O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Perspectiva histórica <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> <strong>Infinito</strong> Capítulo 2<br />
2. Perspectiva histórica <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> <strong>Infinito</strong><br />
“É <strong>de</strong>finir o infinito através <strong>da</strong>quilo que ele não é? Se a sucessão <strong>do</strong>s números naturais<br />
é inesgotável, on<strong>de</strong> os posicionamos? Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>monstrar que a divisão em <strong>do</strong>is <strong>de</strong><br />
um segmento <strong>de</strong> recta não tem fim?<br />
E o céu, on<strong>de</strong> acaba?<br />
O matemático trabalha com o infinito mas o que nos ensina sobre ele? Eu acabei por<br />
compreen<strong>de</strong>r: na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, não nos ensina na<strong>da</strong>. Com uma espantosa humil<strong>da</strong><strong>de</strong> o<br />
matemático <strong>de</strong> hoje renuncia a interrogar-se sobre o estatuto <strong>do</strong> infinito para continuar<br />
a matematizá-lo. É aqui que resi<strong>de</strong> a limitação, mas também a força <strong>do</strong> discurso<br />
matemático.”<br />
(Levi, 1987)<br />
5