O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
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Perspectiva histórica <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> <strong>Infinito</strong> Capítulo 2<br />
• O conjunto <strong>do</strong>s números inteiros, e por maioria <strong>de</strong> razão, o conjunto <strong>da</strong>s<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />
“Se o conjunto <strong>do</strong>s números (e precisamente <strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s números inteiros) é infinito<br />
então, por maioria <strong>de</strong> razão, o conjunto <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s (…) é um conjunto infinito.<br />
(…) não só to<strong>do</strong>s os números são igualmente quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, mas existem também muito<br />
1 1 2 1<br />
mais quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> que números, porque também as fracções , , , , … como<br />
2 3 3 4<br />
ain<strong>da</strong> as chama<strong>da</strong>s expressões irracionais 2, 2,...,<br />
, ,<br />
3 π e … indicam quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s”.<br />
(Cita<strong>do</strong> em Meschkowski, 1990)<br />
• O conjunto <strong>do</strong>s pontos <strong>do</strong> tempo e <strong>do</strong> espaço:<br />
“(…) tanto no tempo como no espaço, o conjunto <strong>da</strong>s partes elementares, ou pontos,<br />
<strong>da</strong>s quais um e outro são constituí<strong>do</strong>s, é infinito. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, não só é infinitamente<br />
gran<strong>de</strong> o conjunto <strong>da</strong>s partes elementares <strong>de</strong> que a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tempo e a totali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> espaço são constituí<strong>da</strong>s, (…), mas é infinito também o conjunto <strong>da</strong>queles pontos <strong>do</strong><br />
tempo situa<strong>do</strong>s entre <strong>do</strong>is pontos temporais α e β tão próximos um <strong>do</strong> outro quanto se<br />
queira, como ain<strong>da</strong> o conjunto <strong>da</strong>queles pontos <strong>do</strong> espaço situa<strong>do</strong>s entre <strong>do</strong>is pontos<br />
espaciais a e b tão próximos um <strong>do</strong> outro quanto se queira”. (Cita<strong>do</strong> em<br />
Meschkowski, 1990)<br />
A fim <strong>de</strong> comparar conjuntos infinitos, era necessário saber quan<strong>do</strong> é que <strong>do</strong>is<br />
conjuntos infinitos eram iguais ou diferentes quanto à sua multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para tal<br />
Bolzano tentou estabelecer um critério.<br />
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