relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ...
relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ... relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ...
1 – DEFINIÇÃO As feridas neoplásicas ocorrem devido à infiltração das células malignas nas estruturas da pele, incluindo vasos sanguíneos e/ou linfáticos que derivam do tumor primário e/ou suas metástases. Ocorre quebra da integridade da pele, levando à formação de uma ferida evolutivamente exofítica devido à proliferação celular descontrolada, provocada pelo processo de oncogênese. O processo de formação das feridas neoplásicas compreende três eventos: • Crescimento do tumor – leva ao rompimento da pele. • Neovascularização – contributo para o crescimento tumoral. • Invasão da membrana basal das células saudáveis – ocorre um processo de crescimento da ferida sobre a superfície acometida. Com o crescimento anormal e desorganizado, verifica-se a formação de verdadeiros agregados de massa tumoral necrótica, onde ocorrerá contaminação por microorganismos aeróbicos (por exemplo: Pseudomonas aeruginosabe Staphylococcus aureus) e anaeróbicos (bacterioses). O produto final do metabolismo desses microorganismos são os gases voláteis (ácido acético, capróico) que justificam o odor fétido das feridas tumorais. Os tipos de cancro mais comummente associados à formação de feridas neoplásicas são: mama, cabeça e pescoço, rim, pulmão, ovário, cólon, pênis, bexiga, linfoma e leucemia. Dentre estes, os de mama e de cabeça e pescoço parecem ser os que mais apresentam ferida neoplásica, quer no local de origem quer no local de implantes metastáticos. 3
2- ESTADIAMENTO ESTADIAMENTO DAS FERIDAS NEOPLÁSICAS Estádio 1 – Pele íntegra. Tecido de coloração avermelhada ou violácea. Nódulo visível e delimitado. Assintomática. Estádio N1 – Ferida fechada ou com abertura superficial por orifício de drenagem de exsudato límpido, de coloração amarelada ou de aspecto purulento. Tecido avermelhado ou violáceo, ferida seca ou húmida. Dor ou prurido ocasionais. Sem odor. Estádio 2 – Ferida aberta envolvendo derme e epiderme. Ulcerações superficiais. Por vezes, friáveis e sensíveis à manipulação. Exsudato ausente ou em pouca quantidade (lesões secas ou húmidas). Intenso processo inflamatório ao redor da ferida. Dor e odor ocasionais. Estádio 3 – Ferida envolvendo o tecido subcutâneo. Profundidade regular, com saliência e formação irregular. Características: friável, ulcerada ou vegetativa, podendo apresentar tecido necrosado liquefeito ou sólido e aderente, odor fétido, exsudato. Lesões satélites em risco de ruptura. Tecido de coloração avermelhada ou violácea, porém o leito da ferida encontra-se predominantemente de coloração amarelada. Estádio 4 – Ferida invadindo profundas estruturas anatómicas. Profundidade expressiva. Por vezes, não se visualiza seu limite. Exsudato abundante, odor fétido e dor. Tecido de coloração avermelhada ou violácea, porém o leito da ferida encontra-se predominantemente de coloração amarelada. Fonte: Haisfiel-Wolfe & Baxendale-Cox. Staging of malignant cutaneous wounds: a pilot study. ONS July 1999, 6 (26) : 1055-56 4
- Page 17 and 18: 1.1.1. Objetivos Específicos Módu
- Page 19 and 20: A designação de “doente em fim
- Page 21 and 22: equipa, recusando cuidados e manten
- Page 23 and 24: penso. O guia foi apresentado à eq
- Page 25 and 26: Utilizei este referencial teórico
- Page 27 and 28: Acolhimento da pessoa/ família ao
- Page 29 and 30: Relativamente ao caso prático onde
- Page 31 and 32: Relativamente à estrutura física
- Page 33 and 34: Desviando-me das situações que ob
- Page 35 and 36: Para a elaboração deste documento
- Page 37 and 38: Tive também a possibilidade presta
- Page 39 and 40: Sugeri a via subcutânea para admin
- Page 41 and 42: que os enfermeiros se podem protege
- Page 43 and 44: O período de observação realizou
- Page 45 and 46: profissional que foi o estágio no
- Page 47 and 48: ausência do mesmo. A distribuiçã
- Page 49 and 50: Entre outros exemplos, ressalto a p
- Page 51 and 52: dos familiares de doentes em estado
- Page 53 and 54: Este trabalho para além da pesquis
- Page 55 and 56: CONCLUSÃO Chegado o término deste
- Page 57 and 58: De salientar como aspetos facilitad
- Page 59 and 60: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAILE,
- Page 61 and 62: PARDEY, Toni G. McCallum - Emergenc
- Page 63: Apêndice A: Tratar a Dor Moderada
- Page 66 and 67: GUIA DE ORIENTAÇA O PARA PRESTAÇA
- Page 70 and 71: 2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ODOR
- Page 72 and 73: 4- INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 4.1
- Page 74 and 75: Controlo de exsudado • Pensos abs
- Page 76 and 77: • Prurido persistente e presença
- Page 78 and 79: Tipos de feridas: feridas com cicat
- Page 80 and 81: O tecido de carvão activado remove
- Page 82 and 83: • Se o odor piorar após a suspen
- Page 84 and 85: 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-
- Page 86 and 87: Apêndice C: Comunicação em Cuida
- Page 88 and 89: CONFERÊNCIA FAMILIAR DO SRº M.H.
- Page 90 and 91: Inconsciente | Não Respira | Gas
- Page 92 and 93: Nome: Data de Nascimento: / / Idade
- Page 94 and 95: Apêndice H: Grelha de Observação
- Page 96 and 97: Apêndice I: Questionário acerca d
- Page 98 and 99: C) Necessidades de segurança emoci
- Page 100 and 101: Proposta de Check List de Acolhimen
- Page 102: Apêndice L: Meta 2 - Melhoria da C
- Page 105 and 106: 1. TÍTULO HOSPITAL DE CASCAIS - DR
- Page 107 and 108: 8. Elaborar registos. Material nece
- Page 109 and 110: HOSPITAL DE CASCAIS - DR JOSÉ DE A
- Page 111 and 112: 1. TÍTULO Cuidados Pós-Mortem na
- Page 113 and 114: HOSPITAL DE CASCAIS - DR JOSÉ DE A
- Page 115 and 116: HOSPITAL DE CASCAIS - DR JOSÉ DE A
2- ESTADIAMENTO<br />
ESTADIAMENTO DAS FERIDAS NEOPLÁSICAS<br />
Estádio 1 <strong>–</strong> Pele íntegra. Tecido <strong>de</strong> coloração<br />
avermelhada ou violácea. Nódulo visível e <strong>de</strong>limitado.<br />
Assintomática.<br />
Estádio N1 <strong>–</strong> Ferida fechada ou <strong>com</strong> abertura superficial<br />
por orifício <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> exsudato límpido, <strong>de</strong><br />
coloração amarelada ou <strong>de</strong> aspecto purulento. Tecido<br />
avermelhado ou violáceo, ferida seca ou húmida. Dor ou<br />
prurido ocasionais. Sem odor.<br />
Estádio 2 <strong>–</strong> Ferida aberta envolvendo <strong>de</strong>rme e epi<strong>de</strong>rme.<br />
Ulcerações superficiais. Por vezes, friáveis e sensíveis à<br />
manipulação. Exsudato ausente ou em pouca quantida<strong>de</strong><br />
(lesões secas ou húmidas).<br />
Intenso processo inflamatório ao redor da ferida. Dor e<br />
odor ocasionais.<br />
Estádio 3 <strong>–</strong> Ferida envolvendo o tecido subcutâneo.<br />
Profundida<strong>de</strong> regular, <strong>com</strong> saliência e formação irregular.<br />
Características: friável, ulcerada ou vegetativa, po<strong>de</strong>ndo<br />
apresentar tecido necrosado liquefeito ou sólido e<br />
a<strong>de</strong>rente, odor fétido, exsudato. Lesões satélites em risco<br />
<strong>de</strong> ruptura. Tecido <strong>de</strong> coloração avermelhada ou violácea,<br />
porém o leito da ferida encontra-se predominantemente<br />
<strong>de</strong> coloração amarelada.<br />
Estádio 4 <strong>–</strong> Ferida invadindo profundas estruturas<br />
anatómicas. Profundida<strong>de</strong> expressiva. Por vezes, não se<br />
visualiza seu limite. Exsudato abundante, odor fétido e<br />
dor. Tecido <strong>de</strong> coloração avermelhada ou violácea,<br />
porém o leito da ferida encontra-se predominantemente<br />
<strong>de</strong> coloração amarelada.<br />
Fonte: Haisfiel-Wolfe & Baxendale-Cox. Staging of malignant cutaneous wounds: a pilot study.<br />
ONS July 1999, 6 (26) : 1055-56<br />
4