Capítulo 6 – Relevo e solo 1ª parte
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<strong>Capítulo</strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Relevo</strong> e <strong>solo</strong><br />
<strong>1ª</strong> <strong>parte</strong><br />
Formas de relevo: elemento importante na ocupação e<br />
desenvolvimento das atividades humanas.<br />
A agricultura,o desenvolvimento das cidades, a construção<br />
de vias de circulação,a instalação de barragens e usinas<br />
hidrelétricas são exemplos de processos de modificação<br />
que levam em conta as características topográficas e a<br />
estrutura geológica do local.<br />
O relevo e o <strong>solo</strong> sofrem intervenções humanas que<br />
podem gerar problemas ambientais.<br />
1
O relevo corresponde à forma como as<br />
estruturas geológicas se apresentam na<br />
superfície.<br />
É resultado da ação de agentes internos<br />
(formadores) e externos (modeladores).<br />
Agentes internos: tectonismo, vulcanismo,<br />
sismos<br />
Agentes externos: rios chuvas geleiras<br />
Agentes externos: rios, chuvas, geleiras,<br />
oceanos, ventos, variação de temperatura,<br />
seres vivos<br />
2
Erosão e intemperismo<br />
Erosão: processo em 3 etapas<br />
Desgaste<br />
Transporte<br />
Acúmulo de sedimentos<br />
Desagregação física e decomposição<br />
qquímica<br />
das rochas<br />
Intemperismo físico (mecânico): variação de<br />
temperatura<br />
Intemperismo químico: ação da água<br />
(solvente)<br />
( )<br />
3
Pluvial: água das chuvas<br />
Fluvial: água dos rios<br />
Marinha: água do mar (abrasão)<br />
Glaciária: deslocamento de geleiras<br />
Eólica: ventos<br />
Quatro formas fundamentais:<br />
Cadeias de montanhas<br />
Planaltos<br />
Depressões<br />
Planícies<br />
4
Grandes elevações da superfície<br />
( (dobramentos modernos) )<br />
<strong>Relevo</strong> acidentado<br />
Encostas íngremes e vales profundos<br />
Recentes e pouco modificadas pela erosão<br />
Cordilheira dos Andes Alpes<br />
5
Altitudes e formas variadas<br />
Formações mais antigas e mais desgastadas<br />
(formato arredondado)<br />
Serra<br />
Chapada<br />
6
Áreas rebaixadas em relação ao seu entorno<br />
Absolutas: abaixo do nível do mar<br />
Relativas: abaixo das regiões vizinhas mas<br />
acima do nível do mar<br />
Depressão relativa Depressão absoluta<br />
7
Áreas relativamente planas formadas pela<br />
deposição p ç<br />
de sedimentos<br />
8
Brasil<br />
Físico<br />
O relevo é resultado da ação de agentes externos e internos.<br />
A estrutura geológica do Brasil é, é na maior <strong>parte</strong>, <strong>parte</strong> antiga, antiga mas os<br />
processos que modelaram as formas do território são, de modo<br />
geral, recentes (Era Cenozóica) e continuam atuando.<br />
No decorrer do Terciário e do Quaternário a alternância entre climas<br />
mais úmidos e mais secos influenciou processos erosivos.<br />
O soerguimento da placa Sul-Americana, na Era<br />
Cenozóica,simultaneamente à formação dos Andes, delineou formas<br />
no território, como diversos vales e escarpas de planaltos.<br />
9
Aroldo de Azevedo: sua classificação, adotada a partir da década de 1940, dividia o<br />
Brasil em unidades a partir das altitudes. As planícies eram superfícies planas de até<br />
200m de altitude e os planaltos situavam-se acima de 200m, relativamente<br />
acidentados.<br />
Aziz Ab’Saber: estabelecida na década de 1960, sua classificação considerava, além<br />
da altitude, os processos geológicos responsáveis pela gênese. Os planaltos eram<br />
definidos como terrenos onde prevalecia o processo de desgaste; as planícies<br />
constituíam os terrenos em que predominava a sedimentação.<br />
Jurandyr LL. SS. Ross: Criada a partir de 1990, 1990 a classificação de Ross associa<br />
informações altimétricas com os processos de erosão, sedimentação e gênese,<br />
integrando-os às estruturas geológicas nas quais ocorrem. O relevo passou a ser,<br />
então, classificado em depressões, planaltos e planícies.<br />
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Depressões: terrenos localizados entre 100 e<br />
500m de altitude altitude, relativamente inclinados e<br />
apresentando bordas em aclive, nos quais<br />
predominam processos erosivos que ocorrem em<br />
estruturas cristalinas ou sedimentares.<br />
Grande <strong>parte</strong> das depressões brasileiras<br />
originou-se de processos erosivos nas bordas<br />
das bacias sedimentares.<br />
Depressão da Amazônia Ocidental: recortada por diversas<br />
pplanícies fluviais e apresenta p formas de relevo em colinas<br />
baixas.<br />
Depressão Norte-Amazônica: esculpida em terrenos<br />
cristalinos. Apresenta colinas e morros baixos, entre os<br />
quais aparecem relevos residuais. É denominada<br />
“depressão marginal”.<br />
Depressão Sul-Amazônica: esculpida em terrenos<br />
cristalinos. Apresenta constantes relevos residuais. É<br />
denominada “depressão marginal”.<br />
12
No grupo das ‘interplanálticas’ duas se distinguem das demais, a<br />
depressão da Borda Leste da Bacia do Paraná e a depressão<br />
Periférica Sul-Rio-Grandense, por terem sido esculpidas em terrenos<br />
da bacia sedimentar do Paraná e limitarem-se a leste com terrenos<br />
cristalinos cristalinos.<br />
◦ A depressão da Borda Leste configurou-se como um corredor de comunicação entre<br />
o Sul e o Sudeste por onde se deslocavam tropeiros para a região mineradora durante<br />
o período colonial.<br />
A depressão Sertaneja e do São Francisco apresenta relevos<br />
residuais tanto em terrenos sedimentares como em cristalinos. Esses<br />
relevos residuais são denominados inselbergues inselbergues. A depressão<br />
também apresenta pediplanos, que geralmente apresentam baixos<br />
índices pluviométricos.<br />
Nas depressões que estão em contato com os planaltos e as<br />
chapadas da bacia do Paraná ocorrem as frentes das cuestas:<br />
além da Periférica, a do Miranda, a do Alto Paraguai- Guaporé<br />
e a do Araguaia.<br />
A cuesta é uma forma de relevo constituída por uma<br />
rampa íngreme de um lado e, de outro, por um declive<br />
suavemente inclinado. O lado que apresenta a rampa<br />
íngreme é a frente da cuesta , propriamente. Trata-se<br />
portanto , de uma forma de relevo assimétrica. As<br />
cuestas são predominantes em terrenos sedimentares ,<br />
inclusive onde ocorreram derrames basálticos.<br />
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Melhen Adas, Geo Brasil, Moderna<br />
Os planaltos são formas residuais de relevo que<br />
apresentam t superfícies fí i irregulares i l nas quais i<br />
predominam os processo erosivos de estruturas<br />
cristalinas ou sedimentares. Localizam-se<br />
geralmente acima de 300m de altitude e<br />
apresentam bordas em declive para quem olha de<br />
cima para baixo<br />
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Planaltos em bacias sedimentares, geralmente<br />
circundados por depressões periféricas ou marginais.<br />
marginais<br />
Ex. planalto da Amazônia Oriental, planaltos e<br />
chapadas da bacia do Parnaíba (na porção sul<br />
encontra-se a frente da cuesta do Ibiapaba) os<br />
planaltos e chapadas da bacia do Paraná (onde se<br />
encontra a chapada dos Guimarães). e o planalto dos<br />
Parecis<br />
Planaltos em núcleos cristalinos arqueados,<br />
formados no cinturão orogênico da faixa<br />
Atlântica Atlântica, nos quais os processos erosivos<br />
atuaram de forma muito intensa no<br />
Terciário.<br />
Ex. Planalto da Borborema e planalto Sul-<br />
Rio-Grandense.<br />
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Planaltos em intrusões e coberturas<br />
residuais de plataforma, que se formam em<br />
terrenos sedimentares residuais residuais, cristalinos cristalinos,<br />
vulcânicos e dobramentos do Pré-<br />
Cambriano.<br />
Exs. Planalto residual Norte - Amazônico e<br />
planalto residual Sul- Amazônico; e o<br />
planalto dos Parecis<br />
Planaltos em cinturões orogênicos, formados em<br />
trechos bastante antigos, nos quais ocorreram<br />
vários ciclos de dobramentos, intrusões e<br />
falhamentos, que deram origem a escarpas<br />
acentuadas, como as da Serra do Mar e da<br />
Mantiqueira, nos planaltos e serras do Atlântico <strong>–</strong><br />
Leste- Sudeste , onde estão presentes os morros<br />
com topos convexos (mares de morros) morros).<br />
Outros Exs.: Planaltos e serras de Goiás- Minas e<br />
os planaltos e serras do Alto Paraguai.<br />
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Nas planícies predominam os processos<br />
de sedimentação,que ocorrem apenas em<br />
estruturas geológicas sedimentares. As<br />
planícies apresentam bordas em aclive e<br />
suas altitudes variam entre 0 e 100 m.<br />
Estão situadas em áreas mais restritas,<br />
em alguns casos sujeitas a inundações.<br />
No Brasil a maioria das planícies foram formadas por<br />
deposição de sedimentos de origem marinha, lacustre<br />
ou fluvial, sendo que a sedimentação aconteceu no<br />
Quaternário. Essa forma de relevo encontra-se restrita<br />
ààs margens dde grandes d rios, i à região iã ddo PPantanal, t l à<br />
faixa litorânea e ao redor de algumas lagoas.<br />
Ex. planície do Rio Amazonas, do rio Araguaia, planície<br />
ao redor das lagoas de Pato e Mirim (RS).<br />
Em trechos da planície Litorânea estão presentes os<br />
ttabuleiros b l i costeiros. t i Sã São colinas, li dde ttopos<br />
convexos ou<br />
planos, que, muitas vezes, ao lado do oceano formam<br />
falésias, com paredões de até 50m de altura.<br />
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