relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ...
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para estar <strong>com</strong> o <strong>doente</strong>, permitindo assim quebrar a tendência <strong>de</strong> isolamento e minimizar uma<br />
das causas <strong>de</strong> sofrimento na doença, que é <strong>com</strong>o afirma McIntyre citada por Gameiro (1999:<br />
30), “ a pessoa sentir que o seu mal-estar não é reconhecido e validado pelos profissionais <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>”.<br />
Desta reflexão, <strong>com</strong> pressupostos teóricos que a suportam, emanaram algumas<br />
conclusões da equipa, que <strong>de</strong> seguida explanarei.<br />
As atitu<strong>de</strong>s do enfermeiro <strong>de</strong>vem estar impregnadas <strong>de</strong> atenções positivas, no sentido<br />
<strong>de</strong> produzirem um efeito tranquilizador e redutor na cascata <strong>de</strong> emoções negativas vivenciadas<br />
perante o confronto <strong>com</strong> a doença.<br />
Há evidências <strong>de</strong> que a eficácia da triagem está associada <strong>com</strong> a experiência do<br />
enfermeiro, em especial experiência em atendimento <strong>de</strong> emergência. Assim, o enfermeiro é o<br />
profissional que garante a segurança <strong>de</strong> todos na sala <strong>de</strong> espera, sendo, muitas vezes, o<br />
primeiro rosto que os <strong>doente</strong>s veem quando entram no hospital. Em função disso são<br />
necessárias excelentes habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong><strong>com</strong>unicação</strong>, a fim <strong>de</strong> ajudar essas pessoas em um<br />
momento tão vulnerável.<br />
O Serviço <strong>de</strong> Urgência requer dos enfermeiros conhecimentos teóricos e padrões <strong>de</strong><br />
saber e modos <strong>de</strong> fazer baseados em experiências, interpretando sinais psicológicos,<br />
interpessoais e <strong>com</strong>unicativos do paciente, além <strong>de</strong> experiência clínica para prestação <strong>de</strong><br />
cuidados, para uma população que enfrenta diversos episódios, abrupta e potencialmente <strong>de</strong><br />
agressão à saú<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> risco psicossocial à vida .<br />
Estas questões fazem emergir o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio do cuidar em contexto <strong>de</strong> Urgência e<br />
que estrutura o papel do enfermeiro e também do enfermeiro especialista que <strong>de</strong>ve ter um<br />
papel fundamental na formação e exemplo à equipa.<br />
Os resultados foram entregues à equipa <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação do serviço que consi<strong>de</strong>rou<br />
valorativo integrar esta temática e o exemplo do estudo, no Manual <strong>de</strong> Integração dos<br />
Enfermeiros ao Serviço <strong>de</strong> Urgência.<br />
Foi ainda sugerido que os resultados do estudo fossem divulgados em Artigo Cientifico<br />
e partilhados <strong>com</strong> o Grupo Português <strong>de</strong> Triagem, sugerindo a integração da temática nos<br />
cursos <strong>de</strong> formação realizados às equipas médicas e <strong>de</strong> enfermagem para operarem <strong>com</strong> o<br />
Sistema <strong>de</strong> Triagem <strong>de</strong> Manchester, artigo que se encontra em fase <strong>de</strong> elaboração.<br />
De referir que ao longo do <strong>estágio</strong> realizei reflexões acerca <strong>de</strong> situações vividas na<br />
prática e pesquisa bibliográfica, algumas das quais não se integram taxativamente nos<br />
objetivos preconizados inicialmente mas concorrem para a experiência valorativa pessoal e<br />
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