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O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

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6. A Biblioteca <strong>de</strong> Babel<br />

A Biblioteca <strong>de</strong> Babel Capítulo 6<br />

Nasci<strong>do</strong> em Buenos Aires, no ano <strong>de</strong> 1899, Jorge Luís Borges teve uma educação <strong>de</strong><br />

carácter anglófono. Após uma estadia em Madrid, on<strong>de</strong> entrou em contacto com<br />

movimentos vanguardistas, regressou a Buenos Aires e fun<strong>do</strong>u as revistas Prisma e<br />

Proa, on<strong>de</strong> começou a publicar os seus poemas (que mais tar<strong>de</strong> foram reuni<strong>do</strong>s em<br />

volumes como Fervor <strong>de</strong> Buenos Aires (1923) e Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> San Martín (1929).<br />

Da obra <strong>de</strong> Jorge Luís Borges <strong>de</strong>stacamos obras como Ficções (1944), História<br />

Universal <strong>da</strong> Infância (1935), O Aleph (1949) e O Relatório <strong>de</strong> Brodie (1970). De entre<br />

as suas melhores criações estão Outras Inquirições (1952) e História <strong>da</strong> Eterni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(1936).<br />

Borges, eterno candi<strong>da</strong>to ao Nobel, foi um autor inclassificável que não se encaixou<br />

nos paradigmas estilísticos e i<strong>de</strong>ológicos marca<strong>do</strong>s pelos escritores incluí<strong>do</strong>s no<br />

chama<strong>do</strong> boom latino-americano.<br />

Morreu em Genebra em 1986.<br />

Ficções foi unanimemente consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s monumentos literários <strong>do</strong><br />

século XX. Num diálogo constante entre a ficção e a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o leitor é obriga<strong>do</strong> a<br />

tomar um papel activo, <strong>de</strong>scobrin<strong>do</strong> que nessas “ficções”, há algo além <strong>da</strong> diversão<br />

retórica ou <strong>de</strong> um passatempo mental, começa a vislumbrar a trama complexa <strong>de</strong> uma<br />

metafísica inquietante.<br />

Ficções é composto por <strong>do</strong>is livros O Jardim <strong>do</strong>s Caminhos Que Se Bifurcam e<br />

Artifícios, que giram à volta <strong>da</strong>s mesmas imagens e <strong>do</strong>s mesmos temas: o infinito, os<br />

jogos <strong>de</strong> espelhos, a cabala, os enigmas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectives, o <strong>de</strong>stino, o tempo, o fascínio<br />

pela palavra… Em to<strong>do</strong>s os contos se respira um espírito atemporal, <strong>de</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

no qual se po<strong>de</strong> encontrar uma biblioteca com to<strong>do</strong>s os livros possíveis, um homem <strong>de</strong><br />

memória infinita e outro capaz <strong>de</strong> <strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> a uma personagem sonha<strong>da</strong>.<br />

De segui<strong>da</strong> analisar-se-á o conto A Biblioteca <strong>de</strong> Babel, <strong>do</strong> livro O Jardim <strong>do</strong>s<br />

Caminhos Que Se Bifurcam.<br />

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