relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ...
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preocupações, por <strong>de</strong>svendar a razão primária da administração <strong>de</strong> um ansiolítico, por acolher<br />
o choro ou um olhar <strong>de</strong> tristeza profunda que em nós esbarra.<br />
Trabalhei e <strong>de</strong>senvolvi a escuta, a presença efetiva e reveladora <strong>de</strong> interesse e<br />
envolvimento no outro, a empatia e o toque que nos <strong>doente</strong>s ventilados a quem prestei<br />
cuidados incluíram também a mímica labial e o esforço redobrado na <strong>com</strong>preensão mútua, <strong>com</strong><br />
o intuito <strong>de</strong> selecionar e utilizar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> ajuda à<br />
pessoa em situação crítica, refletindo uma prática igualmente avançada e humanizante.<br />
Ainda no âmbito da prestação <strong>de</strong> cuidados na Sala <strong>de</strong> Reanimação gostava <strong>de</strong> partilhar<br />
uma experiência vivida no cuidado a uma idosa que cui<strong>de</strong>i.<br />
Tratava-se <strong>de</strong> uma <strong>doente</strong> <strong>com</strong> a<strong>de</strong>nocarcinoma gástrico grau IV <strong>com</strong> metastização<br />
óssea trazida <strong>de</strong> um lar por prostração e dificulda<strong>de</strong> respiratória. Encontrava-se arreactiva e<br />
bradipneica.<br />
A primeira abordagem na sala, seguindo o A (airway) B (breading) C (circulation), é<br />
sempre a monitorização cardíaca e a canalização <strong>de</strong> acesso venoso para colheita <strong>de</strong> sangue,<br />
soroterapia e fármacos.<br />
Aquela <strong>doente</strong> estava pálida, muito emagrecida <strong>com</strong> um grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação severo.<br />
Parecia tão frágil. Tinha o seu pijama vestido que seria necessário retirar para fazer o<br />
<strong>de</strong>spersonalizante “espólio”.<br />
Recebemos a informação trazida pelos bombeiros, cruzei o meu olhar <strong>com</strong> a<br />
enfermeira orientadora. Percebemos que esta era uma <strong>doente</strong> em fim <strong>de</strong> vida. Mas tinha<br />
acabado <strong>de</strong> entrar numa sala <strong>de</strong> reanimação!<br />
Não havia veias passíveis <strong>de</strong> serem picadas, via um esgar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto no seu rosto.<br />
A respiração era ruidosa. Pensei <strong>com</strong> receio que se podia iniciar uma abordagem fútil e<br />
invasiva.<br />
punção venosa.<br />
Ao observar o seu corpo emagrecido senti um implantofix®. Paramos nas tentativas <strong>de</strong><br />
Conversei <strong>com</strong> o médico presente na sala, ciente que as <strong>de</strong>cisões se querem em<br />
equipa, pelo imperativo <strong>de</strong> que a partilha lhes acrescenta valor e porque envolvendo todos, o<br />
sentimento <strong>de</strong> bem-estar pelo melhor cuidado e assistência àquela pessoa se reparte por<br />
todos.<br />
Sugeri que utilizássemos o implantofix® <strong>com</strong> via <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> soro e fármacos.<br />
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