17.04.2013 Views

O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

O Infinito - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.4. No século XVIII<br />

Perspectiva histórica <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> <strong>Infinito</strong> Capítulo 2<br />

Os trabalhos Newton e <strong>de</strong> Leibniz foram continua<strong>do</strong>s e cultiva<strong>do</strong>s por Euler e<br />

Lagrange que <strong>de</strong>senvolveram o mo<strong>de</strong>rno cálculo diferencial, contribuin<strong>do</strong> para o<br />

<strong>de</strong>sembaraçar <strong>da</strong>s questões metafísicas <strong>do</strong>s infinitamente pequenos e <strong>do</strong> infinito em<br />

acto, passan<strong>do</strong> à formalização <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> limite.<br />

Leonard Euler, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais produtivos matemáticos <strong>de</strong> sempre,<br />

escreveu praticamente a notação e linguagem que hoje usamos, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> responsável,<br />

em gran<strong>de</strong> parte, por exemplo, pela utilização <strong>do</strong>s símbolos π , e , i , … bem como a<br />

notação f (x)<br />

para representar funções <strong>de</strong> x . Assim, a notação matemática,<br />

comummente aceite, provém <strong>de</strong> Euler. Euler escreveu Introdutio in analysin<br />

infinitorium e o primeiro volume <strong>de</strong>sta obra abor<strong>da</strong> essencialmente processos infinitos.<br />

Euler mantinha uma correspondência frequente com o matemático parisiense Jean Le<br />

Rond d’Alembert.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> d’Alembert, <strong>de</strong> que o cálculo <strong>de</strong>veria assentar fun<strong>da</strong>mentalmente na i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> limite, não foi aceite pelos seus contemporâneos, ten<strong>do</strong>-se continua<strong>do</strong> a usar a<br />

linguagem <strong>de</strong> Euler e Leibniz. Por pensar em gran<strong>de</strong>zas geométricas, d’Alembert nunca<br />

aceitou a existência <strong>de</strong> um infinito actual, pensan<strong>do</strong> sempre na sua forma potencial,<br />

opon<strong>do</strong>-se aos pontos <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>stes matemáticos e afirman<strong>do</strong> que uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> ou<br />

representa algo ou então não é na<strong>da</strong>.<br />

Joseph-Louis Lagrange viveu durante a Revolução francesa, rejeitan<strong>do</strong><br />

completamente a teoria <strong>do</strong>s limites <strong>de</strong> Newton e <strong>de</strong> d’Alembert, <strong>de</strong>dicou-se à<br />

fun<strong>da</strong>mentação <strong>do</strong> cálculo pela álgebra. A ele <strong>de</strong>vemos a notação f '( x)<br />

, f '' ( x)<br />

, … ,<br />

( )<br />

f n<br />

( x)<br />

, …, para representar <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> várias or<strong>de</strong>ns.<br />

Lagrange pensava que podia eliminar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s limites ou<br />

infinitésimos, mas acabou por se <strong>de</strong>parar com algumas falhas nos seus argumentos.<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!