecer, inspiração... É ela quem passa altiva, garbosa,<br />

alegre e faceira, <strong>com</strong>o sempre. E proclama em seus versos que seus barracos são castelos, o morro é<br />

senhor e o samba é raiz... Mas parece um céu no chão, sei lá...<br />

“A Mangueira é tão grande, que até o portelense Paulinho da Viola fez música para ela. E chegou a vez<br />

desta árvore fron<strong>do</strong>sa abarcar a música brasileira <strong>com</strong>o um to<strong>do</strong>. Afinal, muitos de seus frutos vieram<br />

das raízes plantadas pela Estação Primeira.” (Tárik de Souza)


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

COM NOTAS E ACORDES REFLETIU<br />

EM SUAS CORES O ORGULHO DO BRASIL<br />

358<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Em suas cores, Mangueira carrega o orgulho pelo seu maior expoente cultural e seu grande trabalho<br />

social. Ziral<strong>do</strong>, uma vez, pintou a bandeira <strong>do</strong> Brasil de Verde e rosa em uma camiseta, e assinou: O<br />

Brasil é verde e rosa! Quanta moral!..<br />

“É o nosso melhor, mais bem acaba<strong>do</strong> e mais <strong>com</strong>petitivo produto de exportação. E na nossa<br />

História não há história mais bonita, mais rica, mais emocionante e mais vitoriosa <strong>do</strong> que a de<br />

nossa música popular.” (Nelson Motta).<br />

NAS ONDAS DO RÁDIO,<br />

DE NORTE A SUL VIAJEI<br />

Desde que passamos a ter uma música genuinamente brasileira, nossas obras refletem a riqueza<br />

cultural de um país <strong>com</strong> dimensões continentais. Nas ondas <strong>do</strong> rádio foi possível popularizar<br />

gêneros musicais e integrar regiões tão distantes e diversas. Nossa música é um instrumento de<br />

integração nacional. No passa<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> algum artista fazia sucesso, era costume dizer: “Estourou<br />

no Norte”!<br />

No canto de to<strong>do</strong>s os cantos tem sertanejo, tem baião, tem axé, tem toada, e até eletrônico... O Brasil<br />

é musical!


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

NO SONHO DOURADO EMBARQUEI<br />

PARECE MAGIA!<br />

Hoje sonhei que chegava de longínquos lugares<br />

Gente alegre <strong>do</strong> trabalho, <strong>do</strong>s bares,<br />

Numa festa <strong>com</strong>o nunca se viu.<br />

Felicidade,<br />

A cidade era um imenso cordão,<br />

Quan<strong>do</strong> um demo <strong>do</strong>s infernos surgiu<br />

E tentou parar, mas não conseguiu,<br />

A marcha continuou, quem quis cantar, cantou.<br />

Quem não brincava há anos, brincou.<br />

As pessoas se abraçavam, se enamoravam<br />

E cada um era um rei, o amor era a lei.<br />

Como um aprendiz, eu fui, feliz...<br />

Esse é um trecho da canção “Sonho Doura<strong>do</strong>”, (Toquinho / M. Fabrizio / G. Morra).<br />

359<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

A Mangueira embarca no sonho <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> de retratar a música <strong>do</strong> Brasil em seu desfile, onde cada<br />

<strong>com</strong>ponente é verdadeiramente um Rei, <strong>com</strong>o diz a letra dessa canção. O carnaval carioca é essa festa,<br />

“<strong>com</strong>o nunca se viu”. O Rio de Janeiro é esse imenso cordão. E ninguém cala esse amor pela Mangueira,<br />

em que pessoas se abraçam... Realmente, parece magia, na Mangueira o amor é a lei!<br />

VAI, MINHA INSPIRAÇÃO<br />

"NUM DOCE BALANÇO A CAMINHO DO MAR"<br />

VEM ME TRAZER A CANÇÃO<br />

PRO MUNDO SE ENCANTAR<br />

Na década de 50, acordes beijaram o mar e fizeram desabrochar a Bossa Nova, gênero que fez a música<br />

brasileira ecoar além das fronteiras <strong>do</strong> nosso paìs. “Garota de Ipanema” é o hino que representa esse<br />

capítulo tão belo da história musical brasileira. E Mangueira, pede inspiração, igual a que de Tom e<br />

Vinícius tiveram pra <strong>com</strong>por a tão famosa canção, para que este samba-enre<strong>do</strong> também embale os<br />

corações e se torne mais uma canção à encantar o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> samba. Que esses versos sigam “Num <strong>do</strong>ce<br />

balanço a caminho <strong>do</strong> mar”, <strong>com</strong>o a “Garota de Ipanema”, e retorne, cheio de ginga e poesia. É a sutileza<br />

da Bossa Nova no <strong>com</strong>passo da Estação Primeira.<br />

“Sem jamais desmerecer a riqueza musical <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, sua pauta, neste carnaval, inicia<br />

<strong>com</strong> a Bossa Nova, que da Zona Sul carioca, sob influências jazzísticas, aparece <strong>com</strong>o um<br />

novo estilo, uma nova bossa de se tocar e cantar a música brasileira. Transforma<strong>do</strong> pelo<br />

toque criativo de jovens músicos brasileiros, no final <strong>do</strong>s anos 1950.” (sinopse)


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

TANTAS EMOÇÕES NA VERDE-E ROSA<br />

BRILHAM AS ESTRELAS IMORTAIS<br />

"BATE OUTRA VEZ" UMA SAUDADE<br />

LEMBRO DOS ANTIGOS FESTIVAIS<br />

360<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Como diria o “Rei” Roberto Carlos, são “tantas emoções...” Em meio a grandes momentos da<br />

música <strong>do</strong> Brasil, estrelas imortais da nossa canção brilham na Sapucaí. Tantas lembranças, tantos<br />

momentos... A saudade bate no <strong>com</strong>passo da bateria Sur<strong>do</strong> Um e fala alto ao coração verde e rosa. O<br />

trecho de “As Rosas Não Falam” remete a Cartola, mas nossa saudade vai mais fun<strong>do</strong>... A partir de<br />

1965, <strong>com</strong> o início <strong>do</strong>s festivais, a sigla MPB passa a identificar a música popular brasileira. Os<br />

festivais da canção revelam novos talentos, a música rompe <strong>com</strong> regionalismo e se projeta<br />

nacionalmente.”<br />

“A história da MPB é o retrato mais fiel da alma <strong>do</strong> Brasil. O grande caldeirão onde crepitam a<br />

miscigenação das três raças, capazes de produzir o mais belo conjunto de gêneros musicais e de<br />

<strong>com</strong>positores populares de que o mun<strong>do</strong> tem notícia. A Mangueira – tão íntima dessa história de<br />

que ela mesma é personagem desde Cartola e Jamelão – vai reproduzir na Avenida em 2010 a<br />

maior paixão <strong>do</strong>s brasileiros. E – sem dúvida – a melhor e mais estimulante de suas histórias, a da<br />

música popular.” (Ricar<strong>do</strong> Cravo Albin)<br />

UM VERSO ME LEVOU<br />

DO ROCK À JOVEM GUARDA<br />

Inspirada pelo rock americano, surgiu na segunda metade da década de 60 a Jovem Guarda,<br />

movimento que mobilizou milhões de jovens por to<strong>do</strong> país. Suas letras eram românticas,<br />

descontraídas e permeadas por um certo ar de ingenuidade.<br />

Curiosidade: A expressão Jovem Guarda, baseada na frase “O futuro está nas mãos da Jovem<br />

Guarda”, de Karl Marx, passou a ser usada <strong>com</strong> a estreia <strong>do</strong> programa de auditório homônimo, na<br />

TV Record, em 1965, apresenta<strong>do</strong> por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.<br />

“Na linha <strong>do</strong> tempo, Mangueira apresenta mais um novo “momento musical”. A Jovem Guarda,<br />

que em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 1960 explode no Brasil <strong>com</strong> uma musicalidade mais romântica,<br />

aparentemente mais ingênua, batizada de „som <strong>do</strong> iê-iê-iê‟, influenciou a juventude nacional <strong>com</strong>o<br />

jamais ocorrera na história cultural <strong>do</strong> país.”(sinopse).


Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

FUI "CAMINHANDO E CANTANDO" AO LUAR<br />

361<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Ainda na fértil década de 60, a música brasileira passou a refletir o momento político <strong>do</strong> país. Nos<br />

festivais, ela encontrou o berço para novos e talentosos <strong>com</strong>positores, que revelaram<br />

incessantemente o desejo pela liberdade de expressão e pela democracia. O trecho da canção “Pra<br />

Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, de Geral<strong>do</strong> Vandré, segun<strong>do</strong> lugar no Festival Internacional<br />

da Canção de 1968, referencia a resistência aos rigores da ditadura militar. Viajan<strong>do</strong> por mais este<br />

momento da história musical brasileira, nosso desfile encanta o público na <strong>com</strong>panhia da lua.<br />

Sob os sombrios anos de ditadura, a música brasileira soube driblar os rigores da censura de forma<br />

ativa e criativa, afirman<strong>do</strong> cada vez mais o seu papel de porta-voz da liberdade democrática em<br />

canções intituladas “músicas de protesto”.<br />

"COM A TROPICÁLIA NO OLHAR"<br />

Outro importante movimento surgi<strong>do</strong> na década de 60 foi o Tropicalismo. O verso escolhi<strong>do</strong> para<br />

representá-lo relembra nosso memorável samba-enre<strong>do</strong> de 1994, ano em que a Verde-e-Rosa cantou<br />

“Os Doces Bárbaros”.<br />

“As canções „Alegria, Alegria‟ e „Domingo no Parque‟ lançam sementes <strong>do</strong> Tropicalismo, um<br />

movimento de ruptura que “revolucionou” o ambiente da música popular, incorporou à MPB<br />

elementos <strong>do</strong> rock, <strong>do</strong>s ritmos estrangeiros e da cultura de massa.”(sinopse)<br />

ATRÁS DO TRIO EU QUERO VER<br />

O BAILE COMEÇAR E A NOITE ADORMECER<br />

Avançan<strong>do</strong> no tempo, o Brasil apresenta novas faces de sua música, mais percussivas. Na Bahia, a<br />

multidão segue o trio elétrico, se divertin<strong>do</strong> ao som <strong>do</strong> Axé. No Rio de Janeiro, o Funk desce o<br />

morro e conquista o asfalto. Simbolizan<strong>do</strong> a diversidade de ritmos <strong>do</strong> caldeirão musical brasileiro,<br />

os <strong>do</strong>is se encontram em nosso desfile e o resulta<strong>do</strong> não pode ser outro: a festa vai até a noite<br />

“a<strong>do</strong>rmecer”, pouco antes <strong>do</strong> raiar de um novo dia. É a música que o “povão” escolheu!<br />

O som <strong>do</strong> gueto é samba-reggae que ecoa lá <strong>do</strong> Curuzu. É Timbalada, é o ritmo <strong>do</strong> Olodum, é<br />

Manguebeat! É Afro Reggae! É Funk‟n‟ Lata! Da Black Rio ao Funk Carioca (também conheci<strong>do</strong><br />

<strong>com</strong>o Batidão). Do Charme ao <strong>do</strong> Hip-Hop. É o som da Galera! (sinopse).


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

"O SOL NASCERÁ", AS CORTINAS IRÃO SE FECHAR<br />

"FOLHAS SECAS" VIRÃO E O SHOW VAI CONTINUAR<br />

362<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Estes versos citam canções de Cartola e Nelson Cavaquinho, <strong>do</strong>is frutos sagra<strong>do</strong>s da Estação<br />

Primeira de Mangueira. Ao mesmo tempo, anunciam o amanhecer. Nosso desfile está para terminar.<br />

E após passear por diversas variantes da nossa música, voltamos nossas atenções para a Marquês de<br />

Sapucaí, palco <strong>do</strong> maior espetáculo da Terra, o desfile das escolas de samba. A música <strong>do</strong> Brasil,<br />

representada pela Estação Primeira de Mangueira, fecha o carnaval em grande estilo. Folhas secas<br />

me fazem lembrar <strong>do</strong>s poetas da minha Estação Primeira, eterno celeiro de bambas. A Verde-e-Rosa<br />

se despede deixan<strong>do</strong> no ar a certeza de que o carnaval é show e que esse show continua no sába<strong>do</strong><br />

das campeãs… Com a Mangueira na cabeça…<br />

MEU CORAÇÃO É VERDE E ROSA<br />

DESCENDO O MORRO, EU VOU<br />

A MÚSICA, ALEGRIA DO POVO<br />

CHEGOU, A MANGUEIRA CHEGOU<br />

É carnaval! E Mangueira desce o morro, literalmente... To<strong>do</strong> aquele povo, de alma e coração verde<br />

e rosa, sonha <strong>com</strong> a noite de magia na Marquês de Sapucaí. É a noite em que to<strong>do</strong>s se orgulham de<br />

pertencer àquele lugar. To<strong>do</strong> o sofrimento de um ano inteiro desaparece no exato momento que os<br />

olhos encontram a passarela <strong>do</strong> samba... Bandeiras tremulam nas arquibancadas, e <strong>com</strong> alegria,<br />

anunciam: Chegou, ôôô, a Mangueira chegou... Lá no céu, orgulhosos desse belíssimo sambaenre<strong>do</strong>,<br />

Cartola, Dª Zica, Dª Neuma, Carlos Cachaça e Jamelão devem estar dizen<strong>do</strong>: MINHA<br />

MANGUEIRA!!!


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

363<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Bateria<br />

Diretor Geral de Bateria<br />

Jaguara Filho<br />

Outros Diretores de Bateria<br />

Wesley, Marrom, Vitor Hugo, Reynal<strong>do</strong>, Rodrigo, André “Karta”, Gaguinho, Zé Campos e Waldir<br />

Total de Componentes da Bateria<br />

250 (duzentos e cinqüenta) <strong>com</strong>ponentes<br />

NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS<br />

Sur<strong>do</strong> Maracanã Sur<strong>do</strong> Mor 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá<br />

20 26 0 0 20<br />

Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique<br />

70 0 30 0 35<br />

Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho<br />

0 17 22 0 0<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

* 10 Timbáu<br />

Além de seus diretores a Bateria da Estação Primeira de Mangueira, carinhosamente conhecida<br />

<strong>com</strong>o “Bateria Sur<strong>do</strong> Um”, tem uma diretoria administrativa e também uma coordenação que faz a<br />

blindagem da Ala e tem a responsabilidade da troca <strong>do</strong>s instrumentos fura<strong>do</strong>s em desfile e dá<br />

assistência aos ritmistas em caso de sede e/ou acidente de percurso.<br />

A “Bateria Sur<strong>do</strong> Um” preparou arranjos rìtmicos e pausas, para o a<strong>com</strong>panhamento <strong>do</strong> sambaenre<strong>do</strong>,<br />

priorizan<strong>do</strong> a marcação, forte, <strong>do</strong> sur<strong>do</strong> de primeira e cadência em torno de 150 BPM.<br />

À frente da “Bateria Sur<strong>do</strong> Um” além <strong>do</strong> Mestre Jaguara Filho estarão quase ao seu la<strong>do</strong> <strong>do</strong>is<br />

coordena<strong>do</strong>res que corrigem o alinhamento <strong>do</strong>s ritmistas e um Diretor de Bateria que dita os passos<br />

da mesma.<br />

Em 2010 a Bateria da Estação Primeira de Mangueira terá Renata Santos <strong>com</strong>o sua Rainha.


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

364<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Harmonia<br />

Diretor Geral de Harmonia<br />

José Carlos Netto<br />

Outros Diretores de Harmonia<br />

Dimichel Velasco, José Alves de Oliveira, Pedro Paulo Severino, João O. Gomes, Nilzon Antônio<br />

da Silva.<br />

Total de Componentes da Direção de Harmonia<br />

Puxa<strong>do</strong>r(es) <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Luizito, Zé Paulo Sierra, Rychahs, Ciganerey e Clóvis Pê<br />

Instrumentistas A<strong>com</strong>panhantes <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong><br />

Cavaco 01 – Alex Senna<br />

Cavaco 02 – Cesinha<br />

Violão de 06 Cordas – Negueba<br />

Violão de 07 Cordas – Vitor Alves<br />

Ban<strong>do</strong>lim – Paulinho<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Percussão (Tan-Tan 01) – Fá<br />

Percussão (Tan-Tan 02) - Tinho<br />

Percussão (Pandeiro) – Leandro<br />

Percussão (Xampu) – Hi-Hat<br />

Os membros <strong>do</strong> Conselho de Carnaval, <strong>do</strong> Conselho Deliberativo, da Diretoria, os Presidentes de Alas e os<br />

integrantes das Alas de Apoio Técnico participarão da Harmonia da Estação Primeira de Mangueira<br />

desenvolven<strong>do</strong> as tarefas que lhes foram atribuídas nas reuniões <strong>do</strong> Conselho de Carnaval.<br />

Consideran<strong>do</strong> que Harmonia em uma Escola de Samba é o perfeito entrosamento entre o ritmo da Bateria e o<br />

canto entoa<strong>do</strong> pelos <strong>com</strong>ponentes, o Conselho de Carnaval programou uma série de ensaios que aconteceram<br />

após a escolha <strong>do</strong> samba-enre<strong>do</strong> para o Carnaval de 2010. Tais ensaios foram dividi<strong>do</strong>s em:<br />

ENSAIOS DE CANTO – Realiza<strong>do</strong>s em nossa quadra de ensaios e na Vila Olímpicos da Mangueira, e<br />

destina<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s os <strong>com</strong>ponentes da agremiação, estes ensaios contaram sempre <strong>com</strong> uma grande<br />

participação de nossa <strong>com</strong>unidade.<br />

ENSAIO DE HARMONIA – Realiza<strong>do</strong> uma vez por semana nos Estúdios Floresta (Cosme Velho) <strong>com</strong><br />

os músicos que a<strong>com</strong>panham o carro de som.<br />

ENSAIOS TÉCNICOS DE DESFILE – Realiza<strong>do</strong>s na Rua Visconde de Niterói, esses ensaios são uma<br />

grande fonte de troca de energia <strong>com</strong> os mora<strong>do</strong>res da <strong>com</strong>unidade de Mangueira. Permitem que eles<br />

a<strong>com</strong>panhem o andamento <strong>do</strong>s trabalhos <strong>com</strong> vistas ao carnaval e possam incentivar aqueles que terão a<br />

responsabilidade de, em desfile, representar nossa agremiação. Servem também de preparação para os<br />

ensaios realiza<strong>do</strong>s na Sapucaí.<br />

ENSAIOS NA SAPUCAÍ – Os ensaios no “campo de jogo” permitem que tenhamos uma noção mais<br />

precisa <strong>do</strong> andamento de nosso desfile, além de constituírem a grande festa pré-carnavalesca <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro. To<strong>do</strong>s vão para esses ensaios levan<strong>do</strong> toda nossa garra e alegria de estarmos desfilan<strong>do</strong> na<br />

Sapucaí.<br />

Fora estes ensaios cita<strong>do</strong>s, são realiza<strong>do</strong>s ensaios específicos <strong>com</strong> destaques e <strong>com</strong>posições de carros,<br />

Comissão de Frente e os casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Tu<strong>do</strong> <strong>com</strong> o objetivo de apresentarmos para<br />

o público o melhor espetáculo.


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Diretor Geral de Evolução<br />

Elmo José <strong>do</strong>s Santos<br />

Outros Diretores de Evolução<br />

Presidentes de Alas da Escola e Departamento de Harmonia<br />

Total de Componentes da Direção de Evolução<br />

30 (trinta) <strong>com</strong>ponentes<br />

Principais Passistas Femininos<br />

Fernanda, Cinthia, Evelyn, Tania Bisteka, Cristiane,Claudiene, Flavia, Lívia e Queila<br />

Principais Passistas Masculinos<br />

Anderson, Cleiton, Renan, Russo, Jofre, Mario, Felipe, Fabio e Celso<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

365<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Evolução<br />

Por definição, o quesito Evolução é a progressão da dança em conformidade <strong>com</strong> o ritmo <strong>do</strong> Samba<br />

que está sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> e <strong>com</strong> a cadência da Bateria, valorizan<strong>do</strong> o entrosamento <strong>do</strong>s<br />

<strong>com</strong>ponentes.<br />

A Estação Primeira de Mangueira, em preparação para o seu desfile e visan<strong>do</strong> obter um excelente<br />

desempenho no mesmo, realizou ensaios técnicos, ensaios de canto, desfiles e ensaios de diversos<br />

segmentos da agremiação, tais <strong>com</strong>o: Ala das Crianças, Ala das Baianas Tradicionais e Guardiões<br />

da ala, Ala das Baianinhas, Alas da Comunidade, Alas da Escola, da Comissão de Frente, Mestre-<br />

Sala e Porta-Bandeira, Carros Alegóricos e Alas Coreografadas que enfatizam alguns <strong>do</strong>s tópicos de<br />

nosso enre<strong>do</strong>.<br />

Nos ensaios, nossa Escola se mostrou preparada para executar deslocamentos fluentes e em<br />

sincronia, integran<strong>do</strong> o tema (enre<strong>do</strong>) que é apresenta<strong>do</strong> auditivamente em música/texto (sambaenre<strong>do</strong>)<br />

<strong>com</strong> o coro de vozes <strong>do</strong>s <strong>com</strong>ponentes e a bateria; realçan<strong>do</strong> visualmente as fantasias, as<br />

alegorias, os adereços, os destaques, os carros alegóricos e os desfilantes.<br />

Ao longo <strong>do</strong>s anos, diversos de nossos Passistas conquistaram o reconhecimento <strong>do</strong> Júri <strong>do</strong><br />

Estandarte de Ouro, tais <strong>com</strong>o:<br />

Carlinhos <strong>do</strong> Pandeiro (1972), Laerte (1980), Índio (1981), Gargalhada (1987), Serginho <strong>do</strong><br />

Pandeiro (1990), Janaina (1991), Celsinho (1992), Ana Paula (1997, Rainha da Bateria), Tânia<br />

Bisteka (1999, Rainha da Bateria), Fabiana (2000, Princesa da Bateria), Reinal<strong>do</strong> (2002, Revelação),<br />

Juliana Clara (2003) Mateus Rego (2004).


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

366<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Conjunto<br />

Vice-Presidente de Carnaval<br />

Nilcemar Nogueira<br />

Diretor Geral de Carnaval<br />

Nilcemar Nogueira<br />

Outros Diretores de Carnaval<br />

Elias Richa, Di Michel, Edson Marcos, Estela Faria, Aridio Oliveira, Jeferson Leite, Rafael<br />

Pinheiro, Willian Alves, João Riche, Antero, Moacir Barreto, Roberto Benevides, José Carlos Neto,<br />

Ellis Pinheiro, Sidney (Chopp)<br />

Responsável pela Ala das Crianças<br />

Sheilla Antonelli<br />

Total de Componentes da<br />

Ala das Crianças<br />

Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos<br />

80<br />

40<br />

40<br />

(Oitenta)<br />

Responsável pela Ala das Baianas<br />

“Seu Nego”<br />

(quarenta)<br />

(quarenta)<br />

Total de Componentes da Baiana mais I<strong>do</strong>sa<br />

Baiana mais Jovem<br />

Ala das Baianas<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

120<br />

Arlete da Silva<br />

Luisa Figueire<strong>do</strong><br />

(cento e vinte)<br />

Responsável pela Velha-Guarda<br />

Gilda Dias Moreira<br />

82 anos<br />

19 anos<br />

Total de Componentes da Componente mais I<strong>do</strong>so Componente mais Jovem<br />

Velha-Guarda<br />

(Nome e Idade)<br />

(Nome e Idade)<br />

60<br />

Ed Miranda Rosa<br />

Sonia Maria Diniz<br />

(sessenta)<br />

93 anos<br />

61 anos<br />

Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)<br />

Nelson Sargento, Alcione, Emílio Santiago, Milton Nascimento, Buchecha, Rosemary, Junior, entre<br />

outros<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

A Estação Primeira possui uma Ala de Baianinhas que é formada por jovens mora<strong>do</strong>ras de sua<br />

<strong>com</strong>unidade. Estas formam um grupo de 60 <strong>com</strong>ponentes na faixa etária de 13 a 16 anos.<br />

No Carnaval de 2010, as Baianinhas da Mangueira representarão a "Princesinha <strong>do</strong> Mar" e o berço<br />

da Bossa Nova: Copacabana.


Responsável pela Comissão de Frente<br />

Avelino Pacheco, Estela Faria<br />

Coreógrafo(a) e Diretor(a)<br />

Jayme Aroxa<br />

Total de Componentes da<br />

Comissão de Frente<br />

15<br />

(quinze)<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

367<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

Componentes Femininos Componentes Masculinos<br />

06<br />

(seis)<br />

Um Brasil que Dança, Canta e É Feliz.<br />

09<br />

(nove)<br />

No Brasil, a música sempre foi de manifesto: da alegria, das tristezas, <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s nebulosos da<br />

nossa história. Tal qual cada região tem a sua música, para cada música, uma dança. É <strong>com</strong>o uma<br />

espécie de incorporação, um vestir de personagem: quem não se sente mais nordestino ao dançar um<br />

baião, ou mais interiorano ao dançar um sertanejo, ou um legítimo malandro ou mulata, ao sambar?<br />

A música faz isso <strong>com</strong> a gente: nos mobiliza. Nos faz sentir vivos e, ao contrário da evolução<br />

científica pregada no mun<strong>do</strong>, nos faz perceber que acima de tu<strong>do</strong>, somos HUMANOS. No<br />

entendimento <strong>do</strong> nosso corpo <strong>com</strong>o máquina, os órgãos e músculos são as engrenagens e a música, o<br />

que dá a vida. Ora, dançar sem música soa falso, é preciso a marcação. Cantar sozinho, é felicidade!<br />

Mangueira apresenta na abertura de seu desfile, a força mobiliza<strong>do</strong>ra e essencialmente humana:<br />

somos felizes porque somos brasileiros. E Mangueirenses!<br />

Villa-Lobos, grande incentiva<strong>do</strong>r <strong>do</strong> reconhecimento da música popular, é homenagea<strong>do</strong>: foi ele que<br />

selecionou Donga, Zé Espinguela e Cartola para a gravação <strong>do</strong> disco <strong>do</strong> maestro Leopol<strong>do</strong><br />

Stokowski, colocan<strong>do</strong> a música brasileira, na figura <strong>do</strong> samba, no grande circuito da música<br />

internacional: o samba passa a ser música <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>!<br />

Ao optar por abrir mão de efeitos mirabolantes e pirotécnicos, a Comissão de Frente da Estação<br />

Primeira dá especial destaque ao ser humano que muitas vezes fica esqueci<strong>do</strong>. Dessa maneira, o<br />

carro chefe de nossa apresentação será o trabalho <strong>do</strong>s bailarinos que passearão pelos principais<br />

movimentos musicais.<br />

Ao longo da apresentação, os presentes na Sapucaí e os que a<strong>com</strong>panharão as transmissões pelas<br />

diferentes mídias, verão o orgulho e o respeito <strong>com</strong> que a Comissão apresenta a Estação Primeira.<br />

Assistirão ainda, uma apresentação ousada e criativa, que manterá o sincronismo, a graça e a<br />

suavidade <strong>do</strong>s movimentos, de forma a cumprir tu<strong>do</strong> aquilo que foi exaustivamente ensaia<strong>do</strong> desde<br />

outubro, logo após a escolha <strong>do</strong> samba enre<strong>do</strong>.


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

368<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Comissão de Frente<br />

O elemento cenográfico que integra a Comissão, tão bem elabora<strong>do</strong> pelo cenógrafo Sérgio Marimba que<br />

aí está para realçar o trabalho <strong>do</strong>s bailarinos e não para ser um elemento que ao se destacar coloque os<br />

seus efeitos e sua beleza acima <strong>do</strong> potencial criativo <strong>do</strong> homem, pois afinal, quan<strong>do</strong> surgiram as<br />

Comissões de Frente nas Escolas de Samba, elas buscavam destacar aqueles que <strong>com</strong> sua entrega e<br />

trabalho diuturno ajudavam a colocar a Escola na Avenida e que orgulhosos a apresentavam ao público.<br />

Não estamos propon<strong>do</strong> a volta ao passa<strong>do</strong>, mas apenas destacan<strong>do</strong> que a tecnologia e a ciência devem<br />

estar sempre voltadas para o bem estar <strong>do</strong> homem. Por mais mirabolantes que sejam os engenhos e<br />

equipamentos cria<strong>do</strong>s para que isso ocorra, sempre será necessário que o ser humano crie, ouse, sonhe,<br />

trabalhe. Essa talvez seja a principal mensagem que a Comissão de Frente da Estação Primeira de<br />

Mangueira quer deixar na Sapucaí: vamos valorizar o ser humano!<br />

Ao fazer uma síntese <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, marcada pelo samba-enre<strong>do</strong>, a Comissão de Frente será um cartão de<br />

visita da Escola e convidará a to<strong>do</strong>s para passear na Música Popular Brasileira, viven<strong>do</strong>, reviven<strong>do</strong> os<br />

diferentes movimentos musicais.<br />

Com certeza, ao ver a Comissão de Frente abrir o caminho para o desfile da Estação Primeira, cada um<br />

renovará o <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a felicidade e CANTARÁ e DANÇARÁ. Enfim, será FELIZ!<br />

Da<strong>do</strong>s sobre o Coreógrafo:<br />

A cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro foi o cenário escolhi<strong>do</strong> para a intensa programação cultural que celebrou, ao<br />

longo <strong>do</strong> ano de 2008, os 27 anos de atividade profissional de um destemi<strong>do</strong> pernambucano chama<strong>do</strong><br />

Jaime Arôxa, que veio de “mala e cuia” para esse municìpio e nele construiu uma brilhante carreira<br />

voltada para a Dança de Salão, seja <strong>com</strong>o dançarino, professor, diretor de espetáculos, roteirista ou<br />

coreógrafo.<br />

Jaime Arôxa possui uma rara capacidade de transmitir sua arte, fazen<strong>do</strong> de cada aula um cenário para<br />

belíssimas interpretações, sempre ao la<strong>do</strong> da dançarina, professora e coreógrafa Bianca Gonzalez,<br />

parceira perfeita e uma das estrelas de sua grande constelação.<br />

Passeia <strong>com</strong> naturalidade, descontração e simplicidade pelo saber artístico, característica marcante<br />

daqueles que construíram sólida formação cultural a partir da ávida leitura de to<strong>do</strong>s os rascunhos,<br />

brochuras, trabalhos, livros e enciclopédias que tiveram a chance ou a rara oportunidade de manusear. E<br />

esse aprendiza<strong>do</strong> reflete-se no conhecimento profun<strong>do</strong> das mais diferentes formas que nosso rico Brasil<br />

apresenta, da sua mistura de ritmos, das mais diferentes intervenções e manifestações que nosso país já<br />

catalogou em sua história.<br />

Perfeccionista ao extremo, chega a cantar para seus discípulos algumas das músicas que interpreta<br />

destacan<strong>do</strong>, passo-a-passo, os itens marcação, postura, expressão e coreografia. Jaime Arôxa, por tu<strong>do</strong><br />

que já realizou, pode ser considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais <strong>com</strong>pletos coreógrafos <strong>do</strong> Brasil.


.<br />

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

369<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

1º Mestre-Sala: Idade<br />

Raphael da Silva Rodrigues 25 anos<br />

1ª Porta-Bandeira: Idade<br />

Marcella Alves 26 anos<br />

2º Mestre-Sala: Idade<br />

Matheus Olivério da Silva Rego 22 anos<br />

2ª Porta-Bandeira: Idade<br />

Débora <strong>do</strong>s Santos Almeida 22 anos<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

Um casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira tem grande importância e responsabilidade no desfile de<br />

uma escola de samba, pois se apresentam <strong>com</strong> o símbolo máximo da agremiação. Formam mais que<br />

um simples casal; são cúmplices e se conhecem apenas pelo olhar.<br />

O glamour que envolve a dança, que baila <strong>com</strong>o se estivesse nas nuvens, a elegância de suas<br />

fantasias e a sua importância são de tal imponência que jamais a Porta-Bandeira se curva para<br />

alguém, pois naquele momento ela conduz o símbolo mais importante de uma agremiação, que é o<br />

pavilhão.<br />

Ao longo de sua história, a Estação Primeira de Mangueira, sempre pode se orgulhar por ter ti<strong>do</strong> o<br />

privilegio de contar <strong>com</strong> grandes mestres, <strong>do</strong>s quais destacamos as figuras de: Maçu, José Dalmo,<br />

Delega<strong>do</strong>, Lilico, Neide e Mocinha.<br />

Para o carnaval de 2010, ano em que a Estação Primeira de Mangueira irá apresentar o enre<strong>do</strong><br />

desenvolvi<strong>do</strong> para mostrar a música <strong>do</strong> Brasil a partir da Bossa Nova, Raphael e Marcela irão<br />

brindar e contagiar o público da Marques de Sapucaí, apresentan<strong>do</strong> em seu baila<strong>do</strong> um toque<br />

especial da dança inesquecível da dupla Neide e Delega<strong>do</strong>.<br />

Da<strong>do</strong>s sobre o 1º Casal:<br />

Raphael da Silva Rodrigues (Rafael Rodrigues) – Iniciou <strong>com</strong>o Mestre-Sala na Escola <strong>do</strong> Mestre<br />

Manoel Dionísio, e aos 7 (sete) anos de idade defendeu o pavilhão da Aprendizes <strong>do</strong> Salgueiro. Sua<br />

estréia no Grupo Especial ocorreu em 2005 na Uni<strong>do</strong>s de Vila Isabel onde sagrou-se campeã em<br />

2006. Já em 2007 foi premia<strong>do</strong> pelo júri <strong>do</strong> prêmio Estandarte de Ouro <strong>com</strong>o melhor Mestre-Sala.<br />

Em 2008 passou a defender as cores da Uni<strong>do</strong>s de Vira<strong>do</strong>uro. E 2009 foi convida<strong>do</strong> pela Mocidade<br />

Independente de Padre Miguel. Em 2010 foi prepara<strong>do</strong> pelo Mestre Delega<strong>do</strong> para defender o<br />

pavilhão da Estação Primeira de Mangueira.


Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2010<br />

Outras informações julgadas necessárias<br />

370<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Mestre-Sala e Porta-Bandeira<br />

Marcella Alves – Há 18 anos atuan<strong>do</strong> no carnaval carioca Marcella estreou <strong>com</strong>o Porta-Bandeira<br />

aos 9 (nove) anos de idade na Infante <strong>do</strong> Lins. Aos 12 (<strong>do</strong>ze) anos já era a 1ª Porta-Bandeira da Lins<br />

Imperial. Posteriormente atuou na Caprichosos de Pilares. Em 2001, seu ano de estréia no Grupo<br />

Especial, defendeu o pavilhão <strong>do</strong> Acadêmicos <strong>do</strong> Salgueiro – escola onde permaneceria até 2005 – ,<br />

e foi laureada <strong>com</strong> o prêmio Estandarte de Ouro <strong>com</strong>o Melhor Porta-Bandeira. Entre 2006 e 2009<br />

defendeu as cores da Mocidade Independente de Padre Miguel. Em seu ano de estréia na Estação<br />

Primeira de Mangueira está sen<strong>do</strong> preparada pelo Mestre Delega<strong>do</strong>.<br />

Da<strong>do</strong>s sobre a fantasia <strong>do</strong>s Casais:<br />

1º Casal:<br />

Cartola, o filho mais ilustre <strong>do</strong> Morro da Mangueira, surge para saudar o público e exibir <strong>com</strong><br />

orgulho seus mais preciosos tesouros: o pavilhão verde e rosa da Estação Primeira cujas as cores<br />

foram escolhidas por ele e sua musa maior - a Poesia - representada aqui pela música “As Rosas<br />

Não Falam”.<br />

2º Casal:<br />

Influencia<strong>do</strong>s pela contracultura e pela emergente Tropicália, utilizam-se de vários ritmos musicais<br />

brasileiros que vão de bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé ao rock n' roll. A origem <strong>do</strong> nome<br />

surgiu em decorrência a uma apresentação <strong>do</strong> Festival da Música Brasileira, quan<strong>do</strong> ainda sem nome<br />

defini<strong>do</strong> para o grupo, o coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> festival, Marcos Antonio Riso gritou "Chama aí esses<br />

novos baianos!"

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